Mostrando postagens com marcador lei. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lei. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A HORRÍVEL VOLTA DA ESCRAVIDÃO





Assustadoramente, a escravidão acompanha a história humana. Por incrível que pareça, está mais presente do que nunca! É muito provável que esteja mais perto de sua casa do que você possa imaginar. Poucos imaginam que cerca de 800.000 pessoas são escravizadas por ano no mundo de hoje. Nos EUA o número chega a 17.000 escravos traficados todos os anos. Em outubro de 2003, por exemplo, foi libertada uma escrava de doze anos de idade, imigrante da Guatemala, em Cape Coral, Flórida. A menina fora vendida pelos pais, trazida para os EUA e era escrava sexual. Em Massachusetts, nos anos 90, ficou conhecido o caso de Vasantha Gedara, imigrante de Sri Lanca, que vivia como escrava na cidade de Boston. Tudo pode ser consultado livremente na própria internet: http://www.iabolish.com/slavery_today/usa/index.html.

Infelizmente, a grande verdade é que a escravidão cresce a cada dia em todo o mundo. No Brasil, milhares de bolivianos trabalham em regime escravo em São Paulo. No interior do país, crianças e adolescentes também vivem em condições de escravidão nas áreas rurais. Recentemente, a Argentina resolveu legalizar 750.000 imigrantes ilegais que vivem no país, principalmente motivada pelo fato de alguns deles terem morrido quando trabalhavam em condições de serviço escravo na região metropolitana de Buenos Aires!

Na África de hoje, a escravidão ainda é uma realidade, até legalizada em alguns contextos. Na Mauritânia a escravidão foi abolida em 1981, mas a prática ainda persiste no país. O tráfico de crianças é comum na Nigéria e no Benin. Em Gana, no Togo e também no Benin a escravidão sexual em santuários religiosos tribais prossegue (chamados trokosi ou vudusi), ainda que proibido em Gana desde 1998. O caso mais grave é o do Sudão, onde a guerra civil tem permitido a presença mais devastadora da escravidão.

A escravidão é geralmente lembrada como obra de mercadores e colonizadores portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, para trazê-los para a América. A verdade é que a prática sempre esteve presente na história humana, tendo sido abolida na civilização ocidental, de influência cristã. A escravidão tem origem nos primórdios da história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados pelos conquistadores. Babilônios, egípcios, assírios, romanos, gregos e até os hebreus conheciam a escravidão (Êxodo 21-23). Na época de Cristo, calcula-se que 60% dos habitantes do Império Romano eram escravos! Até um livro do Novo Testamento, Filemom, é dedicado ao relacionamento entre escravo e senhor no alvorecer do cristianismo igualitário.

Desde os tempos mais antigos, um escravo era legalmente definido como uma mercadoria que podia ser comprada, vendida ou trocada por uma dívida, sem que o escravo pudesse exercer objeção legal. A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações do passado. Comum na Ásia, na Europa e na África, achou lugar também nas civilizações pré-colombianas, onde os escravos eram empregados na agricultura e no exército.

A escravidão ganhou proporções elevadas na história ocidental quando os europeus passaram a colonizar outros continentes e na ocasião do triunfo da mentalidade mercantilista. Foi nesse contexto que se expandiu a escravidão negra. Muitos reinos africanos e árabes passaram a vender escravos para os europeus, até porque já a praticavam há muito. O problema da escravidão negra, porém, ganhou contornos particulares. Em primeiro lugar, foi um processo longo e extremamente cruel de três séculos. Além disso, foi praticado e tolerado por uma civilização “cristã”, e, posteriormente, foi “legitimada” por teorias racistas, que pregavam a inferioridade étnica dos povos africanos. Vergonhosamente, muitos cristãos protestantes consentiram com a escravidão, sendo que alguns até a justificaram, afirmando que os negros não tinham alma! Hoje, parece que as coisas não mudaram muito! Enquanto o mundo morre de fome, de AIDS e de guerras horríveis, a maioria dos evangélicos está mais preocupada com questões irrelevantes e desnecessárias! É uma vergonha!

Um exemplo de postura cristã legítima contra a escravidão pode ser visto em John Wesley, fundador do metodismo, conforme mostra Euler Westphal. No século XVIII, a Inglaterra tinha o monopólio do comércio de escravos. Boa parte da população inglesa tirava proveito do comércio, além de que o povo, de maneira geral, aceitava a escravidão. Havia aqueles que se enriqueciam com o comércio de açúcar e de escravos, e que defendiam o escravagismo. Wesley publicou, em 1774, um ensaio intitulado "Pensamentos sobre a Escravidão", rejeitando as argumentações que a defendiam. Ele mostrou sua admiração para com a população negra e seu respeito para com eles. Ele condenou também a crueldade da captura dos escravos e as condições desumanas do transporte dos mesmos. Para Wesley, a liberdade seria um direito inalienável de toda a criatura humana, tanto dos brancos como dos negros.

Na história do Brasil, a escravidão começou com a produção de açúcar no século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. O transporte era feito nos porões do navios negreiros, descritos por Castro Alves. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, tendo seus corpos lançados ao mar. Apesar de pouco difundida, a escravidão indígena foi uma realidade no Brasil do século XVI. O período de 1540 até 1570 marcou o apogeu da escravidão indígena, especialmente nos engenhos de Pernambuco e Bahia. Ali os colonos conseguiam escravos índios, roubando-os de tribos que os tinham aprisionado em suas guerras e, também, atacando as tribos aliadas. Essas incursões às tribos, conhecidas como "saltos", foram consideradas ilegais, tanto pelos jesuítas como pela Coroa. Mas o interesse econômico falou mais alto e, dessa forma, fazia-se vista grossa às investidas. O regime de trabalho nos canaviais era árduo. Os jesuítas pressionaram a Coroa e intensificaram as ações contra a escravidão, promovendo intenso programa de catequização dos índios.

Por incrível que pareça, a escravidão perdeu força por razões econômicas. No início da revolução industrial, desejosa de vender os produtos da revolução industrial, a Inglaterra combateu a escravidão. A partir da metade do século XIX, interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, a Inglaterra aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que mantinham a prática. Em 1850, o Brasil cedeu às pressões e aprovou a Lei Eusébio de Queiroz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 foi aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade. Mas foi somente no final do século XIX que a escravidão foi proibida no mundo ocidental. No Brasil, a abolição chegou em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, pela Princesa Isabel.

Apesar disso, o fantasma da escravidão volta a rondar o mundo todo. O tráfico de pessoas é uma das atividades criminosas mais lucrativas do mundo. Milhares de pessoas são vendidas e escravizadas em todo o mundo. Muitos trabalham em colheitas, muitas mulheres são escravas sexuais, entre tantas práticas abomináveis. A pergunta precisa ser feita: Por que um mundo tão desenvolvido tecnologicamente se volta para uma prática tão horripilante como a escravidão? Não é difícil responder! A resposta está em duas constatações.

A primeira é que o ser humano passou a não ter mais valor intrínseco na sociedade atual. Segundo a Bíblia, o ser humano foi feito “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1.26), possuindo dignidade ontológica. Qualquer pecado contra o homem é um pecado contra Deus (Gn 9.6). Todavia, o ser humano hoje é visto apenas como um simples animal, sem distinção dos demais brutos! A vida humana não tem valor absoluto. Matar virou rotina. Sob o materialismo e agnosticismo atual, podemos esperar até a defesa do canibalismo! Se comemos bois e frangos, por que deveríamos rejeitar carne humana?

A segunda razão é o triunfo horroroso do mercantilismo, manifesto no neoliberalismo contemporâneo que sugere que a realidade absoluta é o dos bens de consumo. Destituída de valores e de significado, a sociedade atual afunda-se numa busca frenética por algo que lhe dê sentido. Perversamente enganada, é levada ao consumismo, referencial de valorização e ontologização atual. A vida torna-se um “correr atrás de bugigangas inúteis”! Neste quadro medonho, tudo é válido quando se deseja mais dinheiro. Até a fé virou mercadoria! Mas a Palavra de Deus permanece clara e contundente em 1 Timóteo 6.10: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”.

Precisamos de homens que não se vendam, que creiam nos valores bíblicos e trabalhem para uma sociedade mais justa, combatendo o horror da escravidão com todas as forças!

Por Luiz Sayão - Artigo originalmente publicado @ http://www.prazerdapalavra.com.br/colunistas/luiz-sayao/4027-a-horrivel-volta-da-escravidao-luiz-sayao


Siga o Fyadub nas redes sociais:
- Twitter: http://www.twitter.com.br/fyadub
- Facebook: https://www.facebook.com/fyadub.fyashop/
- Youtube: http://www.youtube.com/fyadub
- Instagram: https://www.instagram.com/fyadub.fyashop

   Twitter   https://www.instagram.com/fyadub_fyashop/   http://www.youtube.com/fyadub  http://www.discogs.com/seller/fyashop/profile   http://fyadub.blogspot.com.br/p/fyashop-teste_22.html   fyadub@yahoo.com.br

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

AS 42 LEIS DE MAAT SOB KEMET



Maat era a lei e a regra da justiça moral entre os antigos povos Kemet,
e a ordem cosmológica divina dentro de seus estudos da mitologia,
astronomia e astrofísica.
Kemet é o nome que os povos africanos nativos do país agora conhecido como o Egito se chamavam em seus escritos. Muitos estudiosos referem-se às pessoas como "kmt" ou Kemet. Os artefatos que permaneceram através do tempo dos vizires* Kemet e escribas, evidência de que o Estado de direito de Kemet era "Maat", e continha pelo menos em parte na observação das 42 Leis de Maat.

*A palavra vizir vem da palavra árabe wazir, que quer dizer aquele que ajuda alguém a carregar um fardo. No Império Otomano, os vizires chefiavam os ministérios do governo. No séc. XIX, a autoridade mais importante do império era o grão-vizir, que era uma espécie de primeiro-ministro.


A Deusa Maat como a Origem Cosmológica de Kemet e o Estado de Direito

As histórias da criação de Heliopólis da era do povo Kemet, relatam que no início Atum emergiu de Isfet (caos) e de Nu (águas primordiais). Atum criou o deus Shu (personificação do ar / secura e frio) e a deusa Tefnut (personificação da humidade) de Nu. Shu é representado na iconografia Kemet como uma pena de avestruz.

Sob a cosmologia de Kemet, Maat é projetada para evitar o caos (Isfet) e manter a verdade (Maat). O símbolo da verdade, justiça, equilíbrio e ordem é a deusa Maat. A iconografia de Maat nos hieróglifos retratam a pena única de avestruz (Shu), usada sobre a cabeça da deusa Maat.

Durante o reinado do faraó Menes, em torno de 2925 aC, após a unificação da Kemet superior e inferior, achados arqueológicos provam as 42 Leis de Maat entre as de Kemet, a partir de textos do sarcófago Kemet ou papiros funerários datados a partir deste período.


Placa três do papiro do Ani - As ‪42 leis de Maat, ou 42 Confissões
Negativas ou 42 Admoestações à deusa Maat.
O  Corredor de Duas Verdades, e a pesagem do Ka (Coração)

O DUAT (submundo, como o lugar do julgamento) é onde a a imagem popular de Kemet remete ao Corredor de Duas Verdades, onde é retratado nas várias versões do "Livro Egípcio dos Mortos: O Papiro de Ani", editado por EA Wallis Budge. Uma interpretação mais perto do título a partir da linguagem Kemet é dito ser o "Livro da Revelação por dia." A tradução Budge era um texto funerário escrito para o "surgimento" de Kemet escriba Ani.

No capítulo 30B do papiro do Ani intitulada "Capítulo para não deixar o coração do Ani Criar Oposição contra ele, no Domínio dos Deuses", vemos o escriba pé falecido antes de seu próprio coração / alma (ka) na escala de Maat. Na escala oposta é pa ena da deusa Maat da verdade (Shu). A cabeça da deusa Maat é retratado no topo das escalas de justiça. Thoth, também conhecido por outros nomes, tais como Tehuti, carrinhos segurando uma tábua e uma ferramenta de escrita para registrar os resultados das escalas. Thoth com cabeça de ibis é o santo padroeiro dos escribas e sacerdotes de Maat.


Peticionário anuncia os 42 Princípios Divinos da Maat

No capítulo 125 do Papiro de Ani, encontramos o peticionário liderado por Anubis pronunciando seus / suas 42 declarações afirmativas, listados abaixo da tradução de domínio público da Budge dos 42 Princípios Divinos de Maat:


    1.    Eu não cometi pecado.
    2.    Eu não cometi roubo com violência.
    3.    Eu não roubei.
    4.    Eu não matei homens ou mulheres.
    5.    Eu não roubei alimentos.
    6.    Eu não tenho enganado ofertas.
    7.    Eu não roubei de Deus / Deusa.
    8.    Eu não contei mentiras.
    9.    Eu não levei alimentos.
    10.    Eu não amaldiçoei.
    11.    Eu não fechei os ouvidos à verdade.
    12.    Eu não cometi adultério.
    13.    Eu não fiz ninguém chorar.
    14.    Eu não senti tristeza sem razão.
    15.    Eu não agredi ninguém.
    16.    Eu não sou mentiroso.
    17.    Eu não roubei terra de ninguém.
    18.    Eu não tenho sido um intruso.
    19.    Eu não acusei ninguém falsamente.
    20.    Eu não fiquei com raiva sem razão.
    21.    Eu não seduzi a mulher de ninguém.
    22.    Eu não me poluí.
    23.    Eu não aterrorizei ninguém.
    24.    Eu não desobedeci a Lei.
    25.    Eu não tenho sido exclusivamente raivoso.
    26.    Eu não amaldiçoei Deus / Deusa.
    27.    Eu não me comportei com violência.
    28.    Eu não causarei perturbação da paz.
    29.    Eu não agi precipitadamente ou sem pensar.
    30.    Eu não ter ultrapassei meus limites de preocupação.
    31.    Eu não exagerei as minhas palavras quando falei.
    32.    Eu não tenho trabalhado mal.
    33.    Eu não usei os maus pensamentos, palavras ou ações.
    34.    Eu não poluí a água.
    35.    Eu não falei com raiva ou arrogância.
    36.    Eu não amaldiçoei ninguém em pensamentos, palavras ou atos.
    37.    Eu não me coloquei em um pedestal.
    38.    Eu não roubei o que pertence a Deus / Deusa.
    39.    Eu não roubei ou desrespeitei um falecido.
    40.    Eu não tenho tirei o alimento de uma criança.
    41.    Eu não agi com insolência.
    42.    Eu não destruí bens pertencentes a Deus / Deusa.


Após o testemunho do peticionário contendo as 42 declarações afirmativas, a pesagem do ka pela verdade, e a leitura das escalas, diz-se que o agente de Maat é administrado por Maat. Se o requerente é considerado pela deusa Maat estar em conformidade substancial com as 42 leis de Maat, o peticionário passa de DUAT ao Campo dos Juncos (Arus), onde Osiris senta-se como o guardião final.





  Twitter   https://www.instagram.com/fyadub_fyashop/   http://www.youtube.com/fyadub  http://www.discogs.com/seller/fyashop/profile   http://fyadub.blogspot.com.br/p/fyashop-teste_22.html   fyadub@yahoo.com.br

DISQUS NO FYADUB | FYASHOP

O FYADUB | FYASHOP disponibiliza este espaço para comentários e discussões das publicações apresentadas neste espaço. Por favor respeite e siga o bom senso para participar. Partilhe sua opinião de forma honesta, responsável e educada. Respeite a opinião dos demais. E, por favor, nos auxilie na moderação ao denunciar conteúdo ofensivo e que deveria ser removido por violar estas normas... PS. DEUS ESTÁ VENDO!