sexta-feira, 28 de setembro de 2012

RASCLAAT - TRIBUTAÇÃO DE DISCOS (VINIL)

Dias atrás publicamos o manifesto do Dj Arnaldo Robles, colocando um tópico muito importante para a cultura e a música no país, a matéria e o abaixo assinado "ISENÇÃO DE TRIBUTAÇÃO INCIDENTE SOBRE DISCOS DE VINIL", tratando sobre a importação de discos e a incidência burocrática do Governo Federal e da Receita Feral em todo o tramite de liberação dos importados. 

Hoje a única fábrica que se tem noticia que produz vinil no Brasil é a Polysom, na qual tem uma qualidade bem duvidosa e vende disco nacional com preço mais elevado que o importado. Em média um compacto produzido pela Polysom é vendido por 22,00 reais em LP por 69,00 reais. Pelo menos metade desse catálogo pode ser encontrado em lojas de discos usados ou sebos por um valor entre R$ 20,00 a R$ 40,00, o que faz o preço do nosso produto interno ser pelo menos 4 vezes mais caro que o importado, e com uma qualidade extremamente inferior. 

Como lojista trabalhando basicamente com os importados, o meu sócio majoritário (o Governo) abocanha pelo menos 70% do valor de cada produto. Um compacto de R$ 18 poderia ser vendido tranqüilamente por R$ 10,00 e um LP de R$ 50,00 poderia ser vendido entre R$ 30,00 ou R$ 35,00 já com todos os custos e o próprio lucro de venda. 

Quando uma encomenda chega ao Brasil, a primeira tributação é feita pela receita, após essa taxa (que deveria ser de 60%, mas após o início da OPERAÇÃO MARÉ VERMELHA DA RECEITA FEDERAL ela está sendo cobrada a riveria, fora o número de empresas e importadoras que já baixaram as portas devido a operação, leia mais (clicando aqui) lendo a matéria da Revista Veja). Para obter seu produto ainda são cobrados a taxa de entrega e incidem no preço 2 taxas de ICMS, a primeira dos Correios - não entendo porque os correios cobram ICMS em produtos importados, já que a compra é no exterior, mas enfim. e a segunda taxa quando o produto é vendido. Em SP essa taxa são de 12% sobre item vendido. 

Hoje outras "megahipersuper" lojas como Submarino, FNAC e Casas Bahia também vendem discos de vinil, em média por R$ 90,00 a R$ 120,00 cada, o que para uma "megahipersuper" loja é um preço muito mais elevado comparado a lojas especializados em discos (vinil) com uma rotatividade de valor muito menor que deles. 

O tramite da isenção de tributação dos discos é uma história antiga, cheia de muralhas e ninguém quer discutir dentro do Governo Federal e no Ministério da Cultura devido diversos empecilhos como ECAD, as grandes gravadoras que estão raspando o tacho numa tentativa de se manterem no mercado brasileiro, que ainda é o segundo maior consumidor de música própria no mundo, só perdendo para os Estados Unidos. 

Com a limitação de produção independente nacional - diga-se independente quem não recebe qualquer subsidio do governo ou de qualquer instituição governamental, o próprio ECAD teria seus dias contados. Assim como ocorreu com a maioria das OMB's que foram processadas por músicos para isenção de taxas para não pagar para fazer parte da Ordem dos Músicos do Brasil (que não faz absolutamente nada por músico algum). 

Ninguém em sã consciência pagaria por um produto (disco) de qualidade inferior o mesmo valor ou um valor mais alto, do que num produto com melhor qualidade e com custo mais baixo. Músicos também poderiam abrir e lançar seu produto com muito mais liberdade, escolhendo distribuidores e produtoras que atendessem a suas necessidades, uma liberdade (independência) que não existe no Brasil. Você pode escolher o que for, no final das contas absolutamente tudo vai se vincular ao ECAD. 

A revisão da taxação e tributação dos discos de vinil abriria diversas portas e trabalhos, traria mais selos independentes do exterior, o que seria extremamente produtivo para nós. E seria um passo a mais na facilitação na criação e abertura de novos selos no Brasil. Lembre, somos 200 milhões de pessoas, e não chegamos a ter e a lançar e produzir 5% do total em comparação do que é lançado em uma ilha do Caribe, mesmo tendo qualidade, criatividade e capacidade para tal. Não considero a nossa produção inferior a gringa, mas sim com peculiaridades próprias, o que nos falta é realmente a abertura do mercado para produção nacional acontecer dentro do nosso próprio país. 

Hoje praticamente 90% de todo o capital que gira entre dj's de uma forma ou de outra tem destino certo que é o exterior. Falando por mim, seria muito mais interessante investir em produto nacional, destinado ao crescimento de diversos movimentos e ascensão cultural daqui mesmo, do que ter de oferecer um catálogo de discos praticamente inteiro de importados. Absoluta certeza que essa tributação e a burocracia do governo faz com que o vínculo estabelecido entre nós e músicos de outros países, se torne muito mais rápido e produtivo, do que entre nós mesmos. 

Prefiro hoje milhares x milhares de vezes, perpetuar um trabalho, um negócio próprio e continuar com o vínculo e parcerias com os trabalhos daqu e medir conscientemente os investimentos no exterior e relacionar mais os investimentos aplicados aqui. Mas além do leão (que não é de Judá) que já abocanha mais da metade de qualquer investimento, e com o custo que cada um já tem, obviamente fazer negócio no Brasil com outras pessoas é de tal complexidade, delicadeza, que - apesar de tanta informação - alguns ainda não compreenderam que todas as partes envolvidas devem obter retorno, seja financeiro ou de outra espécie. 

Ainda hoje não conseguimos um equilíbrio e fatores justos entre a privataria tucana e as muralhas fiscais impostadas pelo petistas desde a entrada de Dilma Roussef na presidência. Em verdade o único que lucrou com tudo e todos, foi o governo que de tabela abocanha o quanto pode e se permite. 

Vivemos a mercê da educação de um governo que se chamado de vampiro seria um elogio. Digo com absoluta certeza que se não fossem tantas taxas e burocracia do governo teríamos movimentações culturais extremamente independentes, não necessitaríamos de tantas leis de incentivo cultural, que na verdade não incentivam nada, simplesmente maquiam um buraco abrindo um outro rombo distribuindo migalhas para poucos. Culpado é o povo? Não, culpado é quem se apropria e quem se beneficia de determinadas ações e mesmo dos próprios músicos que participam dessas ações. 

Talvez, o principio de uma abertura seja deixar de tributar os discos importados. Diversas lojas no exterior acabaram se tornando selos e vice versa, o que poderia tranqüilamente ocorrer aqui, a exemplo da loja Baratos e Afins que já lançou discos em um passado não muito distante. E de outros investidores que resistem a falta de estrutura e organização do próprio governo no setor. Além dos editais e financiamento para menos de 1% de 200 milhões de pessoas o que é feito? Sinto dizer mas absolutamente nada. Cultura não é para um e outros, cultura é para todos independente de qual seja ou sua forma de manifestação e o mais importante é o acesso aos discos que é a principal forma de manifestação cultural de um músico. É o registro de sua obra. 

Acesso esse que é determinante na cultura dos dj's, colecionadores e selos. E a maior forma de controlar o acesso a cultura é a tributação e a taxação excessiva de encargos e a burocracia para cada tramite de liberação, somada a diversos aventureiros fizeram quase que a completa extinção de selos independentes que deveriam ser perpetuamente lembrados por todos, mas estão destinados a permanecerem nos escombros do esquecimento. 

Assinar o abaixo assinado é uma forma de no mínimo abrir a discussão, que está longe de ter uma resolução na verdade, mas é um principio para que haja uma continuidade na musica brasileira principalmente. Continuidade também para os músicos, produtos, dj's, selos e diversas empresas que fazem parte do trabalho com a música e a cultura.

Outro ponto é ser contra o monopólio, já que ou se paga para a Polysom prensar um disco fuleiro ou se fabrica o vinil fora e acaba pagando um mínimo de 60% do esforço total para o governo que não faz absolutamente nada por cultura alguma de lugar algum. Para ler sobre e assinar assinar o abaixo assinado basta clicar no link http://www.avaaz.org




       

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

FREE DOWNLOAD - AGOSTO 2012



Free Download - Big Shot Guest Mix - Dirty Dubsters


Yeah, nossos amigos The Dirty Dubsters lançaram mais uma mixtape pelo site Big Shot Mag com uma pitada de tudo que a gente gosta; dubstep, jungle, hip hop e alguns tracks exclusivos. Muito boa mixtape e ótima mixagem como sempre entre uma faixa para a outra. Nesse final ano a dupla de Dublin também vai lançar seu álbum com alguns convidados. Enjoy!!!!!

Link para download clique aqui











Free Download - Congo Natty feat: Top Cat and Tenor Fly playing for the Flashback Ultimate Reunion on 4th December 2010 at the Q Club

Continuando a saga do drum n bass e ragga jungle, talvez uma das peças mais importantes seja o Congo Natty também conhecido como Conquering Lion, Rebel MC, Blackstar, Tribe Of Issachar, X Project and Ras Project - é nome pra k***i. Congo Natty já fez tudo que é ligado a produção de música eletronica, desde a maestria com o jungle até techno, house, e o que quer que seja ligado a isso, mas sempre com a mesma linguagem afrocentrica - no início dos 80 foi peça chave no HIp Hop britânico.

Também é literalmente um dos padrinhos dos principais mc's de ragga jungle como os que aparecem no vídeo como Top Cat e Tenor Fly, e vieram muitas produções e outros músicos cantando influênciados pelo trabalho dele. Quem sabe um dia ele aparece por aqui. Link para download clique aqui 









Free Download :: Ragga Rap - Mixed By Superix & Jimmy Plates 

Nos 90 o que mais se aproximava de dancehall (da forma que conhecemos hoje) eram as produções de Rap com os vocais jamaicanos e vice versa. Foram essas produções que me aproximaram mais e mais do reggae desde as suas origens as produções e os conceitos mais atuais. Nessa mixtape a mixagem fica por conta de Superix e Jimmy Plates do "Southern Hospitality"e fazem praticamente uma geral do que tocou muito nessa época - me lembro saudosamente das festas da extitna Sunset na ZN de São Paulo. A mixtape tem Cutty Ranks, London Posse, Super Cat, Ragga Twins, Mad Lion, BDP (dos primeiros a usar a influência do Caribe em seus flows, pelo menos dos primeiros que se tem notícia. Sempre bom voltar as origens e lembrar das coisas boas de uma época não muito distante mas pouco lembrada. 

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Free Download - Drumagick Drum and Bass Mix August 2012

Eu vi/ouvi a dupla Drumagick pela primeira vez por volta de 95/96 e ouvi dj's bem interessantes nessa mesma fase como o Xerxes, Marky e Patife e depois Roni Size, Goldie e outros - eles tem coisas bem obscuras e interessantes. E se passaram ae praticamente 20 anos da dupla de irmãos que gosto muito tocando e produzindo. Bem última mixtape foi gravada em agosto passado e está pra free download, enjoy! 

Link Para download clique aqui











FREE DOWNLOAD - BEAST BOYS REMIXED


Beastie Boys em riddims de dancehall, digikillers e mash up's produzidos pelo DJ i.e. do Up Cut Sound. É sábido que o trio gostava bastante do gênero e chegou a trabalhar com Lee Perry, então a mix ficou bem classuda. Os remixes foram todos feitos ao vivo e mixados meio que num "dubplate style" sem muitos efeitos nas faixas. Bem, mash up's em versões reggae bem interessantes com faixas clássicos do trio.

Adam Yauch aka MCA - Rest In Power








       

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MIXTAPES – A ARTE DO DJ ETERNIZADA EM FITAS CASSETE


As mixtapes de pelo menos uns 5 anos para cá se tornaram meio que um cartão de visita para dj’s, produtores, selos, mc’s, e de tudo que é relacionado principalmente a música alternativa (underground) e também pelos artistas que abrem mão de seus direitos autorais (copyleft/creative commons) cedendo suas musicas cada vez mais para dj’s que cada vez mais vem se especializando nesse tipo de seguimento e produção. 

A contra-proposta dos dj’s as compilações e coletaneas genéricas produzidas anteriormente por gravadoras e selos, como famigerados “grandes sucessos” ou “o melhor de”, se tornaram obsoletos após as mixtapes obterem formato, produção, e desenvolverem uma estética própria na forma de apresentação do trabalho, tanto do dj como de cada música escolhida que vai fazer parte dessa mixtape. 

Uma mixtape sempre é o reflexo da idealização de quem a produz, ou de quem encomendou a mixtape. Sim, hoje muitos trabalhos realizados em formato de mixtape são feitos a partir da idéia de uma empresa, centro cultural, evento, e o maior interesse na divulgação desse trabalho é estabelecer o vinculo da musica e da marca relativa ao projeto. Determinantemente, algumas mixtapes, acabam estabelecendo um vinculo muito maior do público com a musica, com o dj, ou com quem participou da mixtape, do que com uma musica lançada como single somente em si. 

O termo em si, voltou a ser popular há pouco e hoje mixtapes estão em todos os tipos de mídia, cd’s mp3, os extintos MiniDiscs. Mas duas ficaram como precursoras desse formato de produção a partir dos anos 70; foram a fita de 8-Tracks (8-Pistas) a mãe da fita Dat. – também existiam as de 4-Tracks mas não eram muito populares pela qualidade. Depois veio a sua irmã, a fita cassete. Ambas muito semelhantes no formato, mas absurdamente diferentes no preço e qualidade final. No início dos anos 70, a fita 8-Tracks ficou famosa, e ganho um apelido que hoje em dia também está em voga, o chamado Bootleg. 

Bootleg é o pai da pirataria da forma que implantaram hoje, a copia, da copia, da copia, e assim por diante (logo escrevo um texto especifico mais profundo sobre Bootleg). Na seqüência da 8-Track, veio a fita cassete. O filme realmente já estava queimado devido as 8-Tracks já ter sua má fama por ser possível gravar e regravar o que se quisesse, sendo assim um risco as gravadoras, já que o recolhimento de direitos autorais e as vendas de discos não eram possíveis com diversas copias sendo feitas nessas fitinhas. 

A fita cassete foi lançada pela Philips em 1963, mas o som não era exatamente o que se esperava de um disco. A baixa qualidade e a simplicidade da fita cassete, junto a deterioração da qualidade deram a ela status de subproduto. Na fita cassete era utilizado cromo e metal na fita magnética, o que a deixava fadada a não ter uma alta durabilidade. Mas, antes dela fazer parte do mercado, a possibilidade de criação e gravação caseira era extremamente cara, tanto do produto final (as fitas) quando do equipamento necessário para gravação das mesmas, era necessário um gravador de rolo ou um gravador 8-Track, que tinha um preço razoavelmente absurdo para o consumidor final e do apreciador “normal” de musica. 

Já as fitas cassete por ter um custo menor, e ter uma das coisas mais raras na época, a portabilidade. Cresciam em popularidade por serem extremamente simples de manusear, sem a necessidade de muitos recursos e equipamentos técnicos. Para utilizar as fitinhas, bastava ter o gravador, um punhado de fitas e discos, conectar a uma fonte de musica pré gravada, como um rádio ou utilizar os Lp’s, absolutamente fácil e indolor. 

No principio, as fitas 4-Tracks e as 8-Tracks eram voltadas a musica e as fitas cassetes, originalmente tocadas em mono, por serem quase que exclusivamente usadas em gravações de voz (lembra das entrevistas que somente se via as mãos dos repórteres com seus gravadores?). A partir dos 70, com alguns recursos a mais, deixando de lado os pequenos gravadores mono, as fitas cassetes se tornaram um dos itens mais preciosos para qualquer apreciador de musica. Portátil, em torno de 60 minutos para serem gravadas e reutilizadas inúmeras vezes, e o preço cada vez mais atrativo. 

Com todos os novos recursos, preço, facilidade de manuseio, o formato da fita cassete se tornava um dos predominantes a ponto da 8-Track sumir do mercado a partir dos anos 80 – muitos produtores e seletores principalmente de reggae utilizavam e alguns ainda utilizam a 8-Track para tocar seus sets. Mas as duas peças chave para o crescimento das mixtapes e sua propagação foram os toca-fitas automotivos e o lançamento da Sony em 1979, o Sony Walkman. Sem esses dois equipamentos, a fitinha teria seus dias contados, já que os equipamentos que tocavam as 8-Tracks já eram grandes por natureza e ninguém iria carregar um gravador de fita de rolo na cintura. 

As mixtapes propriamente ditas, eram muito distintas das compilações de musicas gravadas em um fita, é possível gravar uma musica de um disco e somar a outras de outros discos, mas até ai isso não consiste em uma mixtape. A mixtape de fato é o registro/gravação de uma idéia, conceito, performance feita (no principio) pelo dj ou de múltiplos artistas envolvidos no mesmo momento da gravação, posteriormente os mc’s e atualmente produtores e selos também se utilizam desse formato como já havia dito antes. Nos anos 70, os melhores dj’s da época como Grandmaster Flash, Afrika Bambaata, Kool Herc (a fundação da Zulu Nation), Breakout, DJ Hollywood, ofereciam por um preço módico gravações feitas em fitas cassete nas festas que faziam. Todas customizadas, com capas individuais (as vezes para o mesmo set) para que os interessados as comprassem. As gravações tinham sempre uma técnica apurada com personalidade do dj que as produzia, e sempre (sempre) eram apuradamente feitas com as passagens no tempo e tinham scratchs, e algumas eram feitas por mais de um dj numa espécie de seletor e turntablista juntos. Muitos dj’s como Spooky, QBert, Shadow, ganharam notoriedade pela suas primeiras mixtapes. Alias, um dos primórdios do remix não foi o dub - sim, também, inegável que a técnica aplicada do dub nas produções contribuiu e muito no batismo do remix, mas a partir do momento que um dj usou o vocal de um disco e mixou com o instrumental de outro disco (o que veio a ser chamado de mash-up atualmente), alterando o tempo e o ritmo, a criação do remix é crucialmente dedicada ao dj, muito mais do que aos produtores. 

Nos anos 80, as mixtapes já eram um elemento da cultura Hip Hop. A partir daí, vieram outras formas de mídia, com o advento dos gravadores de cd e a qualidade digital, as fitas cassete foram gradativamente desaparecendo, e sua popularidade foi sendo trocada pelo disquinho metálico. As vantagens não eram muitos no princípio, mas só de estender o tempo de 25 a 30 minutos de cada lado da fita para 80 minutos contínuos se tornou um advento muito importante na escolha da mídia. 

Muitos dj’s acabaram sustentando seus trabalhos a partir das mixtapes produzidas e outros somente vieram a ter notoriedade apos a produção das mixtapes servindo como cartão de visita. Hoje nem mesmo fita cassete nem cd’s predominam, a facilidade dos arquivos mp3 e sites que hospedam as mixtapes, fazem com que quem vai produzir e quem vai ouvir escolher qual o melhor formato e a melhor forma de divulgação dos seus trabalhos. Já existe uma enormidade de sites que hospedam mixtapes e o numero de dj’s (novos e antigos) só cresce na produção dos sets e na criatividade. Alguns (como eu ultimamente) ando valorizando mais as mixtapes pelo conceito, a personalidade e a técnica que o dj coloca na mixtape e da criatividade colocada na capa também. 

Em meados dos 70, com o advento da disco, alguns lp’s já eram lançados com as musicas mixadas. Inspirados pelas própria mixtapes produzidas pelos dj’s, esses lp’s eram denominados como “non-stop” (não para). E diversos outros artistas se utilizaram desse mesmo formato de produção, desde James Brown a Johnny Cash. Outras denominações como já dito surgiram como compilação e coletânea, eu particularmente ainda não consegui diferenciar uma da outra, mas ambas eram direcionadas a obra de fato do artistas e genericamente uma junção de suas próprias produções. Mesmo com as inspirações as mixtapes acabam por serem unicamente a expressão exata da identidade daquele que a produziu, naquele momento. 

A partir das mixtapes, originando as compilações, coletâneas, os lp’s non-stop, a partir da abertura e inclusão digital, surgiu um novo formato que foi o do podcast, similarmente produzido ou voltado a um grupo especifico, podendo ser apenas musical ou ideológico também, mesclando playlists escolhidas a dedo por um programa qualquer, desenvolvido por alguém que sabe mais sobre programação do que sobre musica de fato. 

Uma das partes negativas das mixtapes, com o advento de todos os programas e equipamentos de sincronização, descaradamente baseados no trabalho do dj, surgiram os set’s pré gravados. Uma das formas talvez mais falsas e degradantes da profissão (se é que dj é uma profissão hoje em dia). Diversas pessoas hoje, utilizam esse tipo de ferramenta, não levam sequer um disco para um evento, e simplesmente apertam o play para disparar um set pré gravado, agitando os braços e fingindo que tem algo acontecendo de diferente no fone de ouvido. 

Enfim, a mixtape é sim um dos formatos mais interessantes de promoção e desenvolvimento, seja de uma assinatura musical, seja de um trabalho, projeto, de uma marca especificamente, ou seja, trate com carinho esse formato que precisa de extrema dedicação e diferentes detalhes para que seja exposta a todos.






       

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

FYADUB | FYASHOP :: PROMOÇÃO "ENVIE SUA MIXTAPE"


De 20/09/2012 até 30/11/2012 o WWW.FYASHOP.COM.BR e o WWW.FYADUB.COM vai sortear um pack com discos (vinil), record bag, adaptadores para o dj, seletor, produtor que enviar uma mixtape (contínua) com no mínimo 20 minutos e com no máximo 25 minutos de duração que será escolhida pelo público como vencedora. 

Vale mixtapes de reggae, hip hop, dub, dubstep, remixes, drum n bass, ragga jungle, o estilo quem vai escolher é você. Serão 2 fases e em dezembro o ganhador recebe em casa sem custos o pack com todos os itens. 

Para participar é simples;

1a Fase

  • Envie uma mixtape (contínua) com duração mínima de 20 minutos e máxima de 25 minutos até o dia 30/10/2012 para o e mail fyadub@yahoo.combr (pode ser anexada ou o link para donwload), quanto antes você enviar melhor.
  • Envie capa com resolução mínima de 500 x 500 com o nome do sound, dj, seletor.
  • Todas as mixtapes serão publicadas em nosso canal do Mixcloud (www.mixcloud.com/fyadub).
  • Você receberá no seu e mail o link da sua mixtape para divulgar para seus amigos.
  • As oito mixtapes mais ouvidas no Mixcloud passam automaticamente para a segunda fase da promoção. A contagem será feita no próprio mixcloud.
  • Outras 4 mixtapes serão selecionadas pelo FYADUB e inclusas na segunda fase da promoção [1].
  • Todas as mixtapes serão disponibilizadas para free download. 


2a Fase

  • Entre 01/10/2012 e 05/10/2012 será aberto uma enquete de votação no blog (www.fyadub.com) e em nossa página do facebook (http://www.facebook.com/pages/Fyadub/160165770680892) [2] para escolher a melhor mixtape. Ai é bombar de divulgar e pedir para os amigos votarem na sua mixtape.
  • O vencedor será escolhido pela soma de votos no blog e no facebook e receberá em casa sem custos o Pack com Vinil (10inch, 12inch e 7inch), Adaptadores e Record Bag 7inch da Soul Jazz.[3]

Abaixo a listagem de todos os itens do Pack que o vencedor vai receber em casa [4]. Todos os itens estão a venda no fyashop e podem ser adquiridos separadamente.
[1] O FYADUB | FYASHOP vai selecionar 4 mixtapes tendo como critério o set e mixagem.
[2] Para participar da promoção não é obrigatório "curtir" a página do fyadub do facebook.
[3] Se houver um número menor do 12 participantes a promoção é automaticamente cancelada.
[4] Itens já estipulados como prêmio e não será possível trocar por qualquer outro item da loja.







       

DISQUS NO FYADUB | FYASHOP

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