Mostrando postagens com marcador BoBo shanti. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BoBo shanti. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de abril de 2021

HAILE SELASSIE I NA JAMAICA EM 1966 :: UMA VISITA FUNDAMENTAL PARA O SURGIMENTO DO REGGAE


Em 21 de abril de 1966, Haile Selassie I (nascido Ras Tafari, isto é, príncipe Tafari), o último rei da Etiópia, fazia sua histórica e emblemática visita à Jamaica. Curiosamente, o rei africano chegava à ilha caribenha sem conhecer muito bem um movimento religioso afrocristão local, que o cultuava como a reencarnação de Jesus Cristo, ou até mesmo como a própria representação de Deus (Jeová, também chamado pela forma abreviada "JAH" ou "IAH", de "HalleluJAH").

Surgido em 1930 na Jamaica, o tal movimento chamava-se Rastafári, uma evidente referência ao nome de nascimento do monarca. A crença messiânica em torno de Haile Selassie I sustentava-se especialmente em torno de um fato: Selassie I seria descendente do antigo Rei Davi de Israel (século X a.C.).

De fato, o rei pertencia à Dinastia Salomônica etíope, linhagem cuja origem remete à Rainha de Sabá, da Etiópia, e ao Rei Salomão de Israel (filho do Rei Davi), fruto do famoso e luxurioso encontro entre os dois monarcas da Antiguidade. Tal encontro, que aconteceu no século X a.C., foi mencionado em 2 Crônicas 9, no Velho Testamento e, segundo a tradição monárquica etíope, a Rainha de Sabá teria retornado grávida à Etiópia, fato que deu início à Dinastia Salomônica etíope. Haile Selassie I, no sécu
lo passado, era o 225º monarca dessa linhagem.

Muito antes da visita de Selassie I à Jamaica, o surgimento da fé Rastafári, em 1930, havia sido diretamente influenciado pelas palavras do ativista jamaicano Marcus Garvey, um dos pais do pan-africanismo e um dos mais influentes ativistas negros da História. No entanto, também curiosamente, Garvey jamais viu Selassie I como um Messias.

Naquele memorável dia, em 1966, no Aeroporto Internacional de Kingston, mais de 100 mil pessoas - entre curiosos e devotos rastafáris - esperavam a chegada de Sua Majestade e de sua comitiva etíope: o tal Messias reencarnado iria aterrissar na ilha. E é óbvio que, ao ver toda aquela gente no aeroporto, a reação de Selassie I foi super curiosa e pra lá de marcante: assustado, o monarca inicialmente não quis descer do avião. Mas depois acabou descendo, desfilou pela capital e até mesmo conheceu alguns devotos rastafáris.

Aos crentes rastafáris, por sua vez, Selassie I viria sempre a negar ser o Messias que o acusavam de ser. Além de ser um exímio cristão, ele era o Chefe de Estado logo da Etiópia, nação com uma das mais antigas tradições cristãs ortodoxas do mundo - sim, existe cristianismo originalmente africano e não eurocêntrico.

Aceitar e assumir publicamente uma posição messiânica - coisa que o monarca jamais fez -, ainda que no outro lado do Atlântico, seria uma enorme heresia ao seu Cristianismo Ortodoxo. Pelo contrário: Selassie I ainda estimulou que os rastafáris fossem batizados na Igreja Ortodoxa Cristã Etíope, preceito que muitos seguidores do rei aceitaram, a exemplo do próprio Bob Marley, que foi batizado no Cristianismo Ortodoxo da Etiópia sob o nome de Berhane Selassie, apesar de jamais ter deixado de identificar-se como um devoto rastafári.

Aconteceu que, embora nada disso fosse esperado, a visita de Haile Selassie I à capital jamaicana acabou sendo fundamental para que a fé Rastafári se tornasse popular entre os negros das favelas jamaicanas. O movimento deixava de ser, a partir de então, uma crença restrita a grupos de camponeses descendentes de africanos escravizados que, por viverem em meio às montanhas jamaicanas e fieis às tradicionais leis rastafáris, pouco apareciam nos centros urbanos. A partir daquele dia, a crença passou a difundir-se dentro das favelas.

E é claro: favela produz música. Em seguida, a popularização do Rastafári nas favelas da Jamaica - consequência direta da visita do rei - influenciou profundamente a música que era produzida e que tocava nos guetos: o Ska, ritmo desvinculado de causas sociais ou religiosas, e que dominava a periferia até então, foi logo dando espaço ao surgimento da música Reggae - especialmente o Reggae Roots -, gênero essencialmente compromissado com causas sociais, com o pan-africanismo e com a fé Rastafári. Foi nesse contexto, então, que surgiram aqueles inúmeros músicos e bandas rastafáris de Reggae oriundos das favelas jamaicanas, como Bob Marley, Peter Tosh, The Gladiators e tantos outros.

Outro fato curioso é que Haile Selassie I morreu em 1975, logo no auge da cena Rastafári e do Reggae nos guetos jamaicanos. Após sofrer um golpe de Estado republicano-marxista em 1974, na Guerra Fria, Selassie I foi provavelmente assassinado, fato que marcou a queda da monarquia mais antiga do mundo até então, e que resistiu a todas as tentativas de colonização europeia. A Etiópia - cuja bandeira deu origem às cores da religião Rastafári e consequentemente da música Reggae -, hoje uma república, é uma das únicas duas nações africanas que jamais foram colonizadas.

De qualquer forma, as negações de Selassie I quanto a ser o retorno de Cristo, bem como a sua morte, não foram suficientes para que o messianismo em torno de si deixassem de existir. Após a morte do monarca em 1975, por exemplo, Bob Marley & The Wailers compuseram a música "Jah Live" ("Jeová vive"), um hino em reverência à eternidade de Selassie I.

E embora a religião Rastafári tenha sido posteriormente apropriada de forma esvaziada e pejorativa pelo "universo branco" - consequência da globalização da música Reggae -, a crença continua a existir e segue exercendo forte influência sobre o Reggae Roots. Entre suas principais características, encontram-se a cosmovisão cristã profundamente afrocêntrica e a ideologia pan-africanista, extremamente influenciada pela visão política de Marcus Garvey; enquanto entre suas principais leis e costumes, estão o uso sacramental da Cannabis e a proibição do consumo da carne e do álcool.

De toda essa curiosa e especial história, uma coisa pode ser afirmada: se não fosse a casual e emblemática visita do rei etíope à ilha caribenha naquele fatídico 21 de abril de 1966, talvez a música Reggae, fruto direto da religião Rastafári, jamais teria existido. Pelo menos da forma como a conhecemos.









Siga o Fyadub nas redes sociais: 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

CAPLETON - KING SHANGO @ FYASHOP



COMPRAR CAPLETON - PROPHECY @ FYASHOP
Um homem sábio disse uma vez que um profeta nunca é honrado em seu próprio país. E assim tem sido com Capleton. Enquanto o DJ veterano trabalha há muito tempo, suas palavras lhe rendeu o título de "O Profeta". O respeito e a honra que deve ser seu por direito, por ter sido definido pelo tempo para chegar. Toda vez que você tentar elevar a justiça e a elevação para o povo, então você irá buscar uma luta, diz o artista mais quente na fraternidade do reggae em todo o mundo. 

"Bob Marley veio e eles lutaram contra ele. Mas quando Bob Marley morreu, que eles começaram a apoiá-lo. Já ciente disso, eu tenho conhecimento. Então eu sei que quanto mais eles lutam, é quando eu vou ficar mais forte".

Em um mundo em rápida mutação no reggae dancehall, fama e sucesso são difíceis de obter e fácil de perder. Os fãs podem ser inconstantes, e as tendências mudam num piscar de olhos, deixando a maioria dos artistas com lacunas na carreira dolorosamente curta. Apenas alguns raros podem permanecer relevante de ano para ano, prendendo a atenção do seu público e deixando-os chorar por mais. Suas letras são profundas, precisas e pensativas. Seus shows são nada menos que dinâmicas performances explosivas. Mas seu poder de permanência notável e longevidade pode ser a maior dádiva de Capleton.

COMPRAR CAPLETON @ FYASHOP
 
Nascido Clifton George Bailey III em 13 de abril de 1967, na área rural de Santa Maria (Saint Mary), Capleton ganhou seu nome artístico de amigos que estavam impressionados, com suas habilidades de raciocínio afiadas que lhe deram o nome após o mais famoso advogado na cidade. A partir de uma tenra idade, viajando ele se tornou um amante dos sistemas de som, esgueirando-se à noite para pegar as vibrações até o amanhecer. Mas só depois dos 18 anos que ele se mudou para Kingston, e se tornou capaz de realizar o seu destino.
 
Foi Stewart Brown, proprietário de um sistema de som com sede em Toronto chamado African Star , que deu ao artista novato sua primeira chance, levando ele para o Canadá para um show no palco ao lado de gigantes, como Ninjaman e Flourgon. O público deu o seu apreço, e ele nunca olhou para trás. Quando Capleton estourou a primeira vez em cena foi no final de 1980, o dancehall era um lugar muito diferente do que é hoje. Negligência e o guntalk estavam na ordem do dia. Este novato promissor brilhante anunciou sua chegada com uma série de canções de sucesso de "Bumbo Red", "Number One on the Look Good Chart" e "Lotion Man." Tudo o que ele tocou atingiu as paradas de sucessos, e o jovem artista com o vocabulário ágil e voz incondicional rapidamente se estabeleceu como um dos dancehall hitmakers mais confiáveis. Mas nem mesmo ele, não poderia ter previsto que onze anos depois, no início do novo milênio, que ele seria a voz dominante do dancehall.

"Penso que as pessoas devem me ver e dizer que realmente mereço, devido a todos os anos que me colocam nesse lugar", diz Capleton; "e nós nunca realmente nos curvamos e ainda temos fé. Nós nos levantamos para que a palavra seja dita. Sim, e nós realmente trabalhamos para isso. E dizem que através de nossas obras, seja uma forma de conseguir o nosso pagamento. As pessoas devem ver a quantidade de luta, e me encarar com toda a pilha de acusação. E eu nunca vou desistir."

Quando ele lançou a música "Alms House" em 1992, Capleton se estabeleceu como mais do que um artista, mas como uma luz da justiça através da música. "Unidos venceremos, divididos cairemos", ele cantou para seus fãs e companheiros do dancehall. "Muitos deles não vai saber, até eles mesmos se voltarem contra a parede." Alguns anos depois, ele voltou com outro antídoto para o confronto e rivalidade, que tomou conta do negócio  no dancehall. “Music is a mission,” (A música é uma missão) ele lembrou aos seus colegas artistas, "não é uma competição. Alguns homens usam a música para causar confusão." O caminho desse Profeta do dancehall foi claramente estabelecida em 1994 com uma série de canções que declararam sua nova fé no Rastafari. "Eu e Eu e visto com a luz, e venho dizer realmente, você sabe, Rasta é real", lembra ele. "Fundador do mundo, porque Rasta veio definir a tendência. Você entende. Rasta é a vida."
As primeiras palavras de seu mega-hit "Dis The Trinity" deixou claro que o DJ tinha experimentado algum tipo de revelação. "Certa vez eu estava perdido, mas agora, eu me encontrei", afirmou, "Selassie I vive o tempo todo." Capleton tornou-se um forte defensor do ensino do herói nacional jamaicano, Marcus Mosiah Garvey, fundador da Universal Negro Improvement Association, e defensor da repatriação negra universal. "A Babilônia nos recompensou ​​com ódio por nosso amor", declara ele. "Eles nos ensinaram a estuprar, roubar e matar. Por exemplo, eles roubaram nossa literatura, e a ensinou de volta para nós de uma maneira diferente, de modo a se infiltrar em nossas mentes com tolice e outros equívocos. Agora nós, como homens negros não nos vemos como príncipes e profetas, mas como punks e caras. Nossas mulheres não se vêem como rainhas, princesas ou imperatrizes mais, mas como meretrizes e concubinas." A única solução, como Bob Marley defendia, é  se emancipar da escravidão mental.


"Ao longo dos anos Eu e Eu como uma nação e um povo, eles não ensinam realmente nada para Eu e Eu, sobre a negritude de Eu e Eu. Você sabe o que eu quero dizer? Eles ensinam Eu e Eu a filosofia europeia. Então, Eu e Eu e alguns outros jovens temos uma chance de emergir agora, fizemos determinadas questões e pedimos certas coisas. Porque sabemos falar em um instituto, ou em uma faculdade, ou em uma determinada organização, e precisamos ter um currículo etíope, temos a coisa do homem negro. Nós precisamos saber sobre nós mesmo. Porque o Profeta Marcus Garvey dizia, uma nação sem nenhum conhecimento de si próprio, e sem história é como uma árvore sem raizes. E você está pronto? Se você não sabe de onde você está vindo, você não vai saber para onde você você está indo."
 
Mesmo que ele eleva a raça negra, Capleton sempre faz questão de esclarecer que ele não pretende alienar qualquer raça. "Não estamos sendo uma estrela racial nem preconceituosa", diz ele. "Porque sabemos que Jah é para todos. Mas onde a história se profetiza em causa, e esse é o nosso testemunho, e temos de ser nós mesmos, e não podemos esconder da verdade. Porque podemos ser um traidor e uma traição para nós mesmos. E você não pode vender a si mesmo."
 
Logo depois veio a música "Tour", um estado de ardência do relato no dancehall escrito nas semanas após o assassinato de Panhead e Dirtsman, dois artistas amigos de Capleton. Essa música não só se tornou um hino do renascimento das raízes dentro do dancehall, mas um hip hop remix,  chegando a ser hit nas paradas da Billboard, abrindo um enorme novo público às mensagens de justiça ditas por Capleton.
 
COMPRAR CAPLETON - I TESTAMENT @ FYASHOP
E se seguiu uma relação com a  Def Jam, que lançou dois álbuns de Capleton, Prophecy e I-Testament, que contou com colaborações memoráveis ​​com estrelas do rap como Method Man e Q-Tip. Ambos os álbuns foram calorosamente aceitos pelo público internacional, mas como o milênio se aproximava do fim, Capleton sentiu que era o momento de regressar ao seu público principal. Ele tinha trabalho a fazer. "Eu tenho que ser eu mesmo, certo? E eu só posso ser Eu", ele argumenta. "Então, do jeito que faço me faz ser eu, eu trabalho com isso. Você entende."
Capleton está agora no auge de seus poderes. Em 1999 e 2000 trouxe uma pancada tocando incessantemente nos sistemas de som, e ficando nos tops das listas de dancehall com o hino anti-violência "Jah Jah City" e "Good In Her Clothes", uma mensagem de respeito pelas irmãs que se vestem como Imperatrizes. Mas mesmo antes dele completar a sua missão de elevação, Capleton terá muitos críticos. Seus maiores sucessos, na verdade, são os destinados aos pessimistas na imprensa e as torres de marfim de poder. "Os críticos não vão me deixar sozinho", diz o Profeta. "Eles dizem que não podem controlar o fogo nós colocamos em Roma."

Muitas das canções de Capleton "e a maioria de seus críticos" fazer menção a este fogo ardente.
Capleton espera esclarecer a confusão uma vez por todas. "Não é realmente um fogo físico. É realmente um fogo espiritual, é um fogo lírico, é um fogo musical. Você vê o fogo é tudo sobre a vivencia. Mas é que as pessoas se prendem sobre o termo errado. As pessoas ficam confusas. Então quando um homem diz "mais fogo', eles pensam que isso significa dizer que você vai incendiar o campo de cana ou ir incendiar uma igreja." Fogo; Capleton explica, é uma forma de lembrar os irmãos que eles vão ser extraviados. "Dessa forma, um homem sabe dizer que está fazendo algo errado. Que mesmo dando o desejo de saber dizer; Yo! Preste atenção sobre si mesmo. O que você está fazendo não é certo, ou então ele não diria 'Fogo Nisso', ou 'Queima Isso', ou 'Mais Fogo.' Nós vamos conferir na volta agora", continua ele; "O fogo é para a purificação da terra, de qualquer forma você pode conferir. Essa própria terra tem que sair do fogo literal também, existe a atividade vulcânica, temos uma luta lírica da lava. O elemento mais quente para nos levantar de manhã é o sol. A limpeza da água, mas ainda é o fogo que queima a água, queima as bactérias para que a água, que pode curar e limpar. A erva cura, mas ainda é o fogo que queima a erva, assim a erva poderia te a cura para nós também."

Por Rob Kenner - Artigo original publicado @ http://capletonmusic.com/news/bio/


  Twitter   https://www.instagram.com/fyadub_fyashop/   http://www.youtube.com/fyadub  http://www.discogs.com/seller/fyashop/profile   http://fyadub.blogspot.com.br/p/fyashop-teste_22.html   fyadub@yahoo.com.br
 

sábado, 5 de setembro de 2015

INTERVIEW WITH RAS ZAHIR :: BLACKHEART WARRIORS SOUND SYSTEM




Ras Zahir - Blackheart Warriors Sound System

We send some questions to Ras Zahir, part and producer of the sound system and label Blackheart Warrios from San Diego/USA. We follow the label since the first release and we keep contact with Zahir. Since of that, we follow the consolidation of the work, and the label became one of the most likely for us. We are proud in develop the label here in Brasil and all South America. We give thanx to Zahir to answer us, and eventually distant he became a bredren of fyadub. We hope you like and share the interview and give your feedback if you like it. Blessed Love.

When BHW started and who are the brothers with you doing the works?
Ras Zahir: Blessed love Fyadub and give thanks for this opportunity to share ourstory. Blackheart Warriors Soundsystem started in 2004 in the Southeast area of San Diego. Originally it consisted of myself Ras Zahir, Orthodox Reuben, Brizion and Asher Greyfoot. Asher was our helper but has since moved on to do different works. My role in the group is box builder, selector, operator and executive producer for the record label. Reuben is our other operator and selector. Brizion is our dub producer. The record label was established in 2012 and we currently have 7 releases.

Who you describe important on the sound system in the USA?
Ras Zahir: The Soundsystem scene is fairly new in USA as compared to England or Europe, but it is starting to build momentum and we are seeing various new sounds building up their set to playing out all over the country. Notable sounds are Aba Shaka, Black Redemption, Wildfiyah Rootikal, Fasimbas Afrikan Vanguard, Inner Standing Sound, Zion Love, Roots I-Mention, Dub Siren, and Dub Stuy plus more.

When we think about reggae in USA we think in jamaicans mixing with hip hop. How this change?
Ras Zahir: Well I can only speak from the perspective of where I live (San Diego). In San Diego we are conessiours of older Roots, dub, and Rub a Dub style of reggae. We don't really vibe with this newer hip hop & reggae fusion. We love older reggae and dub. We also vibe to the newer roots but to be honest it took a while to get people use to the newer digital Roots and dub we currently see coming from UK and Europe. In recent times though a lot of people are catching on to it. Overall most people here love the older sound of Reggae (70s and 80s) and don't like that type of "reggae" with hip hop influences.

Blackheart Warriors Sound System
The BHW play other styles of music?
Ras Zahir: No. We focus strictly on old and new Roots, Dub, Steppas and Nyahbinghi. We don't have any interest in playing anything else on our sound system beside that. This is the formula we have stuck with since the Sound was created.

The BHW stablish a great label, dealing with great producers and musicians, what do you expect for the future?
Ras Zahir: Give thanks. We expect more releases and works in the future. We just released a new 10" record with Fikir Amlak, Rob Symeonn and King Alpha which we are really excited about. It has been received very well. We also have another release coming with Fikir Amlak and Brizion, which is due to be released by the end of this year. In the vaults we have some other projects we hope to release with Russ Disciple, King Alpha, Vivian Jones, Wellette Seyon, Luv Fyah, Ark Aingelle, I-David, Judah Eskender and a few more. As long as the people show support, we will continue to release music.

What do you think about the future of reggae and the sound systems around the world?
Ras Zahir: I think it will continue to grow and spread to the four corners of the earth. Reggae Music is a powerful vehicle for our expression and people will always need music in their lives so its only natural for it to grow and carry on through the generations. What i would like to see is more younger ones getting involved with sound system to solidify its future. Reggae Sound systems bring the music to another level and dances bring people together. This is why we do it.....To deliver the message of Qedamawi Haile Selassie and African Redemption to the masses. Our dances give people a safe and positive place to have a good time while being edified.

Do you like the sound clashs, what do you think about it?
Ras Zahir: I personally don't endorse sound clashes and Blackheart Warriors is not a clashing type of sound system. To me clashes are very ego driven and divides the people instead of uniting them. We would rather play in unity to keep the vibes more positive. I do understand the history of sound clashes in sound system yet We choose not to be involved in it. We will defend ourselves if we are attacked musically though.

What the Rastafari means in the sound of BHW?
Ras Zahir: Rastafari livity and His Majesty means everything to I and I (us). His Majesty is the driving and guiding power that makes all this possible. Without HIM we would be like a rudderless ship drifting aimlessly in the ocean. He gives I and I direction and purpose, and because of this, we hold on to the Rastafari livity and uphold the order to the best of our ability. The sole purpose of our sound system is to spread the gospel of Rastafari worldwide.

Orthodox Reuben e Ras Zahir
You are a Bobo Shanti, part of EABIC... work with (EABIC) is a influence to BHW?
Ras Zahir: I can only speak for myself since I'm the only Bobo Shanti/EABIC member of the sound. Yes it influences everything I do in life. It is my culture.

Do you think is possible apart the Rastafari out of the Sound System?
Ras Zahir: Yes. We have witnessed many sounds from the past and present who are not of the Rastafari faith partake in sound system. To each their own.

Spirituality is important to BHW?
Ras Zahir: Yes, as I mentioned before, this livity of Rastafari is the wind beneath our wings that keeps us moving in the Right direction. We are very spiritual and this dedication is reflected in all aspects of our lives including sound system.

What BHW like to play in the sessions, (like labels, producers, vocalists)?
Ras Zahir: That's a good question. We play a wide variety of Roots and dub. Jah Shaka, Young Warrior, Black Redemption, Roots Injection, Kibir La Amlak, King Earthquake, Conscious Sounds, King Alpha, Inner Sanctuary, Niney Observer, Yabby You, Twinkle Brothers, Black Legacy and Blakamix to name a few. There are too many to name but overall we like the militant Rastafari Sound over heavyweight dubs.

Leave the message you want to all massive!
Ras Zahir: I just want to give thanks to all our supporters who purchased our records and to those who support our Temple of Roots Dances. We could not do this without you so please continue to support us anyway you can. You are greatly appreciated. All praises and honor be unto JAH our King, Qedamawi Haile Selassie. Much love and respect!

Ras Zahir


BLACKHEART WARRIORS @ FYASHOP

Fred Locks / Wellette Seyon / I-Jah Solomon* / Kibir La Amlak - His Eyes / Selassie In Control / Jahovia / Crown Him The King (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1001
Media Condition: Mint (M)

R$175.00
+ shipping


Fikir Amlak, King Alpha, Rob Symeonn - Ethiopian Sunrize / Destroy Everything (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1007
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Fred Locks - Not Only The Black Star Liner (7")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-006
Media Condition: Mint (M)

R$50.00
+ shipping


Tena Stelin*, Roots Hitek - Afrikan Exile / Return To Glory (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1004
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Sista Miko / Brizion - Fire And Brimstone (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1003
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Fred Locks / Sista Beloved - He Lives / Be Still (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1005
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Judah Eskender Tafari / Wellette Seyon / I-David - Fret Not (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-002
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping

ENTREVISTA COM RAS ZAHIR :: BLACKHEART WARRIORS SOUND SYSTEM




Ras Zahir - Blackheart Warriors Sound System

Nós enviamos algumas perguntas para o Ras Zahir, integrante e produtor do sound system e selo Blackheart Warriors de San Diego/EUA. Acompanhamos o selo desde o primeiro título lançado e mantemos contatos com Zahir. Desde então acompanhamos a consolidação do trabalho, e o selo se tornou um dos queridos. Nos sentimos orgulhosos em promover o selo e o trabaho do BHW aqui no Brasil e no restante da América do Sul. Agradecemos ao Zahir por nos responder, e mesmo distante já é um irmão aqui do fyadub. Esperamos que compartilhem a entrevista e deem o feedback se gostaram. Blessed Love!!!

Quando o Blackheart Warriors começou e quem são os irmãos com você fazendo os trabalhos?
Ras Zahir: Blessed Love fyadub e agradecemos pela oportunidade de compartilhar a nossa história. Blackheart Warriors Sound System começou em 2004, no sudeste de San Diego. A formação original consistia com comigo Ras Zahir, Orthodox Reuben, Brizion e Asher Greyfoot. Asher nos ajudou, mas acabou por seguir caminhos diferentes. Meu trabalho no grupo e de construir as caias, seletor, operador e produtor executivo do selo. Reuben é nosso outro operador e seletor. Brizion é nosso produtor de dub. O selo começou em 2012 e já temos 7 discos lançados. 

Quem você destaca com importância no sound system nos EUA?
Ras Zahir: A cena do sound system ainda é nova aqui nos EUA comparada com a Inglaterra ou Europa, mas está contruindo seu momento, e estamos vendo vários novos sounds serem construídos para tocar por todo o país. Posso citar alguns sounds como Aba Shaka, Black Redemption, Wildfiyah Rootikal, Fasimbas Afrikan Vanguard, Inner Standing Sound, Zion Love, Roots I-Mention, Dub Siren e Dub Stuy e outros. 

Quando pensamos em reggae nos EUA, pensamos nos jamaicanos mixando com hip hop. Como isso mudou?
Ras Zahir: A gente só pode falar da perspectiva de onde nós vivemos (San Diego). Em San Diego nós somos conessiours (conhecedores) do velho Roots, Dub e do estilo Rub A Dub do reggae. Nós realmente não vibramos com essa nova fusão de hip hop com reggae. Nós amamos o velho reggae e dub. Nós vibramos com o novo roots, mas sendo honesto, leva um tempo para as pessoas se habituarem com o novo digital roots e dub que atualmente vemos chegando de UK e da Europa. Atualmente tem muita gente se ligando nele. Mas no geral, as pessoas aqui amam o som do reggae mais antigo, anos 70 e 80, e não gostam desse tipo de “reggae” com influencias de hip hop. 

Blackheart Warriors Sound System
O BHW toca outros estilos de música?
Ras Zahir: Não. Nós focamos estritamente no velho e no novo Roots, Dub, Steppas e Nyahbingui. Nós não temos nenhum interesse em tocar nada além disso em nosso sound system. Essa é a formula que temos com a gente desde que o sound system foi criado.

O BHW estabeleceu um ótimo selo, lidando com ótimos produtores e músicos, o que você espera para o futuro?
RAS Zahir: Agradeço. Nós esperamos lançar mais títulos e trabalhos no futuro. Acabamos de lançar um novo 10” com Fikir Amlak, Rob Symeonn e King Alpha, e nós estamos muito animados com ele. Ele foi muito bem recebido. E temos um novo título a ser lançado com Fikir Amlak e Brizion, que está para sair no final desse ano. Ainda temos alguns projetos guardados que esperamos lançar com Russ Disciple, King Alpha, Vivian Jones, Wellette Seyon, Luv Fyah, Ark Aingelle, I-David, Judah Eskender e mais alguns. Enquanto as pessoas mostrarem apoio, nós continuaremos a lançar músicas. 

O que você pensa sobre o futuro do reggae e do sound system no mundo?
Ras Zahir: Eu penso que vai continuar crescendo e se espalhando sobre os quatro cantos da terra. A música reggae é um veiculo poderoso para nossa expressão e as pessoas sempre vão precisar de música em suas vidas, então é apenas natural que (o sound system) cresça e seja levado através das gerações. O que eu gostaria de ver é mais jovens se envolvendo com o sound system para solidificar o futuro. O reggae sound system traz a musica para um outro nível e as festas trazem as pessoas juntas. E por isso que fazemos isso... Para levar a mensagem de Qedamawi Haile Selassie e a Redenção Africana para as massas. Nossas festas dão as pessoas um lugar seguro e positivo sendo edificado pelo tempo. 

Você gosta de sound clash’s, o que voce pensa sobre?
Ras Zahir: Eu pessoalmente não endosso sound clash’s e o Blackheart Warriors não um do tipo de sound system que faz sound clash’s. Para mim, clash’s são muito direcionados ao ego e dividem mais as pessoas do que as une. Preferimos tocar em unidade para manter a vibração mais positiva. Eu compreendo a historia dos sound clash’s no sound system, mas Nós escolhemos não nos envolvermos nisso. Mas nos defenderemos se formos atacados musicalmente. 

O que o Rastafari é para o som do BHW?
Ras Zahir: A vivencia do Rastafari e Sua Majestade (Haile Selassie) significa tudo para Eu e Eu (Nós). Sua Majetade é a direção e o poder guia que faz tudo ser possível. Sem SMI (Sua Majestade Imperial) seriamos como um navio sem leme no Oceano. Ele da a Eu e Eu direcionamento e propósito, e por causa disso, nós nos agarramos a vivencia do Rastafari e estabelecer a ordem com o melhor da nossa habilidade. O único propósito do nosso sound system é espalhar o evangelho do Rastafari pelo mundo. 


Orthodox Reuben e Ras Zahir
Você é um Bobo Shanti, parte da EABIC... trabalhar com a EABIC é uma influencia no BHW?
Ras Zahir: Eu somente posso falar por mim, porque sou o único Bobo Shantie e membro da EABIC no sound. Sim, é uma influencia em tudo que faço na vida. É minha cultura. 

Você acha que é possivel apartar o Rastafari para for do sound system?
Ras Zahir: Sim. Nós temos testemunhado muitos sounds do passado e presente que não partilham da fé Rastafari no sound system. Para cada um seu próprio. 

Espiritualidade é importante para o BHW?
Ras Zahir: Sim, como eu mencionei antes, essa vivencia do Rastafari é o vento nas nossas asas que nos leva a direção certa. Nós somos muito espirituais e essa dedicação é refletida em todos os aspectos das nossas vidas, incluindo o sound system. 

O que o BHW gosta de tocar nas sessões, (selos, produtores, vocalistas)?
Ras Zahir: Essa é uma boa pergunta. Nós tocamos uma variedade de Roots e Dub; Jah Shaka,Young Warrior, Black Redempetion, Roots Injection, Kibir La Amlak, King Earthquake, Conscious Sounds, King Alpha, Inner Sanctuary, Niney Observer, Yabby You, Twinkle Brothers, Black Legacy e Blakamix para citar alguns. Existem muitos para citar, mas no todo nós gostamos do som militante Rastafari com dubs pesados. 

Deixe a mensagem que quiser para todos!
Ras Zahir: Eu quero deixar meus agradecimentos a todos os que nos dão suporte e compram nossos discos, e todos aqueles que dão suporte aos eventos do Temple Of Roots. Nós não conseguiríamos sem vocês, então por favor, continuem nos dando suporte da forma que puderem. Nós agradecemos muito. Todos as graças e honras a Jah nosso Rei, Qedamawi Haile Selassie. Muito amor e respeito!
Ras Zahir



BLACKHEART WARRIORS @ FYASHOP


Fred Locks / Wellette Seyon / I-Jah Solomon* / Kibir La Amlak - His Eyes / Selassie In Control / Jahovia / Crown Him The King (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1001
Media Condition: Mint (M)

R$175.00
+ shipping


Fikir Amlak, King Alpha, Rob Symeonn - Ethiopian Sunrize / Destroy Everything (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1007
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Fred Locks - Not Only The Black Star Liner (7")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-006
Media Condition: Mint (M)

R$50.00
+ shipping


Tena Stelin*, Roots Hitek - Afrikan Exile / Return To Glory (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1004
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Sista Miko / Brizion - Fire And Brimstone (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1003
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Fred Locks / Sista Beloved - He Lives / Be Still (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-1005
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping


Judah Eskender Tafari / Wellette Seyon / I-David - Fret Not (10")
Label:Blackheart Warriors
Cat#: BWR-002
Media Condition: Mint (M)

R$70.00
+ shipping

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

SIZZLA KALONJI @ FYASHOP + FREE DOWNLOAD

Sizzla Kalonji
Miguel Orlando Collins, mais conhecido como Sizzla Kalonji ou simplesmente Sizzla nasceu em Kingston em 1976 e cresceu em August Town e foi estudante de Engenharia Mecânica em Dunoon High School. Sizzla é um dos músicos mais conhecidos e importantes do reggae contemporâneo. Sua ascensão comercial e o numero de singles e álbuns lançados ainda não conseguiram ser atingidos por nenhum outro. Até o ano passado (2011) ele já havia lançado mais de 65 álbuns solo e incontáveis singles e duplates que já não podem ser contados. 

Sizzla testemunhou a ascensão do dancehall e junto o estilo de vida de quem vivia o dancehall; drogas, armas e o slackness. Em meados dos 90, na sua adolescência Sizzla adotou a fé a filosofia Rastafari em sua vida. Ele se juntou a Ordem Bobo Shanti e mudou tanto a sua prória vida como a de muitos. 

Sizzla começou seus trabalhos na musica com o sound system “Caveman Hi Fi” (abaixo uma mixtape de Sizzla junto com Caveman Hi Fi). Ele usou a musica como veículo para passar a mensagem do Rastafari e a filosofia de vida que levava na época, o Bobo Shanti. Mas seu primeiro start realmente foi 1995 quando “Bobby Digital” Dixon produziu diversos singles com Sizzla pelo selo “Zagalou”. Sizzla iniciou junto com diversos outros artistas, entre eles Luciano “The Messenger”. Foi com Luciano que Sizzla fez uma de suas primeiras turnês e conheceu diversas personas importantes na musica. 

Dentre essas pessoas, Sizzla conheceu Homer Harris, o cara que foi mentor e produtor de Buju Banton e apresentou Sizzla para o notório saxofonista Dean Fraser e o produtor e diretor Phillip “Fatis”Burrel do selo “X-Terminator Family” – que se pode dizer um dos produtores e descobridor de talentos mais importantes dos anos 80 até o final dos anos 90. O ano de 1996 foi talvez o mais importante de Sizzla, sendo um divisor de águas de seu trabalho na musica. Sizzla e Fattis fizeram uma turnê juntos e Sizzla lançou diversos singles de sucesso e seu primeiro álbum “Burning Up”. Sizzla esteve trabalhando junto de Fattis até o seu falecimento em dezembro de 2011. 

Fattis e Sizzla trabalharam juntos no álbum “Praise Ye Jah” lançado pelo selo JetStar e foi seguido por “Black Woman & Child” produzido por Bobby Digital no mesmo ano. As duas musicas que deram títulos aos álbuns se tornaram o que pode se dizer de hinos alem de tantos outras produções importantes que firmaram o trabalho de Sizzla no final dos anos 90. Musicas como “Like A Mountain”, “Babylon Cowboy”, “Kings Of The Earth” e “Build A Better World” junto com Luciano. Nos anos seguintes, Sizzla, Fattis e Bobby Digital lançaram mais e mais singles de sucesso com Sizzla. 

Em 1998 Sizzla recebeu sua primeira indicação ao premio “Best International Reggae Artist Of The Year”pela MOBO Awards garantido pelas varias listas TOP 100 de discos em revistas. Dois discos notórios em 1998 e 1999 foram “Kalonji” e “Royal Son Of Ethiopia”. Em 1999 Sizzla recebeu sua segunda nominação ao premio MOBO. Até hoje, Sizzla permance sendo um dos artistas mais importantes do reggae em todo o Mundo. Atualmente Sizzla tem 21 álbuns listados na “Billboard’s Top Reggae Albums”, e o álbum “Words Of Truth” está na posição de No. 5 na lista. 

Sizzla lançou nesse período mais de 45 albuns solo e mais de 15 albuns combinados com outros musicos, passando por diferentes gêneros do reggae. No mesmo período ele iniciou os trabalhos com seu selo próprio “Kalonji Records” junto com Damon Dash Music Group e Koch Records, lançando “Black History” e “Life”. 

Sizzla, junto com outros músicos como Capleton, Buju Banton e Anthony B, foram dos primeiros a criar um novo movimento que promovia e redescobria os valores rastafaris no reggae contemporâneo, com letras que primeiramente levavam a ascensão espiritual e a consciência social. Os temas eram como a Babilônia e seu sistema corrupto manipulavam as pessoas, a decadência dos jovens no gueto, a opressão contra o negro, a fé em JAH e o levante contra agentes perseguidores e da opressão. 

Nos anos seguintes, Sizzla ganhou reputação como homofóbico ao cantar letras “anti-gays” em diversos singles [leia mais sobre o tema no texto “A Controvérsia do Fya Burn”], que mostrava seu ponto de vista e dos Bobo Shantis. Essas letras fizeram com que diversas shows internacionais fossem cancelados. Em 2004, Sizzla foi proibido de entrar no Reino Unido para realizar shows. A força “Metropolitan Police’s Racial and Violent Crimes” [ Policia Metropolitana de Crimes Violentos e Raciais] investigou letras de artistas como Beenie Man, Elephant Man, Bounty Killer e diversos outros musicos do reggae depois de uma campanha do grupo LGBT “OutRage!” da Inglaterra. A Scotland Yard também analisou letras de oito artistas do reggae, mas não confirmou na época que Sizzla era um deles. Apos diversos questionamentos, o escritório deles (Scotland Yard) se pronunciou dizendo; “Não discutimos a situação da imigração individual com uma terceira parte”. 

O grupo “OutRage!” alegou que Sizzla fazia apologia a violência em suas musicas contra pessoas LGBT’s. Em 2007, os show de Sizzla em Toronto e Montreal foram cancelados após protestos do grupo “Stop Murder Music” no Canadá. A musica de Sizzla chamada “Nah Apologize” gravada em 2004 dava uma apontada de dedo em alguns grupos e lideres gays. Em 2008 seu visto foi cancelado na Alemanha apos metade da turnê e foi mandado de volta aos EUA. Sizzla manteve sua postura em todos os momentos, usando como artista seu direito de criar e expressar seu discurso de forma livre. Muitos se esqueceram de outras musicas de Sizzla contra a opressão ea injustiça e se concentraram somente nas letras contra o homossexualismo. 

Em 2009 e 2010 outros shows foram cancelados apos protestos públicos. Nesse ano de 2012, já foram canceladosshows na Espanha, Bélgica, Suíça apos protestos contra a presença de Sizzla. A produtora de Sizzla – Kalonji Muzik fez um declaração apos o cancelamento dos shows diznedo que obedece as leis de todos os países para que os shows aconteçam e de forma alguma faz apologia ou tenta incitar as pessoas a violência contra qualquer outra pessoa. A turnê de Sizzla continuou com alguns cancelamentos e em outras 16 cidades da Europa os ingressos foram completamente esgotados. Apos tantos cancelamentos Sizzla ainda lançou outras letras anti-homossexualismo como “Murder Dem” no festival “St. Mary Mi Come From” em Anotto Bay. 

Ano passado (2011) Sizzla sofreu um acidente grave de motocicleta em Mount Salem Road em St. Anns Bay, com algumas matérias dizendo que Sizzla havia falecido. Apos os rumores, Sizzla se apresentou e continou produzindo. 

Alem da musica, um dos trabalhos mais interessantes de Sizzla foi com o Judgment Yard, que se estabeleceu como um trabalho comunitário em August Town no subúrbio de Kingston na Jamaica. O Judgment Yard se tornou uma organização de apoio aos jovens e também uma das casas de Sizzla. Alem de residência, Sizzla fundou no Judgment Yard seu selo – Kalonji Records e seu estúdio próprio. Diversos jovens vem de outros lugares para o Judgement Yard para buscar alem da musica, assistência e orientação. Sizzla se tornou uma influencia para muitos jovens não só na Jamaica, e muitos dos jovens membros do Judgment Yard acabaram por se tornar musicos, tocando não só com Sizzla, mas também em diversos outros grupos e bandas. O J.Y. acabou por se tornar uma fundação de apoio, contando com diversos musicos e minimizando a aflição de muitos jovens pobres das comunidades vizinhas. A formação desses jovens alem da musica vai para trabalhos de produção e artísticos. Sizzla já gravou e lançou diversos artistas do J.Y. como Joseph Shepherd e Bobo David.

Abaixo seguem duas mixtapes muito boas de Sizzla, a primeira com produzida pela crew Million Vibes a segunda uma pérola de Sizzla junto com Caveman International Sound System. Ambas free download, aproveite.






SIZZLA KALONJI @ FYASHOP




































       

DISQUS NO FYADUB | FYASHOP

O FYADUB | FYASHOP disponibiliza este espaço para comentários e discussões das publicações apresentadas neste espaço. Por favor respeite e siga o bom senso para participar. Partilhe sua opinião de forma honesta, responsável e educada. Respeite a opinião dos demais. E, por favor, nos auxilie na moderação ao denunciar conteúdo ofensivo e que deveria ser removido por violar estas normas... PS. DEUS ESTÁ VENDO!