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terça-feira, 2 de março de 2021

LISTA COM 14 FILMES ESSENCIAIS SOBRE REGGAE PARA ASSISTIR


PEGUE O RITMO DA ILHA VIRTUALMENTE COM ESTES CLÁSSICOS JAMAICANOS


Apesar do Mês do Reggae 2021 ser mantido em servidores e sites de streaming devido à pandemia global, a longa e histórica cultura do reggae da Jamaica continua no cinema.

O tema do país, "Come Ketch de Riddim Virtually", apresentado pelo Ministério da Cultura, Gênero, Entretenimento e Esporte, dá aos nativos, residentes e estrangeiros a chance de celebrar suas raízes e educar as massas também.

A Jamaica é mundialmente conhecida como a meca do Reggae do mundo, um destino imperdível de viagens e turismo e lar de alguns dos restaurantes mais saborosos do hemisfério ocidental. Com o foco do Reggae Month 2021 em “edutainment” (entretenimento educacional), apresentamos 14 filmes que vão além da visão da Jamaica como simplesmente um lugar para se afastar e centralizar as contribuições que os jamaicanos deram ao mundo.

1. The Upsetter: The Life and Music of Lee Scratch Perry (2008)

Um olhar icônico sobre uma das influências mais vitais na música de Bob Marley, The Clash e The Beastie Boys - 'The Upsetter' deve ser adicionado à lista de qualquer verdadeiro cinéfilo. Narrado pelo vencedor do Oscar Benicio Del Toro, este filme narra o arquiteto inovador por trás do estúdio The Black Ark e o pioneiro da música dub. 'The Upsetter' irá prender os espectadores ao mostrar o nascimento e o crescimento do reggae.

Com: Lee “Scratch” Perry, Bob Marley, Peter Tosh
Direção: Ethan Higbee & Adam Bhala Lough


2. The Harder They Come (1972)

Um clássico do cinema jamaicano, se é que algum dia existiu, dizem que 'The Harder They Come' “trouxe o reggae para o mundo”. Seria difícil argumentar contra isso quando você tem um personagem tão cativante como Jimmy Cliff. Os belos visuais capturados por Perry Henzell e os cineastas Peter Jessop, David McDonald e Franklyn St. Juste alcançaram aclamação internacional, tornando este um dos filmes mais importantes do Caribe que você deve assistir com seus entes queridos..

Com: Jimmy Cliff
Direção: Perry Henzell


3. Sprinter (2018)

Um drama esportivo que espelha a vida do ícone olímpico Usain Bolt, Sprinter gira em torno de um atleta passando por problemas familiares. Dale Elliott interpreta Akeem Sharp, um adolescente sobrecarregado por um pai instável e um irmão mais velho rebelde, que espera que o atletismo o reúna com sua mãe. Um filme angustiante que tem Will Smith e Jada Pinkett Smith como produtores executivos, este filme também ganhou os prêmios de Melhor Narrativa e Prêmio do Público no American Black Film Festival 2018.

Com: Usain Bolt, Lorraine Touissant, David Alan Grier
Direção: Storm Saulter


4. The Story of Lovers Rock (2011)

Se você tem amado a série Small Axe de Steve McQueen, então já sabe o quanto Lovers Rock significa para os raggas e para os Rastas. O gênero loversrock é um som exclusivamente negro britânico, e The Story of Lovers Rock é contada por aqueles que viveram e desenvolveram esses lendários choques sonoros. Com Dennis Bovell, Janet Kay e outros transportando-nos de volta ao final dos anos 70 e 80, somos testemunhas de distúrbios, tensão racial e preconceitos que pouco poderiam fazer para silenciar os sistemas de som desses grandes criadores de culturais.

Com: Dennis Bovell, Paulette Harris-German, Janet Kay 
Direção: Menelik Shabazz


5. Made in Jamaica (2006)

O documentário de Jérôme Laperrousaz sobre a música da Jamaica mergulha abaixo da superfície para dar uma olhada sem filtros em alguns dos artistas mais dinâmicos de reggae e dancehall do país. Made in Jamaica foi um grande sucesso quando chegou ao Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2006, já que as performances ao vivo e contos confessionais de Capleton, Brick e Lace, e outros músicos, tornaram este filme aclamado pela crítica pelos motivos certos. Se você nunca esteve no centro de Kingston, Made in Jamaica oferece um passeio como nunca antes.

Com: Capleton, Brick and Lace, Stephen “Cat” Coore
Direção: Jérôme Laperrousaz


6. Klash (1995)

As flores devem ser dadas a Giancarlo Esposito e Jasmine Guy por sua aventura no mundo do gangsterismo jamaicano e da cultura dancehall. O longa-metragem de Bill Parker de 1995 é frequentemente esquecido em muitas listas, mas há um atrevimento em Klash, refletido na atuação da dupla como um fotógrafo americano (Esposito) e um gangster em um vestido (Guy). O filme também apresenta performances de lendas do reggae, Ninja Man, Mad Cobra e Shabba Ranks. Apesar do sotaque chaka-chaka de Jasmine Guy, este é um lugar para assistir para quem gosta de boas vibrações na tela.

Com: Giancarlo Esposito, Jasmine Guy
Direção: Bill Parker

7. Champion Sound (2010)

Dos anos 1950 aos 1990, o sistema de som tem sido o começo e o fim de tudo quando se trata do crescimento da música reggae em qualquer lugar do planeta. No Champion Sound de 2010, o documentário mostra o início da cultura do sistema de som no Reino Unido. Apresentando algumas das melhores músicas de todos os tempos e entrevistas inovadoras com pioneiros como JB International, Jad Baddis, El Paso e outros, Champion Sound é contada pelos fundadores para as gerações de controladores de som que chegaram desde então.

Com: Count Spinner, King Baggy HI FI, Black Crusader
Direção: The Heritage Lottery Fund


8. Rockers (1978)

Originalmente planejado para ser um documentário, o estilo e sons de Rockers floresceram em um longa-metragem e mostraram a cultura do reggae em seu auge. Leroy “Horsemouth” Wallace estava autenticamente ele mesmo na frente da câmera de Theodoros Bafaloukos e capturou muitos momentos importantes em tempo real. Desde a gravação de Kiddus I de "Graduation In Zion" até levar o público para os corredores sagrados do Harry J Studios, onde artistas de reggae como Bob Marley prensam os discos de dub, Rockers é ótimo e deve estar no topo de sua lista de filmes sobre reggae e a Jamaica.

Com: Leroy “Horsemouth” Wallace, Monica Craig, Richard “Dirty Harry” Hall
Direção: Theodoros Bafaloukos


9. Marley (2012)

Conter a vida e a carreira musical de Bob Marley no celulóide é um deleite raro, dada a história do maestro e o impacto na música mundial. Feito com o apoio da família Marley, este documentário de Kevin Macdonald apresenta momentos raros e íntimos que tornaram Marley querido por uma legião de amantes da música e da cannabis. Lindamente fotografado e preenchido até a borda com joias do conhecimento, Marley é o relato definitivo do ícone global jamaicano, com um mergulho imersivo em suas raízes e música atemporal.

Com: Bob Marley, Ziggy Marley, Rita Marley
Direção: Kevin Macdonald


10. Holding On To Jah (2011)

O que é uma celebração do Mês do Reggae sem um projeto sobre a Cultura Rastafari? Holding On To Jah é um olhar fascinante sobre a origem do reggae e como o Rasta impactou o gênero. Em alinhamento com Marley, o projeto dirigido por Roger Landon Hall é importante por si só, principalmente graças à cor e aos comentários de uma série de Rastas bem conhecidos. Holding On To Jah é um filme imperdível para quem quer cavar abaixo da superfície e aprender tudo que puder sobre o rastafarianismo.

Com: Prince Allah, Lascelle “Wiss” Bulgin, Watty Burnett
Direção: Roger Landon Hall


11. The Mighty Quinn (1989)

É hora de voltar ao IMDb de Denzel Washington e celebrar alguns de seus filmes menos conhecidos? Eu digo sim. Filmado na Jamaica por Carl Schnekel, The Mighty Quinn foi o primeiro longa de Washington (antes de Glory) e o encontrou como chefe de polícia investigando o assassinato de um milionário. A foto é uma grande chance de ver a jovem estrela antes de sua grande virada e desfrutar de uma emocionante história sobre a intriga da ilha.

Com: Denzel Washington, Sheryl Lee Ralph, Robert Townsend
Direção: Carl Schnekel


12. Beats of the Heart: Roots Rock Reggae (1977)

Esta escolha examina o papel central que o reggae - também conhecido como world music (?)- teve na vida dos sul-africanos negros durante o regime opressor do apartheid. Chris Austin e Jeremy Marre capturam os elementos, os artistas e os eventos que levaram a um documentário de cair o queixo chamado Beats of the Heart. Desde estar na sala quando Paul Simon põe os olhos em Ladysmith Black Mambazo até ouvir The Abyssinians impressionar a multidão com sua música - Beats of the Heart não é para dormir.

Com: Abafana, The Mahotella Queens, Johnny Clegg
Direção: Chris Austin, Jeremy Marre


13. Stepping Razor: Red X (1992)

A trágica história de Peter Tosh e os eventos daquela noite de outono em 1987 ainda são comentados na tradição da ilha jamaicana. Tosh, um membro central da banda Wailers, agora estabelecido como um artista solo de sucesso é homenageado por amigos e familiares que lamentam seu assassinato durante uma invasão da sua casa. Nicholas Campbell captura a emoção crua em Stepping Razor: Red X, explorando a vida, profecias e ativismo político do falecido grande herói folk jamaicano. Assista a este para aprender os pensamentos íntimos de Tosh por meio de vídeos raros de shows e entrevistas com amigos íntimos e associados.

Com: Peter Tosh, Andrea Davis, Edward “Bigs” Allen
Direção: Nicholas Campbell


14. Dancehall Queen (1997)

Enérgico, emotivo e indicativo de uma arte enraizada na cultura dancehall, o filme de Rick Elgood e Don Letts foi incomum e encantador de uma forma envolvente. Audrey Reid estrela como Marcia, uma vendedora de rua e mãe solteira que se torna uma Dancehall Queen (Rainha do Dancehall), e coloca seus inimigos um contra o outro. Recebeu distribuição limitada nos cinemas quando foi lançado em 1997, mas desde então os principais festivais de cinema e o amor da comunidade preta transformaram o filme em um clássico cult. Um filme divertido que oferece uma trilha sonora ótima e uma viagem por alguns dos pontos turísticos cintilantes da vibrante ilha.

Com: Audrey Reid, Carl Davis, Paul Campbell
Direção: Rick Elgood, Don Letts


Outros filmes sobre reggae que faltaram na lista e que você pode buscar que recomendamos ao máximo (só clicar nos títulso abaixo para assistir):



terça-feira, 5 de janeiro de 2021

AFROFUTURISMO - 28 FILMES PARA ASSISTIR


O canal de streaming estadunidense 'The Criterion Channel' - uma espécie de Netflix cult, disponibilizou 28 filmes afrofuturistas em seu canal de streaming.  Alguns clássicos como 'Space Is The Place' dirigido por John Coney apresentando Sun Ra e sua orquestra e diversos outros filmes absolutamente recentes. Lista extremamente valiosa culturalmente e relacionada a inovação artística no entretenimento.  Destaque para dois filmes brasileiros (que ainda não vi); 'Once There Was Brasilia'  e 'White Out, Black In' ambos dirigidos por Adirley Queirós. 

Afrofuturismo

Cunhado em 1994 pelo crítico Mark Dery, o termo “Afrofuturismo” tornou-se uma estrutura essencial para a arte sobre experiências pretas imaginárias e alternativas. Como escreve o autor Ytasha Womack, “Afrofuturismo combina elementos de ficção científica, ficção histórica, ficção especulativa, fantasia, afrocentricidade e realismo mágico com crenças não ocidentais”. As ideias afrofuturistas encontraram um terreno fértil no cinema, e esta série expansiva leva os espectadores em uma jornada internacional intergaláctica que remonta a muito antes de o termo existir, e em um futuro distante. Abrangendo animação, documentário e espetáculo de gênero, essas visões exuberantes da criatividade, resistência e liberdade pretas ziguezagueavam pela diáspora africana de Nova York a Brasília, Kinshasa e mundos desconhecidos. Com curadoria de Ashley Clark, a série reúne filmes como Space is the Place: Afrofuturism on Film, que aconteceu no Brooklyn Academy of Music em 2015; com uma sequência planejada para 2020, que foi cancelada devido à pandemia; e uma seleção de títulos totalmente novos, muitos deles disponíveis para streaming pela primeira vez.

A lista de filmes está logo abaixo;  

Introducing Afrofuturism; introdução do diretor curatorial da Criterion, Ashley Clark, foi gravada em 2020

1. Space Is the Place; Dirigido por John Coney • 1974 • Estados Unidos; Estrelando Sun Ra, Barbara Deloney, Raymond Johnson

2. Born in Flames; Dirigido por Lizzie Borden • 1983 • Estados Unidos; Estrelado por Honey, Adele Bertei e Jean Satterfield

3. The Brother from Another Planet; Dirigido por John Sayles • 1984 • Estados Unidos; Estrelado por Joe Morton, Daryl Edwards, Steve James

4. Ornette: Made in America; Dirigido por Shirley Clarke • 1985 • Estados Unidos; Estrelado por Ornette Coleman

5. Yeelen; Dirigido por Souleymane Cissé • 1987 • Mali; Estrelado por Issiaka Kane, Aoua Sangare

6. Welcome II the Terrordome; Dirigido por Ngozi Onwurah • 1995 • Reino Unido; Estrelado por Suzette Llewellyn, Saffron Burrows, Felix Joseph

7. The Last Angel of History; Dirigido por John Akomfrah • 1996 • Reino Unido

8. The Changing Same; Dirigido por Cauleen Smith • 2001 • Estados Unidos

9. Dark Matters; Dirigido por Monique Walton • 2010 • Estados Unidos; Estrelado por Sade Jones

10. The Becoming Box; Dirigido por Monique Walton • 2011 • Estados Unidos

11. Robots of Brixton; Dirigido por Kibwe Tavares • 2011 • Reino Unido

12. Hasaki Ya Suda; Dirigido por Cédric Ido • 2011 • França; Estrelado por Jacky Ido, Cédric Ido e Min Man Ma

13. Native Sun; Dirigido por Terence Nance e Blitz Bazawule • 2011 • Estados Unidos; Estrelado por Edward Dankwa, Marcus Quarshie, Helena Yaboah

14. An Oversimplification of Her Beauty; Dirigido por Terence Nance • 2012 • Estados Unidos; Estrelado por Terence Nance, Namik Minter e Chanelle Aponte Pearson

15. Jonah; Dirigido por Kibwe Tavares • 2013 • Reino Unido, Tanzânia

16. Touch;  Dirigido por Shola Amoo • 2013 • Reino Unido; Estrelado por Tanya Fear, Alexis Rodney, Nina Edwards

17. Twaaga; Dirigido por Cédric Ido • 2013 • França, Burkina Faso; Estrelado por Sabourou Bamogo, Harouna Ouedraogo, Sidiki Diarra

18. Afronauts; Dirigido por Nuotama Bodomo • 2014 • Estados Unidos; Estrelado por Diandra Forrest, Yolonda Ross, Hoji Fortuna

19. White Out, Black In; Dirigido por Adirley Queirós • 2014 • Brasil

20. Crumbs; Dirigido por Miguel Llansó • 2015 • Espanha, Etiópia; Estrelado por Daniel Tadesse

21. You and I and You; Dirigido por Terence Nance • 2015 • Estados Unidos

22. The Golden Chain; Dirigido por Adebukola Bodunrin e Ezra Claytan Daniels • 2016 • Estados Unidos

23. Once There Was Brasilia; Directed by Adirley Queirós • 2017 • Brasil; Estrelado por Wellington Abreu, Marquim do Tropa, Andreia Vieira

24. 1968 < 2018 > 2068; Dirigido por Keisha Rae Witherspoon • 2018 • Estados Unidos

25. Supa Modo; Dirigido por Likarion Wainaina • 2018 • Alemanha, Quênia; Estrelado por Stycie Waweru, Marrianne Nungo e Nyawara Ndambia

26. Zombies; Dirigido por Baloji • 2019 • Bélgica, República Democrática do Congo
Estrelado por Popaul Amisi e Gaelle Kibikonda

27. T; Dirigido por Keisha Rae Witherspoon • 2019 • Estados Unidos; Estrelado por Koko Zauditu-Selassie, Kherby Jean, Jesus Mitchell

28. I Snuck off the Slave Ship; Dirigido por Lonnie Holley e Cyrus Moussavi • 2019 • Estados Unidos
Estrelado por Lonnie Holley, Theotis Taylor


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ALL YOU NEED IS LOVE [FILME]


Sérgio é um garoto que sozinho anda pelas ruas de uma cidade hostil e ainda desconhecida. Em uma espécie de ritual de iniciação, precisa acertar sua primeira vitima para ganhar o respeito de seus colegas mais velhos. Localizado o alvo, Sérgio fica escondido aguardando em meio ao cenário urbano da cidade de São Paulo. Quando sua vitima finalmente aparece, aponta sua arma e se prepara para puxar o gatilho... Porém o plano muda quando, descoberto por dois seguranças, foge apavorado. Durante essa corrida nos damos conta que o verdadeiro ‘alvo’ do filme são questões como a incoerência entre a aparência e as múltiplas camadas da realidade. 

Acompanhada pelo ritmo da trilha sonora original inspirada no famoso leitmotiv dos Beatles, esta fábula urbana que rima em rap sem gritar, que toca questões como o preconceito de forma poética e leve, nos lembra mais uma vez que nem sempre tudo é o que parece ser.




Premios :
- All You Need Is Love won the best narrative short in Geneva film festival
- The best film Int Professional The London lift-Off Film Festival
- Premio Gavião Real - para melhor curta-metragem de Ficção
- Official selection - Show me justice festival 2011


 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

CLIPE OFICIAL DO FUNK BUIA - "HIPNOSE" DO ALBUM A SER LANÇADO "VERDADEIRO TEM KI SER"


Clip realizado por Coletivo Filmes e da Bolha Produções.

Funk Buia membro do grupo Z'Africa Brasil, musico, compositor e interprete monstro (rssss). Adquiriu toda sua cultura e seu flow nos becos e vielas da vida. Faz do samba seu forte influencia muita em sua levada. Um dos rudeboys mais conhecidos no cenario Dance Hall brasileiro, com sua fala rouca conquistou e conquista muitos seu espaço na musica (rrrrrrrrrraaaaaaa). Pei

Funk Buia começou sua careira en samba com seu 1o grupo Vicio Nacional onde espandiu seu universo musical, encontrando nessas passadas o grupo ZAfrica BRasil em meados de 1997, participando de uma musica chamada OUÇAM A FUSAO, conquistou seu territorio e se encontra firme e forte como integrante do ZAFRICA BRASIL...Hoje com mais de quinze participacoes com outros grupos e artistas solo: Renegado (MG), Natiruts, SPFunk, Digital Dubs, Zeca Baleiro, Rappin Hood, Cla Nordestino (MA), Afro Reggae (RJ), Intituto (SP), Jackson (RS), Iara Rennon, RZO, BID (Bamba e Biritas vol.1), Zeca Baleiro, Codigo Fatal, Ex 7 Velas... assim sucessivamente...(PEI). Agora em breve estreiando seu disco solo VERDADEIRO TEM KI SER, sem mais...vaivaivaivai....Taca Fogo.

Acompanhe a página do Funk Buia no Facebook: http://www.facebook.com/pages/Funk-Buia/124735710948518


domingo, 25 de abril de 2010

LOVE AND ROCKERS - TED BAFALOUKOS - DIRETOR DO FILME ROCKERS [ENTREVISTA]


Abaixo, uma entrevista bem interessante do diretor do filme Rockers, que todo fã ou amante de reggae deve ter assistido nos últimos 10 anos e é presença obrigatória na sua coleção de dvd's ou filmes baixados na internet junto com a coleção de mp3. Apesar do filme já estar meio batido, a entrevista até faz dar vontade de assistir de novo.

Este é Ted em sua casa de infância na ilha de Andros, na Grécia. Bom, vamos deixar ele explicar o
 restante do que você está olhando.

LOVE AND ROCKERS - TED BAFALOUKOS NOS ENSINOU TUDO QUE SABEMOS SOBRE A JAMAICA

Theodoros Bafaloukos escreveu e dirigiu Rockers, o filme que, sozinho, tornou a Jamaica e o reggae interessantes para caras brancos desencanados, seus filhos maconheiros e um bando de punks ingleses famosos com guitarras. Hoje, Ted não é tão recluso quanto é remoto, passando seu tempo em sua casa de infância na isolada ilha grega de Andros. Mais de 30 anos depois, fizemos uma longa viagem para isso, a primeira entrevista impressa da sua vida.

Além de escrever roteiros e fazer filmes, Bafaloukos fez a direção de arte para três diretores ganhadores do Oscar (Barry Levinson, Errol Morris e Jonathan Demme) e ajudou a conceber inúmeros clipes famosos, inclusive aquele do Aerosmith em que a Alicia Silverstone de camisa de flanela salta de bungee-jump de um viaduto e depois mostra o dedo do meio pro Stephen Dorff.

Após um breve tour por sua casa—centenas de pinturas e imagens de detalhes de partes de cobra espalhadas pelas paredes—ele nos fez sentar e começou a folhear alguns álbuns antigos de fotos. Muitos deles eram da época em que filmou Rockers. Como você verá, é um tesouro escondido de alegria arquivada.

Como você foi parar na Jamaica?
Theodoros Bafaloukos: Fui para lá em 1975 como fotógrafo freelancer da Island Records com um amigo, um jovem da cena do reggae. Tiramos fotos dos rostos da ilha. Foi interessante e empolgante. Também foi engraçado porque me prenderam como um espião da CIA.

Nossa! O que aconteceu?
Eu tinha ido a uma estação de rádio para falar com uma pessoa da comunidade. Eu queria pedir a ele equipamento e ajuda para filmar um documentário—que era o que eu queria fazer a princípio. Eu estava no carro com meu amigo, que dirigia, quando de repente, do nada, um homem enfia a mão pela janela, agarra um caderninho do meu bolso do peito e corre para dentro do prédio gritando “CIA, CIA!”. Saí e tentei correr atrás dele, mas, quando voltei, meu amigo e o carro tinham desaparecido. Fiquei assustado. Me vi totalmente abandonado, cercado por estranhos. Depois meu amigo disse que ficou apavorado. Estou falando de uma época em que o medo reinava e todo mundo andava assustado.

Quando a polícia chegou?
Dois jipes apareceram do nada, cheios de policiais—alguns de uniforme, outros parecendo seguranças. Os mais durões saíram do veículo com Uzis e me prenderam. Eles me colocaram no jipe e desfilaram pelas ruas em baixa velocidade para que todos vissem que eles tinham prendido um agente da CIA! Me levaram para a delegacia, onde ficou óbvio que não tinham ideia do que fazer comigo. Então me levaram até outro cara, que me entrevistou.

Entrevistou?
Interrogou. Quando entrei na sala, o interrogador estava sentado atrás de uma mesa com o meu caderno ao seu lado. Fui até a mesa, peguei o caderno e coloquei no meu bolso.

Corajoso. O que tinha no caderno?
Os endereços de todas as pessoas que eu tinha conhecido na ilha, a maioria músicos. Eu tinha prometido mandar as fotos pra eles quando eu voltasse para os EUA, o que eu fiz.

Então eles te deixaram ir imediatamente?
Depois que eu coloquei o caderno no bolso o cara não falou nada, nem se mexeu. Respondi as perguntas, mas ele nem sabia o que me perguntar. Ele provavelmente tinha feito algumas ligações e percebido que era um engano.

"Eu e Leroy 'Leroy Horsemouth' Wallace, o legendário, pioneiro baterista e estrela do Rockers,
 posando para a foto no centro de Kingston, 1977"

Pelas suas fotos dessa época você parecia mais como o ator principal de um pornô zapatista do que um agente da CIA.Por que, como é um agente da CIA? [risos] Eu tinha um passaporte grego, o que me tornava ainda mais suspeito. Eles o pegaram e me mantiveram lá pelo que pareceu uma eternidade. Outro cara veio me interrogar, mas de novo não deu em nada. Eram 10 ou 11 da noite quando de repente esse cara branco aparece e diz, “Vem comigo”. Eu disse, “E o meu passaporte?”, e ele disse, “Sai daqui, cara”. Então eu fui embora. Fui até a casa onde eu estava ficando e encontrei todos eles ali: meu amigo, Augustus Pablo, a turma toda. Todos eram mais novos do que eu. Eles estavam assustados e olhando para mim como se eu tivesse voltado dos mortos. Simplesmente disseram, “Desculpa, eles vêm te matar hoje à noite e a gente não quer ficar aqui”.

Eles estavam tirando uma com você?
Não, não estavam. Coisas assim aconteciam o tempo todo.

Esse é um retrato da Jamaica completamente diferente do que você apresenta em Rockers.
Tinha essa ideia de que tudo estava numa boa, por causa do sucesso de Bob Marley. Mesmo para o reggae, a realidade era outra—bem mais cruel. E mais cruel ainda para um cara branco no meio disso. Morei lá dois anos antes de começarmos a filmar. Aqueles jamaicanos que moravam nos guetos de Kingston eram pessoas inocentes no dia a dia e era exatamente isso que eu queria capturar no filme—um retrato mais realista de quem eram ou do que realmente gostariam de ser. Algo como Robin Hood. A Jamaica era um mundo de fantasia onde a realidade como conhecíamos não podia existir.

Como assim?
Eles moravam em um cenário que os separava do mundo real. Você não tinha nenhum lugar pra ir, raramente tinha alguém pra chamar de “pai”. Eles eram homens simples que tinham relacionamentos com mulheres. Não existiam estruturas familiares de verdade. Na maioria dos casos, as crianças não eram reconhecidas, e mesmo que você crescesse com uma mãe, não tinha nada pra te apoiar, porque era dureza mesmo. Era praticamente impossível sair qualquer coisa daí que não fosse tolerância à violência, uma mentalidade de gangue entre a molecada enquanto o resto das pessoas batalhava pra ganhar a vida. Mas é importante perceber que muitas pessoas conseguiram viver sob essas condições de forma pacífica e produtiva. Isso era muito legal.

Como era a Jamaica para alguém de Andros e Nova York?
Bem exótica. Uma experiência extraordinária.

Mais extraordinária do que Nova York? Você veio desse vilarejo na Grécia.
Olha, eu mudei de Andros para Atenas aos 17 anos, saí dessa casa, dessa mesma mesa onde estamos sentados agora. Tive a sorte de ter um pai de cabeça aberta que me aconselhou—sem me pressionar—a ir para a Rhode Island School of Design, uma das melhores faculdades de design do mundo.

Quando foi isso?
Isso foi entre 1964 e 1968—a era do sexo, drogas e rock ’n’ roll. Depois da faculdade voltei para a Grécia durante a Junta Militar, para servir o exército. No meio tempo me casei com a Eugenie—esse ano comemoramos 39 anos de casamento. Depois da minha baixa do exército fomos para Minnesota e depois arrumamos nossas coisas e fomos para Nova York. Viramos boêmios e moramos em um prédio abandonado em Tribeca.

Como vocês ganhavam a vida?
Eu fazia vários bicos. A Eugenie trabalhava na indústria têxtil como designer. Eu basicamente me mantinha ocupado fazendo consertos no prédio onde morávamos e pegava serviços estranhos. Trabalhava como fotógrafo, até que a revista New York me encarregou de fotografar um jovem jamaicano no Tropical Club, um clube vagabundo no Brooklyn. Fui lá e de repente o Augustus Pablo apareceu tocando melódica. Fiquei de queixo caído. Ele foi o primeiro que conheci.

"Era o verão de 1977 e estávamos filmando Rockers em St. Ann, no lado norte da Jamaica. 
Os atores e a equipe carregavam os suprimentos e o equipamento, subiam todo o campo da colina
 para filmar uma cena na plantação de ganja."
Naquela época, o que você sabia sobre reggae?
Eu escutei Bob Marley pela primeira vez quando ele estava com os Wailers em 1974, totalmente por acaso. Eugenie e eu estávamos indo para Minnesota e paramos por alguns dias para visitar uma amiga em Chicago. Uma noite ela disse, “Vamos para um clube com um som interessante”, e era o Bob Marley. Foi um show inacreditável.

Que tipo de música você gostava?
Vários tipos. Principalmente de rock e R&B. Minha esposa tinha dois irmãos que tocavam guitarra. E muito blues, claro. Se meu coração tivesse espaço para só um tipo de música, seria blues. Tudo começou de um jeito esquisito, através da minha paixão por rebetika.

Rebetika é a forma grega de blues.
O que aconteceu com a rebetika e o blues aconteceu com a música de Bob Marley também. Rocksteady e ska já eram conhecidos, mas quando escutei Augustus Pablo percebi uma coisa muito profunda, algo além e acima do que você ouvia. O reggae tinha profundidade musical e uma grande variedade de sons. Se você for ver o reggae entre o final da década de 60 e o começo da de 70, você não vai acreditar que foi tudo feito pelas mesmas 20 e poucas pessoas nos estúdios de Kingston. Literalmente. Todos esses gêneros emergiram simultaneamente e a partir dos mesmos músicos—ska, rocksteady, reggae, rocker, os dubs.

Eram uma coisa só?
As pessoas que começaram o ska também começaram o reggae—não mais do que dois ou três bateristas, guitarristas e baixistas. A qualidade dos cantores se tornou crucial, a habilidade deles em inspirar os músicos. O som estava lá, a única coisa que faltava eram os pequenos discos de 45 rotações que tinham que ser prensados o mais rápido possível—em duas horas, até em meia hora—para que os custos fossem mantidos os mais baixos possíveis. Essas gravações eram feitas em estúdios rudimentares, as faixas novas tocadas em grandes bailes ao ar livre aos finais de semana, viajando em vans lotadas de amplificadores e alto-falantes gigantes. Essa música tinha como objetivo o consumo imediato. Mais tarde eles começaram a gravar discos ao vivo e vendê-los em apenas algumas barracas e lojas. Era assim. E eles venderam mais no Reino Unido e menos nos EUA.

O Reino Unido sempre foi mais aberto ao reggae.
Sim, e o fato da Jamaica ter sido uma colônia britânica influenciou isso. Era mais fácil para um jamaicano ir para a Inglaterra do que para os EUA, por causa de passaporte e questões de visto. Eles também tinham absorvido o reggae em um nível maior. Bandas da 2 Tone, Selecter e outras foram todas muito importantes. Também acredito que a música punk deve muito ao reggae. Eles tinham a mesma postura. Por isso que tinham covers punk de faixas de reggae.

Tudo isso em uma cena estritamente jamaicana? Era uma espécie de gueto?
Muito localizada. Você poderia chamar de gueto, mas na verdade não era. Guetos na Jamaica eram bairros de quarteirões construídos em torno de pátios, como Atenas nos anos 20 e 30 ou vilas africanas. Neles havia estruturas sociais com vida própria que funcionava separadamente do contexto mais amplo, que era o governo, a polícia, o exército e o sistema judiciário. As estações de rádio locais raramente tocavam reggae. Elas tocavam soul e disco, assim como os clubes.

Eles não apoiavam a própria cena?
Não era a cena deles, porque ninguém ganhava dinheiro com aquilo. Só alguns caras que eram donos dos sistemas de som faziam algum dinheiro. Na verdade, só duas pessoas estavam por trás da maioria dos primeiros lançamentos— Coxton Dodd [do selo Studio One] e Duke Reid [do selo Treasure Isle]. Quando o gênero começou a ganhar reco-nhecimento internacional, as coisas começaram a mudar, e lá pelo meio da década de 70 reggae como conhecíamos desapareceu. Era impossível para tão poucas pessoas estarem em tantas bandas. Só existiam músicos para cinco ou seis bandas. Bob Marley pegou alguns dos melhores. Os outros começaram a se mudar para Nova York e Londres. No final dos anos 70, não tinha sobrado ninguém. Você poderia dizer que tudo terminou com o One Love Peace Concert em 1978.

"Nessa área, conhecida como 'Idler's Rest', era perto da esquina do loja Randy's Record Shop.
 Músicos, cantores, e pretenciosos serem cantores ficavam por lá para ouvir os nos 45 rpm's, 
esperando por ser chamados para uma sessão de estúdio."

É interessante Rockers não ter muitos dos ingredientes típicos jamaicanos, como palmeiras e praias. Por que isso?Isso foi de propósito. Meu objetivo com o filme era muito simples: desde o começo pensei nele com uma música, então a questão não era o que incluir, mas sim o que eu deixaria de fora. Eu tinha que esco-lher. Você não pode encaixar tudo num filme. Minha avó, que nunca foi à escola e era uma mulher extraordinária, ficava me vendo dese-nhar quando eu era criança e dizia, “Isso está muito carregado”, quando eu colocava muitos elementos. No meu caso, tentei me manter dentro de uma certa moldura e não me via como um cineasta, mas como um artista.

Você tinha confiança que o seu filme seria um sucesso?
Eu sentia que o filme ficaria excepcional, mas ao mesmo tempo minha mente estava focada em completá-lo. Qualquer coisa podia acontecer durante as filmagens, o que acabaria com o projeto. Um dia um moleque poderia puxar um gatilho e matar alguém—estamos falando de Kingston, um lugar onde 600 crianças foram mortas naquele ano—e isso seria um desastre completo. Teria sido o fim. Uma grande parte da população foi assassinada, na maioria das vezes sem motivo algum.

Por que motivo, exatamente?
Guerra de gangues, mas acredite você ou não, a lei não desencorajava ninguém porque havia armas em toda parte. Existia um desejo por armas, era bacana andar com uma, e também existiam políticos que andavam com verdadeiros exércitos e caras armados. Os meninos de 11, 12 anos eram os que davam mais medo—não dava para saber quais seriam as reações deles, eles podiam te matar num piscar de olhos. Acho que tive muita sorte em terminar esse filme. Todo dia eu temia que alguém da equipe ou um ator fosse assassinado.

Você diria que a cena lembra o hip-hop contemporâneo?
Não muito, porque as pessoas que viviam lá e faziam música morriam de medo de armas. Eles não tinham armas. Eles não eram idiotas, sabe, sofriam com as armas. O que me faz ver Bob Marley como um herói é o fato dele ter voltado e tentado ajudar a estabelecer algum tipo de ordem. Claro, ele não podia resolver tudo, e existiam muitas reações das pessoas nas ruas. Mas esse esforço para promover uma trégua e a paz cessou a violência das gangues por um ano. Daí começou de novo, e antes do final do ano ambos os líderes das gangues estavam mortos. Aí a cocaína entrou na história.

Ela substituiu a maconha?
O fumo continuava lá, mas foi a cocaína que matou e devastou. Tinha muito dinheiro envolvido, as pessoas ficaram agressivas e começaram a matar umas às outras. Mas você também podia conhecer as pessoas mais amáveis e interessantes—uma fábrica de expressões comprimida em um lugar tão pequeno. E eu não estou falando de Kingston. As casinhas construídas em bloco parecem mais com favelas do que com guetos. Eram em lugares assim que todos os músicos rasta viviam.

Quem são os rastas exatamente?
Reggae e rasta andam juntos, eles viraram uma coisa só. Eles se tornaram o motivo para que todos os caras jovens de Kingston pudessem dizer, “É, agora eu tenho uma bandeira, eu tenho uma nação, um Deus, e então vai se fuder, branquelo. E você também, bal-die [careca, jeito rasta de chamar negros não-adeptos]”. Marcus Garvey foi uma figura chave para isso. Garvey tentou organizar o povo negro e persuadi-lo a voltar para a África. “O homem negro não é um homem branco, o homem negro pertence à África.”

Então o racismo predominava.
Sem dúvida. Eles diziam para mim, “Grego, não queremos nada de você porque qualquer coisa que você nos der não é sua para dar. Essa é minha própria vida, e minha própria vida é negra e nunca pode melhorar com a sua preocupação. Eu quero cuidar da minha vida, controlá-la, então eu irei à África, que é cheia de pessoas negras, e serei parte desse outro mundo, dessa vida negra”. Existia racismo até entre eles, entre pessoas com a pele mais escura e aqueles com pele mais clara, entre os que estudaram e que não estudaram.

"O falecido Richard 'Dirty Harry' Hall. Ele foi um saxofonista tenor brilhante e co estrelou o filme.
 Esta foto foi tirada no quintal de Hoursemouth na Avenida Maxfield, no coração do gueto de 
Kingston em 1976."

Como você conseguiu que os músicos fizessem papéis no seu filme? No final, você não filmou um documentário.
Eu morei com eles por mais de dois anos e demorou um pouco para convencê-los. Não era algo que podia ser imposto. O interessante do filme é que tudo foi feito ao contrário: primeiro escolhi o elenco, depois escolhi as locações, e no final escrevi o roteiro. Todos eles fazem papel de si mesmo. O que eles dizem é bem simples, até o argumento é bem enxuto. Eu tinha morado na ilha há algum tempo, então não queria filmar um documentário—qualquer um poderia fazer isso. Eu queria fazer um filme sobre a música da Jamaica e incluir todo mundo que estivesse por lá, exceto o Bob Marley.

Por que você não queria ele no filme?
Porque ele já era uma grande estrela e teria virado um filme sobre o Marley. Ele certamente eclipsaria os outros músicos, que eram tão bons ou melhores que ele, e eu não queria isso. Não tenho nada contra o Marley, mas realmente acredito que o Burning Spear era ótimo, e o mesmo vale para os outros músicos do filme. Por motivos diferentes. Consegui com que todos os bons músicos participassem e acho que captei a música em seu melhor momento.

Como foi a recepção ao filme?
Espetacular. Foi exibido pela primeira vez no Los Angeles Film Festival num cinema lotado onde cabiam 800 pessoas. Teve outra exibição no final do festival porque tinha muita gente que queria assistir. Em Cannes foi exibido na mesma noite que Apocalypse Now do Francis Ford Coppola e teve um incidente com milhares de pessoas, policiais a cavalo e tropa de choque. Tinha gente que queria entrar, e os ingressos estavam esgotados, e a desordem tomou conta. Saiu em tudo quanto é primeira página no dia seguinte. Fiquei intrigado pelas resenhas na França, até as dos jornais conservadores. A primeira frase no Le Monde era “Rockers não é um filme, é um trabalho de arte. Tão bom que é difícil de acreditar, ainda assim é verdade”.

A que você atribui esse sucesso?
Reggae tinha virado um gênero internacional de música, como samba, rumba e música cubana. Tinha ido um passo além, alcançado público no mundo inteiro pela primeira vez. Imediatamente após a exibição, começaram a me tratar como algo intrigante. Recebi propostas de Hollywood, mas eu estava com a mente em outras coisas.

Você ganhou dinheiro com o filme?
Por mais incrível que pareça, não. Nada. Algumas pessoas ganharam muito só com a música. Tivemos problemas enormes depois, quando o filme acabou.

O que aconteceu?
As coisas ficaram confusas. Ninguém tinha experiência, nem o produtor nem eu. Ninguém tinha feito nada parecido com aquilo e eles não tinham ideia do que fazer. Achavam que era só um filmezinho e não se preocuparam em se envolver no processo.

O processo de promover o filme?
Eles promoveram o filme, mas acabaram de mãos vazias. Não sabiam como capitalizar em cima dele. Por outro lado, mesmo que soubessem, acho que teria acontecido a mesma coisa. Acredite, agora, depois de 30 anos, comecei a fazer dinheiro com o filme através do DVD. Depois de todos esses anos, acabei de receber um cheque com uma pequena quantia... uma quantia bem pequena. É ridículo. Também não ganhei nenhum dinheiro com a música. Eu ia até a Tower Records em Nova York e via pilhas de CDs e pensava que outras pessoas estavam ga-nhando dinheiro que era meu. Eu sou o produtor da trilha sonora.

Quanto custou o filme?
Cerca de US$ 500.000. Conheci esse produtor, um cara jovem picado pelo bichinho do cinema, e trabalhamos juntos. Mostrei a ele algumas filmagens e ele disse, “Vai em frente e faça o que você quiser”. Infelizmente ele não está mais vivo.

"A maconha em Kingston era horrível. Horsemouth compensava fumando largas quantidades durante o dia."

Você manteve contato com as pessoas do filme?
A maioria deles está morta. Metade foi assassinada. Dirty Harry, por exemplo, foi morto em Nova York. Ele ficou preso dois anos, provavelmente por causa de drogas ou de alguma briga. Não sei direito, não perguntei. Seis meses depois que ele saiu da cadeia alguém o matou. Mesma coisa com Natty Garfield. Em contraste, um amigo que eu dava como morto na verdade está vivo. Nos falamos pelo telefone recentemente. Eu pergunto o tempo todo, “Aquele cara ainda está vivo, aquele outro morreu?” A maioria deles não está mais na Jamaica.

Você fez muitos amigos?
Fiquei lá por muitos anos, eu tinha que fazer amizades, colocar todas as cartas na mesa. Eu não tinha muitos, mas queria que todos soubessem quem eu era. Tinha uma época em que as pessoas da Jamaica vinham até nossa casa em Nova York todos os dias. Morávamos perto do Brooklyn, onde os jamaicanos também moravam, mas quem quer que fosse que viesse para a cidade para tocar dava uma passada lá.

Eles respeitavam o que você estava fazendo?
Todo mundo acha que eu ganhei uma baita grana. Bom, nem todo mundo, mas é difícil convencer as pessoas de que eu não ganhei um centavo.

Se ouvissem o título hoje em dia, pensariam que não é um filme sobre jamaicanos.
O termo Rockers era muito popular durante o auge do reggae. Existia esse som novo, muito sofisticado com novos esquemas percussivos. De certa maneira, Sly Dubar introduziu seu próprio ritmo, mais forte. Você ouvia muito “rock steady, rockers”. O produtor escolheu o nome. A arte é minha, assim como o cartaz do filme. Fiz sozinho porque não tinha ninguém para fazer.

Quem escreveu o roteiro?
Eu escrevi.

Você fumava um monte de maconha na época?
Claro.

E como era a maconha jamaicana?
Horrível. Ainda pior que a de Nova York.

"Essa foto do Augustus Pablo é antes da gravação do Rockers. Em novembro de 1974, Pablo veio
 para os EUA fazer os seus primeiros shows. Essa foi uma a noite de abetura no Tropical Cove
 Night Club no Brooklyn."

"Pablo outra vez, desta vez com seu ukulele nas ruínas abandonadas do elevado de West Side
 Highway, centro de Manhattan, 1975."

"Pablo e amigos, com o World Trade Center de fundo."

"No inverno, quando terminamos o filme e me mudei de volta para Nova Iorque. Muitos dos
 atores/músicos do Rockers vieram visitar. Esse é Horsemouth no telhado do meu loft tribeca."


terça-feira, 15 de setembro de 2009

SETEMBRO VERDE NA MATILHA... HOME

Dando continuidade a programação do Setembro Verde, a Matilha Cultural promoverá na próxima quinta-feira, 17/09, das 20h-22h, palestra sobre Apropriação da Cidade pelo Cidadão com o arquiteto Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-Mackenzie.

Valter Caldana possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1985), mestrado em Planejamento Urbano e Regional (FAUUSP - 1994) e doutorado em Projeto de Arquitetura (FAUUSP - 2005). Foi conselheiro e diretor do IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil e do CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Atualmente é professor adjunto e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo-SP, onde foi Coordenador do Curso de Arquitetutra e Urbanismo. É também pesquisador do grupo de pesquisa Arquitetura e Construção e tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em urbanismo, desenho urbano, meio ambiente e projeto de arquitetura.

Setembro Verde, uma série de eventos culturais sobre a questão socioambiental. A iniciativa é da Matilha Cultural com apoio do Consulado da França. A Matilha é uma nova entidade independente e sem fins lucrativos que está se instalando em um edifício transformado em centro cultural próximo ao Largo do Arouche. Com duração de um mês, o Setembro Verde envolve a estréia do filme Home em telas paulistanas, além de exposição de fotos do mesmo projeto. Home é um filme do fotógrafo francês Yan Arthus- Bertrand e tem como objetivo conscientizar sobre problemas ambientais e encorajar o maior numero possivel de pessoas a agir. Ao nos trazer imagens unicas de mais de 50 paises, todas vistas de cima, ao dividir conosco seu maravilhamento e sua preocupação, o diretor nos oferece uma pedra fundamental para o edificio que temos que construir conjuntamente. www.home-2009.com

No dia 22 de Setembro a Matilha estará contribuindo com as ações do Dia Mundial sem Carro.


Serviço Palestra Valter Caldana
Apropriação da cidade pelo cidadão
17 de setembro /quinta feira

Home no cine Matilha

Home (Yan Arthus- Bertrand/ França/ 2009/ 93 min)

terças e quintas: 18h
quartas e sábados: 20h
sábados: 17h / 19h / 21h

agendamos sessões especiais para grupos e escolas.

Matilha Cultural
Endereço: Rua Rego Freitas, 542 - São Paulo - SP
(11) 32562636
terça a sábado das 11h as 20h
Entrada gratuita

sábado, 14 de março de 2009

15/3 - ZEITGEIST DAY - DIA Z

15/MARÇO - DIA ZEITGEIST 
15hs

Exibição dos filmes Zeitgeist e Zeitgeist Addendum de Peter Joseph

Espaço Matilha  (espaço cinema 68 lugares)
Rua Rego Freitas, 542 - Centro

Visite o site da Olldog Filmes: http://www.olldog.com.br

Se você não for de SP e quiser ver o filme, basta clicar no link ou nos Marcadores para assistir direto aqui pelo FYADUB.

Se você for de SP, assista ao filme no Espaço Matilha e depois vá para o IDCH ver o FYADUB com RAS e Sambatuh.

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