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segunda-feira, 23 de maio de 2016

ASWAD FEAT. DENNIS BROWN, DAMIAN MARLEY & NAS - PROMISED LAND [TRADUÇÃO]




Comprar Dennis Brown & Damian Jr Gong* feat. Nas - Promise Land (7") @ fyashop
Você tem instrumentais clássicos preferidos?... Se preferir pode chamar de riddim, não tem problema. Pois eu tenho alguns clássicos preferidos. E o instrumental 'Promised Land' ou 'Love Fire' como ficou conhecido é um dos meus. Este esta listado dentre um dos meus dez instrumentais preferidos essenciais de reggae, que devem (não obrigatoriamente) ser tocados em algum momento em uma festa que seja dita de reggae. Se estiver curioso, na minha listinha tem alguns outros como; 'Chanting' que me remete aos dias de 'Turbulence Inna Babylon'* junto com o Planeta Dub e Zulusoljah, e mesmo eu tendo o disco e tocando junto com o Roberto e Zé Luiz na época, eu esperava o riddim ser tocado por eles, que para mim é parte da identidade da dupla e era parte da identidade da festa quando eles tocavam essa música. Além desses, outros como 'Warrior Charge' também do Aswad, 'Shaka The Great', 'Babylon Too Rough'.. e por ae vai. Mas vamos falar especificamente de 'Promised Land'.

* 'Turbulence Inna Babylon' era uma festa que acontecia no Susi In Dub em São Paulo periodicamente as sextas feiras com Zulusoljah, Planeta Dub e Ras e convidados entre 2006 e 2007.

A versão original foi composta pela banda Aswad (que traduzido significa preto em árabe). A banda originalmente formada em 1975 por Brinsley 'Chaka B' Forde (vocal e guitarra), Angus 'Drummie Zeb' Gaye (vocal e bateria) - e é o único membro original na banda atualmente, Donald 'Dee' Griffiths (vocal e guitarra), George 'Ras' Oban (baixista) e Courtney 'Khaki' Hemmings (tecladista). Um dos momentos mais marcantes no inicio da banda foi ter sido a banda de gravação do álbum ao vivo de Burning Spear, gravado em 1977 no Rainbow Theatre.

Em 1980, Brinsley Forde foi o principal personagem no filme cult 'Babylon'. O filme, que é um misto de retrato social e musical da época numa Londres, que assim como resto do mundo, estava passando por diversas mudanças políticas e sociais. No filme, que mostra muito da cultura dos sound systems em Londres; Dreadhead (um dos personagens do filme), visita um empresário chamado Fat Larry que possuiu uma música exclusiva em acetato, que ele espera comprar para que seu sound system Ital Lion derrote - só em filme mesmo, o poderoso JAH Shaka - que também participa do filme. Fat Larry vende a música a música 'Warrior Charge'... e o restante você fica sabendo vendo o filme.


'Babylon' é um retrato da juventude negra na época, muito diferente da que era retratada nos tabloides britânicos. Esses jovens negros, que não eram traficantes, estupradores e nem assaltantes. Eram jovens comuns com desejo de sobrevivência, sonhos e medos. E a diferenciação sempre foi, o que em qualquer gueto no mundo é, o escape da válvula de pressão, fazer música e tocar discos, com um pouco de equipamento comprado com muito suor e um pouco de equipamento construido com as próprias mãos. Esses momentos em festas são os que dão energia para lutar contra a pobreza, desilusão e a opressão aleatória que emerge da sociedade.

Em 1981, a banda lançou dois álbuns; 'Aswad Showcase' - que incluía 'Warrior Charge' e o álbum 'New Chapter'. Obviamente o primeiro acabou tendo vantagem por conter músicas do filme 'Babylon', e 'New Chapter' acabou sendo um coadjuvante. Ambos os álbuns já mostravam um Aswad mais experimental, já mesclando o reggae com banda com sintetizadores e elementos eletrônicos - e nessa época 'Sleng Teng' nem existia na cabeça de King Jammy. Nessa experimentação do Aswad, um dos pontos principais era um arranjador e trombonista, remanescente da era de ouro do Ska, do Rocksteady e do Reggae chamado Vin Gordon. Foi Vin Gordon que fez os principais arranjos de metais das músicas do Aswad, em ambos álbuns.


Em 'New Chapter', foi lançada a música 'Love Fire'. Que não foi lá muito tocada e sendo discreta mesmo com o potencial do instrumental. Difícil ver o álbum ou a música em alguma lista de discos ou músicas essenciais - e também tem um preço bem em conta. Em 1982, foi lançado 'A New Chapter Of Dub' - obviamente de versões dub de 'New Chapter', onde se destacam duas músicas; 'Dub Fire' e 'Guetto In The Sky'. 'A New Chapter Of Dub' trazia uma produção um pouco diferente de grande parte dos discos de versões dub da época. Os delays e ecos eram utilizados como parte dos arranjos e não como meros efeitos, ou uma forma de preencher o vazio em determinados momentos em cada música. E obviamente 'Dub Fire' acabou por vir fazer parte das seleções de JAH Shaka, que já havia trabalhado com Brinsley Forde em 'Babylon', e posteriormente produziria um disco junto com a banda em 1985; 'Jah Shaka Meets Aswad ‎– In Addis Ababa Studio'.

Já a versão definitiva do instrumental de Aswad, tocada e arrebatada pelos efeitos de sirene e vocais de Jah Shaka em suas sessões lúdicas, teve seu vocal e batismo na voz de Dennis Brown - que estava residindo em Londres na época, rebatizando a música de 'Promised Land'. Nessa fase, Dennis Brown vivia um de seus melhores momentos e mais prolíficos depois de algumas derrapadas e desencontros com produtores. Existem rumores de que 'Promised Land' é um dupblate, que acabou por se tornar um hit exponencial por Brown ter gostado muito da música finalizada, e pela letra ser um dos hinos da repatriação e da diáspora africana pregada por Marcus Garvey, o que ele já estava convicto naquele momento. A música originalmente foi lançada pelo selo próprio de Dennis Brown;  'Yvonne's Special' na Jamaica. 'Yvonne's Special' é uma homenagem a sua esposa, que se chamava Yvonne. E na Europa o single foi lançado pelo selo 'Simba', ambos em formatos 7inch e 12inch. Pelo selo 'Simba', além da versão vocal & dub, ainda contém mais duas versões do instrumental no lado b.


No decorrer dos anos 90 e 2000 - e adiante, diversas versões com o instrumental de 'Love Fire/Promised Land' foram lançadas. Inúmeras versões que simplesmente faziam um reboot <<< palavra nova para uma nova versão de um riddim, e outras que eram produzidas com timbres digitais, para todos os estilos e gostos dos seletores e dj's, e que fizeram a minha alegria ao ouvir o instrumental com um novo vocal e um novo estilo. 

Em 2010 eu aguardava ansioso por um álbum especifico; 'Distant Relatives' de Nasir Jones aka Nas e Damian 'Jr. Gong' Marley. Os dois se encontram em 2005 gravando 'Road To Zion' para o álbum 'Welcome to Jamrock' de Damian, o que acabou servindo de prelúdio para 'Distant Relatives'. A combinação deu muito certo, e mesmo que a diferença temporal de 'Road To Zion' para o álbum 'Distant Relatives' seja de cinco anos, os timbres estão todo ali.

 
'Distant Relatives' provavelmente foi o álbum que eu mais gostei naquele ano - e vendi tanto quanto pude aqui no Brasil, mas infelizmente acabou não ocorrendo a possibilidade de dar conta da demanda. A produção do álbum é primorosa - e letras que agradam mais que café expresso esse que lhes escreve, e eu só tenho elogios para todo o álbum, que mistura o reggae e o hip hop, e conhecimento anciente. Coisa rara de achar algo que agrade tanto quanto o álbum 'Distant Relatives'. Leia aqui a resenha publicada na época do lançamento do álbum: Distant Relatives - Nas & Damian Marley @ Fyashop
Dentre as músicas do álbum, está a versão de 'Promised Land'. O instrumental é bem próximo do arranjo original - mudando um pouco o arranjo de baixo, e na voz de Dennis Brown o refrão, no vídeo a introdução é de Dennis Brown falando sobre a África e literalmente de leve tirando um sarro da cara de Roger Stephens. A introdução é uma entrevista dada ao jornalista, radialista e escritor Roger Stephens em 1982, para o documentário 'Deep Roots' do Channel 4. 

Como 'Distant Relatives' tem um foco e uma direção lírica afrocêntrica, a música original de Aswad e Dennis Brown, casou perfeitamente com o álbum, que é muito bem pensado, tendo começo, meio e fim. E a letra de Nas e Damian, complementam as ideias e o lirismo sobre repatriação de Dennis Brown, a fé Rastafari de Damian e o afrocêntrismo da Nação o Islam no qual Nas conhece muito bem, e que permeia todas as letras do álbum.


Dennis Brown & Damian Jr Gong* feat. Nas - Promise Land (7")
Label:Rude Bwoy Records (2)
Cat#: RB-01
Media Condition: Mint (M)






ASWAD FEAT. DENNIS BROWN, DAMIAN MARLEY & NAS  - PROMISED LAND




Now I and I say greetings in the name of the mighty king
Agora Eu e Eu digo saudações em nome do Poderoso Rei
And I and I say played by the King love is all I bring
E Eu e Eu digo tocando pelo Rei, amor é tudo que eu trago
And I and I say Africa is I and I responsibility dreadlocks
E Eu e Eu digo Africa m
Yes, huh
Yes, huh



To the Promise Land
Para a Terra Prometida
Going to the Promise Land
Indo para a Terra Prometida
Yes, the Promise Land, o gosh now
Yes, a Terra Prometida, agora o Deus
To the Promise Land, yeah
Para a Terra Prometida, yeah



Imagine Ghana like California with Sunset Boulevard
Imagine Gana como a California com a Sunset Boulevard
Johannesburg would be Miami, Somalia like New York
Joanesburgo seria Miami, Somalia como Nova Iorque
With the most pretty light, the nuffest pretty car
Com as luzes mais bonitas, o carro mais bonito e potente
Ever New Year the African Times Square lock-off
Todo ano novo o Times Square Africano vai ser fechado



Imagine Lagos like Las Vegas, the ballers dem a ball
Imagine Lagos como Las Vegas, os ostentadores vão ostentar
Angola like Atlanta, a pure plane take off
Angola como Atlanta, um avião vai decolar
Bush Gardens inna Mali, Chicago inna Chad
Bush Gardens lá em Mali, Chicago lá em Chad
Magic Kingdom inna Egypt, Philadelphia like Sudan
Magic Kingdom no Egito, Filadelfia como o Sudão



The Congo like Colorado, Fort Knox inna Gabon
O Congo como o Colorado, Fort Konx lá em Gabon
People living in Morocco like the state of Oregon
Pessoas vivendo no Marrócos como no estado do Oregon
Algeria warmer than Arizona, bring your sun lotion
Algeria é tão quente quanto o Arizona, traga seu bronzeador
Early morning class of Yoga on the beach in Senegal
De manhã logo cedo aula de Yoga na praia no Senegal



Ethiopia the capitol of fi di Congression
Etiópia é a capital do Congresso
A deh so I belong, a deh di the king come from
E lá que eu pertenço, e de lá que o Rei vem
I can see us all in limos, Jaguars and B'mos
Eu vejo todos nós em limosines, Jaguar's e BMW'ss



Riding on the King's Highway
Rodando na Rodovia do Rei
To the Promise Land
Para a Terra Prometida
Going to the Promise Land
Indo para a Terra Prometida



O, Gosh
O, Deus
Yeah, the Promise Land
Yeah, a Terra Prometida
Yeah, the Promise Land
Yeah, a Terra Prometida
Oh
Oh



Promised Land, I picture Porsches, Basquiat portraits
Terra Prometida, eu retrato Porsches, retratos de Basquiat
Pinky rings realistic princesses
Aneizinhos reais em princesas
Heiresses bunch a kings and queens
Herdeiras de varios reis e rainhas
Plus I picture fortunes for kids out in Port-Au-Prince
Além disso, eu imagino fortuna para as crianças em Porto Principe
Powerless, they not allowed to fit but not about to slip
Impotentes, eles não tem permissão pra se ajustas mas não podem deslizar



Vision Promised Land with fashion like
Visualize a Terra Prometida com a moda tipo
Madison Ave, Manhattan, Saks 5th Ave and Rodeo
Avenida Madson, Manhattan, Saks na 5a Avenidade e Rodeo



Relaxing popping labels, Promise Land no fables
Etiquetas famosas relaxantes, Terra Prometida não tem fábulas
This where the truth's told, use them two holes
Essa é a verdade contada, use seus dois buracos
Above your nose to see the proof yo
Acima do nariz para ver a prova yo



Imagine a contraption that could take us back
Imagina uma contracepção que pudesse nos levar de volta
When the world was run by black men
Quando o mundo era governado pelo homem negro
Back to the future, anything can happen
De volta para o futuro, tudo pode acontecer
If these are the last days and 100-foot waves come crashing down
Se esses forem os últimos dias e ondas de 100 pés vierem desabar



I get some hash and pounds
Eu tenho um pouco de haxixe e algumas libras
Pass around the bud then watch the flood
Passar o baseado e assistir a inundação
Can't stop apocalypse
Não podem impedir o apocalipse
My synopsis is catastrophic
Minha sinopse é catástrofica



If satellites is causing earthquakes
Se satélties estão causando terremotos
Will we survive it?
Nós vamos sobreviver?
Honestly man it's the sign of the times
Homem honesto é o sinal dos tempos
And the times at hand
E os tempos estão na mão



There's a lot of work to be done, o gosh
Existe muito trabalho a ser feito, o Deus
In the Promised Land
Na terra Prometida



Going to the Promise Land
Indo para a Terra Prometida
O gosh
O Deus
Take me to the Promise Land
Me leve para a Terra Prometida



The Promise Land
A Terra Prometida
Oh, the Promise Land
Oh, a Terra Prometida
The Promise Land, oh, oh, yeah
A Terra Prometida, oh, oh, yeah



There's plenty of land for you and I
Tem um monte de terrar para você e eu
Buy and buy
Comprar e comprar
Lots of food to share for everyone
Muita comida para compartilhar para todos
No time for segregation
Não há tempo para segregar








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domingo, 22 de março de 2015

THE PUNKY REGGAE PARTY - UMA REFLEXÃO PESSOAL POR ADRIAN SHERWOOD

Adrian Sherwood

A frente do lançamento do álbum "Sherwood At The Controls Volume 1: 1979 – 1984", uma coleção de faixas antigas produzidas e mixadas pelo próprio Adrian Sherwood - a ser lançado em 6 de abril de 2015, o produtor e dj Adrian Sherwood se tornou um detetive do dub e um convidado para está coluna do QTHEMUSIC, investigando a história por trás do single de Bob Marley de 1977, Punky Reggae Party e as experiências ao mesmo tempo de dois artistas de duas culturas diferentes juntas.

LEIA MAIS SOBRE ADRIAN SHERWOOD

Em 1975 com 17 anos meu mentor e sócio, Joe Farquharson e eu iniciamos uma das primeiras empresas de distribuição de Reggae, JA, e no final de 1975 nos envolvemos também com o selo Carib Gems, ambas empresas operando em Harlesden, North West London. 

1976 começaram as eleições na Jamaca e a violência começou a crescer em níveis alarmantes. Em dezembro uma tentativa de assinato contra Bob Marley. Todos os tipos de rumores circularam em Londres perguntando porque? Não muito depois de ouvirmos as notícias e para minha total supresa, meu amigo Junior Williams veio até o escritorio e disse que Bob estava naquele momento descendo a rua na Scrubs Lane jogando bola com The Sons Of JAH (uma banda de Ladbroke Grove) junto com outros amigos. Tudo isso parecia meio surreal para mim nos meses que vieram, Bob e a House Of Dread jogavam bola habitualmente. A palavra da vez naquele momento era "mantenha sua cabeça baixa".

Harlesden, Neasden, Shepherds Bush, a Harrow Road and Ladbroke Grove, todos esses lugares eram como nossos para a gente. A area toda era rodeada de músicos, lojas de discos, sound systems, clubs e shebeens (espécie de bar ilegal). Havia também algumas bandas novas muito boas - Shepherd Bushs, Zabandis, Freedom Fighters, e compartilhando espaço com outras a loja de discos Gangsterville na Harrow Road, Aswad, Tradition e a nossa Creation Rebel. 

O que aconteceu depois nacionalmente foi algo maravilhoso de assistir. Apareceu o que parecia ser um rompimento tomando lugar contra anos de lixo indulgente de grandes selos e gravadoras fadadas a morte. Uma grande MORTE aconteceu. Fanzines, selos e bandas sentiram-se como; "e se nós somente soubessemos duas notas?", no final poderiamos lançar algo e seriamos ouvidos. Escrevendo mais de um ponto de vista do Reggae, o crescimento de bandas como Steel Pulse e sua imagem da Ku Klux Klan se tornaram muito ressonantes. Todo o reggae britânico começou a achar a sua própria voz.

Indiscutivelmente totalmente inspirado pelas mensagens Jamaicanas como a de Bob "I feel like bombing a church" (sinto como se estive explodindo uma igreja), ou vamos lugar contra o sistema babilônico, os hipocritas e os opressores, um monte de musicos fora do mundo do reggae começaram a compartilhar dos mesmo sentimentos. O grupo do reggae que entendia porque "Sem Futuro" significava mas nunca havia entrado ou comprado a idéia, se reconheceram e entederam o que significava a luta de classes passando por olhares diferentes, e compartilhando sentimentos de injustiça e opressão... e muitos entre nós poderiam dizer tantas coisas que não seriam muitos diferentes hoje!

"The Punky Reggae Party" para mim foi o acontecimento que fez com que bandas como The Clash, the slits, The Pop Group, The Ruts e um monte de "new wave" acabou seguindo, todos influenciados pelo Reggae. Eu via membros de cada uma dessas bandas regularmente no público de nossas festas no 100 Club, Acklham Hall, The Rock Garden, The Rock Garden, The Greyhound e Dingwalls. Nossa banda, Creation Rebel com Prince Hammer, foi convidada para uma turnê com The Slits e The Clash, e os dj's viajavam junto com eles tocando reggae entre uma banda e outra e introduzindo a música para seus públicos.

A verdadeira conexão foi o 100 Club na Oxford Street. As terças a noite eram de Punk Night que eram feitas por Ron Watts. Ele também promoveu The Nags Head In High Wycombe na Union Venue em Uxbridge. Ron estava disponível para uma mini turnê com o Sex Pilstols e um monte de outras bandas, todas de uma certa distância de Londres. As noites de quinta no 100 Club eram de Reggae Night lideradas por casal de anciãos judeus, (outro) Ron e Nanda. Muitas vezes eu ia ver John Lydon, que era muito mais propenso as noites de quinta do que as de terça.

Um momento muito significante foi Lydon sendo convidado pela Capital Radio para apresentar um programa. Isso foi realmente antecipado e uma das primeiras coisas que ele fez foi tocar Dr. Alimantado - Born For A Purpose explicando como ele estava totalmente relacionado com a letra. Na mesma época Don Letts estava tocando reggae para multidão, entre um show de uma banda e outra no Roxy. Eu me lembro de outra noite quando JAH Woosh veio para um show no 100 Club e fez um outro de última hora para Sham 69!

A organização "The Rock Against Racism" foi um outro fator, muito importante e muito necessário. Respeito. Se você os mantivesse perto, eu não tenho dúvidas que qualquer um dos partidarios iriam comparecer em qualquer um dos shos do RAR. Os eventos do RAR eram diversificados, tinham The Clash, The Buzzcocks, Stiff Little Fingers e Elvis Costello dividindo o mesmo palco com bandas como Aswad, Steel Pulse e Misty In Roots. Ali havia definitivamente a palavra entre duas "culturas"e o que SUS, Brixton, Notting Hill e Southall tinham um sentimente de unidade crescendo e compartilhando.

Sobre a subjetividade da música Punky Reggae Party, eu ouvi algumas histórias diferentes sobre como a faixa foi produzido e dei uma pesquisada sobre. Lee Perry conta para todos que a música foi composta por ele. Conhecendo Lee como uma pessoa orgulhosa de si mesmo por não mentir, e eu não tenho razão para desacredita-lo, mas no 12inch lançado no Reino Unido pelo selo Island, Bob é citado como interprete e compositor. Entretanto, se você olhar nas prensagens jamaicanas (que foram lançadas pelo selo de Bob - Tuff Gong e pelo selo de Lee Perry - Black Art), o crédito ao artista interprete é dado a Bob Marley e Lee Perry, o que eu achei muito interessante. Dando uma boa olhada, aparentemente o dono da Island, Chris Blackwell o colocou como interprete e compositor da música, sempre buscando de várias táticas para promover e colocar Bob Marley no mainstream.

Eu primeiro falei como grande George Oban (baixista original do Aswad) e parece que a música originalmente foi gravada em Londres. George me contou que a faixa começou a ser produzida com Bob usando o Aswad como banda e Candie Mackenzie nos bancking vocals. A sessões de produção eram no estúdio da Island em St. Peters Square e aparentemente preparando a gravação. Leroy Sibbles (The Heptones) foi para a sala de gravação. Após ver Sibbles, Bob disse para George; "My youth mek Sibbles play the bass" (meu jovem deixe Sibbles tocar o baixo) e começou, como todos nós, um grande fan de Sibbles, George deu seu Fender e deixou a música ser gravada. Ouvindo a gravação finalizada aparentemente Chris Blackwell deve ter tomado a fita (de gravação) e "enxugou" (deletou) algumas performances de alguns músicos, que não ouviram mais ninguém da sessão de gravação desde então.

Para chegar ao ponto inicial disso, eu decidi ligar para Lee Perry e perguntar ao próprio sobre a música. Agora enquanto estou escrevendo eu liguei para Lee na Jamaica. Ele sempre teve um "treta"sobre essa música e eu perguntei a ele se poderia acertar os ponteiros. Lee disse que a música foi regravada, outra vez em Londres, naquele momento com a banda Third World na sessão ritmica. Não estando satisfeito, Lee gravou novamente a música na Jamaica no estúdio Joe Gibbs com Boris Gardner e outros músicos locais. Ele conseguiu arranjar de encontrar Bob Marley em Miami onde ele colocou voz na faixa e voltou para a Jamaica para mixar. Lee continua afirmando que foi ele que escreveu a música.

A última mensão vai para a pessoa que inspirou tantos e me deu a confiança e o encorajamento de arrebentar e tocar no ar toda Punky Reggae Party na National Radio, noite após noite, o grande John Peel. Descanse em paz os dois, John e Bob.


Guest Column – The Punky Reggae Party: A Personal View by Adrian Sherwood - Texto Original @ http://www.qthemusic.com/9011/guest-column-the-punky-reggae-party-a-personal-view-by-adrian-sherwood/ - Adrian Sherwood @onusherwood - For more visit Adriansherwood.com


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sábado, 18 de agosto de 2012

FYASHOP - QUEIMANDO ESTOQUE :: DE 18/08/2012 A 22/08/2012 ATÉ 20% 0FF

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