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sexta-feira, 16 de abril de 2021

🍌 REPUBLIQUETA DOS BANANAS 🍌


A 🍌 Republiqueta dos Bananas 🍌 é uma forma sarcástica de dizer que a Direita e a Esquerda dos Brasil são cabeças do mesmo dragão, e mesmo que corte uma das cabeças, ela vai crescer de novo, seja com cara nova ou antiga. Mas não tem graça ser sarcástico na nossa atuação situação, seja lá qual for o texto ou tema.  

Eu iria postar uma caralhada de comentários, artigos e links sobre a disfunção de raciocínio cognitivo e intelectual das principais figuras politicas hoje, o Presidente e o Presidenciável. Comentários como o do Lula dizendo em uma entrevista no inicio dos anos 1980 dizendo que não lê, e não lê porque tem preguiça (https://youtu.be/__jSBJ-04Kc). Eu acredito que ele não lê até hoje. 

"Primeiro, eu sou muito preguiçoso. Até pra ler eu sou preguiçoso... Eu não gosto de ler... Eu tenho preguiça de ler!" - Lula

Ou falar do Messias quando ele reclamou que teria que distribuir livros já impressos com muita coisa escrita, que são feios, e que colocaria a bandeira do Brasil e o Hino Nacional... 'papais vão vibrar'. (https://youtu.be/TaoiWptJuTU). Eu acredito que o Messias nunca leu nada, nem as MPs que ele assina.

"Os livros hoje em dia, como regra, é um amontoado... Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo" - Jair Bolsonaro

Eu iria falar da ignorância do Lula no meio ambiente, na saúde e do menosprezo intelectual do Bolsonaro (e de muitos intelectualóides ungidos) na ciência e nos mesmos campos tanto de direita quanto de esquerda, mas vou contar uma história.

Em 2014/2015 não me lembro exatamente o ano, por indicação de um amigo, eu trabalhava em uma seguradora multinacional, de primeiro mundo, dessas que passam sua propaganda no JN e na novela das 21h na Globo. Com muita gente boa, mas cheia de evangélicos, católicos, brasileiros que se olham no espelho e veem um europeu nórdico ou um aristocrata inglês, e donos de uma moralidade intocável e inabalável. 

Fomos convidados a ir para São Carlos (SP), numa espécie de super hipper master blaster reunião de gestores - de pessoas, uma espécie de aglomerado de coach's e mestres em liderança... um ambiente altamente insano para muitos. Na verdade, iria ser discutido punições aos funcionários, quantas advertências, quantas suspensões, e em que momento eles deveriam ser, por meio de solicitação, demitidos. 

Depois de muita balela, conversa fiada, discussões sobre como os funcionários deveriam se vestir, o chamado 'dress code', o que poderiam levar até a mesa de trabalho, se poderiam usar saia, blusa de alcinha, cores de camisa, se poderiam mascar o chiclete ou não, onde a questão real seria se deveriam engolir ou cuspir, veio a maior censura que eu já vi na vida. Um dos gestores fez a seguinte pergunta:

'E ler, o que fazemos com quem lê? Advertência verbal? advertimos por escrito? Chamamos o funcionário para um feedback apenas? Ou se advertimos e ocorrer uma reincidência suspendemos essa pessoa que lê podendo chegar a demissão?'

Eu gostaria de escrever dizendo que isso é algo que eu inventei da minha cabeça. Mas para participar disso, eu empurrei por quase 2km um Chevrolet Classic, porque o irmão que estava dirigindo não quis abastecer quando o carro chegou na reserva, deixando para colocar gasolina no posto seguinte; fdp. 

A minha resposta, apoiada apenas com quem foi comigo, foi de que tirar um livro da mão de qualquer pessoa, seja quem for, é um ato de censura, coação e infração ao direito de liberdade - eu jamais vou fazer isso na minha vida. Seja em qualquer lugar que eu estiver trabalhando.

Sempre uma pessoa vai ser melhor lendo um livro. Seja um livro de história, uma biografia, um título para o trabalho de faculdade, um livro de moda ou um desses do tipo do Harry Potter, Game of Thrones ou Cinquenta Tons de Cinza - o livro que você escolher para ler, é um problema seu, assim como tantas escolhas suas. Essa liberdade de leitura, ninguém está apto a tirar ou dar para qualquer pessoa. Tirar um livro de alguém é um pensamento do mínimo insano. 

As tentativas de tributação de livros, o aumento de preços constantes, o número de livrarias fechadas, seja por falência ou por recuperação judicial, fora as que foram embora. É um reflexo do país absolutamente ignorante que vivemos. A tiragem média de um livro são de 3.000 exemplares, isso é menos que 0,001% da população do Brasil, que ultrapassa 210 milhões de pessoas. 

O único jeito de deixarmos de ser esse povo fudido que somos, é através da educação, da leitura e do acesso a saúde para todos. Infelizmente, precisamos de uma ação do Estado para que muitas pessoas alcancem, mas que esse Estado, através da evolução intelectual vá sendo enfraquecido de tempos em tempos, de geração em geração. 

É muita ingenuidade, do cidadão ordinário comum, acreditar que Esquerda partidária vai salvar ele da Direita fascista, ou que a Direita vai salvar alguém da Esquerda comunista. Tanto a Direita quanto a Esquerda instituem as crises, prometem salvar o pobre, erradicar a fome, e criam planos econômicos mirabolantes que não funcionam. 

Ainda estamos enraizados culturalmente de que ser inteligente, ser liberto de amarras ideológicas, de que o pensamento progressista, de não ser de direita e não ser de esquerda, é motivo de zombaria e bullying.

Em breve seremos educados por macacos.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

10 LIVROS ESSENCIAIS SOBRE RASTAFARI



Em tempos tão estranhos, onde se deturpam ideias, conceitos, pilares espirituais, e mensagens. Qualquer dizer é o start, que dá início a um conflito inimaginável na internet, principalmente no facebook. Um caso muito interessante é realmente de um curso rastafári com cobrança. Anos atrás, esse tipo de coisa não existia, mas hoje existe. Não que eu vá dizer para você não fazer ou ir fazer, até porque quem cuida da sua vida e do seu dinheiro é você. 

A verdade é que conhecimento não é 'de grátis', nunca foi. Conhecimento sempre foi algo dispendioso, e se trata de dinheiro e tempo, mas existe algo mais caro e arriscado que é charlatanismo, seita religiosa, proselitismo, sincretismo religioso. E isso é algo perigoso e nunca fez bem a absolutamente ninguém. A moda hoje são os coach's de absolutamente tudo, e nesse tudo hoje, pode incluir o rastafári. 

Agora existe uma forma de você conhecer algo, saber, compilar informações e discutir com pessoas que você confie nas ideias e conhecimento. Mas para discutir, conversar, tirar suas dúvidas e até mesmo contestar informações é preciso ter informações em mãos. Se você assumir que a palavra de alguém é uma verdade absoluta - leia a parábola da verdade; isso pode ser tão perigoso para você, tanto quanto é perigoso para quem te cerca. Leia, estude, conheça, saiba através do seu próprio tempo e de acordo com a sua ambição em conhecer algo mais profundamente.

Eu separei 10 (dez) títulos de livros que você pode ler sobre rastafári - mas existem outras centenas que voê pode escolher para ler. Todos tem seu preço - alguns até com download gratuito aqui no fyadub. Mas esses livros, são algo que vai se tornar seu, e por escolha própria você pode guardar ou compartilhar com quem você quiser. 

Conhecimento reina supremo!
'Na leitura não é necessário ou obrigatório que você concorde com tudo o que lê. Você deve sempre usar ou aplicar o seu próprio raciocínio para o que você leu com base no que você já sabe, como tocar os fatos sobre o que você leu. Obter juízos de valor sobre o que você lê com base nesses fatos. Quando digo fatos quero dizer coisas que não pode ser contestada. Você pode ler os pensamentos que são velhos, e as opiniões antigas e foram alteradas desde que foram escritas. Você deve sempre procurar, para descobrir os mais recentes fatos, e em particular o assunto, e apenas quando esses fatos são consistentemente mantidos, quando você lê, você deve concordar com eles, caso contrário, você tem direito a sua própria opinião.' - Marcus Garvey; Eduque-se


2. The Autobiography of Emperor Haile Sellassie I: King of All Kings and Lord of All Lords; My Life and Ethiopia's Progress 1892-1937 - Vol. 2 (Inglês) Capa comum – 1 março 1999 - https://amzn.to/2Llg4OA

3. Selected Speeches of His Imperial Majesty Haile Selassie I (Inglês) Capa comum – 26 novembro 2011 - https://amzn.to/3sdL2IV  ou free download

4. Message To The People (Inglês) Capa comum – 9 junho 2017 - https://amzn.to/3bzA0YV

5. Philosophy and Opinions of Marcus Garvey [Volumes I & II in One Volume] (Inglês) Capa comum – 19 novembro 2014 - https://amzn.to/3nFyAOY ou free download

6. A Journey to the Roots of Rastafari: The Essene Nazarite Link (Inglês) Capa comum – 2 julho 2014 - https://amzn.to/2LlQmtk

7. The Rastafarians: Twentieth Anniversary Edition (Inglês) Capa comum – 12 dezembro 1997 - https://amzn.to/3nuvDjT

8. The Kebra Negast (The Book of the Glory of Kings), with 15 Original Illustrations (Aziloth Books) (Inglês) Capa comum – Ilustrado, 3 abril 2013 - https://amzn.to/3i4CKPe ou free download

9. Ethiopia and the Origin of Civilization (Inglês) Capa comum – 16 março 2017 - https://amzn.to/38uHRF4

10. The First Rasta: Leonard Howell and the Rise of Rastafarianism (Inglês) Capa comum – Ilustrado, 1 janeiro 2004 - https://amzn.to/35uPJo0

Dentro do grupo do fyadub no facebook, existem já diversos títulos para download, em português e inglês, que você pode fazer o download direto e compartilhar. 

Dúvidas sobre o blog ou alguma informação postada, quer dizer algo, reclamar, elogiar, sugerir: use a página https://fyadub.org/contato/, ou https://www.facebook.com/fyadub.fyashop para mensagem inbox, ou whatsapp 11 99984.4213, ou e mail contato@fyadub.org


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

15 LIVROS QUE MALCOLM X LEU NA PRISÃO QUE DESENVOLVEU E EVOLUIU O CONHECIMENTO DE SI MESMO



“Eu soube ali mesmo na prisão que a leitura mudara para sempre o curso da minha vida. Como vejo hoje, a capacidade de ler despertou dentro de mim um desejo há muito adormecido de estar mentalmente vivo ... Minha educação caseira me deu, com cada livro adicional que li, um pouco mais de sensibilidade para a surdez, mudez e cegueira que estava afligindo a raça preta na América.” - Malcolm X


Quando um homem preto obtém conhecimento de si mesmo, ele adquire compreensão sobre sua situação suprema na terra e no universo.

A qualidade de estudar Malcolm X quando ele esteve na prisão, é o que o transformou de "apenas mais um homem preto preso no sistema", em uma demonstração verdadeira e viva da excelência preta e do poder preto.

Leitores são líderes, e quando Malcolm X internalizou essa ideia, tornou-se fanaticamente obcecado por ler constantemente algo que pudesse ajudá-lo a levantar a situação do homem e da mulher preta na América e em todo o mundo.

Trecho de “Aprendendo a Ler” da Autobiografia de Malcolm X:

Foi por causa de minhas cartas que por acaso tropecei, ao começar a adquirir algum tipo de educação autodidata.

Fiquei cada vez mais frustrado por não ser capaz de expressar o que queria transmitir nas cartas que escrevia, especialmente aquelas dirigidas o Sr. Elijah Muhammad. Na rua, eu era o traficante mais articulado que existia. Eu chamava a atenção quando dizia algo. Mas agora, tentando escrever um inglês simples, eu não apenas não era articulado, como nem mesmo era funcional. Como eu soaria escrevendo em gíria, a maneira como eu diria, algo como: “Olha, pai, deixa-me tirar seu casaco sobre um gato, Elijah Muhammad"

Muitos que hoje me ouvem em algum lugar pessoalmente, ou na televisão, ou aqueles que lêem algo que eu disse, pensarão que fui para a escola muito além da oitava série. Essa impressão se deve inteiramente aos meus estudos na prisão.

Realmente havia começado na prisão de Charlestown, quando Bimbi me fez sentir inveja de seu estoque de conhecimento. Bimbi sempre assumiu o comando de todas as conversas em que estava, e eu tentei imitá-lo. Mas cada livro que peguei tinha poucas frases que não continham de uma a quase todas as palavras que poderiam muito bem estar em chinês. Quando eu simplesmente pulei essas palavras, é claro, eu realmente acabei com uma pequena ideia do que o livro dizia. Então, eu vim para a Colônia da Prisão de Norfolk ainda passando apenas por movimentos de leitura de livros. Em breve, eu teria desistido até mesmo desses movimentos, a menos que tivesse recebido a motivação que recebi.

Percebi que a melhor coisa que eu poderia fazer era conseguir um dicionário - estudar, aprender algumas palavras. Tive a sorte de raciocinar também que deveria tentar melhorar minha caligrafia. Foi triste. Eu não conseguia nem escrever em linha reta. Foram as duas idéias juntas que me levaram a solicitar um dicionário junto com alguns cadernos e lápis da escola da Colônia da Prisão de Norfolk.

Passei dois dias folheando incerto as páginas do dicionário. Nunca tinha percebido que existiam tantas palavras! Eu não sabia quais palavras precisava aprender. Finalmente, apenas para iniciar algum tipo de ação, comecei a copiar.

Com minha caligrafia lenta, meticulosa e irregular, copiei para meu caderno tudo o que estava impresso na primeira página, até os sinais de pontuação.

Acredito que demorei um dia. Então, em voz alta, eu li para mim mesmo, tudo que escrevi no caderno. Repetidamente, em voz alta, para mim mesmo, li minha própria caligrafia.

Acordei na manhã seguinte, pensando sobre essas palavras - imensamente orgulhoso de perceber que não só tinha escrito tanto ao mesmo tempo, mas tinha escrito palavras que nunca soube que existiam no mundo. Além disso, com um pouco de esforço, também pude lembrar o que muitas dessas palavras significavam. Eu revisei as palavras cujos significados não lembrava. Engraçado, da primeira página do dicionário agora, que “aardvark” [porco-formigueiro ou porco-da-terra] vem à minha mente. O dicionário tinha uma imagem dele, um mamífero africano de cauda longa e orelhas compridas, que vive de cupins capturados por esticar a língua como um tamanduá faz com as formigas.

Fiquei tão fascinado que continuei - copiei a página seguinte do dicionário. E a mesma experiência veio quando estudei isso. A cada página seguinte, também aprendi sobre pessoas, lugares e eventos da história. Na verdade, o dicionário é como uma enciclopédia em miniatura. Finalmente, a seção A do dicionário encheu um caderno inteiro - e eu fui para a seção B. Foi assim que comecei a copiar o que acabou se tornando o dicionário inteiro. Ficou muito mais rápido depois de tanta prática que me ajudou a aumentar a velocidade da escrita à mão. Entre o que escrevi no meu caderno e escrever cartas, durante o resto do meu tempo na prisão, acho que escrevi um milhão de palavras.

Suponho que fosse inevitável que, à medida que minha base de palavras se ampliava, eu pudesse pela primeira vez pegar um livro e ler e agora começar a entender o que o livro dizia. Quem já leu muito pode imaginar o novo mundo que se abriu. Deixa eu te dizer uma coisa: a partir daí até eu sair daquela prisão, em cada momento livre que eu tinha, se eu não estava lendo na biblioteca, eu estava lendo no meu beliche. Você não poderia ter me tirado dos livros com uma cunha. Entre os ensinamentos do Sr. Muhammad, minha correspondência, meus visitantes - geralmente Ella e Reginald - e minha leitura de livros, meses se passaram sem que eu sequer pensasse em estar preso. Na verdade, até então, nunca tinha sido tão verdadeiramente livre em minha vida. - Autobiografia de Malcolm X

15 livros que Malcolm X leu na prisão 

"Senhor [Elijah] Muhammad, o ensinamento de sobre como o homem branco foi criado me levou a Findings In Genetics, de Gregor Mendel. (A seção G do dicionário foi onde eu aprendi o que significa "genética".) Eu realmente estudei este livro do monge austríaco. Li várias vezes, especialmente algumas seções, me ajudou a entender que, se você começou com um homem preto, um homem branco poderia ser produzido; mas começando com um homem branco, você nunca poderia produzir um homem preto - porque o cromossomo branco é recessivo. E uma vez que ninguém contesta que houve apenas um Homem Original, a conclusão é óbvia.” -Malcolm X

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

DENNIS MORRIS :: DO REGGAE AO PUNK

Dennis Morris

Sabe esse fotógrafo acima, provavelmente você já viu (e compartilhou) fotos dele sem nem mesmo saber que ele era o responsável por aquele momento. Fãs do Reggae, Punk, Pós-Punk e Bob Marley principalmente, devem agradecer a Dennis Morris pelos registros históricos da música. Que na época não contava com cameras digitais que cabem no bolso da calça, e nem mesmo o acesso direto que existe hoje com músicos e artistas.

Dennis Morris começou precoce, com 11 anos teve uma fotografia impressa pelo Daily Mirror. Já fanatico por fotografia desde os oito anos de idade, Dennis era conhecido no seu bairro em East End como Mad Dennis, por causa de sua preferencia por fotografias de futebol. Depois de tropeçar por acaso em uma manifestação da OLP em um domingo, Dennis levou seu filme com as fotos para uma agencia na Fleet Street ,que vendeu para o Daily Mirror por 16 libras - algo em torno de R$ 68 reais nos dias de hoje. O inicio foi como o de muitos fotógrafos, realizando registros de batizados e festas de aniversario, fazendo o jovem Dennis sentir que sua paixão se tornaria se oficio, e que iria consumir boa parte do seu tempo e o faria ganhar a vida através da lente das maquinas fotográficas. 

Foi na adolescência que a carreira de Morris começou. Um dia cabulou aula para esperar Bob Marley fazer a passagem de som na casa de shows Speak Easy Club na Margaret Street. A sintonia com Marley foi tamanha, que Morris foi convidado a ser o fotografo de Bob Marley & The Wailers pelo restante da turnê. Sem duvida, Morris  correu para sua casa, fez sua mala e saiu em excursão com aquele que viria a se tornar o maior artista e músico do reggae de todos os tempos. As fotografias da turnê de Marley e os Wailers se tornaram famosas em todo o mundo, aparecendo em capas de revista como Time Out e Melody Maker antes que Dennis completasse 17 anos.

Foram as fotos que Dennis tirou de Marley que chamarão a atenção de Johnny Rotten. Rotten já era um grande fã de reggae, e já acompanhava o trabalho de Dennis, e pediu para que ele tirasse as primeiras fotografias oficiais do Sex Pistols assim que assinaram com a Virgin Records. Ainda adolescente assim como os Pistols, a banda logo aprendeu a confiar em Morris, mostrando o estilo de vida estranho e caotico da banda. Morris foi o unico fotografo a registrar a intimidade dos Sex Pistols sem qualquer censura, deixando com que o legado da banda fosse registrado com algumas centenas de fotos clássicas. A postura de Dennis e o trabalho, o fizeram ser um dos maiores fotógrafos da sua geração.

Quando os Pistols se separaram, Dennis acompanhou John Lydon e Richard Branson em férias na Jamaica. Agora, um amigo íntimo da Lydon, a dupla começou a encontrar jovens artistas de reggae para a gravadora de Branson. Com o tropeço da A&R, Dennis assumiu o cargo de Diretor de Arte na Island Records e assinou The Slits e Linton Kwesi Johnson para o selo. Ainda trabalhando com John Lydon, Dennis foi primordial na criação dos selso, logotipos e caixas de metal para o lançamento de álbuns. Sua paixão pela música levou-o a formar sua própria banda pioneira de punk preto, o Basement Five.

Os próximos anos foram preenchidos com música, quando Dennis rompeu com a função unica de fotografo, e se dedicou em gravar. Em 1984, formou o projeto de drum 'n bass Urban Shakedown, que foi recolhida por Paul Weller para ser o primeiro lançamento em seu selo Respond. Seu trabalho de hip-hop dos anos 80, Boss, foi mais tarde assinado para a Virgin Records e lançou 4 singles.

Com uma carreira de mais de 20 anos, e um curriculum que lido sabe-se Quem é Quem da música popular e da cultura, Dennis Morris continua a fotografar os principais músicos contemporâneos, como Bush, Oasis e The Prodigy. Vários livros de seu trabalho foram publicados como Bob Marley: A Rebel Life; ele realizou exposições no Reino Unido, Japão e Canadá, e suas fotografias apareceram na revistas Rolling Stone, Time, People e Sunday Times, entre outras.

Dennis Morris agora mora em Londres com sua esposa e filhos. Um fotógrafo profissional de grande consideração, ele também está envolvido com projetos para a BBC e o Canal 4 na Europa.




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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

PRÉ VENDA - FINDING JOSEPH I: THE JOURNEY FROM BAD BRAINS THROUGH MY MYSTERIOUS MIND - AN ORAL HISTORY




O homem na linha de frente e líder espiritual do Bad Brains praticamente sozinho transformou o punk em hardcore, com uma ferocidade nunca antes vista na música. Paul H. R. Hudson fez com amor e Rastafari em seu coração, além de uma esperança nunca antes encontrada dentro dos limites do mainstream do punk rock.

A jornada de Hudson foi crivada de volatilidade sem precedentes. Hudson iria ficar sumido a trabalho por meses. Havia drogas, violência, e profundas crises dolorosas com um transtorno mental, uma desordem mental debilitante tão poderosa que é difícil imaginar como ele mesmo sobreviveu.

Como poderia alguém tão tremendamente incomodado deixaria para trás esse corpo incrível de trabalho, com planos para mais, que causou tanto impacto que será sentido para o resto do tempo em si? Em "Finding Joseph I", nós descobrimos como, através das palavras de HR sob a forma de entrevistas realizadas ao longo de várias fases de sua doença e recuperação, bem como as palavras de sua família, colegas de banda do passado e do presente, os amigos, e aqueles que ele influenciou. Os entrevistados incluem membros do Bad Brains, Minor Threat, the Roots, Living Color, Deftones, 311, Fishbone, the Wailers, Cro-Mags, Dead Prez, Murphy's Law, Sublime, e muitos mais.

Paul (H.R.) Hudson é o vocalista da banda punk lendária Bad Brains e Human Rights.

Howie Abrams é co-autor de "The Merciless Book of Metal Lists " e "Misfit Summer Camp: 20 Years on the Road with the Vans Warped Tour."

James Lathos é diretor. Sua estréia documentário é "Finding Joseph I: The Story of Paul "H.R." Hudson."

Finding Joseph I: The Journey from Bad Brains Through My Mysterious Mind: An Oral History
Capa dura: 288 páginas
Editora: Lesser Gods (17 de janeiro de 2017)
Idioma: Inglês
ISBN-10: 1944713018
ISBN-13: 978-1944713010
Dimensões do produto: 15,2 x 22,9 cm
Peso do produto: 789 g




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segunda-feira, 18 de julho de 2016

LEE 'SCRATCH' PERRY: KISS ME NECK: THE SCRATCH STORY IN WORDS, PICTURES AND RECORDS - POR JEREMY COLLINGWOOD




Uma referência incrível, meticulosamente documentando a enorme produção musical da lenda pioneira do reggae, inventor do dub, colaborador de Marley, e aquele que Keith Richards chama de "O Salvador Dali da Música". Com mais de 1.000 lançamentos com o nome de Lee "Scratch" Perry, em uma forma ou outra, com uma riqueza de material para os fãs e colecionadores mergulharem dentro, e aqui é a referência essencial com um extenso e detalhado guia, fortemente ilustrado com os registros produzidos por Perry e os que vieram de seu lendário Black Ark Studio. 

Inovador, gênio, pensador a frente e precursor, há poucos indivíduos que têm estampadas tão originais e uma pegada sobre o cenário musical como Lee "Scratch" Perry, também conhecido como o Upsetter aka Pipecock Jackxon. Imediatamente reconhecível, a aparência tanto quanto a abordagem musical, ele se tornou uma lenda em sua própria vida e ganhou um alarmante número de admiradores internacionais. Seu currículo é incomparável no mundo do reggae e dub; dois gêneros que ele ajudou a criar e definir desde os anos 1950. Perry é um clássico não-ortodoxo que ajudou a criar o cenário musical de hoje, empurrando a si mesmo, e a tecnologia de estúdio, ao ponto de destruição.

REVIEW DO FYADUB

Se você você me perguntar, como um livro a respeito da obra de um músico deve ser, eu diria que Jeremy Collingwood conseguiu fazer o que eu espero. O livro é recheado de fotografias, a discografia catalogada no livro é absurda. Eu diria para não adquirir o livro buscando algo biográfico ou um texto cheio de detalhes, o foco do livro é realmente a obra musical de Lee Perry.

Existem alguns pontos que deveriam ser observados, e ultimamente ando implicando (um pouco) em diversos livros. A qualidade da impressão, alinhamento e diagramação das fotos junto aos textos. Apesar do conteúdo fotográfico do livro ser extremamente vasto, é fácil enxergar que as fotos deveriam ser de um tamanho menor para preservar a qualidade delas, e o alinhamento com o texto. Visualmente aparenta ter sido feito um download do google de diversas fotografias, não é um problema, mas a resolução fica ruim em diversas fotos.

Sobre Perry, são direcionados textos não muito extensos, e observações sobre cada fase da carreira, junto aos selos e títulos. Os textos são bem escritos, e não cansam muito. Mas ressaltando, não é um livro biográfico, é uma discografia impressa, e talvez seja a obra mais dedicada a isso que tenha visto. 

Em relação as informações, é sempre indicado ter duas ou mais fontes. As histórias contadas, em alguns momentos divergem de outros artigos, mas se tratando de Lee Perry, eu acredito em tudo que contam.

O livro realmente vale a pena, somente a nota não é maior por detalhes internos de qualidade fotográfica e diagramação. 


Por último, além de Lee Perry, é possível encontrar o trabalho de outros grandes produtores de reggae e dub na Jamaica, principalmente nos anos 70 onde o gênero predominou nas produções de reggae. Dos poucos livros acima de R$ 100,00 que valem realmente o investimento, e não vai servir como enfeite de mesa de centro.


Lee 'Scratch' Perry: Kiss Me Neck: The Scratch Story in Words, Pictures and Records
Capa comum: 294 páginas
Editora: Cherry Red Books (1 de abril de 2011)
Idioma: Inglês
ISBN-10: 1901447960
ISBN-13: 978-1901447965
Dimensões do produto: 15,2 x 1,5 x 24,1 cm
Peso do produto: 662 g
Avaliação:



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sexta-feira, 10 de junho de 2016

CARIBBEAN POPULAR MUSIC: AN ENCYCLOPEDIA OF REGGAE, MENTO, SKA, ROCK STEADY AND DANCEHALL - DAVID V. MOSKOVITZ





A música reggae é mais do que apenas bandas com tambores de aço em praias de areia branca. Sua história é rica em cultura e evolução, ajudando a contar a história do passado da Jamaica. Devido à sua profundidade e ampla cobertura, este livro é o mais completo e atualizada enciclopédia sobre a música reggae, mento, ska, rocksteady, dancehall no mercado hoje. Ideal para os amantes de reggae e estudantes universitários que estudam música, esta enciclopédia é abrangente para estudantes do ensino médio e estudantes não-músicais também. De Bob Marley para Wayne Wonder, é fácil de usar enciclopédia que contém mais de 700 entradas. Índices em ambas as partes frontal e traseira do livro tornam a navegação através de entradas extremamente fácil e amigável.

Entradas cobrem cantores e compositores, produtores, gravadoras, e diferentes estilos de música que evoluíram a partir de reggae. Moskowitz realmente capta a história e a evolução da música jamaicana nesta extensa enciclopédia, iluminando o tempo todo, enquanto a torna acessível tanto para alta estudantes universitários e estudantes colegiais.

O autor David V. Moskowitz é Professor Assistente de Musicologia da Universidade da Dakota do Sul.


REVIEW DO FYADUB:

Realmente livro entrega a proposta de enciclopédia no índice, e aparentemente é dedicado a bibliotecas e fica muito bem sendo exibido na estante. O acabamento externo do livro de capa dura é realmente requintado, internamente não tem absolutamente nada demais, com um texto com letras de tamanho médio e fotos em preto e branco. Pelo preço valeria ao menos ter um papel de melhor qualidade - fotográfico por exemplo, mas ainda assim continuaria muito caro para um livro que fala de música popular do terceiro mundo.

Toda a parte textual do livro é divido em ordem alfabética, citações em negrito para assuntos abordados, em mais de um texto. E tem entradas para localizar o conteúdo tanto no inicio quanto no final do livro - quase que desnecessário, mas já que está lá… use. Os textos usam uma linguagem didática, ou seja, se você já conhece sobre reggae, rocksteady, ska e mesmo que seu conhecimento seja superficial, é provável que se sinta em alguns momentos lendo algum texto do wikipedia. Existem algumas informações que precisam de uma ou outra pesquisa mais aprofundada, relacionadas a quem produziu o que, quem e quando.

O livro traz tanto sub-gêneros do reggae (ska, rocksteady, niyabingui, etc), assim como bandas, músicos, vocalistas, selos, alguns sound systems, seletores e dj's em quase 700 entradas para localizar no decorrer de pouca mais de 350 páginas. Realmente o livro tem uma extensão curta e os textos não ultrapassam 700 palavras. Alguns citados no livro tem mais espaço, outros incrivelmente tem as vezes um parágrafo de 6 ou 7 linhas.

Impressionantemente é a abordagem padronizada do livro; nome de batismo, data de nascimento, quando começou, com quem o músico/artista trabalhou durante sua carreira, etc. Mas em contrapartida, alguns citados como Coxsone Dodd, Lee Perry, Jah Shaka ou King Jammy tem um espaço extremamente pequeno perto da obra que cada um realizou. Talvez o maior espaço dado em todo o livro, seja dado a Bob Marley, mas notáveis contemporâneos da música reggae/dancehall como Sean Paul passa batido no livro.

O livro deixa a desejar em alguns aspectos políticos e outros personagens chaves para o desenvolvimento da música (principalmente na Jamaica). Você não vai encontrar nada diretamente relacionado por exemplo a Marcus Garvey e Haile Selassie diretamente, talvez alguma citação que passe despercebida sem a devida atenção.

Se for comparar com outros livros como clássicos como Solid Foundation: An Oral History of Reggae de David Katz, ou Bass Culture: When Reggae Was King de Loyd Bradley a enciclopédia de David V. Moskovitz perde por não ter tantas citações de singles e álbuns, esses em todos os textos são subjetivos e alguns momentos nem mesmo são citados como obras dos músicos. Prevalece realmente a ideia de entradas biográficas de cada citação no livro.

Ainda vale a pena para ter a edição em uma mesa de centro na sala, para dar uma folheada tomando um chá. Mas se for para fazer alguma consulta para algum texto ou trabalho relacionado com a música do Caribe - pelo título o livro se propõe a ser uma enciclopédia, você vai precisar de mais alguns livros e informações.

Vale a pena ter, mas quando estiver num preço mais acessível. Realmente mais de R$ 450,00 pela compilação de biografias de Moskovitz é um preço alto pelo conteúdo oferecido, mas para uma pesquisa ocasional faz o seu papel direitinho.


Caribbean Popular Music: An Encyclopedia of Reggae, Mento, Ska, Rock Steady, and Dancehall
Capa dura: 345 páginas
Editora: Greenwood Press (1 de novembro de 2005)
Idioma: Inglês
ISBN-10: 0313331588
ISBN-13: 978-0313331589
Dimensões do produto: 17,8 x 2,2 x 25,4 cm
Peso do produto: 898 g







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