sexta-feira, 27 de novembro de 2009

FREE DOWNLOAD - RANKING JOE MEETS DIGITALDUBS

RANKING JOE

O Deejay Ranking Joe, nascido em Kingston e batizado Joseph Jackson em 1º de Junho de 1959. Iniciou sua carreira ao mesmo tempo em que o reggae e o dub começaram a transpor as barreiras da música e ganharam o mundo nos anos 70. O renomado produtor Coxsone Dodd colocou Joe debaixo de suas asas e os olofotes direcionados a ele quando começou a cantar num sound system chamado El Paso Hi-Fi. Com Coxsone vendo suas primeiras sessões, um single de estréia foi lançado em 1975 com a música “Gun Court”, com o nome de Little Joe. A partir daí, Joe cantou e trabalhou com uma variedade imensa de outros produtores de reggae, incluindo Bunny Lee, Watty Burnett e Derrick Howard, o resultado dessas parcerias foi formar um sound system que incluía até mesmo U-Roy, a partir daí seu nome mudou para Ranking Joe. Durante esse tempo, Ranking Joe impôs seu estilo, um toast que mostrava habilidade com as palavras e uma métrica rápida. No final dos anos 70, Joe gravou com vários artistas, como Sonia Pottinger’s, e lançando seus discos solo também; Weakcheart Fade Away, Dub It in a Dance, Saturday Ninght Jamdown Style, Round The World.

Chegando os anos 80, Joe se juntou a um dos mais aclamados sounds dessa época, o Ray Symbolic Hi-Fi com Jah Screw, a popularidade do sound foi pra longe além da ilha, resultando numa turnê no Reino Unido. Apesar do sound ser um dos melhores, acabou após um ano de turnê. O resultado foi Joe se juntar a Deejay Screw e começar a produzir também com outros artistas, trabalharam em uma das ultimas produções no estúdio de King Tubby, o disco Dangerous Dub. Após se mudar para Nova Iorque, no Bronx, Joe continuou a produzir discos e gravar com vários artistas, como Frankie Paul, Black Uhuru, Dennis Brown, Glen Washington, Glen Brown, The Meditations, King Tubby, Shinehead, Papa San, entre outros. No final dos anos 90 Joe continuou produzindo e gravando solo, singles como Fast Forward África, Guetto People. A influência de Ranking Joe em pode ser notada em vários artistas do reggae atual, Beenie Man, Pan Head, e o já mencionado Papa San.

Mas, é impossível deixar de citar a participação de Ranking Joe no disco de dub mais falado dos últimos tempos, o Dub Side Of The Moon, lançado pelo selo Nova Iorquino Easy Star, a música Step Pon The Rastaman Scene, com certeza, na singela opinião desse que escreve, uma das melhores músicas de Ranking Joe. Em dezembro, ele está de volta com o Digitaldubs em São Paulo.


Para efetuar o download, clique aqui: Ranking Joe meets Digitaldubs.mp3

RANKING JOE
16 de Dezembro
Local: Clash Club
Endereço: Rua Barra Funda 969
Preço: 30 reias / 20 reais na lista

STRANJAH APRESENTA... A TING CALLED: NICE UP THE DANCE!!!


Voltando aos tempos quando 2 Sounds na Jamaica se encontravam apenas para pura diversao musical e entretenimento.

Essa ideia de Clash nao tem um foco particular. Como nos bons tempos, cada Sound aparecia e tocava para o publico do seu jeito. Só não podia repetir um play que o outro sound ja tinha tocado naquela mesma noite. A idéia é com seu estilo próprio, um Sound supere o outro.

O formato e simples : Cada Sound tocando por 45mins, 30mins, 15 mins e para finalizar Tune Fi Tune / Dub Fi Dub:

1 – SOUND A : 45 MINS
SOUND B : 45 MINS

2 – SOUND A : 30 MINS
SOUND B : 30 MINS

3 – SOUND A : 15 MINS
SOUND B : 15 MINS

4 – CADA SOUND TOCANDO UM TUNE, OU DUBPLATE, INTERCALADO ATE QUERER ACABAR.

Esse formato de tempo determinado nao existe por acaso. Pesquisando percebi que os Clashes dos anos 80 e 90 foram feitos dese jeito justamente para poderem ser gravados em fitas cassettes de 90 mins para que aquele que curtiu a festa possa reviver a noite e ao mesmo tempo servir como prova do evento e de quem tocou melhor. Depois, fica ao critério de cada um julgar o Clash do seu jeito e divulgar-lo para que quem não foi possa também tomar sua decisão.

Como os Rounds estao abertos e absolutamente livres de regras (apenas a de não poder repetir um play), um Sound pode decidir atacar o oponente ou mesmo importunar-lo e esperar por uma resposta ou não do adversario. Isso quer dizer que os Sounds serão livres para decidir se eles querem um Clash mais pessoal ou não. Por isso, em um evento desse tipo, é muito difícil prever o que irá acontecer e como a festa irá evoluir. Também fica a critério de cada Sound a decisão de convidar algum MC/toaster para representar seu Sound.

Este projeto tem como foco a cultura soundsystem no Brasil e o objetivo de ajudá-la a se tornar mais madura e consciente; além de lutar para que o reggae de soundsystem cresça, encorajar os Mcs/Toasters a desafiar a si mesmo, divulgar os Sounds do Brasil e promove-los para o resto do mundo, porque afinal, todos os grandes soundsystems Jamaicanos como Volcano, Killamanjaro, Stone Love, Rodigan, Gemini, Metromedia, Sturgav, Jack Ruby etc.. ficaram famosos pelo mundo por divulgacao de fitas cassettes desses proprios encontros que os admiradores de reggae dividiram.

SOUNDCLASH

O que é um Sound Clash?

Um Sound Clash é uma competição musical onde seletores e MCs de sounds opostos (dois ou mais, mas geralmente dois) competem com inteligência na seleção, agitando a multidão, e falando no mic (ridicularizando membros do sound oposto). O objetivo do conflito é o de "matar" o outro sound ou sounds.Ou seja, ser eleito pelo público o melhor sound da competição. O clash geralmente ocorre em um grande club ou arena aberta (como uma quadra ou gramado), com os sounds montados em lados opostos, de frente para o outro.

O "Early WarmUp"

No início do clash (chamado early warm up), os sounds opostos se apresentam (geralmente uma hora cada) tocando músicas para a multidão. Cada turno é chamado de “segmento ", e um par de segmentos (um de cada sound concorrente) é chamado de “round". "Durante esses primeiros rounds, pouca ou nenhuma referência é feita para o confronto, o que ocorrerá mais tarde, e os sounds normalmente apenas se apresentam seu estílo ao público e tentam construir uma boa relação com o mesmo . Os sounds normalmente tocam 45s (músicas que não são dubplates) e também tocam os seus "habituais" (dubplates mais velhos ou anthems/hinos que todo mundo já ouviu antes).

Próximos Segmentos & Rounds

Com o passar do tempo, o conflito começa a se desenvolver e os sounds, já enturmados com o público, começam a utilizar os seus dubplates para falar / cantar e musicalmente medir forças. Os segmentos agora se tornam mais curtos (normalmente cada sound consegue tocar 2 rounds de 30mins cada, e em seguida 2 rounds de 15 minutos cada). Em cada segmento, o selector tenta diminuir os sounds rivais, menospresando as músicas tocadas pelo sound concorrente no segmento anterior; tocando tunes mais populares e dubplates, e até mesmo dubplates feitos exclusivamente para atingir diretamente o sound concorrente (chamado de “counteraction"). Nesse meio tempo, o MC agita a multidão cantando, ridicularizando e fazendo piadas sobre o sound concorrente a fim de incitar o público contra seus adversários.

Enquanto o selector está soltando tunes nas pickups, a multidão (geralmente liderada pelo seguidores ávidos desse sound) está torcendo, gritando, mostrando isqueiros, batendo nas paredes, e acenando lenços de mão ( "wipas") em apoio ao seu sound favorito ou, contra os sounds que não gosta. Se a música ou dubplate foi uma escolha muito boa, o povo vai gritar para um forward (para ter o disco tocado novamente). Boms dubplates geralmente sao forwarded (repetidos) 3 ou 4 vezes. Às vezes, o selector toca apenas um par de segundos de um dubplate e isso é suficiente para conduzir toda a galera em uma agitação geral.

O Climax - "Dub fi Dub"

Depois de um par de rounds de cada sound assim, o confronto finalmente chega até o momento da verdade, o round de Dub fi Dub (também chamado de “tune fi tune”). Nesta fase final, os sounds são autorizados a tocar apenas um dubplate de cada vez, então o outro sound imediatamente tenta de contra-atacar com uma melhor escolha de Dubplate (também chamado de “answer” / "resposta"). Esse round é muito importante porque se o seletor faz uma má escolha, normalmente fica muito difícil de recuperar, ja que que o selector do sound oposto vai achar um counteraction para responder na hora. Isto pode ser comparado aos maiores segmentos dos rounds anteriores, em que uma má escolha pode ser habilmente encoberta por posteriores seleções melhores.

No Dub Fi Dub, o lema é matar ou morrer!, E o selector e MC agora tocam os melhores e mais originais dubplates que possuem. Existem duas maneiras de se julgar o dub fi dub. A primeira é o público votar em cada round de dubs. O sound que vencer o maior números de rounds no dub fi dub é o vencedor. A segunda é fazer a votação após os sounds tocarem todas os dubs do dub fi dub.

Outros resultados possíveis para uma Clash

A "morte" de um som é o clímax da dança, o que o publico pagou para assistir. No entanto, em um soundclash, isso nem sempre é o que acontece. Às vezes um som perde nos primeiros rounds (geralmente o caso com um som inexperiente, por exemplo, ou com dificuldades técnicas). Às vezes um sound abandona a competição ( "sair/abandonar"), e a vitória fica para o sound adversário. Outra alternativa possível é um imprevisto que faz com que o confronto termine prematuramente (por exemplo, a chuva, em um confronto ao ar livre, energia cair etc...). Além disso, um sound pode ganhar um soundclash, mas por uma margem tão pequena que a vitória é considerada uma vitória de "sorte". Nesse caso, o outro sound simplesmente perdeu, ao contrário de ser "morto". Mas talvez a mais interessante alternativa, é quando o público esta dividido no meio (50/50) e nao consegue decidir um vencedor. Neste caso (algo raro), os sounds geralmente concordam em fazer uma revanche no mesmo local, em algum momento futuro. É importante notar que, mesmo quando um conflito fica extremamente quente, depois do clash os membros das duas equipes de som são ainda amigos, tudo voltou ao normal (tudo "Criss !")... afinal, e SÓ um assassinato " musical ".

Texto por StranJah, Texto original por Prince Tuffie
Colaboração Fepa

terça-feira, 24 de novembro de 2009

RASCLAAT – O DANCEHALL ESTÁ ACABANDO COM O DANCEHALL

Em 11/03/2009 o blog Invasão Jamaicana da crew You&Me On A Jamboree publicou parte de uma matéria do site Jamaican Gleaner, um tablóide jamaicano que trata das atualidades da ilha (obs: clicando nos links em branco você consegue ir direto para os sites das publicações e citações). A matéria tratava traduzida blog tratou de uma conferencia que ocorreu em Nova Iorque para fazer uma revisão sobre a realidade atual do dancehall e o impacto que a atual musica mais ouvida na Jamaica está causando na sociedade e nos jovens principalmente. Os principais tópicos publicados foram a “Corrupção da Mente dos Jovens”e “Degeneração da Marca Jamaica”.

A divulgação do link para o post do blog do Y&M foi divulgado em algumas comunidades no Orkut, mas nenhum dos posts deu tanta repercussão quanto na comunidade Soundclash Brasil, nesse momento o tópico já passou de 100 posts e continua crescendo na comunidade, dando comentários por nomes já conhecidos da nossa cena; MPC (Digitaldubs), Jimmy Luv (7velas/Echo Sound System), a própria crew do Y&M (Greg, Sono e Jurássico) incluindo esse que também lhes escreve RAS Wellington (FYADUB).

Nesse Rasclaat, a intenção é preencher e explicar algumas lacunas deixadas no artigo do Gleaner traduzido pelo Y&M quanto ao dancehall atual, quanto as festas, idéias, produção e a musicalidade atual desse seguimento do reggae. Vamos parte a parte, tópico a tópico comentando o artigo.

A autora do artigo é Janet Silvera, escritora sênior do Gleaner. A impressão do artigo de Janet é que ele é totalmente parcial, generalizando todo o dancehall produzido na Jamaica e no mundo. No encontro alguns grupos e comissões junto com 200 participantes estavam juntos para abordar e criticar o dancehall produzido e a influencia que ele esta causando no jovens jamaicanos. Dentre essas comissões estavam a Coalition To Preserve Reggae (CPR – Coalisão Para Preservação do Reggae), a ZYNC TV de Nova York cuja abordagem “Pode o dancehall ser a ruína do reggae, e em uma extensão, da marca Jamaica?” Respondendo essa pergunta, claramente é não.

Corrompendo As Jovens Mentes

O Gleaner no artigo tratou basicamente de dois pontos preponderantes, a juventude jamaicana e mídia de massa responsável por tocar as musicas, ou seja, as rádios que tocam dancehall em sua programação.

Algumas das personas presentes no evento foi Sharon Gordon, umas das organizadoras do fórum tratando sobre dancehall em Nova Iorque. Uma das premissas da senhora Sharon foi dizer que: “Se algo não for feito logo, a mente dos nossos jovens será corrompida pela decadência e seus atos serão reflexo da mesma. ... nossos jovens estão em perigo de estarem em um ponto sem retorno ... levando-nos a uma sociedade retardada no futuro”, numa tradução livre pelo Y&M.

O que a sra. Sharon, que é vice-presidente da CPR, deveria ter pensado nesse momento, como uma jamaicana e defensora do reggae, é sobre o que ela tratava naquele momento, não era uma juventude que assimilava musica desde 1989, e sim uma juventude que é herdeira de uma música com mais de 5 décadas. O dancehall como conhecemos hoje, envolvendo suas letras, musica e arranjos, é um herança dos próprios pais dela, desde o mento, calypso, early reggae. E tudo que é falado no dancehall hoje, faz parte de toda a cultura jamaicana desde o principio de sua iniciação musical. A sra. Sharon está retardada musicalmente há 30 anos na Jamaica.
No final da década de 70, alguns dos produtores mais famosos da Jamaica já estavam pondo a mão na massa para produzir o dancehall que seria ouvido no pós reggae raiz, pensando além de Bob Marley, Burning Spear, Big Youth e os principais ícones do reggae da época. Nessa fase produtores, aristas, e sounds systems como; Henry “Junjo” Wales do selo Volcano, Johnny Osbourne, Papa Toyan, Yellowman, Josey Wales, Metromidia, Rodigan, Barrington Levy, dentre vários outros davam as primeiras pitadas do que viria a ser o dancehall nos anos 80, desde as batidas até a fluência de rimas e versos que seriam copiados dentre eles próprios, fazendo a transição para uma nova fase do reggae.

“Isso coloca a responsabilidade somente nas mãos das autoridades, que devem resolver as deficiências sociais, econômicas e educacionais que terão, por sua vez, um efeito positivo do gênero”. Esse comentário de Sharon Gordon é de deixar qualquer musico de queixo caído, instituições e autoridades governamentais tomando conta da musica?! BUMBOCLAAT... Isso se chama CENSURA. Nenhum pais por mais que invista em educação ou faça planos para resolver problemas sociais e educacionais, tem o direito a censurar uma cultura enraizada, cultura essa que não está presente somente na Jamaica, mas em diversos países do Caribe, Brasil e em todo Terceiro Mundo. Isso lembra muito a época de Michael Manley, primeiro ministro da Jamaica que num primeiro momento no inicio da década de 70 apoiou os Rastas para se eleger, e depois de um certo mudou sua opinião quanto ao rastafári por achar a aparência do Rasta, ser um tanto “dramática” para a sociedade.

O que mais chama a atenção no artigo é que selos importantíssimos como Greensleeves, VP Records e tantos outros menores que movimentam ainda a industria da musica jamaicana ao redor do globo, nem sequer são citados como fonte de movimentação econômica na ilha. Em uma gravadora a rotatividade financeira gira em torno de estúdios, mão de obra especializada para operação e gravação, prensagem dos discos, distribuição, lojas, exportação, festas, o consumo por apreciados e dj’s, ou seja, um montante de dinheiro que um dos maiores beneficiados é o governo da ilhota. Em um artigo recente também do próprio Gleaner, a VP Records fez oferta para comprar a Greensleeves, num acordo que gira em torno de 3.1 milhões de libras, em torno de 10 milhões de reais. Para ler o artigo no Gleaner a respeito clique aqui. Ao questionar por e mail a autoria do artigo, Janet Silvera, do porque essas duas gravadoras, não tem citação de opinião formal no artigo, a mesma disse que a VP já havia sido citada em uma artigo anterior (?!) e que não sabia o que tinha acontecido com a Greensleeves.

Uma outra opinião contraditória é a do psicólogo Leahcim Semaj; “Basta olhar para os anos 70 com Bob Marley e o numero de jamaicanos que se tornaram rastas e afrocentricos.” No FYADUB, é possível ler uma matéria chamada “A Controvérsia do Fire Burn” a cerca da utilização do fogo e do afrocentrismo na Jamaica atualmente, escrita por Gregory Stephens, acadêmico americano, que já escreveu diversos artigos e livros sobre o reggae contemporâneo, inclusive o dancehall. Neste artigo, PJ Patterson, o primeiro negro a se tornar primeiro ministro na Jamaica, solicitou a Capleton que diminui-se a utilização do termo “fogo” em suas apresentação, isso em vão, obviamente. Outro caso citado pelo texto de Gregory Stephens é de Sizzla, e o afrocentrismo encorajado por ele, se tornaria um marketing ruim para ele na Europa, já que ele mesmo encorajava a segregação do povo negro do branco, e isso era visto como uma forma de racismo as avessas. Dr. Semaj, talvez não tenha levado em conta que a Jamaica, e um pais de negros, que ainda tem suas magoas contra os brancos. A Jamaica por muito tempo foi governada por famílias como os Manley e Seaga, ambas famílias poderosas e de descendência européia, e que lucraram tanto na época de escravidão como no domínio político na ilha. O Afrocentrismo proposto por Semaj, não entra em comum acordo com as criticas e os pontos de discussão feitas no artigo, nem com o governo jamaicano que tenta ao máximo controlar os bobo shantis no uso da propagação do fogo, e nem mesmo com o que foi publicado no Gleaner, já que até mesmo os afro centristas como Capleton, Sizzla, Anthony B e outros também utilizam o slackeness em grande parte de sua musica.

Denegrindo a “Marca Jamaicana”
“A musica definitivamente tem a ver com a “Marca Jamaicana” se denegrindo. Sabemos dos problemas da chamada “murder music” (músicas que pregam a exterminação dos homossexuais), que são apoiadas não só pelos artistas, como pelos ouvintes. – Artistas como Sizzla dizem uma coisa na Jamaica, mas fazem outra em outros lugares. Ele manera suas letras, pois entende que isso poderia acabar com sua carreira”, disse Hamilton-Pearson, antiga participante dos Panteras Negras britânicos. Pois bem, a uma grande controvérsia no comentário da sra. Hamilton-Pearson. Sizzla gravou uma musica chamada “Nah Apologize”, no qual manda um recado muito claro quanto a sua posição referente aos homosseuxais e suas turnês pela Europa, e não é de hoje, um dos trechos da musica é:

“Rastaman don't apologize to no batty-boy
[Rastaman não se desculpa com battybwoy (homossexuais)
If yuh dis' King Selassie I,mih gunshot yuh boy
[Se você “é de” King Selassie, Eu atiro em você boy]
Gimme de whole ah de girls dem 'cause ah dem have de joy
[Me de todas as meninas deles, porque elas terão diversão]
Inna de lake of fire me dash yuh boy
[Dentro do lago de fogo jogo você boy]
Badman don't apologize to no batty-boy
[Badman não se desculpa com battybwoy]
If yuh dis' Black people,ey,mih gun will shot yuh boy
[Se você “é do” Povo Preto, ey, eu vou vou atirar em você boy]
Gimme de whole ah de girls dem 'cause ah dem have de joy
[Me de todas as meninas deles, porque elas terão diversão]
Inna de lake of fire me dash yuh.. ahhoy!
[Dentro do lago de fogo jogo você boy]

… Nothing in the world could ever have me doing that
[Nada no mundo me faria fazer isso]
Ah don't care if they ban me
[Eu não ligo se eles me banirem]
Damn,me say fi bu'n batty-man,yuh cyah wrong me
[Droga, se digo fogo no battyman, você diz ter algo errado comigo]
Yow,me nah born over England,a real African this
[Yow, eu não nasci na Inglaterra, isto é um Africano real]
Real real real Rasatman this! boom!
[Real real real Rastaman nisso! Boom!]

... Damn!...we doh walk inna batty-man yard
[Droga! A gente não anda no quintal dos batty-man]
We doh give a f^^k if dem ban we from Scotland Yard
[Que se foda se me banirem da Scotland Yard]
Yow! King Selassie bu'n Babylon because dem a fraud
[Yow! Rei Selassie queima a Babilônia porque ela é uma fraude]
Me hail de King and Lord of Lords
[Eu saudo o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores]”

Ainda poderia citar aqui uma centena de letras de Sizzla, Capleton, Anthony B, Jr. Kelly, JAH Mason, todos os afrocentristas que junto a suas letras que remetem o rasta a áfrica, manda também tacar o fogo nos homossexuais (será que o Dr. Semaj realmente sabe do que ele está falando quando cita afrocentrismo?!). No artigo “RASCLAAT – A CONTROVÉRSIA DO FIRE BURN” já havia citado e comentado sobre a homofobia nas músicas atuais, um artigo ou texto mais especifico nos faz falta para uma compreensão mais abrangente do assunto, o que interessa dizer é que na Jamaica, não é o dancehall que tenta por os gays para fora da Jamaica, e sim a comunidade. Um jovem de 18 anos só repete o que passou a infância ouvindo, da boca dos pais e da sua comunidade. A sra. Hamilton-Pearson se engana se acha que uma suposta manipulação financeira minimizaria o verbo dos “matadores de battybwoys” (liricamente falando), eles continuaram ganhando dinheiro em outros países que irão, com certeza, consumir a suas musicas e achar “graça” das suas letras.

Um dos defensores do dancehall, o produtor Jon “FX” Crawford, que produziu sucessos (que eu particularmente nunca toquei nenhum) como Shabba Ranks, Vybz Kartel, Akon e Sizzla, defende: “o dancehall nunca acabara com o reggae ou a marca da nossa cultura”.Ele disse que o problema é o som do Dancehall atual, computadorizado, “O dia que começarmos a voltar a tocar instrumentos em nossas escolas ou comunidades, teremos uma vasta diferença, pois nossas gerações mais jovens saberão como a música é feita de fato.”

Hoje, é impossível se produzir musica da forma que se produzia antigamente, no período do ska ou early reggae, o numero de músicos no espaço que estúdios tem hoje, raramente se produziu musica daquela mesma forma, fora o preço que sairia exorbitante. Hoje, qualquer um monte em um um espaço com poucos metros quadrados, um home estúdio, capaz de produzir diversas versões de sleng teng por exemplo. Sou muito a favor do estudo da musica (até mesmo eu deveria estudar mais), mas se até mesmo surdos como Bethoven puderam compor, porque um jovem com um simples Casio MT-40 ou um simples computador não pode fazer o mesmo? E esse Jon “FX” Crawford também não é tão bala na agulha assim, se alguém puder me apontar uma boa musica produzida por ele, mudo minha opinião.

Dr. Semaj fez um paralelo entre a degradação da música com a crise da economia global. “A falta de fiscalização ativa permitiu que um péssimo recurso fosse rotulado como bom, levando a quebra do sistema”, opinou; “O fato da música ser tocada na rádio, automaticamente dá a licença para ser cantada por qualquer um. A imagem que nossos jovens recebem é a que vão internalizar seus valores transformados pela música.” Isso mesmo Dr. Semaja, vamos censurar a música tocada há mais de 25 anos na sua própria ilha.

Gordon e McKetty disseram que o fórum vai advogar a CPR, que tem o alvo em aumentar o nível das produções e performances da música jamaicana. Torcemos por isso junto com as duas.

“A CPR vai continuar nos seus esforços de angariar informações sobre o estado da música e desenvolver estratégias para afetar seu desenvolvimento”, disse Gordon. Ou seja; CENSURA.

Num comentário final, a música jamaicana não vai mudar, vai continuar sendo feita, dentro e fora da ilha, sendo sampleada, sendo utilizada, sendo feitas diversas versões para um mesmo riddim. Hoje o reggae e todas as suas variações, não dependem mais da ilha para existir, naturalmente o mundo se apropriou do reggae e enxertou nele diversas formas de manifestações e linguagens que há 50 e poucos anos atrás jamais seriam previstas.

Torço para que o reggae continue sendo bem feito, selecionado pelo gosto próprio de cada um, e que a humanidade caminhe para uma ação de individualidade e respeito mutual acima do gosto musical.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FYASHOP :: DESCONTOS DE ATÉ 15%

Chegaram novos discos no catálogo do FYASHOP, agora não precisa mais solicitar pelo e mail, fica disponivel diretamente o link para download direto no 4Share, e continuamos também com os descontos que variam de 7 a 15%. Os descontos funcionam da seguinte forma:

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domingo, 22 de novembro de 2009

COPENHAGEN É AQUI! PRIMEIRA QUINZENA

A Matilha Cultural pega carona na COP 15 e monta programação gratuita de quase um mês com arte, cinema, ativismo e discussões sobre reciclagem, reuso, lixo eletrônico, desmatamento, arte sustentável e mudanças climáticas

SP, 17 de novembro de 2009 - O momento histórico é de extrema importância. Aproveitando a ocasião da 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15, que acontece em dezembro na cidade de Copenhagen, na Dinamarca), a Matilha Cultural organizou um evento paralelo para discutir, através das artes e de ações com o público, soluções voltadas para a redução do impacto ambiental das práticas cotidianas dos habitantes de São Paulo.

O COPENHAGEN É AQUI (24 de novembro a 20 de dezembro) terá uma programação gratuita de quase um mês com exibições de filmes, instalações de arte, exposição de fotos, debates e ações de guerrilha. Independente do acordo político decidido na COP 15, a Matilha quer compartilhar com os visitantes quais são os instrumentos imediatos, coletivos ou não, para tornar o cidadão comum um agente transformador da sociedade. A iniciativa está alinhada com a campanha TictacTictac – hora de agir pelo clima, coalizão global voltada para a COP 15.
A programação abrange diversos aspectos da questão ambiental. A mostra de filmes conta com exibições do documentário ficcional “A Era da Estupidez” (2008), o primeiro longa-metragem sobre mudanças climáticas com vocação para blockbuster . Na história, que se passa em um mundo totalmente devastado no ano de 2055, Pete Postlethwaith (de “Em nome do Pai”) faz reflexões a partir de imagens de arquivo do ano de 2008 e se pergunta: “Porque nada foi feito para impedir a destruição do planeta enquanto podíamos?”. O filme conta com recursos de animação gráfica e já foi celebrado mundialmente por Thom Yorke (Radiohead), o cantor Moby e o ex-secretário das Nações Unidas e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Koffi Annan.

Outros destaques da programação de cinema são os documentários: “Mataram A Irmã Dorothy” (2008), sobre a freira e ativista norte-americana que foi assassinada na Amazônia em 2005 e “Abraço Corporativo”, que narra a jornada de um consultor de RH para ser reconhecido na mídia e ganhou o prêmio Menção Honrosa de Melhor Documentário da última Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Na mostra Tudo é Energia, Nada é Lixo, o uso de resíduos em geral é a matéria-prima para intervenções artísticas multimídia que vão ocupar os diferentes espaços da Matilha. A curadoria teve a colaboração do artista Binho Ribeiro.

O inventor Arnaldo Pandolfo, irmão mais velho da dupla OSGEMEOS e responsável pela parte mecânica de diversas engenhocas expostas pelos grafiteiros, apresenta um buquê de flores de metal. Dono de um acervo de peças coletadas na rua, em ferros velhos, brechós e desmanches, Arnaldo atualmente está desenvolvendo um carro na sua oficina e já criou uma bicicleta para pedalar deitado.

Sob o lema Obra Sem Sobra, Márcia e Sérgio Prado, da ONG Curadores da Terra, desenvolveram biombos de mais de três metros de altura. Usando como suporte vários pallets - estrutura de polipropileno usada para transportar garrafas e latas em supermercados – decorados com resíduos, a dupla traz um exemplo de lixo zero e arte sustentável.

Mestre em Arquitetura e Design há 19 anos, Marcelo Teixeira, que por sete anos foi Head Designer da Embraer, se juntou a Binho Ribeiro, que está em atividade desde 1984 e é um dos mais respeitados nomes da street art mundial, para criar uma instalação que mistura peças de fuselagem de foguetes e tratores com grafitti.

Completam a mostra as projeções multimídia VisualDrops, do coletivo Laborg, e uma instalação multimídia do coletivo Lixo Eletrônico. Três painéis de mdf com imagens de uma interpretação inédita da obra “As Meninas”, do pintor espanhol Velásquez, em que os personagens da cena estão jogando wii, falando no celular, usando computadores e jogando videogames. Na mesma instalação, haverá um totem de resina cristal com lixo eletrônico dentro e um computador gerando um conteúdo informativo sobre o tema, que pode ser baixado via Bluetooth. O coletivo também vai fazer uma reunião aberta sobre o tema lixo eletrônico no dia 26/11.

Pouca chance de escolher e pouco tempo para agir no futuro. Estas são as principais reflexões propostas na exposição Escolhas, um registro exclusivo e alarmante com 20 imagens do aquecimento global e do desmatamento feito pela equipe do Greenpeace em dez anos de presença na região amazônica. O principal fotógrafo da exposição é o espanhol Daniel Beltra, que recebeu diversos prêmios de fotografia pelo seu trabalho na Amazônia como o Prince’s Rainforests Project (2009) e o World Press Photo (2006/2007).

Com táticas de guerrilha e troca de informação, a Matilha apresenta diversas mobilizações durante o Copenhagen é aqui!. A mais importante é a campanha para arborizar a rua do espaço cultural e o bairro Vila Buarque, a antiga Boca do Lixo. Para reunir vizinhos e apoiadores da causa, nos dias 05 e 12 de dezembro serão organizadas Vagas Vivas. A ação de guerrilha consiste na ocupação e transformação das vagas de estacionamento de carros da Rua Rêgo Freitas em espaços verdes de convivência, com bancos, plantas, música e o encontro com os moradores do bairro. Nestes dias, a ONG Morada da Floresta apresentará alternativas sustentáveis para questões femininas e familiares, como higiene pessoal e compostagem caseira. As Vagas Vivas serão realizadas nos dias de ação global pelo clima no período da COP 15.

O público também terá a oportunidade única de participar de dois importantes encontros sobre mudanças climáticas encabeçados pelas principais lideranças no tema. O primeiro é o Seminário “COP 15 – Entre no clima!” organizado pelo Vitae Civilis, ONG pioneira nos estudos das questões climáticas no Brasil. Estarão presentes lideranças da Oxfam, FASE, FBOMS (Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), GTA (Grupo de Trabalho Amazônico) e outros. O Seminário acontece na Matilha Cultural dia 25/11 das 13h45 às 17h30.

No dia seguinte, 26, das 9h às 11h, no Auditório da UNIP/ Paraíso, a Matilha apoiará a realização do II Encontro Municipal de Mudanças Climáticas, Painel Megacidades, Vulnerabilidade e Mudanças Globais. Organizado pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a UNICAMP, o Encontro vai reunir todos os órgãos oficiais e federais de pesquisa sobre aquecimento global.

A Matilha está comprometida com a luta contra o aquecimento global e já adota critérios ambientais em sua operação e no trabalho com parceiros e fornecedores. O objetivo é resistir re-existindo.

sábado, 21 de novembro de 2009

FREE DOWNLOAD - GANJAH GROOVE - SET E ENTREVISTA COM RAS

Dia 06 de novembro estive em São Carlos para fazer uma festa com meus bredrens do Ganjah Groove, coletivo operante do interior de SP. Nessa trip, aproveitamos todos para fazer um set e trocar uma idéia no programa de rádio da UFSCAR, com o próprio nome de Ganjah Groove. Bom, como não da pra todo mundo estar ao mesmo tempo em frente ao computador para ouvir, foi disponibilizado o link para download do programa, da pra ouvir bastante stepper e a troca de idéia que tivemos. Big Up Ganjah Groove!!!

Programa Ganjah Groove com RAS - clique aqui para download

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

MATILHA RECEBE FOTOS DO PROJETO "O LADO DE LÁ"


Muitas foram as culturas africanas que contribuíram para a formação do povo brasileiro. Hoje, os afro-descendentes representam 50% da nossa população, fazendo com que o Brasil seja a segunda maior nação negra do mundo, estando apenas atrás da Nigéria. O projeto “O lado de lá” joga uma luz sobre o conhecimento no Brasil a respeito da África, através de um ensaio fotográfico, históricos e antropológicos, assim como registros das sonoridades que retratam o cotidiano nos países de origem das populações afro-brasileiras, especialmente em pontos marcantes da África ligadas a nossa história. Foram selecionados sete países para serem visitados, tendo como crivo a intensidade de conexão com o Brasil, via tráfico negreiro.

A Matilha apresenta algumas fotos que integram esse projeto em andamento. A idéia é que o projeto resulte num livro e outras incursões no continente africano estão nos planejamentos.

Ricardo Teles: fotógrafo, nascido em Porto Alegre, trabalha em São Paulo desde 1994, nas áreas de documentação e fotojornalismo, com publicações períodicas em diversos jornais e revistas nacionais e estrangeiros.

Serviço:

Exposição de fotos “O lado de lá” - imagens de Ricardo Teles

de 04/11 até 14/11 na sala multiuso da Matilha.

ESPELHO ATLÂNTICO - MOSTRA DE CINEMA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA


Após o furor cinematográfico provocado pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que neste ano não exibiu nenhum filme africano, a Matilha Cultural e a curadora Lilian Solá Santiago promovem a ESPELHO ATLÂNTICO - MOSTRA DE CINEMA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA, como programação exclusiva para o Mês da Consciência Negra. A seleção de filmes propõe um olhar contemporâneo da diversidade cultural do vasto continente africano e dos seus descendentes dispersos pelo mundo.

A ESPELHO ATLÂNTICO vêm sendo realizada há dois anos da Caixa Cultural do Rio de Janeiro, acompanhada por um público crescente e fiel. O cronograma do evento paulistano inclui a exibição de 11 filmes africanos, europeus e brasileiros sobre a temática, sendo a maioria inédita em São Paulo.

A abertura da Mostra acontece na terça, 10 de novembro às 19 horas, no Espaço Matilha Cultural, com coquetel e exibição do filme “Graffiti!, dirigido por Lilian Solá Santiago. Na noite da abertura, haverá também uma performance CORES DA PERCUSSÃO, com o duo Simone Soul e Marina Uehara.

De 10 a 15 de novembro de 2009 (terça a domingo)

Exibições gratuítas, sempre às 19:00h.
Mais informações sobre a Mostra:
http://liliansantiago.blogspot.com/
PROGRAMAÇÃO E SINOPSES

Dia 10/11 - terça-feira - abertura com coquetel

Graffiti (ficção / documentário)
Lílian Solá Santiago (Brasil, 2008, 10 min.)
São Paulo é a cidade mais grafitada do mundo. “Graffiti” acompanha o rolê solitário de Alê numa das semanas mais sinistras que essa cidade já viveu – dos ataques do PCC, e a violenta revanche da polícia em 2006. O que o move a enfrentar as ruas nessa noite? Ganhador do Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem. Com Sidney Santiago e Chico Santo.
Sessões: 19:30, 20:00, 21:00 e 21:30 horas.


Dia 11/11 – quarta-feira
O som e o resto (ficção)
André Lavaquial (Brasil, 2007, 23min)
Jahir é um virtuoso baterista carioca que toca numa banda evangélica. Ao se indispor com o pastor da igreja, se vê sozinho na rua com seu instrumento e inicia uma jornada existencial rumo à sua música. Participou de importantes festivais internacionais e, em 2008, foi o único curta-metragem brasileiro a conquistar uma vaga do Festival de Cannes, na seção Cinéfondation.

Cariocas (documentário)
Ariel de Bigault (França, 1989, 57 min.)
“Cariocas” mostra diversas facetas do samba no Rio de Janeiro. Grande Otelo, nos guia ao encontro dos grandes músicos da cidade. Realizado originalmente para a TV francesa, conta com importantes depoimentos de Martinho da Vila, Paulo Moura, Velha Guarda da Portela, Nelson Sargento, Wilson Moreira, e Joel Rufino dos Santos.

Dia 12/11 – quinta-feira

Balé de pé no chão (documentário)
Lilian Solá Santiago e Marianna Monteiro (Brasil, 2006, 17 min.)
Documentário sobre Mercedes Baptista, principal precursora da dança afro-brasileira. Bailarina de formação erudita, cria seu grupo na década de 50, e estuda os movimentos do candomblé e das danças folclóricas. Participou de vários festivais nacionais e internacionais. A versão de 52 minutos para televisão ganhou, entre outros, o Prêmio de Melhor Documentário no I Hollywood Brazilian Film Festival, 2009.
Esperando os homens (documentário)
Katy Lena Ndiaye (Senegal/ Mauritânia/ Bélgica, 2007, 56 min.)
Em Hassania, no abrigo de Oualata, uma cidade vermelha na fronteira distante do deserto de Sahara, três mulheres praticam pintura tradicional decorando as paredes da cidade. Em uma sociedade dominada pela tradição, pela religião e pelos homens, estas mulheres expressam-se livremente, discutindo o relacionamento entre homens e mulheres. Presente em mais de 20 festivais internacionais.

Dia 13/11 – sexta-feira

Ossudo (ficção / animação)
Júlio Alves (Portugal, 2007, 14 min.)
Baseado no conto “Ossos”, do famoso escritor moçambicano Mia Couto, este filme é uma história de amor entre duas pessoas desamparadas. Participou de mais de vinte festivais pelo mundo. Recebeu, entre outros, o Troféu de Melhor Filme Português e o Troféu Ouro Animação no 36º Festival Internacional do Algarve.
Kuxa Kanema – O nascimento do cinema (documentário)
Margarida Cardoso (Bélgica / França / Portugal, 2003, 52min.)
O governo Moçambicano cria após a independência, em 1975, o Instituto Nacional de Cinema (INC), pois o presidente, Samora Machel, sabia do poder da imagem para a nação socialista. O filme acompanha a ruína do INC após um incêndio e a desilusão dos moçambicanos com o regime. Vencedor do Festival de Nova York de Filmes Africanos, entre outros.

Dia 14/11 – sábado

Maria sem graça (ficção)
Leandro Godinho ( Brasil, 2007, 14min.)
Maria das Graças, menina negra de 12 anos, moradora da periferia de São Paulo, atormenta a vida de sua mãe para alcançar seu maior sonho: ser a apresentadora Xuxa Meneghel. Selecionado para o Festival Internacional de curta-metragens de São Paulo.
Cabo Verde, meu amor (ficção)
Ana Lisboa (Portugal/ França/ Cabo Verde, 2007, 76 min.)
A condição feminina em Cabo Verde na atualidade é o foco principal deste primeiro longa metragem da cineasta Ana Lisboa. Falado em crioulo cabo-verdiano, foi totalmente rodado na Cidade da Praia com um vasto elenco de atores amadores. Primeiro filme realizado e produzido em Cabo Verde, por cabo-verdianos.

Dia 15/11 – domingo

Black Berlim (ficção)
Sabrina Fidalgo (Alemanha / Brasil, 2009, 15 min.)
Nelson é um jovem baiano estudante de engenharia em Berlim. Na capital alemã, leva uma vida muito distante de suas verdadeiras raízes. Porém tudo muda quando ele frequentemente passa a encontrar Maria, uma imigrante ilegal do Senegal. Apesar de ignora-la ele começa a ter visões de personagens estereotipados, que o remetem a um passado que ele prefereria esquecer. Inédito.
O Herói (ficção)
Zezé Gamboa (Angola / França / Portugal, 2004, 97 min.)
Um soldado mutilado na explosão de uma mina volta à Luanda após 20 anos de combates. No elenco o senegalês Makena Diop, as brasileiras Maria Ceiça e Neuza Borges. Premiado no Festival de Sundance (EUA) e no Festival de Cinema Africano de Milão, entre outros.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

10/11 - PROJETO LUNAIA E SOMBRA NA TV PANTINHAGEM

Hoje o Projeto Lunaia (Zulusouljah, Funk Buia e Dj Tano) estarão se apresentando junto com Sombra (ex-SNJ) na TV Pantinhagem. Dica para quem não pode ver esses shows por residirem fora de SP. Facinho assistir, basta entrar no site da Pantinhagem; http://www.pantinhagem.com e assistir ao programa com o volume no talo ok.

Abaixo dois videozinhos do Projeto Lunaia para dar um aperitivo do que vai ser o programa, gravados na Galeria Olido.

Big Up Zulu, Big Up Buia, Big Up DJ Tano, Big Up familia Pantinhagem...




domingo, 8 de novembro de 2009

SOUNDCLASH BR - FIRE CUTS VS. BOOMSHOT


O Soundclash Brasil voltou em grande estilo.

O embate entre dubplates (músicas exclusivas dos sistemas de som) dessa vez tem até direito a produto nacional vs. gringo.

Para escolher o vencedor, siga as instrucoes:

1) Ouca as musicas no www.myspace.com/soundclashbr

2) Escolha o vencedor e vote na enquete na comunidade Soundclash Brasil do orkut:
http://www.orkut.com/Main#Community?cmm=48442010

FREE DOWNLOAD - FIREHOUSE - MASTERMIND COMPUTER STYLE VOL. 1, VOL.2 E VOL. 3

Firehouse é um dos nomes mais ativos na cena reggae dinamarquesa. A crew existe desde 2005, quando começou como três sounds sytems diferentes quando iniciaram em um clube pequeno e desconhecido chamado de "Etnorama". A noite em que sounds tocavam era chamada de "Firehouse" que veio a se tornar o nome do sound system. A missão dos caras era simples e clara: trazer mais dancehall para Copenhague.

Isto levou a uma longa série de festas, tanto fora e dentro de casas, soundclashes , mixtapes, discos, bem como shows internacionais. A produção da própria música levou a uma gloriosa vitória no campeonato nacional de rádio Karrierekanonen i P3 og com a música "Du Ik Får Punani" com participação de Lady Smita.

Firehouse é atualmente uma das tentativas mais sérias na Dinamarca no conceito de soundsystem jamaicano original - uma máquina de entretenimento versátil, um grupo de seletores de reggae, cantores e deejays, frequencias de baixo, fumaça, dubplates e discos raros.

Firehouse é um dos poucos sounds na Dinamarca, capaz de oferecer todos os aspectos da sessão do original sound system jamaicano. Nós produzimos nossos próprios discos de dancehall, apresentando um coletivo de cantores diferentes, como Søster Esther, Smita Senhora, Egern Troels & de kalder Ham Joe, Maffidrengene.

Investem o dinheiro em dubplates com a elite do dancehall jamaicano. Chegaram em segundo lugar no campeonato dinamarquês de Soundclash, perdendo em uma batalha apertada contra amigos e rivais do Rootman Hifi. Ainda gravam dubplates para outros sounds da Dinamarca.,e sempre trazem os lançamentos de dancehall nas sessões.

Firehouse também tem um nome além da Dinamarca. A séries de mixtapes Mastermind Style Computer recebeu reconhecimento internacional - chegando até a Alemanha, Japão e E.U.A. e vários outros países. Além disso, colaboramos com nossos parceiros e pioneiros alemães da gravadora Jahtari, que estão apresentando o selo próprio chamado Maffi contando com participações de nomes como Mikey Murka, Solo Banton, Soom T e outros a caminho. Fique atento para próximos lançamentos no selo Maffi. FIREHOUSE CREW.














MASTERMIND COMPUTER VOL. 1
Download: Clique aqui













MASTERMIND COMPUTER VOL. 2
Download: Clique aqui














MASTERMIND COMPUTER VOL. 3
Download: Clique aqui




terça-feira, 3 de novembro de 2009

GALANG RADIO COM DJ STEPWISE - PART. DJ SANTERO

Esta semana na Rádio Galang temos orgulho em apresentar o nosso primeiro DJ na casa de hóspedes fazendo uma sessão, com ninguém menos que o nosso SANTERO! Originalmente, da Guatemala, esta morador de Oakland fica ativamente em ambos os lados da baía, rap e o reggae, latin e sons afro lations em praticamente todos os eventos de Concord a Marin .... E, como se uma carreira de DJ boomin não fosse suficiente, Santero também está colhendo os frutos de seu trabalho como um dos mais respeitados artistas da Califórnia latino-fusion, recentemente, comemorando o lançamento de seu segundo álbum "El Hijo de Obatala" ... Mad Respect!



Santero "Agua Del Rio" video: http://www.youtube.com/watch?v=Mr5C2Edx0Gc
Santero na web: http://www.santero.net

TERÇA 3 DE NOVEMBRO exclusivo na RadioEtiope!!!


Co-hosted Erika Matos

GALANG RADIO - DJ mixshow! > Stepwise ao Vivo > Toda Terça

5:00-7:00pm San Francisco
8:00-10:00pm Colombia
8:00-10:00pm Mexico
8:30-10:30pm Venezuela
9:00-11:00pm Chile
10pm-12am Argentina
10pm-12am Brasil

TRANSMITINDO 100% AO VIVO TODA TERÇA VIA WEBCAM!

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