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quarta-feira, 20 de abril de 2011

FREE DOWNLOAD - MISTER BOMBA DE PONTA A PONTA + ENTREVISTA




Depois de alguns anos de estrada ao lado do SP Funk, Mr. Bomba lança seu primeiro disco solo, intitulado "De Ponta a Ponta". O CD, com direções para o rap radiofônico, foi produzido por ele e está encartado na revista Soma 21, em parceria com a Matilha Cultural. Se você ainda não pegou a sua, mas tá curioso, pode baixar o discão aqui.

Na sequência, leia a entrevista com Mr. Bomba abaixo. E clique aqui para fazer o download do disco. 



O Tranco do Mr. Bomba


Por André Maleronka . Fotos por Fernando Martins Ferreira

Mr. Bomba está lançando um primeiro disco solo cheio de direções para o rap radiofônico. E isso faz todo o sentido: o SP Funk, grupo do qual veio, sempre teve um olho nas novidades e outro nos bailes, e conseguiu aliar formatos inovadores e penetração no circuito do rap brasileiro. Neste bate-papo com a SOMA, ele fala sobre o início de sua carreira, sobre a situação atual da cena do hip-hop nacional e sobre as perspectivas e possibilidades do gênero no Brasil.



Quando escutei a primeira demo do SP Funk, já era um som diferente. Era descontraído, de baile.


É quente. Fomos os primeiros. O Zé Gonzales falou isso pra mim esses dias, que o SP Funk foi o primeiro [grupo] a fazer música de pista. E desde o começo a gente tinha preocupação com flow, letras com mais assuntos, estudar antes de falar, usar comparativos. Fomos os primeiros, os mais arrojados.



E como você começou a produzir?


Logo no primeiro [disco] do SP Funk. A primeira música que gravamos foi com o João Marcelo Bôscoli. A Trama nem existia, era pra uma coletânea da [gravadora] Velas. Então na primeira vez que entrei no estúdio foi um puta estúdio. Isso foi lá atrás, eu, o [Tio] Fresh e o Primo [Preto, então MC do grupo] no tempo do [baile] Sub Club. O MRN foi o primeiro grupo com qual nos coligamos, eram nossos aliados. O Fresh era do MRN, que tinha contrato com a [gravadora] Zimbabwe, com o Edu K produzindo - depois do Pivete e do Racionais, era o mais avançado que estava se produzindo no rap da época. Eu já tinha visto samplers em fotos. Fazia uma ideia do funcionamento do negócio. MPC vi pela primeira vez com o Nuts ou o Zé [Gonzales]. Era como eu pensei, o jeito que funcionava. Em 99 catei e aprendi sozinho. Quando tinha dúvidas dava uma ligada pro Zé. Fiz o disco do SP Funk assim. Antes a gente fez um contrato com o DJ Hum pra coletânea Rima Forte, [na qual] entrou nossa música "Fúria de Titãs". Quem se destacasse ganhava um disco inteiro. Fomos nós. E eu achava que a gente tinha que ter a nossa cara de produção. Hoje esse é um lado que curto muito e quero trabalhar. E em qualquer estilo - agora teve uma música minha que foi pro Exaltasamba.



"Eu não tenho preconceito na música. Não quero nenhum limite. Quero fazer música boa, que chacoalha. Músicas fáceis de cantar, mas inteligentes, com letra boa."


Da hora.

É uma música minha com o Oscar, que era do Broz. Ninguém queria trabalhar com o moleque do Broz, aí passaram pra mim. Eu faço. Lógico, o moleque canta pra caralho! Eu sei qual é a do Broz. Se fosse outro cara do Broz eu não fazia, mas como era aquele que vi cantando na TV e falei "Ó que zica esse moleque". Cantando R&B não tem, nunca vi assim no Brasil. Eu não tenho preconceito na música. Não quero nenhum limite. Quero fazer música boa, que chacoalha. Músicas fáceis de cantar, mas inteligentes, com letra boa.

Depois dos discos do SP Funk você fez aquela batida do som do D2 com o Catra.

É, eram alguns samples e um beat. Ele retocou o sample com o Caldato produzindo. É igualzinha, os breaks, a ponte. E eu nem sabia que ia ter o Catra. A parte dele é só uma ponte, e aquela base... Ele ia comer aquela base. Podia fazer um remix, comigo, com ele e o D2. Na minha versão da batida, ia ficar doido.

Hoje o rap tá com um nível bom, várias pessoas fazendo bem várias coisas diferentes.

No rap agora, ou você é bom ou nem faz, tá ligado? Imagina o Sabotage hoje em dia. Ele era o cara, mas vou te falar que agora tá nascendo uma safra boa. Mas ele era o cara, "number one". De flow, de tudo, de conceito. Ele ia ser rap até os 50 anos. Tinham que fazer um filme da história dele. Se fizerem direitinho, a hora que sair é estouro. E hoje tem vários caras. O Criolo [Doido] é fodido, tá no meu disco. Agora, essas tretas de Cabal e Emicida, isso é uma merda. O Cabal é foda. Sempre acreditei nele, mas às vezes a gente tem que pensar direitinho no que vai fazer.

Tem que entender melhor o Brasil.

Tem que entender melhor o Brasil, exatamente. É outro ritmo. Tem outros jeitos de fazer a mesma coisa. Essas musiquinhas... Música de picuinha não é música de carreira, tio. Você não vai ser lembrado por isso. A "Hit ‘Em Up" do Tupac não é a música pela qual ele ficou conhecido. Você tem sempre que estar atrás da música que vai te fazer ser reconhecido.



E teu disco vem como?


O disco não é todo dançante, tem minhas viagens de base, o que eu gosto de fazer. Chama Mr. Bomba De Ponta A Ponta, porque sou eu que tô fazendo tudo. Fiz várias músicas, várias produções, pra chegar até as que vão pro disco. Várias ficaram de fora. Quando eu lançar tem amigos que vão falar: "Cê é louco!".

"Eu tenho carimbo do funk. Já fiz vários bailes funk, e eu era o único de rap. As bases são tudo meio no tranco: catei a batida do crunk, do dirty south, e coloquei os timbres de funk, no ritmo do rap. Por isso deve ter dado algum estalo nos DJs de funk, que começaram a tocar."



Tem a "Biriri", que é foda.


Um amigo meu tinha acabado de cumprir uma sentença de um ano e dois meses. Aí ele veio com umas gírias novas. Quando escutei essa falei "Biriri? Isso é rap, e do mais cabuloso". Fiz a música, fui feliz no refrão, nas ideias. E quem abraçou o foi o gueto, o submundo. A molecada começou a fazer vídeos e postar no YouTube. Já viu que tem três nego veio? Aí chega tipo uma tia, ela tá filmando, é um Natal, deve ser 2007. Foi no final de 2007 que lancei e estourou - foi só dar na mão de dois DJs "xis", do gueto mesmo, que tocam no centro pra toda galera do gueto que vem curtir rap e funk. Daí que meu rap tocou no funk, é o único que tocou - eu tenho carimbo do funk. Já fiz vários bailes funk, e eu era o único de rap. Faz o "Biriri", faz mais duas - vai mudando de acordo com a aceitação. Tem músicas estilo "Biriri", que é o "tranco". Botei esse nome porque as bases são tudo meio no tranco: catei a batida do crunk, do dirty south e coloquei os timbres de funk, no ritmo do rap - ninguém sabe de onde vieram aquelas percussões, mas é isso. Por isso deve ter dado algum estalo nos DJs de funk, que começaram a tocar. Tem três ou quatro com essas batidas. Tem umas duas lentas, lentas mesmo. Não sei se vai encaixar na pista, mas acho que são minhas preferidas atualmente, uns balanços nervosos. A "Gênesis", que abre o disco, é estilo SP Funk - é o que a gente vai fazer, ano que vem vamos nos juntar, lançar disco ou mixtape e marcar datas. 



"Pique Meninão", a música do DJ QAP com o Maionese (ambos membros do SP Funk) e mais outro MC é nesse pique "tranco" e é foda também.


É foda pra caralho. Esse estilo aí, no baile vai que nem uma luva. Tava trocando ideia com o D2. Ele disse que tava tentando escrever letra pra passar batido, pra nego se ligar mais na música. Música pra dar certo no baile tem que passar batido. Não é pra escrever um livro ou uma tese sobre um tema. Pra mim tem que ser singelo o bagulho - se você consegue fazer um som como o "Biriri", que pode ser pra criança, pra adulto, pra sacanagem, pra ladrão, é isso. Eu falei pros caras quando eles estavam fazendo "Pique Meninão": "Porra, vocês tão esculachando". Mas deu certo, os caras ouvem. Em baile de ladrão tem uns caras que se mordem, dá pra perceber os caras incomodados, mas toca muito.



Com tanta gente boa fazendo rap e o funk dominando São Paulo, o que você vê de perspectiva?


Agora quero ver como vai ser essa retomada. Porque pra mim é dividir espaço, fazer show junto. Funk é hip-hop. É conseguir espaço pra todo mundo. Conseguir que o fã do Emicida escute e goste do Menor do Chapa. Se a gente conseguir isso, aí vai ser da hora, aí o rap vai tomar mesmo. Na marra, separado, não vai. Porque o espaço do funk é muito grande, inclui samba, axé - é mais festeiro, e o Brasil é festeiro. Aí entra aquela discussão do que é intelectual e o que é brega, povão. É foda, tem uma barreira fodida, é pouca gente que não torce o nariz. Na mídia prevalece quem tem um lance mais intelectualizado, não quem tem um lance mais povão, como o Catra, que conseguiu, como Calipso, que conseguiu. Eu sou fã de tecnobrega, de funk, e o rap tem muito que aprender com esses caras. Alguém vai ter esse estalo - porque os caras colocam uns raps, mas são uns raps toscos, mas se fizesse uma fusão com os caras... Se eu tivesse baile hoje, tinha tecnobrega, funk e rap numa mesma noite, só pra neguinho começar a olhar pra isso aí. É tudo gueto, música do gueto.



Saiba mais:



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

MISTER BOMBA - DE PONTA A PONTA

Nascido em 1976 e criado no centro de São Paulo, viveu sua adolescência pelas ruas da Capital, atingindo todos os pontos da cidade com seu skate, durante o final dos anos 80 presenciou o nascimento da cultura Hip Hop.

Nesta epoca, como um bom aluno, que nunca foi na escola, dedicava seu tempo a gravar os programas de radio em fitas K7, sedento por informação, tirou diploma na faculdade da galeria e nos bailes da Black Mad, Chic Show e Kaskatas, as mais respeitadas faculdades do Rap no Brasil, com os professores Eric B & Rakim, Pubic Enemy, Kool G Rap, Biz Markie, N.W.A.,EPMD, Pete Rock, Nas, Jay Z, Wu Tang, Thaíde, Pepeu, Racionais.

Uma vez formado na arte do Hip-Hop e, já atuante no mercado, viveu o boom do Rap no brasil no final dos anos 90 e começo dos 2000, quando a venda de CDs era maior e se reuniam até 15 mil pessoas nos eventos.

Como MC e produtor, do SP FUNK grupo que fundou em 1995 com Primo Preto, lançou em 2001 o celebrado CD: “O Lado B do Hip Hop” no qual também participaram Thaíde, DJ Hum, Záfrica Brasil, Bukassa, RZO e estrelava Sabotage na sua primeira gravação em CD. E em 2005 , dando continuidade ao projeto do grupo lancou o Album “Tá Pra Nóiz” que teve a participação de grandes nomes do genero como Negra Li, Mr. Catra e Lino Crizz.

Viajou pelo Brasil ao lado dos maiores artistas da categoria como: Racionais, Planet Hemp ,Snoop Dogg e Ja Rule tento realizado com estes, o evento Skol Hip Hop Manifesta que juntou mais de 70 mil pessoas no Riocentro e foi o único evento de Rap com patrocínio de uma grande marca. Participou, entre outros, dos CD’s:” Brooklyn Sul” do Sabotage, “Enemy of the Enemy” do Asian Dub Foudation.

Sua carreira como produtor começou quando sentiu necessidade de concretizar o som que estava em sua cabeça. Produziu os dois CD’s do SP Funk que juntos venderam mais de 30 mil cópias, “Prova Cabal” o disco de estréia do rapper Cabal para Universal Music Brasil, em 2005. E o single: “Gueto”, de Marcelo D2 em 2006.

Ainda em 2006, adquiriu sua pós graduação, ao lado de Cabal, P.Rima e o Produtor norte americano Disco D – R.I.P. - (que produziu entre outros 50Cent , Nina Sky) fundou o primeiro grupo de Rap bilíngüe do país: O Braza. Criando um novo dialeto o “portuglish” chamando a atenção de muita gente durante a sua primeira turnê nos E.U.A. onde tocaram junto com 2 Live Crew e Arthur Baker em Miami e no lendário S.O.B’s em Nova York e São Fransisco. O grupo gravou em Los Angeles uma participação no CD “The Return of The Gangsta”, do rapper Collio, com a faixa “Drop Something”.

O grupo também licenciou a musica “Son do Braza” para a trilha do game NBA 07 e para o programa “The Duel: Real World / Road Rules Challenge”da MTV norte Americana.

Agora vive a expectativa do lancamento do aguardado CD "De Ponta a Ponta" fruto de um trabalho de 3 anos, seu primeiro trabalho solo que conta com o grande hit Biriri, o hino do celular, que com a ajuda de praticamente todos os DJs de Hip Hop se tornou febre nas ruas e clubes de todo pais, sendo, um dos únicos sons de Rap que toca em Baile Funk e foi responsável por uma inusitada fusao, fazendo dancarem juntos as maiores comunidades perifericas do Brasil até as mais requintadas casas noturnas dos grandes centros como o Royal e Heaven em Sao Paulo, os hits nao param por aí e Mr. BOMBA continua botando muita gente pra dançar e curtir Brasil afora inclusive nas pistas da Europa (Favela Chic) e Estados Unidos, consolidando ainda mais sua forca e imagem como um dos expoentes da cultura.




sexta-feira, 26 de março de 2010

MIXTAPE MATILHA – DA RUA PRA RUA, UM SÓ AMOR


De tempos em tempos surge algo que faz a forma de ouvir e ver a música de outra forma. De 2000 em diante o reggae e o dub teve um novo formato em SP e outros estados do Brasil, foi a forma de rever o conceito do que era reggae, antes apresentado por algumas poucas bandas com notoriedade na radio e TV.

A partir do século XXI, com o surgimento de festas e sistemas de som no Brasil dedicados ao reggae, a participação do Hip Hop brasileiro foi primordial para o crescimento de todo um movimento que hoje, está do Sul ao extremo Norte do Brasil.

Em fevereiro de 2010, o Centro Cultural Matilha interviu de forma extrema, expondo todo um movimento a uma nova experiência, misturar grandes mc’s e dj’s do Hip Hop paulista junto ao reggae, dancehall e o dubstep.

A produção musical ficou a cargo do pioneiro MC Zulu um dos primeiros mc’s paulistas a trabalhar em sistemas de som, RAS Wellington seletor, pesquisador de reggae e vertentes há 20 anos, Gustah, produtor e integrante do coletivo Eco Sound System e Alexandre Basa um dos mais renomados produtores da nova geração. A mixagem ficou por conta dos dj’s Tano (Z’Africa Brasil) três vezes campeão do Hip Hop DJ (SP), DJ Dan Dan e DJ Wojtila.

As rimas ficaram a cargo de Sandrão, fundador do RZO – um dos mais importantes grupos de Hip Hop de São Paulo, VA atual parceiro de Sandrão. Criolo Doido, fundador da Rinha dos MC’s, uma das principais festas de Hip Hop de São Paulo hoje em dia, Mister Bomba, integrante do grupo SPFunk mc e produtor do calibre de produzir com Asian Dub Foundation e Marcelo D2, Dada Youte, uma das mais vozes mais vibrantes e melódicas da nova geração do reggae brasileiro. Sombra (ex-SNJ) com um dos vocais mais versáteis e originais do Brasil quando se fala de Hip Hop, e por último um dos primeiros MC’s de Hip Hop a se especializar investindo tempo e talento no dancehall e ragga brasileiro, trazendo originalidade e estilo próprio na musicalidade preta brasileira.

No dia 06 de Março o lançamento da Mixtape Matilha agitou o centro cultural, trazendo uma nova forma de informar e conscientizar sobre a preservação do nosso planeta, falar sobre o papel do homem na sociedade e como ele poder mudar seu próprio meio ambiente, a vida, a rua e a forma como podemos interagir com todos os 4 elementos.

A revolução não vai ser televisionada (Gil Scott-Heron).... Ela vai ser feita dentro de nossas casas (RAS Wellington)



http://www.myspace.com/matilhamixtape

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