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sexta-feira, 8 de julho de 2016

QUANTO CUSTA (PRETENDER) SER DJ?





KL JAY - RACIONAIS MC'S
Quem nunca pensou em ser DJ?... antigamente, lá pelo final dos anos 80, bem no início dos anos 90 (período que eu comecei a sonhar em ser algo), ser DJ era simplesmente tocar discos na festa de aniversario de algum conhecido, fazer bailinhos na escola, sonhar em fazer um evento fechado. Sair de casa para ir até a 24 de Maio no Centro para comprar discos nas lojas clássicas com o Trucks Discos e Florida.

Além disso, era se inspirar pelo trabalho de outros DJ's, como os das fotos ao lado. Esses ao lado, ainda considero terem a essência original do oficio de ser DJ - e ainda me inspiro neles. Verdade que faltaram alguns (independente de gênero musical) como DJ Roger (Potencial 3), DJ Slick (DMN), DJ Patife, DJ Marco, DJ Ajamu, DJ King, DJ B8 (Projeto Nave), Grandmaster Duda, DJ Luciano, DJ Easy Nylon, Iraí Campos, DJ Cuca, DJ Marlboro, e tantos outros que ficaria difícil dizer tantos nomes. Deixo um BIG UP! imenso a todos esses que ainda inspiram tantos a estudarem e trabalharem como DJ. 


DISCOTECAR É TRABALHO SIM!!!

Esse artigo é de uma série de muitos outros, que estão guardados e esperando uma grande revisão. Desde que o rascunho foi escrito, o custo dos equipamentos e alguns serviços encareceram, então a mudança em uma parte do texto é de deixar ele mais genérico, e um tanto atemporal. Atemporal também é o trabalho do DJ no decorrer de tantos anos, que continua sendo demasiadamente desvalorizado, e de qualidade inferior.


DJ HUM
Outra intenção, é que você consiga identificar que o trabalho de DJ não é diferente de outras profissões, nele se aplica custo e valor. E o mais importante de tudo, é saber a grande diferença entre 'quanto custa' e 'quanto vale' um trabalho, seja ele qual for. Você pode substituir o profissional DJ por Técnico de Som, Técnico de Iluminação, Roadie, Produtor de Eventos, Garçon, Barman. E sem contar o número de músicos e mc's que a cada dia estão mais escassos, e essas profissões aos poucos estão desaparecendo do mundo dos eventos.

A grande sacada, é fazer com que essa profissão - sim, ser DJ é profissão, volte a ser respeitada e valorizada como qualquer outra, e seja profissionalizada de fato. Nossa contribuição é falar, escrever e discutir sobre o tema, e dar acesso aos mais novos que tem o intuito de tocar. O problema mais grave (talvez), seja a relatividade entre trabalho e lazer quando se trata de ser DJ. E o esquecimento dessa geração quanto a futura, que infelizmente vai ganhar menos do que os de hoje, ou absolutamente nada do jeito que estamos caminhando.


COMO DJ É UM ÓTIMO ATOR!

Reflita na seguinte frase; 'Fulano não fortalece a cena, porque não toca de graça!'... Avise ao fulano que e o beltrano que quem faz cena é ator por favor!

DJ TANO - Z'AFRICA BRASIL
Pense num exemplo; um dentista não faz um canal dentário gratuitamente, mas se dispõe a tocar (como suposto DJ) por um valor ínfimo ou por valor nenhum. Nada contra os dentistas, só foi uma forma de desenhar um quadro comum em toda a gratuidade - e pode ser que o dentista seja um DJ melhor do que muitos que acham DJ's. A grande maioria dos supostos DJ's não vivem do trabalho dos toca discos e dos discos. E o dinheiro do sustento que paga os discos, o boné e o tênis vem da formação da profissão de fato dessa pessoa, ou do pai, ou da mãe ou da madrinha. Comum ouvir que fulano está queimando o filme trabalhando por menos no setor onde o profissional trabalha, mas o mesmo acaba sendo o maior agente gratuito em eventos quando vai tocar. 

Eu que lhes escrevo, cozinho muito bem - sem modéstia alguma. Mas não me disponho ou proponho ser chef de restaurante, sem competência ou antes de adquirir tal competência. E se a pergunta é se quem toca de graça é incompetente, a resposta é sim e não. Alguns (muitos) são sim incompetentes, displicentes e desrespeitosos com o trabalho de outras pessoas.  

O trabalho como DJ é tão banalizado, que hoje muitos lugares acabaram por deixar um player randômico qualquer ligado a um som ambiente, ou uma rádio on line. Fator preponderante para isso, os supostos DJ's não estudam, não tem técnica e falta dedicação para fazer um trabalho bem feito. Absolutamente ninguém no mundo, vai pagar para ver um verme tocando discos fora do tempo, um set mal feito ou que nem mesmo foi feito, ou que nem mesmo saiba ou consiga manusear o equipamento. O tal público não é bobo, e não paga para ver algo que consiga fazer igual. Devido a isso, nem todo mundo que toca discos é DJ. Se o 'Zé da Coxinha' vê um cara tocando mal, ele vai achar que pode ao invés de fazer coxinha, tocar discos. E nesse caso, trocamos as vezes uma pessoa que faz boa coxinha por um péssimo DJ, ou pode ser também que a coxinha também seja mal feita, e o mesmo serviço mal feito vai ser espalhado no trabalho como DJ, e vai ser mal feito da mesma forma.

DJ PRIMO (RIP)
A falta de estrutura, equipamentos inadequados ou a falta de equipamento, faz com que uma grande parte do público acabe não indo a festas menores de ocupação entre 200 e 400 pessoas. Acabam buscando os clubes maiores e de valor agregado maior ou festivais, as vezes com uma entrada que varia de R$ 70,00 a R$ 250,00 reais - as vezes mais. Onde vai ter um DJ razoavelmente preparado ou uma celebridade instantânea do momento tocando (bem ou mal), com um suporte técnico de alto padrão, e vai sentir que valeu a pena ter pago pelo evento. Isso se relaciona a experiência que a pessoa tem, ao pagar por algumas horas de lazer. O investimento que ela esta fazendo é para fazer aquele momento valer a pena. Agora independente do gênero musical, existem pessoas de todos os tipos que acabam por prejudicar mais que ajudar, qualquer tipo de profissional.

Outro fator é o que culturalmente, o Brasil nivela por baixo qualquer coisa. Independe hoje de você ser um ótimo DJ, é bem provável que a proposta para você seja a mesma que feita um DJ pífio. Os R$ 50,00, R$ 100,00 e o teto de R$ 200,00 percorrem os quatro cantos do maior país da América do Sul. Ou um pedido de brodagem básica, onde é descrito que o investimento de quem quer o serviço já é alto, é não há verba para pagar o convidado. Agora me responda, alguém paga a entrada de clube para ver barman ou segurança?... Absurdo ou não, são comuns as propostas para 'tirar uma onda', e cabe a cada um saber 'quanto custa' e 'quanto vale' o seu trabalho. Fato é que até para os aventureiros, existe custo.


DJ RM
QUANTO CUSTA SER DJ?... OU FINGIR SER!

Agora os números, que se comparados ao valor oferecido por evento chegam a dar vergonha ou ânsia;

R$ 3.500,00 - 50 Títulos/Discos de vinil
R$ 7.000,00 - Par de MK2 Technics (Semi-novo)
R$ 2.700,00 - Pioneer DJM 350/400
R$ 2.800,00 - Cases: toca discos, mixer, vinil.
R$ 1.800,00 - Par de Monitores
R$ 250,00 - Fone de ouvido
R$ 1.100,00 - Agulhas (Shure M44-7H ou Ortofon Pro/Slipmats Glowtronics)

* Valores médios de equipamentos e produtos semi-novos cotados no MercadoLivre. Somente agulhas, cases, fone de ouvido e discos são valores médios de produtos novos.

Para montar um set básico que vai ser a sua ferramenta de trabalho por alguns anos, sem absolutamente nada de efeitos ou algo semelhante, já foram (supostamente) investidos R$ 19.150,00 reais - pagos a vista, sem contar anuidades de cartão de crédito ou financiamento, impostos, e sem inserir o custo/valor do seu trabalho. Deixando claro que você obrigatoriamente vai ter de investir em músicas novas, e o valor acima são em média de discos novos, sem raridades ou coisas do tipo, e eu entendo que para você decidir ser DJ, você já deve ter um acervo razoavelmente de extremo bom gosto, antes de decidir apresentar suas músicas para alguém.

CARLOS 'SOUL' SLINGER - LIQUID SKY
Contando que esse é um setup básico de equipamentos que qualquer casa (supostamente é claro) deveria ter. Hoje a história é inversa, muitas casas noturnas médias e pequenas, já não tem mais equipamentos - as vezes nem mesmo caixas de som razoáveis. Então você precisa realmente levar todo o seu equipamento para poder realizar um evento. E nesse caso, você não é um DJ, você é um locatário de sistema de som, que vai tocar discos num evento.

Outro aspecto dos equipamentos é a depreciação/desvalorização natural de todo e qualquer equipamento. Verifique qual a periodicidade e o cálculo de depreciação dos seus equipamentos - Essa busca é por sua conta. Pode ocorrer uma variação de: 3 anos, 5 anos, 10 anos, etc... para que um equipamento atinja o final de sua vida útil ou perca o total valor.

Toca discos, mixer e fone é um setup básico de um DJ, mas independente se agregar o valor de um Serato ou uma controladora, evitando o trabalho com vinil, ainda assim vai ter gastos e vai ter de dedicar tempo para aprender a trabalhar com esse equipamento. Em todas as experiências que tive ao lado de DJ's novatos que trabalham com Serato, absolutamente nenhum conseguiu montar o equipamento sem tomar uma surra antes de fazer ele funcionar. Portanto, ao invés de somente ficar fazendo download de música, leia o manual do equipamento. Saber manusear o equipamento é tão importante quanto ter música para tocar.

DJ MARKY
Outro aspecto é, quanto custa o seu dia? Isso quer dizer que dentro de seus custos, você vai incluir suas roupas, tênis, bonés, jaquetas, bling blings, seus cursos, seu transporte, água, luz, telefone, gás, alimentação, etc. Já que você usa isso todos os dias, você vai inserir o valor desses gastos dentro do seu custo de trabalho. Alguns gastam mais com esses artigos, as vezes mais do que com musica, do que outros. Mas os custos existem, e o indicado é saber na ponta do lápis quais são seus gastos mensais. Só não inclua bebida e drogas, é um uso diário de alguns... mas não vem ao caso incluir isso na planilha, mas há exceções.

Se você quiser cobrar míseros 3% desses R$ 19.150,00 que investiu em seu equipamento básico e em grande parte semi-novo, você precisaria cobrar R$ 574,50 por evento. E para pagar o seu equipamento você teria de tocar ao menos em trinta e cinco eventos, cobrando os R$ 574,50 mais as despesas de transporte, alimentação e hospedagem se necessário, sem gastar nenhum centavo.



DJ CIA - RZO
VARIÁVEIS DA RELAÇÃO 80/20 :: ENTRE A TÉCNICA E O TALENTO

Em qualquer profissão ou ação, é possível fazer essa continha básica. No caso do DJ, 80% pode ser técnica e 20% pode ser talento, ou 50% técnica e 50% talento, entendeu? Você pode se tornar um DJ, mesmo sem talento para ser, basta adquirir alguma técnica. E isso só é possível, assim como tudo no mundo; estudando e praticando. 

Você pode não saber absolutamente nada, nem de como se manuseia um mixer, porque uma agulha X é diferente da Y, ou porque usar determinado fone de ouvido e não outro. Mas de nada vai valer se você não praticar. O primeiro e último crítico do trabalho, é quem realiza. E é difícil ficar satisfeito, jamais conheci alguém que realize um trabalho que não pratique, seja em casa, no estúdio, no palco ou qualquer lugar. 


DE GRAÇA É MUITO CARO

Nos últimos anos, a gratuidade tomou conta de inúmeros gêneros, do Rap ao Rock, do Reggae a MPB, do Techno ao Drum N Bass... tem para todos os gostos. Mas no final das contas, o profissional dos toca discos, perdeu lugar para dois tipos; os atores que cobram seus cachês de personalidade, ou aqueles que fingem ser algo que não são. A saída para esses que fingem ser algo que não são foi a gratuidade. Como disse acima, a ausência da competência, da técnica e de escola - já que aprenderam em sua grande maioria pelo youtube, a solução para se destacar foi tocar de graça. 

DJ ERICK JAY
Existe um terceiro personagem que é o que chamo de 'Agente Cultural do Estado', o profissional do Edital ou Lei Rouanet, que se especializou em passar editais oferecidos pelas Prefeituras ou no MinC. E acabou por realizar o seu hobby, as custas do dinheiro público. 

Agora a saída para evitar trabalhar de graça em qualquer situação, é não aceitar propostas para trabalhar de graça. Não confunda 'gratuito' com 'gratuidade' - absolutamente nada é de graça. E a primeira parte é que sem trabalho remunerado você vai pagar para trabalhar e não vai conseguir sustentar o que você gosta de fazer. E nesse caso, existe um telemarketing a espera logo ali no centro. A segunda parte é que não vai ter trabalho para quem vier depois.

  
PORQUE UM VALE MAIS QUE O OUTRO

Você já sabe quanto custa o trabalho, agora e quanto vale? Vou tentar explicar da seguinte forma; visualize um pintor, ele compra tela, tintas, e todo seu material por 1X. Ao finalizar o trabalho de pintura daquele quadro, ele vende por 20X. A relação é de que o produto dele custa 1X, mas o trabalho final desse artista vale 20X. 

TIO FRESH
Assim como qualquer trabalho, não é necessário cobrar o que o DJ XPTO cobra, mas é preciso estabelecer um valor mínimo para não pagar para trabalhar. Com o decorrer do tempo, se aperfeiçoando, estudando, gradativamente você vai aumentar o valor do seu trabalho. 


DJ NÃO É PROMOTOR DE EVENTOS

Se você é daqueles que fecham eventos, faz o flyer, a divulgação, a promoção, fecha o caixa, recebe e paga, e etc. A tendência é que o DJ seja tão ruim quanto ele é promotor de eventos e todas as outras funções juntas. Promotores de eventos são responsáveis por colocar público num evento, e promover eventos é um trabalho tão sério quanto o do DJ. 

Se você se meter a fazer absolutamente tudo, algum dos trabalhos vão cair na gratuidade. E é essa gratuidade que enfraquece a cultura, o movimento, a cena, ou qualquer nome que se queira dar a aquilo que se quer fazer parte. 

Se cercar de bons produtores, bons profissionais, pessoas sérias, e etc é uma boa ideia. E é óbvio que você vai se enganar e tomar uns balões, e não importa quanto tempo tenha de trabalho. Aproveite as oportunidades, e aprenda a dar oportunidades sempre.

Último detalhe, não vá pensando que todo bom DJ é o mestre dos scratchs, dos malabarismos ou algo do tipo. Ou que esse texto é para depreciar você em se tornar algo diferente do que quer ser, pelo contrário. Eu considero um bom DJ aquele que sabe trabalhar uma música, sabe não atrapalhar a música, e apresenta um boa sequencia, sejam de músicas populares ou undergrounds.

No mais, estude, treine em casa e assim siga a vida. Mesmo que seu intuito não seja ganhar dinheiro com o trabalho de DJ, por ter outro ofício, por ter outro trabalho, pense um dia em quem tem o ofício de DJ como sustento. Como muitos não gostariam que tirassem algo que lhe da sustento, não é legal fazer isso com outras pessoas. O texto serve apenas para dar um contrapeso, e talvez elucidar pessoas que poderiam ser mais do que são, mas ainda preferem a gratuidade e mediocridade, ao invés de se dedicar a algo - mas é real que alguns jamais serão de fato o que pretendem ser, ou o que vendem. Na fotografia todo mundo foda.

Sucesso para aqueles que querem ser DJ um dia... seja um desejo sério ou de puro fogo de palha. O futuro e a verdade a Allah pertence.

E como digo sempre, você pode concordar ou discordar, e de verdade, está tudo certo. É preciso discordar para algo mudar. E caso queira, deixe seu comentário sobre o texto logo abaixo. Criticas, elogios e sugestões são sempre bem vindas.


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quinta-feira, 19 de abril de 2012

RAGGA PEI @ SEDE DA PONTE PRETA (TABOÃO DA SERRA) DIA 28/04/2012


Dia 28/04/2012 vai ter Ragga Pei no Taboão da Serra na Sede da Ponte Preta com Funk Buia, Junior Dread, Dj Tano e RAS [fyadub] nos toca discos com muito dancehall, ragga jungle, drum 'n bass, dubstep e todas as nossas obscuridades no malote de discos.


RAS [FYADUB]

FUNK BUIA
http://www.myspace.com/funkbuiazafrica

JUNIOR DREAD
http://www.juniordread.com.br

DJ TANO

RAGGA PEI
28/04/2012 as 21h
Rua Júlio Cesar Acosta Chimenez (Rua5) SN
Taboão de Serra - Sede da Ponte Preta

sábado, 28 de janeiro de 2012

DJ'S DE VERDADE OU DE MENTIRA!!!

Hoje dando uma olhada na maior parte dos posts das mais de 5000 pessoas aqui no FB, dentre os 100 convites diários para festas mais da metade dos posts de atualizações se referem aos tais “fake dj’s”, particularmente a manifestação num tom sarcástico é interessante,  mas só temos tais “fake dj’s”.

São tantos posts nos últimos dias falando do Jesus Luz e da tal Luiza (que eu não sei de onde surgiu), que se torna maçante e de uma publicidade desprovida. Obviamente, é preciso sim ter uma mudança de atitude quanto a profissão e o papel que o DJ ocupa hoje dentro da musica, tão importante quanto ao do MC.

E essa principal mudança de atitude na verdade, deve prover de nós mesmos, será que você que publicou uma foto do “sou contra fake dj’s” lembrou de publicar algo ligado a um DJ que admira? Uma festa, uma mixtape, ou algo relacionado ao mundo do DJ como por exemplo o pessoal que valoriza vinil e a cultura abrangente que faz parte do trabalho e da vida de um DJ.

Muito se fala em valorização e sobre a banalização da profissão que acontece ano a ano. Pois bem valorização não é ganhar mais dinheiro, realmente as propostas que acontecem hoje são indecentes – praticamente um estupro na profissão, mas é um circulo vicioso onde a acaba justamente na ponta, que é o DJ.

Para uma pessoa se valorizar, ela não precisa ganhar um certo montante de dinheiro, ou cobrar mais caro, a valorização esta muito mais ligado ao respeito do que ao dinheiro. Ao dinheiro está ligado o custo, que é um outro aspecto. Conversando com meu amigo Jeff Boto (Dubatak) conversando sobre esse tema, se aponta algo que hoje é real, praticamente ninguém vive da profissão de ser DJ, uns dizem que fazem por amor, outros por hobby, outros não cobram por serem DJ’s enfim e sim pela presença em um evento.

Entre 1998 e 2002 ganhava 8x mais do hoje me é proposto para tocar, hoje o cachê proposto é relativamente o de quando eu estava aprendendo no início da década de 90 quando tinha lá uns 50 discos no case, mas em contrapartida, nessa época não tínhamos eventos de R$ 3 e R$ 5 reais acontecendo pelo menos duas vezes por semana. Uma matemática óbvia, uma festa com 200 pessoas pagantes a 5 reais, não vai rolar pagar R$ 1000,00 de cachê para quem está tocando, esse valor vai ser dividido entre todos que estão tocando e vai nivelar o ganho – e como lei de mercado, vai nivelar para baixo, fora que a casa também vai querer meter a mão em algum troco da entrada.

Simples, levando em consideração que a maioria das pessoas hoje que se auto intitulam DJ’s ou que fazem eventos tocando discos, não vivem do dinheiro que recebem das festas que fazem, e há não ser que tenham uma mudança de postura quanto e raciocínio de “quanto custa” e “quanto vale” vai se tornar uma situação muito complexa dizer que o DJ não é valorizado, se quem toca reclama mas continua na mesma situação ambígua de tocar por migalha que cai da mesa de dono de casas e promotores de eventos ou realmente é parar de tocar numa constante e somente sair de casa pelo valor financeiro que considera coerente com o que faz em um evento, nesse último caso, o DJ jamais dirá que seu trabalho não é desvalorizado, porque quem decide sair de casa para tocar por um montante ou menos é quem vai tocar.

Volto a dizer, valorizar um trabalho, nada tem haver com cobrar mais caro, valorizar o seu trabalho quer dizer não banalizar seu estudo, pesquisa musical, investimento em discos e equipamento e as vezes todo o staff envolvido para que um DJ faça bem seu set e toda trabalheira que dá organizar uma festa.
Então meus caros amigos e amigas virtuais ou não, parem para pensar em toda a publicidade que estão fazendo, realmente o tiro está saindo pela culatra e só quem tem a ganhar são os “fake dj’s” que estão ai tocando em eventos grandes, com equipamentos de ponta, e os “verdadeiros” dj’s estão lutando para garantir seus trabalhos, continuam pesquisando e garimpando em sebos, os joviais e adeptos as novidades tecnológicas com seus Seratos e Tracktors da vida, e a vida segue num ressentimento de não conseguir ganhar o que um ator ou subcelebridade ganha fazendo 70% as vezes 80% do que um profissional sabe fazer.

Ao público, quando for realmente valorizar o DJ não reclame de pagar 10,00 reais em um evento, de aguardar 10 ou 15 minutos para pagar a comanda e depois de ter dançado, bebido e feito coisas que duvidaria se lembrasse, que a festa foi uma porcaria, estejam presentes nos eventos e cobrem sempre qualidade do cara que está tocando e da casa para ter bons equipamentos, boas caixas de som – nem todo DJ quer ser dono de sound system. Necessaário também cada casa cuidar da acústica adequadamente e que tenham também um cuidado com a sua saúde, ouvir boa musica, não quer dizer que tenha que sair surdo ou perder a audição a cada festa que for com um som acima as vezes de 115db.

Pense reflita, valorize o DJ que você gosta, divulgue o trabalho se sentir vontade e deixe o ressentimento de lado, aos DJ’s se resolvam com o dinheiro, cobrem o que pensam que devem cobrar por seus sets, o máximo que pode acontecer é não contratarem você ou pedir que reduzam seu cachê em determinado momento, a decisão é sua em todos os casos.

Recomendação final, ao ver a imagem ou vídeo de um fake DJ, poste a imagem ou o vídeo de um DJ que você gosta de ir nas festas e ouvir o set, simples assim, bless ya!!!

sábado, 24 de setembro de 2011

12/10/2011 :: 11a FESTA DO DIA DAS CRIANÇAS NO JD. LEME


A Firma é uma instituição associativa que surge da necessidade de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população do Jd. Leme e adjacências e tem como objetivo principal a criação de projetos culturais que incentivem ás crianças, jovens e adultos a uma vida com mais cultura, esporte, lazer, informação, conhecimento e entretenimento, para isto mantém articulações com diversos setores da sociedade em busca de viabilização para realização de suas atividades. Por meio de um processo de desenvolvimento comunitário que prioriza as crianças e os adolescentes como agentes transformadores de seu meio social, realizando diversas intervenções dentro e fora da comunidade. Com espírito coletivo a associação ao longo dos anos tornou-se referência de praticas sociais na região sul da Capital de São Paulo,mas precisamente no Município de Taboão da Serra. 

 A FIRMA é o resultado de uma união sincera entre a comunidade local que buscam fomentar soluções para os problemas que assolam nossa juventude que aparecem nos índices de desenvolvimentos sociais constando como uma parcela vitima da vulnerabilidade social. Não concordando com os atuais índices. A FIRMA tem proposto a comunidade uma nova forma de pensar a vida social, incentivando o voluntariado o protagonismo juvenil, a auto sustentabilidade e a economia solidária na região, buscando humanizar as relações em busca de um mundo melhor para todos nós.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Z'ÁFRICA BRASIL - NOVO BLOG NO AR...


O Z'África Brasil acabou de lançar seu blog novo para você ficar ligado nas atualizações, lançamentos, shows e tudo o mais que o Z'África Brasil participa. Então fica ligado nas intervenções de Gaspar, Dj Tano, Pitchô e Funk Buia, PEIIII.


Z'África Brasil 

Z de Zumbi dos Palmares, líder afro brasileiro que comandou a maior fortaleza negra da América do Sul, o Quilombo dos Palmares. Resistência! Zumbi é Imortal. Salve Ogum grande guerreiro. Africa mãe, origem de todos na terra. Brasil terra prometida, o caldeirão das raças, Brasil um pedaço D’África. Formado em 1995 por Gaspar e Fernandinho Beatbox, só em 1997 teve sua formação completa, com entrada de Pitchô e Funk Buia. 


Começo.

Em 1997, o Z´Africa Brasil passou a fazer parte da Posse Conceito de Rua (Organização de grupos de Hip-Hop que trabalha seus elementos com fundamento cultural, social, político e educacional junto à comunidade). No mesmo ano, o grupo elaborou um projeto com a CEDECA Casa 10 (Centro de Defesa da Criança e Adolescentes) que trabalha com menores infratores no cumprimento de ordens para o incentivo à arte e projetos culturais como oficinas de grafite, dança, música e artes plásticas. 

Itália.

Em 1999 o grupo foi convidado a fazer o intercâmbio cultural Brasil X Itália em parceria com a Posse Conceito de Rua e CEDECA Casa 10, orgão que recebe ajuda de algumas famílias da Itália. Em terras estrangeiras, o grupo realizou 15 palestras, várias oficinas e 30 shows por todo o norte da Itália. Além disso, produziram de uma coletânea intitulada Z’África Brasil - Conceito de Rua que contou com vários grupos e artistas de rap italiano. Entre eles: Ricardo Rumore, Osteria Lyrical, DJ Zetta e Gente Guasta. 

França.

Em 2001, o grupo francês Assassin veio ao Brasil fazer apresentações no Sesc e conheceu o rap do Z'Africa Brasil. O resultado foi a gravação de duas faixas no Autoload Estudio, com produção de EricoTheobaldo. O grupo foi convidado a participar na coletanêa anual que o restaurante Favela Chic, Posto 9 II, lançado em setembro de 2002 pela BMG francesa com a faixa"Favela". Em duas versões remix do DJGringo da Parada, idealizador do selo Favela Chic. 

Em agosto de 2002 é lançado o aguardado album do grupo. Em setembro foram a Paris convidados pela família Favela Chic o que rendeu mais três shows pela cidade, e uma apresentação Parada Rendez-vous Eletronic ao ar livre pelas ruas da capital francesa para 500.000 pessoas, com os DJs Mau Mau e Renato Lopes, em parceria com a Coordenadoria da Juventude da Cidade de São Paulo e a Prefeitura de Paris.

Em Julho de 2003 retornam a França para o Festival d’Eté, show degraça ao ar livre no Parc de la Villette, co-produzido pelo Favela Chic.

sábado, 11 de setembro de 2010

12/11/2010 :: 25 ANOS BACK SPIN CREW

BACK SPIN CREW 25 ANOS DE HISTÓRIA NO HIP HOP BRASILEIRO.


VENHA PARTICIPAR DA FESTA DE COMEMORAÇÃO DE 25 ANOS DE HISTÓRIA, EM MAIS ESSA FESTA QUE TRARÁ LENDAS VIVAS DO MEIO DA CULTURA HIP-HOP, COM MUITA DANÇA, BATALHAS, RODAS, ESTRÉIA DA COREOGRAFIA "SONHO" DIREÇÃO CASPER, EXPOSIÇÕES DE FOTOS, LOW RIDERS, LOW BIKES, BOOM BOXER, GRAFFITI, BEAT BOX, DJS, MCS E MUITO MAIS... DIA 12 DE SETEMBRO DE 2010 DOMINGO, NA PISTA DE SKATE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, A PARTIR DO MEIO DIA, GRATUITO E LIVRE PRA TODOS OS PÚBLICOS...

terça-feira, 29 de junho de 2010

03/07 :: VAGA VIVA especial fechamento práCachorro: PALESTRA + SHOW MIXTAPE Matilha Volume 1. + CINEMA


03 deJulho – Vaga Viva / fechamento práCachorro !

A Vaga Viva éuma ação que consiste na ocupação de áreas de estacionamento de carros combancos, plantas, oficinas, música e vida, e acontece todo primeiro sábado decada mês. O objetivo da criação dessas praças de convivência improvisadas é aretomada do espaço público pelo cidadão. Neste dia 03 de julho, a Vaga Viva temsabor especial de comidinha de cachorro.

16h – Roda de Conversa: A importância da Promoção da Adoção, com o objetivo de pensar alternativas e novas formas de divulgar e promover a idéia da adoção na sociedade. Com base no cotidiano do munícipe, o debate busca esclarecimento para combater a problemática por meio da elaboração de uma carta de sugestões e orientações. Com participação de Angela Caruso (QuintalSão Franscisco), Rita de Cássia (ITEC), Carlos Rosolen (PEA), Altina (Tribuna Animal), Lito Fernandez (Natureza Em Forma), Nestor Calderon (veterinário especializado em comportamento animal), Dra. Mônica de Almeida e CCZ.

FECHAMENTO show MIXTAPE MATILHA volume um.

sexta-feira, 26 de março de 2010

MIXTAPE MATILHA – DA RUA PRA RUA, UM SÓ AMOR


De tempos em tempos surge algo que faz a forma de ouvir e ver a música de outra forma. De 2000 em diante o reggae e o dub teve um novo formato em SP e outros estados do Brasil, foi a forma de rever o conceito do que era reggae, antes apresentado por algumas poucas bandas com notoriedade na radio e TV.

A partir do século XXI, com o surgimento de festas e sistemas de som no Brasil dedicados ao reggae, a participação do Hip Hop brasileiro foi primordial para o crescimento de todo um movimento que hoje, está do Sul ao extremo Norte do Brasil.

Em fevereiro de 2010, o Centro Cultural Matilha interviu de forma extrema, expondo todo um movimento a uma nova experiência, misturar grandes mc’s e dj’s do Hip Hop paulista junto ao reggae, dancehall e o dubstep.

A produção musical ficou a cargo do pioneiro MC Zulu um dos primeiros mc’s paulistas a trabalhar em sistemas de som, RAS Wellington seletor, pesquisador de reggae e vertentes há 20 anos, Gustah, produtor e integrante do coletivo Eco Sound System e Alexandre Basa um dos mais renomados produtores da nova geração. A mixagem ficou por conta dos dj’s Tano (Z’Africa Brasil) três vezes campeão do Hip Hop DJ (SP), DJ Dan Dan e DJ Wojtila.

As rimas ficaram a cargo de Sandrão, fundador do RZO – um dos mais importantes grupos de Hip Hop de São Paulo, VA atual parceiro de Sandrão. Criolo Doido, fundador da Rinha dos MC’s, uma das principais festas de Hip Hop de São Paulo hoje em dia, Mister Bomba, integrante do grupo SPFunk mc e produtor do calibre de produzir com Asian Dub Foundation e Marcelo D2, Dada Youte, uma das mais vozes mais vibrantes e melódicas da nova geração do reggae brasileiro. Sombra (ex-SNJ) com um dos vocais mais versáteis e originais do Brasil quando se fala de Hip Hop, e por último um dos primeiros MC’s de Hip Hop a se especializar investindo tempo e talento no dancehall e ragga brasileiro, trazendo originalidade e estilo próprio na musicalidade preta brasileira.

No dia 06 de Março o lançamento da Mixtape Matilha agitou o centro cultural, trazendo uma nova forma de informar e conscientizar sobre a preservação do nosso planeta, falar sobre o papel do homem na sociedade e como ele poder mudar seu próprio meio ambiente, a vida, a rua e a forma como podemos interagir com todos os 4 elementos.

A revolução não vai ser televisionada (Gil Scott-Heron).... Ela vai ser feita dentro de nossas casas (RAS Wellington)



http://www.myspace.com/matilhamixtape

sábado, 20 de março de 2010

HOJE - 20/03 - SHOW Z'ÁFRICA BRASIL + DOC. Z’ÁFRICA, PORQUE QUEM TEM COR, AGE! NA MATILHA CULTURAL

::: 19H30 _ PANORAMA: CURTA UM SOM 1

Z’ÁFRICA, PORQUE QUEM TEM COR, AGE!
(Mikka Almeida, Deyse Lima, Henrique Pavani, Jefferson Gomes e William Alexandrino, Brasil, 2008, 24′, DVCAM)
A banda Z’África Brasil vive intensamente os princípios da cultura hip hop em todos seus caminhos. Uma vida entregue ao ritmo, às rimas, à consciência coletiva, à dança e à arte.

RODERIA (Leo Jesus, Brasil, 2004, 14′)
Documentário que aborda as rodas de pogo durante um show da banda Napalm Death no RJ.

GUERREIRAS DO BRASIL
(Cacau Amaral, Brasil, 2007, 13′, DVCAM)
Quarenta mulheres que, vítimas da violência machista, se reúnem em uma ilha para discutir e cantar seus problemas em ritmo de rap.

::: 20H30 _ SHOW !! MCs e DJs do Z´África.
intervenção musical com MCs e DJs do Z´África, uma das bandas que melhor representa a diversidade do movimento hip hop brasileiro.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

10/11 - PROJETO LUNAIA E SOMBRA NA TV PANTINHAGEM

Hoje o Projeto Lunaia (Zulusouljah, Funk Buia e Dj Tano) estarão se apresentando junto com Sombra (ex-SNJ) na TV Pantinhagem. Dica para quem não pode ver esses shows por residirem fora de SP. Facinho assistir, basta entrar no site da Pantinhagem; http://www.pantinhagem.com e assistir ao programa com o volume no talo ok.

Abaixo dois videozinhos do Projeto Lunaia para dar um aperitivo do que vai ser o programa, gravados na Galeria Olido.

Big Up Zulu, Big Up Buia, Big Up DJ Tano, Big Up familia Pantinhagem...




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