quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

QUE 2012 SEJA DIFERENTE...

Primeiro passo para você começar a trabalhar com música; escolha um nome, SEU nome, não copie, não pratique plágio, não deixe que as pessoas te confundam com outro faça a SUA marca, e não pense que usando um nome parecido não vão te cobrar um dia - eu por exemplo, vou cobrar de cada um que faz esse tipo de plágio. 

Segundo, desenvolva um estilo próprio, óbvio que devem haver fontes inspiradoras e que essas fontes façam com que você sinta vontade de trabalhar com música ou algo relativo - qualquer trabalho ligado a arte aliás, mas que isso sirva de inspiração e não que você deva ser um "copião", caso prefira, não trabalhe com arte, vá trabalhar em alguma lojinha de material escolar com copiadora, vai copiar diversas vezes ao dia.

Se for dj, não copie o set dos outros, óbvio que vai tocar algumas músicas que outros dj's tocam, mas tente ao máximo ser exclusivo, ficar tocando o que outros já tocam, vai ficar parecendo esses caras de rádio FM, pesquise, garimpe, procure, independente de ser vinil ou mp3, ou qualquer mídia que use, faça com que o seu set tenha a sua assinatura. Para os mc's, estudem, estudem, estudem, leiam, estudem... ouvimos desde o Bezerra da Silva que a policia não gosta de preto, não gosta da favela, e que nossa vida é sofrida, mas não precisa fazer um disco onde todas as letras dizem a mesma coisa, então amigo, estude, leia muito, procure os clássicos, ouça a velha escola, desenvolva seu flow, linguagem e estude mais.

Terceiro, valorize seu trabalho, seus discos, o tempo que você emprega na letras, no ensaio, o tempo com o fone de ouvido, com tudo que você aprende - CONHECIMENTO CUSTA CARO E VALE MUITO. Chega de prostituir a arte e as vezes deixar a cultura ser estuprada por gente que se aproveita daquilo que criamos. Cobre sempre, não trabalhe pela condução. Sempre vai ter alguém lucrando com o que você faz artisticamente, e as contas chegam todo o mês; discos, internet, telefone, cartão, água, gás, luz, comida... a sua cerveja - você paga por tudo isso lembra? E se não paga, alguém está pagando para você. 

Não existe loja que venda produtos pelo preço do frete, nem patrocinador faz isso. Cobrar caro ou barato é relativo, cada um sabe o quanto é caro e o quanto é barato para o bolso do outro, mas cobre, independente das perguntas "Quanto custa?", ou "Quanto vale?". Se alguém disser "faço por amor", e dar de graça é como disse acima, é prostituir a arte, ou deixar que ela seja assediada sem retorno, infelizmente não contamos com incentivo de Ministérios ou órgãos públicos, por isso chamamos de arte independente - e o músico independente tem contas a pagar. Um dia tenho certeza que as pessoas (produtores, músicos, público, enfim) vão entender isso.

Se eu quisesse fazer parte de alguma cena, tinha feito teatro para ser ator.

Um abençoado 2012 para você que luta pela cultura dia a dia, seja do Hip Hop, do Reggae, ou o que quer que você faça parte de coração.

RAS Wellington
fyadub

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

QUEBRANDO O TABU [DOCUMENTÁRIO]

"Quebrando o Tabu" fuma, mas não traga...
Por Cynara Menezes - http://www.cartacapital.com.br/politica/quebrando-o-tabu-fuma-mas-nao-traga/

Terry Southern, um dos grandes nomes da contracultura norte-americana, tem um conto intitulado “Red-Dirt Marijuana”, que li traduzido em espanhol como “La Rica Marihuana”, uma espécie de “modo de usar” da maconha em formato de ficção. Como um “Huckleberry Finn” de Mark Twain em versão “ervoafetiva”, Southern narra a história da amizade entre um garoto branco e seu amigo mais velho, negro, empregado da fazenda onde ambos vivem.

Impressionado ao ver algumas vacas meio sonolentas largadas pelo pasto, o guri ouve do rapaz: “Sinal de que deve ter erva por perto”. De fato, os amigos descobrem alguns pés de maconha nas proximidades, logo colhidos pelo negro, que coloca a planta para secar e depois começa a separá-la em dois montes diferentes. O garoto pergunta: “Por que você está fazendo isso?” E ele: “Essa daqui é a maconha fraca, que posso fumar para trabalhar o dia inteiro, de sol a sol, sem me cansar. E esta aqui é a maconha forte, para fumar no domingo, quando não quero nem saber de trabalho”.

É uma história que diz muito sobre as diferentes formas de usar maconha. Há pessoas que conseguem inclusive fumar e trabalhar; e há outras que preferem utilizar a erva só nas horas de folga, para não misturar trabalho com estados alterados de consciência. Há quem fume cotidianamente; e há quem fume ocasionalmente. Este tipo de percepção sobre a droga não costuma aparecer em pesquisas sobre a maconha para não dar destaque ao fato de que a maioria dos “maconheiros” fuma baseados com “fins recreativos”. Existem estudos indicando que 95% dos usuários da maconha sejam recreativos.

O principal problema do filme “Quebrando o Tabu”, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendendo a descriminalização da maconha, é justamente ignorar o uso recreativo. A premissa do documentário dirigido por Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck, é que o usuário não pode ser preso porque é um doente, não um criminoso. A certa altura do filme, FHC diz: “Uma pessoa que fuma maconha de manhã cedo tem sérios problemas psicológicos”. Será mesmo? Eu própria conheço gente que fuma antes de trabalhar e não aparenta ter problema algum. Se você prestar atenção, verá algumas vezes pessoas fumando baseado no trânsito a caminho do trabalho. É mais comum do que se imagina.

FHC diz que tem estudado o tema da maconha, mas não parece ter muita idéia do que está falando. Ele confessa, bem no comecinho do documentário, que errou em sua política de drogas quando foi presidente. Em seguida, aparece Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, também admitindo que errou. Pena, porém, que a honestidade intelectual do filme acabe aí. No afã de demonstrar que o tucano é um globetrotter que circula com desenvoltura entre celebridades, o documentário prioriza depoimentos de ex-presidentes como os americanos Clinton e Jimmy Carter, o colombiano César Gaviria e o mexicano Ernesto Zedillo, além do escritor Paulo Coelho e do galã de Hollywood Gael García Bernal.

Só aparece um depoimento de usuário de maconha, um rapazola que fala das dificuldades de se comprar a erva enquanto enrola um baseado. Há outros depoimentos de viciados e ex-viciados em heroína, droga que o próprio filme faz questão de destacar que tem um poder de adicção mil vezes maior do que a maconha. Ora, se uma das intenções do documentário é descolar o uso da erva do vício em outras drogas, por que aproximar um usuário do outro? O heroinômano cabe no modelo “doente”, que precisa de tratamento e não de cadeia. O maconheiro, não.

Faltou ao filme de FHC um depoimento honesto como o da atriz Maria Alice Vergueiro no ótimo curta “Tapa na Pantera”, de Esmir Filho: “Fumo todos os dias há 30 anos e nunca viciei”. Faltaram usuários dizendo que fumam porque querem relaxar ou simplesmente porque gostam de fumar. Uma defesa sincera da descriminalização da maconha passa, sim, pelo fato de que irá reduzir a violência, como defende o filme de FHC. Mas é preciso falar que a maconha precisa ser descriminalizada também porque é uma planta e pode ser cultivada em casa, porque tem finalidades terapêuticas que precisam ser aproveitadas e pesquisadas, e porque está comprovado cientificamente que é menos nociva para a saúde do que o álcool e o tabaco, que são liberados.

Assim como fez o chapa de FHC, Bill Clinton, “Quebrando o tabu” fuma maconha, mas não traga. Sua defesa da descriminalização é superficial e é desonesto intelectualmente ao ignorar o usuário recreativo de maconha. Não adianta vir com a desculpa de que este seria um caminho mais curto para a descriminalização –tipo o acusado que assina uma confissão para ter uma pena menor. Não. Chamar os que fumam cannabis de doentes é tão equivocado quanto dizê-los criminosos. E o que o debate sobre a descriminalização da maconha no Brasil menos precisa é de hipocrisia.


=====
Escolhi postar a critica da Cynara Menezes, menos acida que a minha, que num breve parágrafo, resumo o documentário como a maior propaganda política que vi nos últimos anos... ao invés de 1 hora de duração, são 01h20min numa tentativa exacerbada de adquirir o voto do usuário de maconha numa sintaxe onde ele não é o foco, e sim a política em volta do usuário que faz o voto do mesmo ser promissor. A classe trabalhadora do "Lulismo", foi remodelada para uma Classe Usuária de Drogas - principalmente a maconha pelos tucanos de FHC. - RAS [fyadub]






quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

SUBATOMIC SOUNDS @ FYASHOP + FREE DOWNLOAD



Duas novidades, a primeira é que chegou o catálogo do selo e sound system Subatomic Sound de Nova Iorque, todos os discos em ótimas prensas 12inch com participações de Lee Perry, Jahdan Blakkamoore, David Lynch, Dubblestandart, Ari Up, Elephant Man, e os dois 7inch de edição limitada com vocal de Anthony B, abaixo todos os links para você ouvir cada disco que vão desde o new roots até o mais obscuro dubstep, e de presente de final de ano vai um link pra você fazer o download de todo o material disponibilizado no soundcloud do Subatomic Sound, tem mash ups, remixes, podcast, então só fazer o download >>> clique aqui.

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sábado, 17 de dezembro de 2011

MUMIA ABU JAMAL – A VOZ DOS SEM VOZES



Nascido Wesley Cook, em 24 de abril de 1954, em Filadélfia, casado com Mydiya Wadiya Jamal; ex-membro do Partido dos Panteras Negras e seguidor dos ensinamentos de John Africa. Co-fundador e ministro da Informação, ativista integrante na Philadelphia da Black Panther Party, 1968-c. 1973; jornalista de rádio, 1970-1981, continuou quanto foi possível, enquanto na prisão, desde 1982 é autor dos livros Live from Death Row (Ao Vivo do Corredor da Morte, Editora Conrda) e Death Blossoms, All Things Censored, Jailhouse Lawyers: Prisoners Defending Prisoners v. the USA, The Framing of Mumia Abu-Jamal, All Things Censored Volume 1, We Want Freedom: A Life in the Black Panther Party e Lucasville: The Untold Story of a Prison Uprising. 

A Abu-Jamal foi dado o nome de Mumia em 1968 por seu professor de ensino médio, um queniano que deu uma aula sobre cultura Africana no qual os alunos em sala de aula levaram nomes Africanos. De acordo com Abu-Jamal, "Mumia" significa "Príncipe" e foi o nome do anti-colonial nacionalista africano que conduziu uma guerra contra os britânicos no Quênia, no momento do seu movimento de independência. Ele adotou o sobrenome Abu-Jamal ("pai de Jamal" em árabe ), após o nascimento de seu filho Jamal em 18 de julho de 1971. Seu primeiro casamento foi aos 19 anos, a mãe de Jamal, Biba, durou pouco. Sua filha Lateefa, nasceu logo após o casamento, Mazi, Abu -Jamal 's é seu filho com sua segunda esposa, Marilyn (conhecida como "Peachie"), nasceu no início de 1978. Abu-Jamal se separou de Marilyn e começou a viver com sua terceira esposa e atual, Wadiya, pouco antes do eventos que levaram à sua prisão.

É muito difícil encontrar alguém familiarizado com a história de Mumia Abu-Jamal, que não tenha uma forte opinião de uma forma ou de outra sobre o caso. Alguns vêem o ex-Pantera Negra como um criminoso cruel, que matou um policial e agora é justamente sentenciado no corredor da morte aguardando a execução, que foi anulada e agora cumprirá prisão perpétua sem condicional. Outros vêem o ex-jornalista premiado como um prisioneiro político sendo punido por suas opiniões radicais e duras críticas dos poderes constituídos. A batalha entre os que apóiam Abu-Jamal - um grupo diverso que inclui uma série de celebridades - e aqueles que querem ver sua sentença de morte, finalmente realizada - um grupo igualmente diverso liderado pela viúva do oficial que ele supostamente assassinou, já são incontáveis os volumes sobre o estado das relações raciais nos Estados Unidos hoje e sobre a eficácia e a equidade do sistema jurídico e penal. 

Desde sua prisão, Abu-Jamal tem representado um lado dos Estados Unidos que é feio na melhor das hipóteses. De acordo com Emerge, "Ele se tornou um símbolo de um sistema de justiça criminal americano que se move de forma constante para uma maior utilização da pena de morte como outras nações industrializadas continuam a condená-la. Ele se tornou um símbolo de um sistema de justiça penal que responde bem com dinheiro, mas reage com indiferença para aqueles com pouco... E, ironicamente, o seu status de símbolo ilustra quanta atenção pode ser dada a um indivíduo, enquanto outras passam despercebidas." 

O homem no centro da controvérsia, Mumia Abu-Jamal, nasceu Wesley Cook em 24 de abril de 1954, na Filadélfia. Um dos seis filhos, Abu-Jamal se envolveu em ativismo político em uma idade muito precoce, o primeiro conflito de seus muitos com a polícia da Filadélfia aconteceu quando ele tinha 14 anos. Abu-Jamal e três amigos, todos negros da Zona Norte da cidade, protestavam em um comício em South Side, do lado segregacionista do candidato presidencial George Wallace, então governador do Alabama. Quando um grupo de racistas brancos começaram a espancá-lo e a seus amigos, Abu-Jamal chamou por um policial que perto para ajudar. Em vez de resgatá-los, o oficial entrou na batida e depois os prenderam. Em seu livro de 1995 Live From Death Row, Abu-Jamal expressa graças ao oficial desconhecido, que "me chutou direto para o Partido dos Panteras Negras". 

Em 1969, com 15 anos, Abu-Jamal ajudou a fundar na Filadélfia do Partido um dos braços dos Panteras Negras e foi nomeado Ministro de Informação. Expulso da escola junto com outros militantes negros que circulam panfletos revolucionários, ele passou o verão de 1970 em Oakland, na Califórnia, trabalhando no jornal dos Panteras Negras. Seu trabalho com os Panteras Negras serviu como sua introdução ao jornalismo e ajudaram a moldar a provocativa, o estilo de escrita política que permaneceu com ele durante toda sua carreira. Quando o seu aprendizado em Oakland terminou, Abu-Jamal voltou à Filadélfia, onde seus folhetos inflamatórios captaram a atenção do Philadelphia Inquirer, que publicou um artigo de primeira página sobre ele. Ele também chamou a atenção da polícia de Filadélfia e do Federal Bureau of Investigation (FBI), que o colocou sob constante vigilância. Ainda com idade suficiente para votar, Abu-Jamal foi já considerado um inimigo não-oficial do governo dos EUA antes dos 18 anos. 

Como o Partido dos Panteras Negras caiu em desarranjo na década de 1970, Abu-Jamal concentrou a maior parte de suas energias sobre o jornalismo de rádio, ganhando uma reputação como "a voz do sem vozes". Ele passou um tempo como um apresentador de talk show na Filadélfia WWDB-FM, e mais tarde mudou de cargo, agora como diretor de notícias da WHAT-AM. Ao longo dos próximos anos, suas transmissões foram ouvidos na National Public Radio (NPR), a Mutual Black Network, a National Black Network, e a Associated Press. Seu trabalho de relatório colocou em contato com outra organização radical africana política, a MOVE baseada em Filadélfia. 

Durante a primeira metade da década de 1970, Abu-Jamal foi um dos poucos jornalistas dispostos a cobrir o MOVE, uma vez que muitos outros, tanto em preto e branco, foram adiadas pelo comportamento agressivo e não-tradicionais, a aparência diferencia com seus dread-lock de outros membros do grupo. Cobertura de Abu-Jamal do MOVE tornou cada vez mais simpático depois da morte 1975 de uma criança durante uma invasão policial da sede da MOVE. Em 1977, MOVE tinha se tornado extremamente militante. Quando a polícia usou a força bruta para terminar um ano de duração impasse com o MOVE fortemente armados, em agosto de 1978, conta Abu-Jamal do evento veio para baixo firmemente do lado do MOVE. Por algum tempo após o ataque, ele conduziu entrevistas com integrantes do MOVE preso e era praticamente o único membro dos meios de comunicação para desafiar abertamente a versão Philadelphia prefeito Frank Rizzo sobre o que aconteceu. Rizzo foi menos do que satisfeito com a maneira como Abu-Jamal relatou o episódio. 

No início de 1980, Abu-Jamal foi presidente da Associação de Jornalistas Negros da Filadélfia. Como um apresentador de rádio, ele continuou a fornecer uma saída para os pontos de vista, as geralmente radicais, não ordinariamente ouvidas no rádio comercial. Porque suas crenças políticas foram muito além do mainstream, no entanto, os avanços da carreira de um jornalista de rádio pode aspirar não estavam disponíveis para ele. Para complementar sua renda, Abu-Jamal teve que dirigir um táxi. Ele estava dirigindo seu táxi no início da manhã do dia 09 de dezembro de 1981, quando a cadeia de eventos que mudaria - e talvez final - a sua vida foi colocado em movimento. 

Por volta das 04h00, o policial Daniel Faulkner parou um Volkswagen conduzido por William Cook, irmão de Abu-Jamal. Diretor da Faulkner chamado para backup, mas quando chegou ele já estava morto a bala desferidas nas costas e no rosto. Perto dali, eles também descobriram Abu-Jamal deitado em uma poça de seu próprio sangue de um ferimento à bala no peito. Precisamente o que aconteceu entre o momento em que Faulkner parou William Cook e a chegada dos outros policiais na cena permanece obscura. Abu-Jamal afirma que viu Faulkner batendo em seu irmão, e quando ele veio para ajudar William foi Mumia que atirou no policial. Uma pessoa desconhecida, em seguida chegou, matou Faulkner, e fugiram do local. Na versão da promotoria de eventos, Abu-Jamal atirou em Faulkner, que foi capaz de retornar o fogo e atirou em Abu-Jamal antes de morrer. 

Incapazes de pagar um advogado e impedido pelo Juiz Albert Sabo de representar a si mesmo, a Abu-Jamal foi dado um advogado nomeado pelo tribunal, que apresentou uma fraca defesa. Em julho de 1982, Abu-Jamal foi condenado por assassinato em primeiro grau e condenado à morte. Esperando no corredor da morte como a sua sucessão de recursos, todos rejeitados - pelo Supremo Tribunal da Pensilvânia em 1989, e pela Suprema Corte dos EUA no ano seguinte - Abu-Jamal continuou a escrever, e seu trabalho apareceu em locais como The Nation e o Jornal de Direito de Yale. Seus comentários também foram impressos em dezenas de jornais nos Estados Unidos e Europa. 

O caso Abu-Jamal atraiu a atenção mundial, e sua causa foi assumida por muitos, dos grupos de esquerda política para angariação de fundos e esforços liderados por estrelas de cinema. A lista de apoiantes de Abu-Jamal, inclui celebridades notáveis de entretenimento, como Ed Asner, Naomi Campbell, Danny Glover, Whoopi Goldberg, Lear Norman, Spike Lee, Paul Newman, Susan Sarandon, e Oliver Stone; escritores como Maya Angelou, EL Doctorow, Norman Mailer, Salman Rushdie, e William Styron; ativistas e críticos sociais Ossie Davis , Henry Louis Gates, Jr., bell hooks, Ralph Nader, Gloria Steinem, e Cornel West; o advogado Johnnie Cochran; religioso político Jesse Jackson, e dignitários estrangeiros como Nelson Mandela (ex-Presidente da África do Sul) e Jacques Chirac (ex-Presidente da França). 

Uma variedade de grupos da Human Rights Watch e da Anistia Internacional para o Fundo de Defesa Legal da NAACP e da Associação Internacional de Poetas, dramaturgos, editores, ensaístas e romancistas (PEN) levaram para Abu-Jamal a pedidos de um novo julgamento. O National Black Police Association também tem sido um fervoroso apoiante de Abu-Jamal. Do outro lado do muro a viúva de Faulkner; a Ordem Fraternal da Polícia da Filadélfia, e o governo do Estado da Pensilvânia. 

Como defensor, Abu-Jamal lutou por um novo julgamento, os seus adversários estavam envolvidos em tentativas de silenciá-lo. Pelo canal HBO foi ao ar um especial de televisão sobre o caso, assim como a British Broadcasting Company (BBC) na Inglaterra. Artigos sobre Abu-Jamal começaram a aparecer em jornais e revistas de todo o mundo. Ao mesmo tempo, aqueles que querem silência-lo. Abu-Jamal teve a sua quota de vitórias: a NPR, sob pressão da Ordem Fraternal da Polícia, entrevistas canceladas com Abu-Jamal lidar sobre seu livro Live From Death Row, e em 1997, a Universidade Temple, na Filadélfia uma estação de rádio cedeu às demandas para parar a transmissão do programa de Abu-Jamal na rádio pré-gravados sobre a vida na prisão. 

Com o conjunto de Abu-Jamal execução para 17 de agosto de 1995, sua nova equipe legal, liderada pelo conhecido advogado de defesa Leonard Weinglass, foi capaz de lutar com sucesso para a suspensão da execução. Jamal e partidários apontam para uma série de falhas no caso da promotoria das quais não foram abordadas no julgamento, incluindo inconsistências nas contas da polícia, a ausência de relatórios da balística, e um processo de seleção questionável do júri. 

Pressão em ambos os lados do caso de Mumia Abu-Jamal no final de 1990. Ele provavelmente irá permanecer sempre uma questão de perspectiva quanto a saber se a batalha é, como o título do livro do advogado Weinglass como sugere, uma corrida para a Justiça, ou apenas os suspiros agonizantes de um condenado foragido . Enquanto isso, em uma parte de uma entrevista com o Philadelphia Inquirer, que foi reeditado pelo Emerge, Abu-Jamal lembrou ao público "Eu sou um homem. Para me chamar de um símbolo é desumanizar-me."



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

BLACK REDEMPTION @ FYASHOP


O Black Redemption de RAS Kush não é novidade por aqui, mas talvez seja para muitos, já publicamos no inicio do FYADUB um trabalho sobre ele, na verdade uma nota que ele nos envio junto com alguns trabalhos do Black Redemption em 1993, após publicamos o set dele juntamente com Digital English, RAS Kush e Judah Skender Tafari um aula de seleção e feeling vocal por parte de todos.

O Black Redemptionfoi uma das grandes inspirações para o desenvolvimento do FYADUB e da Dub Music, que hoje é uma força presente na cena internacional underground. Mais do que nunca, casas de shows, dj's, produtores musicais, gravadoras e um bocado de pessoas estão conscientes do movimento dessa onda arrebatadora que é o dub. A verdade é que bateria é a base do trance, jungle, do 2step e do dubstep, todos derivados do estilo original Dubwise da Jamaica. O Black Redemption Sound System de Nova Iorque, de Ras Kush vêm apresentando o dub em seu formato soundsystem original. Convidados especiais como Jah Shaka, Aston "Family Man" Barrett, Yami Bolo, Cedric I'm Brooks, Disciples, Iration Steppas, e o melhor de seletores de Nova Iorque, cantores, músicos, bandas e afiliados com a música Dub já se envolveram com o sound. Oradores especializados, efeitos sonoros com eco e delay, têm sido aplicados para permitir uma completa experiência de sons dub. A definição de uma prioridade, com intervalos das raízes mais profundas do vintage para steppers mais recentes do estilo dub warrior, um mistério é trazido à luz para satisfazer o objeto de desejo dos fãs do Dub e de muitos colecionadores.

Em Nova Iorque, não há alternativa a uma sessão de Kush Ras e Black Redemption. Ras Kush é um sonoplasta de verdade no conceito original de operação de um soundsystem e administração. Suas obras musicais preenchem o vazio da cena da música reggae nos Estados Unidos. Sua educação internacional, e de amor central para a música, influenciou seu sentido para a evolução musical e apreciação rítmica tradicional. Como a maioria dos jovens de seu tempo, que cresceram no início dos anos 70 no Caribe, ele foi influenciado e inspirado pela música de Bob Marley, e suas estadias regulares na América o expôs à música, com desenvolvimento do hip hop. Seu amor pela música o levou a estar sempre envolvido em uma forma musical ou de outra e, eventualmente tocando como dj.

Ao tocar música, ele encontrou um cumprimento específico e satisfação em reunir todos em em comunhão. Sua conexão duradoura com a música é uma força motriz para suas realizações. Em seu envolvimento com a música reggae, Ras Kush teve uma ligação especial com certos membros fundamentais, tais como Roland Alphonso e Bullwackie Lloyd Barnes. Com Lloyd Bullwackie Barnes, Ras Kush tem trabalhado como artista e distribuidor, e excursionou no Japão inúmeras vezes representando produções do selo Bullwackies. Sendo o primeiro produtor de reggae nos Estados Unidos, e tendo o próprio conceito de um primeiro sound system de reggae em Nova Iorque, Bullwackies tem sido como um mentor para Ras Kush. A profissão de sound system, que pratica Ras Kush, tem sido o caminho de evolução para a maioria dos grandes produtores fora da Jamaica. Isto também impulsionou Ras Kush como produtor, sua gravadora e selo próprio Black Redemption lançou consistentemente produções muito bem recebidas, com títulos muito procurados e pedidos de prensagem contínua.

Ele também está envolvido em um selo de re-edições, o Roots Forward, que produziu tesouros perdidos e jóias desconhecidas dos anos 70 e 80. Ras kush tem gravado com nomes lendários como: Ashanty Roy, Congos, Glen Brown, Johny Osbourne, White Mice e Ranking Joe para citar alguns. Ele também já se apresentou por toda a América, Canadá, Europa e Japão. Com uma crescente base de fãs em todo o mundo, e é importante tomar nota e manter-se com o mais recente e atuais informações do trabalho de Ras Kush. A música é uma missão que é um programa de extensão para Ras Kush Black Redemption - Sounds Of Praises para trazer a meditação na dança e da elevação de um e de todos.



E como nós gostamos muito de Black Redemption, disponibilizamos todo o catálogo do que hoje está produzido disponível pelo selo de RAS Kush, participação de Russ Disciples e Dougie Conscious em algumas produções e um cast monstro de singjays principalmente e alguns deejays, todas as produções em prensas magníficas, todo os discos prensados em 10 polegadas, com preço promocional de 35,00 reais cada disco, todos a pronta entrega. 

Para comprar envie e mail para fyadub@yahoo.com.br




Fred Locks, Micah Shemiah - Hail The Emperor / We Know (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR1039
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
+ shipping


Judah Eskender Tafari / Russ Disciples* - The Real Things / Mandinka (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR1017
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
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Judah Eskender Tafari / Jonah Dan / Russ D - Choose One / Meditation (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR 1014
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
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Singing Cologne* - So-called Leaders (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR1031
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
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Cologne (2) / Turbulence (4) - Jah Will Make A Way / Always Fari (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR1020
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
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Fred Locks - Bloody And Deceitful Men (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR1028
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
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Fred Locks / Ras McBean* - Evil & Evil / Stay Away (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR1041
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
+ shipping


Icho Candy, Vania Colours - Come Down Babylon / Open Your Eyes (10")
Label:Black Redemption
Cat#: BR1038
Media Condition: Mint (M)
 

R$85.00
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  Twitter   https://www.instagram.com/fyadub_fyashop/   http://www.youtube.com/fyadub  http://www.discogs.com/seller/fyashop/profile   http://fyadub.blogspot.com.br/p/fyashop-teste_22.html   fyadub@yahoo.com.br

FREE DOWNLOAD - DIRTY DUBSTERS - MIXED BIZNESS

O Duo de produtores Dj Obese e Jay Sharp voltaram a trabalhar juntos em 2009 após uma pausa nos estúdios por dois anos. Os dois ficaram ocupados produzindo alguns tunes com na vibração dos mash ups (que nos agrada muito), buscaram inspiração no funk, disco, break beat, dancehall, reggae, latin music e muitas outras coisas. Assinaram com o selo Break-Down em 2009, e tiveram suas primeiras duas faixas lançadas - Bomb e The Ruckus num EP da Break-Down. O EP enrou para lista Funk da Juno na 13o posição e subiu até a 5o posição. O single seguinte foi "Funk Que Manera", com 4 faixas, bem diferente do primeiro. 

Bom, achar os discos dos meninos não é fácil, e a tiragem é limitada, então se você tiver algum sobrando manda para a gente. Abaixo, mixtape Mixed Bizness, que aliás é finíssima com o duo tocando tudo que gente gosta; mash ups, drum n bass, hip hop e flows monstros, com uma galera bem contemporânea e novos artistas, tem Chip Fu, Mungos Hi Fi, Screechy Dan, Dead Prez, Serial Killaz, Vicious, Blackout JA e vários outros... download clique aqui. Enjoy!!!! 











terça-feira, 22 de novembro de 2011

25/11/2011 - LAB ANN DUB CONVIDA RAS WELLINGTON [FYADUB]

Dia 25/11/2011 participo do evento do pessoas do Lab Ann Dub em frente a faculdade Metodista em São Bernardo do Campo.

Promessas são de boas vibrações, e 2h30min só com RAS Wellington tocando... Pois bem, vamos tirar o pó do case e coloca discos velhos e novos para rodar.

No set talvez um pouco de roots, dancehall e hip hop, mas certeza absoluta de steppers e dubstep no analógico, e também com alguns plates gravados lá nos nosso estúdios da vida e correria, com Mr. Bomba, Zulusouljah, Funk Buia, Criolo e algumas outras coisas que vierem surgindo.

O bote é em frente a  FACULDADE METODISTA, no Campus Rudge Ramos: Rua do Sacramento, 230 - São Bernardo e o evento é bem na entrada principal, não paga nada de entrada, leve somente suas boas vibrações ok.

Fortaleça os músicos independentes, de o total respeito a quem faz música ou qualquer tipo de arte. O dinheiro não faz a engrenagem do mundo girar, dinheiro só substitui o respeito na ausência dele. 

sábado, 19 de novembro de 2011

FYASHOP :: DISCOS :: DUBPLATES :: FONES :: CASES :: SLIPMATS :: HEADSHELL :: ADAPTADORES


FYASHOP :: DESDE 2007

DISCOS :: DUBPLATES :: FONES :: CASES :: SLIPMATS :: HEADSHELL :: ADAPTADORES
DUB :: REGGAE :: HIP HOP :: SKA :: STEPPERS :: DANCEHALL


DISCOS A PARTIR DE 9,99 :: + DE 250 ITENS A VENDA
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> 7INCH - PETER BROGGS - HIGHER ISES (ORIGINAL PRESS) / R$ 35
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> 10INCH - DUBKASM FEAT. LIDJ XYLON - ZULU DAWN (ORIGINAL PRESS) / R$ 70
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> LP - MI SELECTA / R$ 70

> LP - CAPLETON - I TESTEMENT / R$ 70
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> LP - DUBKASM - TRANSFORM I / R$ 70
http://youtu.be/SaPrlkrFmQM

> DUBPLATES >> FUNK BUIA | >> SOMBRA | >> ZULUSOULJAH
R$ 250,00 - Inclui estúdio e mixagem. São enviados arquivos mp3 e .wav.
Para ouvir algumas das músicas produzidas; http://soundcloud.com/fyadub


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If you are in a country other than Brazil, we would be grateful if you send information about your show, release of your sound system, mixtapes, albums and singles, if you haver make a record we won't to make the distribuition here in Brazil and South America. To all sound system around the world, we would be flattered if you send all the info, photos and links as possible to us. Send to us your catalogue if you got a shop, a label, or some goods to sell.


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Thanks for the Link Up JAH Bless

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DUBATAK @ FYASHOP

O Dubatak Sound System trabalha desde 2007 lançando produções independentes criadas e finalizadas em seu próprio estúdio. Com cooperações musicais vindas da Jamaica, Inglaterra, França e Brasil, essas músicas foram lançadas em cd e vinil através do selo Dubatak, e hoje são amplificadas por um potente sistema de som fábricado artesanalmente.

Uma combinação única de reggae, dub, rub-a-dub, stepper e dancehall une produtores do Rio de Janeiro e São Paulo no sound system e selo Dubatak.
Formado em 2006 pelo engenheiro de som e cantor Mateus Pinguim e o produtor Jeff Boto, a equipe de som ganhou depois o reforço do produtor e selecta Prince Leo, um dos mais atuantes da cena reggae carioca.
Em 2008, o selo Dubatak lançou seu primeiro disco “É Só Querer", interpretado e produzido por Mateus Pinguim, com shows de lançamento em várias capitais brasileiras.

No ano seguinte saiu o segundo lançamento, “Braziliang”, o primeiro single em vinil 7" prensado na Alemanha, que contém a faixa título mixada pelo chinês Jiang Liang, além da versão instrumental (lado B).

Em Junho de 2010, o selo lançou mais dois singles. "Dancehall Culture", com o cantor jamaicano Earl Sixteen (que tem no lado B a versão melódica do francês Shaky Norman), virou hit nos maiores festivais de reggae e dub da Europa.

Já o single "High Grade", que tem no lado A a faixa título interpretada pelo singjay londrino Ruben da Silva, emplacou em mixtapes chapando seletores e ouvintes por todo o Reino Unido. No lado B, Experienza Riddim, versão instrumental contagiante com a cara do reggae anos 2000.

Em março de 2011 o selo lança no mesmo Experienza Riddim um 7" com duas big tunes, no lado A o consagrado dj jamaicano Tippa Irie indica qual o melhor caminho em "Righteous Way", enquanto no lado B o singjay revelação no Brasil Dada Yute defende a mulher negra em "Black Woman".

Além dos lançamentos em vinil, o sound system também produziu músicas e dubplates com outros artistas internacionais, como os jamaicanos Johnny Clarke, Bushman, Andrew Tosh, Suga Roy, Horace Andy, a MC escocesa Soom T, os franceses Pigments Libre, entre outros. O sound também gravou com os brasileiros Jimmy Luv, Funk Buia, Jr. Ramos, Comando Selva, entre outros.

Ao vivo, o Dubatak já se apresentou ao lado de nomes como Ranking Joe, Deeder Zaman, Mungos Hi-Fi, Digitaldubs, Bocafloja (Mexico-DF), King Tubby Sound System (Uk), Riddim Culture (Portugal) e Jahspora sounds (França).

Em 2011 o Dubatak Sound vem sendo residente de festas como a THE Groov ! no Rio de Janeiro, e o Projeto Patois em São Paulo, e em outubro lança seu segundo título em cd na coletânea Experienza Riddim, que está disponível para download gratuito, clicando aqui.


EXPERIENZA RIDDIM - MEGAMIX


DUBATAK @ FYASHOP

Earl Sixteen - Dancehall Culture [dubatak] R$ 15


Tippa Irie - Righteous Way/ Dada Yute Black Woman [dubatak] R$ 15


Earl Sixteen - Dancehall Culture + Cd Experienza [dubatak] R$ 25

Tippa Irie - Righteous Way + Cd Experienza [dubatak] R$ 25



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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

FREE DOWNLOAD :: DUB IRATION - THE LOST BOOK OF DUB CHAPTER 1

"Cada um depende do outro, aprender com os outros e você vai alcançar seus objetivos se você fizer em conjunto, certamente, o livre intercâmbio de idéias e apoio de idéias positivas é uma condição essencial para o progresso no mundo."

É isso mesmo, é assim que o post desse álbum me interessou, e encurtando a frase acima, nada mais que é se abdicar da "viagem do ego" ou "ego trip" que expressa o mesmo sentido. 

Enfim, foi uma das grandes surpresas no quesito free download desse ano - talvez o melhor até agora. 18 músicas que você vai ouvir do início ao fim, se for um dj que usa Serato ou CD pode levar para o seu set que não é por se tratar de um disco para download gratuito que deve estar de fora, pelo contrário, fortalecer os discos de download gratuito vai contra a usurpação de direitos autorais e intelectuais dos artistas. 

Penso que disponibilizar um disco por conta própria para downoad sem o consenso do artista deixou de ser varias coisas, para ser apenas desrespeito, seja discos de artistas antigos ou contemporâneos.

Bem, voltando ao The Lost Books Of Dub - Chapter 1 (clique aqui para fazer o download), é um disco de stepper, lançado pelo Dub Iration (México), que traz um cast de músicos conhecidos - pelo menos pelo fyadub. Primeiramente pelos brazucas Digitaldubs (que acabou de lançar seu LP "Digitaldubs #1") e Dubiterian residente na Alemanha.

Pois bem, hoje podemos dizer que a qualidade da nossa música, não fica atrás de nenhum gringo, não que estejamos a milhares de anos luz, longe disso, mas conseguimos hoje ter produções e qualidade de sets tão bons quantos esses músicos de fora, que ajudaram bastante no intercâmbio de informações e formatos de produção, ou seja, voltamos ao primeiro parágrafo.

Um dos grupos, que por aqui infelizmente não é muito lembrado é o Alpha And Omega, um dos primeiros trabalhos de reggae que eu realmente gostei, devido a forma de produção no inicio dos anos 90, e me serviu de inspiração para tocar stepper e trabalhar com reggae, já que como era habituado ao Hip Hop, o reggae de Marley não me atraía muito, logo após Vibronics, Zion Train e Roots Hitek, muito bom ouvir Roots Reggae Journey em nova roupagem lançado originalmente pelo selo Black Redemption produzida em trio por Ras Kush, Jah Shaka e Idren Natural.

Temos agora um trupe de músicos que surgiram, ou melhor dizendo, se tornaram conhecidos em meados dos anos 2000 como Kanka, Mungo's Hi Fi, Solo Banton, Soom T que estão despontando algum tempo já com discos que não podem faltar no set de ninguém que gosta de stepper, ou 2step ou dubstep para os mais recentes, já que essa rapazida desse disco (pelo menos a maioria) é a vanguarda do dubstep produzido hoje em dia. Bom, isso dá um texto muito extenso, mas para outro post. Aproveitem, e bons sons a todos. Enjoy!


domingo, 13 de novembro de 2011

ELECTRO ROCK - 1985 UK HIP HOP

É fácil olhar para trás, o Hip Hop nos anos oitenta era o underground com óculos escuros. Foi um tempo de feitos realmente grandes para a époica. Mas, para ser capaz de vê-lo e de voltar como uma fita vhs e mostrar o melhor da classe direto da velha escola. Electro Rock é um show de verdade; um filme seminal de um evento de Hip Hop realizado em 1985, que capta a nata do talento do movimento Hip Hop da época.

Realizado no Hipódromo de Londres e apresentado pelo então DJ Mike Allen da radio Capital, Electro Rock foi um evento-primordial no moviento devido a cinergia capturada em película e liberada através Polygram. O filme apresenta uma série de danças break, popping, beat box e rap do Reino Unido e alguns ativistas dos Estados Unidos. Estes incluem o lendário Afrika Bambaataa, London All Star Breakers, Broken Glass, Rock City Crew, Family Quest e um pouco do estranho Loose Bruce!

Apoiado pela Polygram, alguns dos expoentes do Hip Hop partiram em uma turnê promocional ao Reino Unido. Como eles acabaram no Hall do St George, em Exeter, em meados dos anos oitenta eu não tenho idéia, talvez um convite ou show fora da agenda da turnê. O salão é um último vestígio do tipo de local que teria hospedado eventos de luta livre na década de oitenta.

Mas naquela noite St George estava cheia de bboys, em seus melhores agasalhos Fila. Estranhamente justapostos contra o Hip Hop, palco do salão era mais adequado para teatro amador e as danças no desgastado piso de madeira. Mas a equipe lá em cima balançou a casa e a tripulação de Nottingham Rock City sacudiu o chão. Sem um toque de arrogância, o grupo da "Cidade do Rock" teve uma sessão master sem quebrar, enquanto o público todo, se misturava com os bboys formando multidão. Soa como nostalgia provavelmente,  olhando para trás com um brilho de saudade e um certo sentimentalismo.

Tinha visto esse video com alguns outros do DMC em meados da década de 90, e vê-lo de volta hoje é impressionante com toda a nostalgia lírica da batalha final (Londres contra o resto). É uma exposição fantástica sobre o estilo e força física de break e popping.

Hip Hop é um movimento que não para, continua evoluindo, construindo pontes e destruindo obstáculos, fazendo com que as pessoas se movimentem intelectualmente e politicamente. Através do Hip Hop - não do rap apenas, o engajamento de diversas pessoas tanto sendo parte Zulu Nation, das antigas equipes de som e dos jovens que mantém um movimento verdadeiro ativo e crescente, falando de história, respeitando a verdadeira escola (o novo e o velho é relativo), se faz com que a preservação de nossa história se sustente.

Sem prolongar muito mais, enjoy!!!



sábado, 12 de novembro de 2011

A REVOLTA DOS MALÊS


Africano Nagô, que pode ser identificado pelas marcas étnicas no rosto.
Na madrugada de 25 de janeiro de 1835, um domingo, aconteceu em Salvador uma revolta de escravos africanos. O movimento de 1835 é conhecido como Revolta dos Malês, por serem assim chamados os negros muçulmanos que o organizaram. A expressão malê vem de imalê, que na língua iorubá significa muçulmano. Portanto os malês eram especificamente os muçulmanos de língua iorubá, conhecidos como nagôs na Bahia. Outros grupos, até mais islamizados como os haussás, também participaram, porém contribuindo com muito menor número de rebeldes.

A revolta envolveu cerca de 600 homens, o que parece pouco, mas esse número equivale a 24 mil pessoas nos dias de hoje. Os rebeldes tinham planejado o levante para acontecer nas primeiras horas da manhã do dia 25, mas foram denunciados. Uma patrulha chegou a uma casa na ladeira da Praça onde estava reunido um grupo de rebeldes. Ao tentar forçar a porta para entrarem, os soldados foram surpreendidos com a repentina saída de cerca de sessenta guerreiros africanos. Uma pequena batalha aconteceu na ladeira da Praça, e em seguida os rebeldes se dirigiram à Câmara Municipal, que funcionava no mesmo local onde funciona ainda hoje.

A Câmara foi atacada porque em seu subsolo existia uma prisão onde se encontrava preso um dos líderes malês mais estimados, o idoso Pacifico Licutan, cujo nome muçulmano era Bilal. Este escravo não estava preso por rebeldia, mas porque seu senhor tinha dívidas vencidas e seus bens, inclusive Licutan, foram confiscados para irem a leilão em benefício dos credores.

O ataque à prisão não foi bem sucedido. O grupo foi surpreendido no fogo cruzado entre os carcereiros e a guarda do palácio do governo, localizado na mesma praça. Daí este primeiro grupo de rebeldes saiu pelas ruas da cidade aos gritos, tentando acordar os escravos da cidade para se unirem a eles. Dirigiram-se à Vitória onde havia um outro grupo numeroso de malês que eram escravos dos negociantes estrangeiros ali residentes.

Após se unirem nas imediações do Campo Grande, os rebeldes atravessaram em frente ao Forte de São Pedro sob fogo cerrado dos soldados, indo dar nas Mercês, de onde retornaram para o centro da cidade. Aqui atacaram um posto policial ao lado do Mosteiro de São Bento, outro na atual Rua Joana Angélica (imediações do Colégio Central), lutaram também no Terreiro de Jesus e outras partes da cidade. Em seguida desceram o Pelourinho, seguiram pela Ladeira do Taboão e foram dar na Cidade Baixa. Daqui tentaram seguir na direção do Cabrito, onde tinham marcado encontro com escravos de engenho. Mas foram barrados no guartel da cavalaria em Água de Meninos. Neste local se deu a última batalha do levante, sendo os malês massacrados. Alguns que tentaram fugir a nado terminaram se afogando.

A revolta deixou a cidade em polvorosa durante algumas horas, tendo sido vencida com a morte de mais de 70 rebeldes e uns dez oponentes. Mas o medo de que um novo levante pudesse acontecer se instalou durante muitos anos entre os seus habitantes livres. Um medo que, aliás, se difundiu pelas demais províncias do Império do Brasil. Em quase todas elas, principalmente na capital do país, o Rio de Janeiro, os jornais publicaram notícias sobre o acontecido na Bahia e as autoridades submeteram a população africana a uma vigilância cuidadosa e muitas vezes a uma repressão abusiva.

Salvador tinha na época da revolta em torno de 65.500 habitantes, dos quais cerca de 40 por cento eram escravos. Entre a população não-escrava a maioria era também formada por africanos e seus descentes, chamados na época de crioulos quando eram negros nascidos no Brasil, além dos mestiços de branco e negro, chamados de pardos, mulatos e cabras. Juntando os negros e mestiços escravos e livres, os afro-descendentes representavam 78 por cento da população. Os brancos não passavam de 22 por cento. Entre osescravos, a grande maioria (63 por cento) era nascida na África, chegando a 80 por cento na região dos engenhos de açúcar, o Recôncavo.

Esses escravos eram trazidos de diversos portos da costa africana. Um grande número vinha de Luanda, Benguela, Cabinda, mas na época da revolta de 1835 a grande maioria era embarcada nos portos do golfo do Benim (portos de Ajudá, Porto Novo, Badagri, Lagos). Foram alguns desses últimos grupos os mais diretamente ligados à revolta. Eles podiam ser de diversas origens, segundo a língua que falavam: iorubá, haussá, fon, mahi, nupes, bornus etc. Na Bahia a maioria desses escravos era conhecida por nomes diferentes daqueles que tinham na África: os de língua iorubá chamavam-se nagôs, os fon e mahi eram conhecidos como jejes, os nupes como tapas.

Em 1835 a grande maioria dos escravos da Bahia nascidos na África era realmente de língua iorubá, cerca de 30 por cento. Eram como nagôs. Muitos deles professavam a religião muçulmana, embora a maioria dos nagôs fosse de fato adepta do candomblé dos orixás.

A cidade de Salvador tinha uma economia baseada na escravidão, que girava em torno da cana-de-açúcar produzida na região denominada de Recôncavo, terras que circundam a Baía de Todos os Santos. Ali também se plantava o fumo, que era exportado paraa Europa e para a África. Na África o fumo era utilizado na compra de escravos.

No Recôncavo, os escravos eram empregados em todo tipo de atividade rural, não apenas no setor açucareiro e fumageiro. Eles também labutavam na criação de gado e no cultivo da mandioca. A farinha de mandioca já era naquela época um item fundamental da dieta de ricos e pobres, senhores e escravos. Como o fumo, a farinha estava também ligada ao tráfico, pois constituía um dos principais alimentos a bordo dos navios negreiros.

Da mesma forma, os escravos eram utilizados nas vilas e cidades, sobretudo na capital, onde se ocupavam no trabalho doméstico, nos diversos ofícios (pedreiro, sapateiro, ferreiro), nas atividades do mar (marinheiro, remador, canoeiro, pescador). Eles lavravam a terra em pequenas plantações existentes na periferia da cidade, trabalhavam em variados tipos de construção pública e privada, vendiam uma grande variedade de pequenas mercadorias, principalmente comida pronta, verduras, peixe, carne. E eram empregados no transporte de volumes grandes e pequenos, como caixas de açúcar, barris de cachaça, mercadorias importadas, água de gasto e potável, dejetos humanos, balaios de compras e até cartas eram levadas ao correio por escravos. Eles também transportavam pessoas nas cadeiras de arruar, talvez a mais típica atividade dos escravos nas ruas de Salvador.

As ocupações dos presos por suspeita de participação na revolta de 1835 refletem a variedade de atividades desempenhadas pelos escravos urbanos. Havia entre eles lavradores, remadores, domésticos, pedreiros, sapateiros, alfaiates, ferreiros, armeiros, barbeiros, vendedores ambulantes, carregadores de cadeira, entre outras atividades. A grande maioria dos rebeldes se empregava em ocupações tipicamente urbanas. Foram pouquíssimos os ocupados na lavoura, por exemplo. Um ou outro tinha vindo do Recôncavo para participar do levante em Salvador.

Na escravidão urbana os cativos gozavam de maior independência do que na escravidão rural, e isso facilitou muito a organização do movimento de 1835. Em geral, os escravos percorriam por toda a cidade trabalhando para seus próprios senhores ou, principalmente, contratados por terceiros para serviços eventuais. Muitos escravos sequer moravam na casa senhorial. Chamados negros ou negras de ganho, e também de ganhadores ou ganhadeiras, esses homens e mulheres escravizados contratavam com seus senhores entregar certa quantia diária ou semanal de dinheiro, e tudo que ultrapassasse esta quantia podiam embolsar. O escravo que trabalhasse muito e poupasse muito podia após cerca de nove longos anos comprar sua liberdade, e muitos assim o fizeram. Alguns chegavam se tornar prósperos homens de negócio, que era a ocupação mais comum dos que prosperavam.

Muitos africanos, depois de libertos da escravidão, tornavam-se eles próprios senhores de escravos. Calcula-se em cerca de 7 por cento a proporção dos africanos libertos na população de Salvador na época da revolta dos malês. Eles representariam em torno de 25 por cento da população africana na cidade.

Africanos escravos e libertos com freqüência trabalhavam e viviam juntos, desempenhando as mesmas tarefas, morando nas mesmas casas. No trabalho de rua organizavam-se em associações chamadas cantos de trabalho, nos quais se reuniam principalmente os da mesma etnia chefiados por um “capitão” encarregado de acertar os serviços desempenhados pelo grupo. Assim associados enfrentavam o trabalho diário e desenvolviam laços de amizade e solidariedade que constantemente se desdobravam em ações políticas. Esses grupos de trabalho foram essenciais na mobilização dos africanos para a revolta em 1835 e em outras ocasiões. Enquanto esperavam por serviço nas esquinas onde se reuniam, os africanos iam formulando e aperfeiçoando suas idéias de liberdade e de ataque à escravidão na Bahia.

Infelizmente não sabemos detalhes do que planejavam fazer os rebeldes depois de vitoriosos. Há indícios de que não tinham planos amigáveis para as pessoas nascidas no Brasil, fossem estas brancas, negras ou mestiças. Umas seriam mortas, outras escravizadas pelos vitoriosos malês. Isso refletia as tensões existentes no seio da população escrava entre aqueles nascidos na África e aqueles nascidos no Brasil. Que fique bem claro: os negros nascidos no Brasil, e por isso chamados crioulos, não participaram da revolta, que foi feita exclusivamente por africanos.

Por isso, se o levante tivesse sido um sucesso, a Bahia malê seria uma nação controlada pelos africanos, tendo à frente os muçulmanos. Talvez a Bahia se transformasse num país islâmico ortodoxo, talvez num país onde as outras religiões predominantes entre os africanos e crioulos (o candomblé e o catolicismo) fossem toleradas. De toda maneira a revolta não foi um levante sem direção, um simples ato de desespero, mas sim um movimento político, no sentido de que tomar o governo constituía um dos principais objetivos dos rebeldes.

Apesar de apoiados por africanos não-muçulmanos, que também entraram na luta, os malês foram os responsáveis por planejar e mobilizar os rebeldes. Suas reuniões — feitas nas casas de libertos, nas senzalas urbanas, nos cantos de trabalho — misturavam conspiração, rezas e aulas em que se exercitavam a recitação, a memorização e a escrita de passagens do Corão, o livro sagrado do islamismo. O próprio levante foi marcado para acontecer no final do mês sagrado do Ramadã, o mês do jejum dos muçulmanos. Os malês foram para as ruas guerrear usando um abadá branco, espécie de camisolão tipicamente muçulmano, além de também carregar em volta do pescoço e nos bolsos amuletos protetores, que eram cópias em papel de rezas e passagens do Corão dobradas e enfiadas em bolsinhas de couro ou pano. Esses amuletos eram confeccionados por mestres muçulmanos, muitos deles líderes da revolta, que teriam dado a seus seguidores suas bênçãos e a certeza da vitória.

Cientes de que constituíam minoria na comunidade africana da Bahia, composta de escravos e libertos de diferentes grupos étnicos e religiosos, os malês não hesitaram em convidar escravos não-muçulmanos para o levante. Neste sentido, a identidade e a solidariedade étnicas constituíram um outro fator de mobilização a entrar em jogo.

De fato identidade étnica e religiosa foi muito importante para deslanchar o movimento. A maioria dos muçulmanos que viviam na Bahia em 1835 era nagô. Apesar de na África, e mesmo no Brasil, outros grupos, como os haussás, serem mais islamizados do que os nagôs, coube a estes o predomínio no movimento de 1835. Os nagôs islamizados não só constituíram a maioria dos combatentes, como a maioria dos líderes. Mais de 80 por cento dos réus escravos em 1835 eram nagôs, sendo eles apenas 30 por cento dos africanos de Salvador; dos sete líderes identificados, pelo menos cinco eram nagôs. Eram nagôs os seguintes líderes: os escravos Ahuna, Pacifico Licutan, Sule ou Nicobé, Dassalu ou Damalu e Gustard. Também nagô era o liberto Manoel Calafate. Os outros eram o escravo tapa Luís Sanim e o liberto haussá Elesbão do Carmo ou Dandará, que negociava com fumo.

Vistos enquanto grupo étnico os nagôs eram na sua maioria não-muçulmanos, e sim devotos dos orixás, embora fizessem incursões no campo muçulmano. Por exemplo usavam os famosos amuletos malês, considerados de grande poder protetor, e provavelmente recorriam a adivinhos malês, entre outras práticas. Ou seja, naquela fronteira em que as duas religiões se encontrava, os nagôs como um todo, malês e filhos de orixá, também se encontravam. E se encontravam como entidade étnica, como pessoas que falavam a mesma língua, tinham histórias comuns, em muitos casos haviam obedecido aos mesmos reis africanos. Essas convergências facilitaram a mobilização em 1835 para além das colunas muçulmanas.

Os nagôs vinham de uma parte específica da África, qual seja a região sudeste da atual Nigéria e a parte leste da atual República do Benin. Eram de diversos reinos espalhados por esse território, como Oió, Queto, Egba, Yagba, Ijexá, Ijebu, Ifé entre outros. Esses reinos durante muito tempo viveram sob a égide do reino de Oió, embora numa espécie de federação imperial. Na época do levante de 1835 essa federação dominada por Oió estava em franca desintegração em função de lutas intestinas generalizadas. Os malês especificamente tiveram sua origem principalmente em Ilorin, que era uma dependência do reino de Oió que se rebelou sob a liderança de Afonjá. Este homem se aliou aos muçulmanos haussás, fulanis e iorubás contra o alafin, que era o título do rei de Oió. Essas guerras foram responsáveis pela transformação de milhares dos habitantes locais em prisioneiros, que eram vendidos como escravos aos traficantes do litoral, e daí exportados para a Bahia.

Embora a grande maioria dos interrogados em 1835 respondesse que era apenas “nagô”, alguns fizeram questão de ser mais precisos, indicando também o local específico de onde vinham. O carregador de cadeira Joaquim de Mattos, por exemplo, respondeu ser de “nação Nagô Gexá”, quer dizer de origem Ijexá, um grupo étnico do leste do território iorubá. Joaquim havia se alforriado há pelo menos sete anos e portanto deveria estar na Bahia há cerca de nove anos no mínimo. A liberta Edum disse ser de “nação nagô-bá” e um outro africano interrogado disse ser ela apenas “Bá”, significando ser oriunda de Egba ou Yagba. O liberto Lobão Machado foi bem claro: era de nação “Nagô-Ebá”, ou seja de Egba.

Francisco, cerca de 25 anos de idade, escravo doméstico e comprador, que vivia em Salvador há cerca de 6 anos, era Yaba, ou, segundo suas próprias palavras, “Nagô-Abá”. E o escravo José se disse “nagô jabu”, provavelmente natural de Ijebu. A expressão nagô remetia à África descoberta no Brasil, pois só aqui eles se tornariam conhecidos por aquela expressão, enquanto Ijebu, Egba, Yagba, Oyo, Ijexá (ou Ilesha) representavam a África deixada do lado de lá do Atlântico. O escravo nagô Antônio, doméstico e carregador de cadeira, resumiu bem a questão quando afirmou: “ainda que todos são Nagôs, cada um tem sua terra”.

Ao deporem sobre o grau de envolvimento com o islamismo, muitos interrogados se reportaram a suas experiências africanas. Alguns disseram abertamente que haviam recebido instrução islâmica na África, possivelmente em escolas corânicas ou madrasas. O nagô Pedro, ao ser perguntado sobre um livro e vários manuscritos em árabe encontrados em seu poder, respondeu: “o livro continha rezas de sua terra e os papéis várias doutrinas cuja linguagem e sua ciência ele sabia antes de vir de sua terra”. Pompeo da Silva, nagô forro, com cerca de 30 anos de idade, “perguntado se ele sabia ou entendia das letras arábicas que usavam os Nagôs, disse, que tendo aprendido em sua terra pequenino que agora quase nada se lembrava”. Antônio, escravo Haussá, pescador, disse que sabia escrever em árabe, mas só escrevia “orações segundo o cisma de sua terra”. Ou seja, não escrevia coisas subversivas, políticas, só orações. Acrescentou que “quando pequeno em sua terra andava na escola”. 

O escravo nagô Gaspar, preso com grande quantidade de escritos árabes, amuletos, um tessubá (o rosário malê) etc, disse ter sido ele autor dos escritos, e que aprendera o árabe em sua terra. Ele leu trechos do que havia escrito, embora alegasse não saber traduzir para o português.

Observamos em todas essas declarações as lembranças de uma educação muçulmana na África, às vezes lembranças de quando estes escravos eram ainda crianças. Isso acontecia mesmo no caso dos nagôs, que vinham de um lugar onde o islamismo era adotado por uma minoria, ao contrário do país haussá, onde a religião estava arraigada há tempos.

Outras tradições islâmicas também atravessaram o Atlântico, como o já mencionado uso do amuleto. O liberto Lobão Machado acima mencionado, quando preso, levava diversos amuletos protetores em volta do pescoço. Perguntado para que usava aquilo, disse ser para proteger contra o vento. Provavelmente referia-se ao jinn ou anjonu, espécie de espíritos malês. Outros interrogados responderam como ele que os amuletos eram para proteger do vento. Pela quantidade de amuletos apreendidos pela polícia em 1835, muita gente se protegia desta forma contra espíritos malignos. O escravo haussá Antônio acima mencionado usava a educação muçulmana recebida em sua terra para escrever amuletos, que vendia por bom preço — equivalente ao jornal de um escravo de aluguel — a africanos que também desejavam se proteger dessas forças espirituais que haviam acompanhado os africanos ao Novo Mundo.

Tais informações têm o valor de explicitar, através da fala dos interrogados, tradiçõesaprendidas na África e mantidas na Bahia. Estes depoimentos mostram com muita nitidez uma projeção da história africana na história brasileira.

É preciso esclarecer que nem todos os africanos muçulmanos existentes na Bahia em 1835 participaram da revolta. As autoridades, porém, usaram a posse de papéis malês como prova de rebeldia e por isso muitos inocentes foram presos e condenados.

Os malês receberam diversos tipos de sentença. Foram elas: prisão simples, prisãocom trabalho, açoite, morte e deportação para a África. Esta última pena foi atribuída a muitos libertos presos como suspeitos mas contra os quais nenhuma prova definitiva foi encontrada. Mesmo assim, apesar de absolvidos, foram expulsos do país. A pena de açoites variava de 300 até 1.200 chicotadas, que foram distribuídas ao longo de vários dias. O idoso Pacifico Licutan foi sentenciado a 1.200 chibatadas. Sabe-se de pelo menos um condenado que morreu em decorrência desta pena de tortura, o escravo nagô Narciso.

A pena de morte, foi imposta, inicialmente a 16 acusados, mas posteriormente 12 deles conseguiram sua comutação. Quatro foram no final executados. Eram eles o liberto Jorge da Cruz Barbosa, cujo nome iorubá era Ajahi, carregador de cal; Pedro, nagô, carregador de cadeira, escravo de um negociante inglês; Gonçalo e Joaquim, ambos escravos nagôs. Todos quatro foram executados por um pelotão de fuzilamento no Campo da Pólvora, no dia 14 de maio de 1835. E assim se findava um dos episódios mais empolgantes da resistência escrava no Brasil.



BIBLIOGRAFIA

Sobre a África dos malês, ler Robin Law, The Oyo Empire, c. 1600-c. 1836: A West African Imperialism in the Era of the Atlantic Slave Trade, Oxford: Claredon, 1977; Paul Lovejoy, A escravidão na África, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003, capítulo 9; Pierre Verger, Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benim e a Bahia de Todos os Santos, Salvador, Corrupio, 1987; e Alberto da Costa e Silva, A manilha e o libambo, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2002, pp. 451-562.

Sobre trabalho escravo urbano, alforria e africanos libertos na Bahia, leia Maria Inês C. de Oliveira, O liberto: seu mundo e os outros, Salvador, Corrupio, 1988; João José Reis, “A greve negra de 1857 na Bahia”, Revista USP, nº 18 (1993), pp. 6-29; Stuart B. Schwartz, “A Manumissão dos escravos no Brasil Colonial – Bahia 1684-1745, Anais de Historia, nº 6 (1974), pp. 71-114; Kátia M. de Queirós Mattoso, “A propósito de cartas de alforria”, Anais de História, nº 4 (1972), pp. 23-52.
Sobre a Revolta dos Malês especificamente, ler Joâo José Reis, Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835, São Paulo, Companhia das Letras, 2003; Décio Freitas, Insurreições escravas, Porto Alegre, Movimento, 1976; e o livro de Pierre Verger, Fluxo e refluxo, capítulo IX.

Os depoimentos dos malês presos em 1835 se encontram nos inquéritos policiais e processos judiciais depositados no Arquivo Público do Estado da Bahia. Esses documentos já foram publicados em diversos números dos Anais do Arquivo do Estado da Bahia. Também estão sob a guarda do Arquivo o que sobrou dos documentos escritos em árabe.


A Revolta dos Malês em 1835, Por João José Reis, Universidade Federal da Bahia

João José Reis (Salvador, 24 de junho de 1952) é um dos mais importantes historiadores do Brasil, é escritor de diversos livros publicados, dentre eles "A morte é uma festa" que lhe rendeu o prêmio Jabuti. É graduado em história pela Universidade Católica de Salvador, tem Mestrado e Doutorado pela renomada Universidade de Minnesota e dois pós doutorados, que incluem a Universidade de Londres e a Universidade de Stanford, atualmente é professor do departamento de história da Universidade Federal da Bahia.


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