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domingo, 11 de junho de 2017

O EX-MINISTRO DA INFORMAÇÃO DA ZULU NATION GRANDMASTER TC IZLAM MORREU EM ATLANTA


Tony Bell aka TC Izlam

O ex-ministro da Informação do Zulu Nation, o Grandmaster TC Izlam (nome real Tony Bell), foi morto em Atlanta, de acordo com o promotor de hip hop da Cidade de Nova York Van Silk e DJ Kevie Kev Rockwell. Através de lágrimas incontroláveis, Kevie Kev chamou Silk para o final de uma de suas postagens atualizadas da Facebook Live para contar-lhe a trágica notícia.



"Eles mataram TC Izlam, cara", Rockwell pode ser ouvido dizendo no vídeo. "Eles o pegaram. Eles mataram meu homem."
TC Izlam, que criou o subconjunto "Hip-Step" do Hip Hop, foi considerado um "irmãozinho" para inúmeros pioneiros da cultura, incluindo Kurtis Blow, Grand Mixer DXT, Kool Kyle e Kevie Kev, que todos falaram com HipHopDX juntos Em uma teleconferência. Enquanto DJ Kool Red Alert estava presente para o telefonema com DX, ele não conseguiu reunir seus pensamentos sobre a passagem de TC, porque ele estava com choque. DXT reuniu algumas palavras para compartilhar sobre seu amigo tardio.

"TC era e é um dos jovens que surgiu entre nós e que era professor", disse DXT à DX. "Ele era um jovem bem educado e suas ambições de liderar e ensinar eram profundas. Nós não sabemos quais são as circunstâncias e onde, mas sabemos que o nosso irmão vai fazer falta na comunidade. Ele teve uma riqueza de conhecimento através de sua pesquisa, e estudou para compartilhar, na medida em que na comunidade pessoas edificantes se movem em uma direção mais positiva, apesar da disseminação organizada e sistêmica de comportamento destrutivo em nossa comunidade.
Ele é uma dessas pessoas que superou os males que afetaram a nossa comunidade, e optou por assumir a posição de ser um porta-voz em nome do movimento que chamamos de Hip Hop", continuou ele. "Ele tentaria educar as pessoas sobre os valores que temos que manter, para não perder o aspecto cultural do que estamos tentando construir. Ele estava tentando o seu melhor para entender o que realmente está acontecendo conosco em nosso desejo de nos expressar através do meio que chamamos de Hip Hop".

Ao lado de Grandwizard Theodore, Kevie Kev não só se sentiu atraído pelo talento de TC no microfone, mas também pela profundidade do conhecimento.

"Ele foi extremamente poderoso, especialmente com a nossa juventude", disse Kevie Kev. "Ele levaria aqueles que faziam coisas ruins e educá-los mentalmente, para que ele mudasse a vida das crianças com com sabedoria e conhecimento. Muitas pessoas olham o TC como um dos grandes MCs de sua era do Hip Hop. Ele era bom, mas as pessoas freqüentemente negligenciavam seu enorme intelecto. Ele era um dos cavalheiros mais inteligentes que conheci. Ele poderia decifrar tudo para você e estar correto. Ele compartilhou sua sabedoria com todos. Grandwizard Theodore e eu o trouxemos - não pessoas ao seu redor - no meio das atenções, porque gostamos da forma como ele balançava o microfone, mas também por causa do quão inteligente ele era".

O mencionado ilustre do Hip Hop, Kurtis Blow, fez um álbum com TC chamado Tricka Technology enquanto trabalhava com DJ Krafty Kuts e A. Skillz, e consequentemente passou quase dois meses com ele em uma extensa turnê européia. Os dois ficaram extremamente próximos durante esse período.

"Quando nos conhecemos, eu estava fazendo um álbum e acabamos gravando um juntos", disse Blow. "Passamos muito tempo juntos em turnê. Para vê-lo no palco, ele chocou e me surpreendeu como uma verdadeira força legítima. Ele não era apenas um MC. Esse cara era muito bom. Ele era magistral e incrível. Para ouvi-lo ao vivo, ele me chocou com suas habilidades. Nunca esquecerei os tempos que tivemos juntos. Nós fomos uma dupla incrível no palco. Ele me fez amar Hip Hop. Eu sabia que havia outras pessoas que adoravam tanto quanto eu fiz e fazia. Ele era um deles. Ele tinha muito talento e energia criativa. Ele era um espírito real. Ele teve seu próprio som. Essa coisa de bateria e baixo que ele estava fazendo [Hip-Step] - ele foi um dos pioneiros disso. Meu chapéu vai para ele. Ele é uma lenda por direito próprio, vamos sentir sua falta. Descanse em paz."

Kool Kyle The Starchild é outro artista pioneiro do Bronx Hip Hop conhecido pela música de 1980 "Do You Like That Funky Beat" e compartilhou sentimentos semelhantes sobre TC;

"TC era um irmão muito sábio no seu tempo", disse Kyle. "Nós conversamos sobre muitas coisas pessoais além de MCing. Nós fizemos coisas juntas no microfone, mas durante nossas conversas pessoais, compartilhamos conhecimento, o que estava acontecendo na cultura e o que tínhamos que fazer para nos apoiar. Ele era muito inteligente sobre o que devíamos fazer para cuidar um do outro. Ele se destacou nesse nível. Ele era um grande MC, mas o que se destacava para mim era poder analisar onde ficamos como MCs e pioneiros. Como MCs que não alcançaram um determinado nível de mercado, ele sabia o que poderíamos fazer para ser reconhecidos".

Enquanto os detalhes em torno de sua morte súbita ainda não estão disponíveis, a forma como os pioneiros da cultura Hip Hop se juntaram tão rapidamente para lembrar de TC. DXT ficou admirado de que ele conhecesse o TC como líder da comunidade mais do que um MC.

"Esta é a primeira vez que estou realmente ouvindo sobre ele como MC", disse DXT. "Eu estava nutrindo-o como líder da comunidade. O tempo que passei com ele era apenas sendo um orador público e dirigia energia para a nossa juventude. Esse era o meu relacionamento. Quando ele era o porta-voz nacional da Nação Zulu, senti que precisava ajudá-lo a assumir essa posição e mantê-la em condições sólidas, como pessoa nacional em vez de regional. Eu acho muito interessante que eu o conheça mais do que todos no telefone agora, mas nunca o envolvi em música. Ele surgiu com seu próprio gênero 'Hip-Step' do Hip Hop e agora é tudo em todo o mundo. Esse foi o movimento dele ".

Por Kyle Eustice - Artigo original publicado @ http://hiphopdx.com/news/id.43742/title.former-zulu-nation-minister-of-information-grandmaster-t-c-izlam-killed-in-atlanta


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segunda-feira, 29 de março de 2010

RAPPER SPEEDFREAKS É ASSASSINADO EM NITERÓI

Ainda é um mistério a morte do rapper Cláudio Márcio de Souza Santos, de 37 anos, atingido por tiros, na madrugada da última sexta-feira (26), na favela do Sabão, em São Lourenço, Niterói. Um dos precursores do rap em Niterói, Speedfreaks, como era conhecido no meio artístico, traçou importante carreira musical. Cantor e compositor, integrou a banda Planet Hemp, ao lado de Marcelo D2, além de emplacar músicas dentro e fora do país. Ao se destacar no início dos anos 90, influenciou diversos artistas de Niterói e São Gonçalo, além de gravar com Fernanda Abreu e ter um hit mixado pelo DJ internacional Fat Boy Slim.

Parecendo prever a tragédia que tiraria sua vida, Speedfreaks já vinha falando sobre morte há algum tempo. “Ele não tinha medo de morrer. Costumava dizer que morreria um dia e não se preocupava com isso. Tinha a mente muito aberta e sabia lidar com as palavras. Acho que a justiça tem que ser feita. Somente depois que os assassinos dele forem identificados e presos dormirei em paz”, disse Alexandre F. de Oliveira, conhecido como MC Tigrão, amigo e parceiro de palco de Speed.
“Tocaríamos hoje (ontem) em Copacabana. Quando liguei cancelando o show, o pessoal da casa não acreditou no assassinato e disse que já tinham vendido cerca de 400 ingressos antecipados”, comentou Tigrão, que esteve com o músico horas antes do crime. “Estávamos na Praça da Cantareira conversando. Chamei para ir embora, mas ele preferiu ficar”, afirmou o amigo.

Speedfreaks e outro homem, identificado como Luciano da Silva, morador da Rua Riodades, no Fonseca, foram mortos com diversos tiros, por volta das 3h30, na favela do Sabão, próxima ao centro de Niterói. Os corpos foram jogados em um valão que corta a comunidade, na Rua Capitão Evangelista, mas ainda não é certo afirmar que os dois teriam chegado juntos ao local.

Policiais da 76ª DP (Centro), onde o caso foi registrado, darão início às investigações amanhã, para levantar o motivo e os autores do crime. Existe a suspeita de que o músico tenha sido morto como queima de arquivo.
“Ele fez jus ao apelido Speed (rápido, em português). Viveu intensamente e influenciou o desenvolvimento do rapper em Niterói”, definiu o músico, jornalista e amigo André Mansur.

Em 14 anos de carreira, Speedfreaks gravou sete álbuns, seis coletâneas e outros sete vídeos. Um de seus trabalhos, batizado como “Quem que caguetou?”, assinado por ele e Gustavo Black Alien, chegou a ser tema de um comercial da montadora Nissan, na Europa, onde o título foi adaptado para “Follow me” (siga-me).

Enterro - Além da família, que preferiu não se pronunciar, amigos compareceram ao sepultamento, ontem, como B. Negão e Gustavo Black Alien, ambos ex-vocalistas da extinta banda Planet Hemp, sucesso nos anos 90. B. Negão carregou o caixão até a gaveta 2455, onde Speed foi enterrado no cemitério do Maruí. Ele deixou uma filha de seis anos.


Parceiro de Marcelo D2

“Ele era um cara muito bom, não merecia morrer desse jeito”, desabafou o rapper Marcelo D2, amigo de Speedfreaks há mais de 25 anos. De acordo com D2, foi Speed quem o incentivou a seguir carreira. No primeiro CD do Planet Hemp (Usuário), Speed era integrante da banda.

Atualmente, Speedfreaks estava divulgando novos trabalhos, como a música “São Gonçalo x Niterói”, que já alcançou mais de 10 mil acessos no Youtube e chegou à Europa. Outra canção que segue o mesmo caminho é “Trocando ideia”.
“O rap dele era livre. Uma mente brilhante”, afirmou o rapper Gilber T. “O cara só trazia coisas boas e sempre se preocupou em agir corretamente com as pessoas”, destacou o amigo Ronaldo Campos.

Além dos shows com o Planet, no início dos anos 90, Speed também gravou CD solo de Marcelo D2, com a música “Império Contra-Ataca” e no trabalho batizado como “Rude Boy Style” (2001).

No mesmo ano, Speed lançou o CD “Expresso”, com participações do rapper paulista Rappin Hood, que ligou na manhã de ontem para prestar sua solidariedade, e o cantor Otto.

Segundo o próprio rapper, suas letras refletem humor negro e agregam histórias colhidas em sua vida. Na carreira, Speed teve trabalhos aclamados pela crítica nacional e internacional.


'Speed não merecia ter morrido desse jeito', diz Marcelo D2
Rapper foi encontrado morto em Niterói na madrugada desta sexta (26/03/2010).
'Ele era um cara muito intenso, me incentivou a cantar', lembra D2.
Amauri Stamboroski Jr.

"Ele era um cara muito bom, não merecia morrer desse jeito", desabafa Marcelo D2 sobre o amigo Cláudio Márcio de Souza Santos, o rapper Speed, que foi encontrado morto na madrugada desta sexta (26), no bairro de São Lourenço, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Segundo a polícia, o corpo de Speed e mais uma pessoa foram encontrados com marcas de tiros em um valão da Rua Capitão Evangelista.

"Conheço ele há 25 anos, nem lembro como foi que a gente se conheceu. Ele era um cara muito intenso, e me incentivou muito a começar a cantar", recorda D2 em entrevista por telefone ao G1.

Abalado com a morte do amigo, ele lamenta por não poder comparecer ao enterro, às 15h deste sábado (27). "Estou preso no aeroporto de Salvador, só chego no Rio às 17h, queria muito ir ao enterro".

D2 tem uma apresentação marcada para este sábado no Citibank Hall, no Rio, e diz que deve homenagear Speed. "´P*, não é um bom momento para fazer um show", desabafa.

'Cara de artista'
O rapper gravou faixas com Speed em seu trabalho solo, incluindo uma inédita que ficou de fora de seu último álbum, "A arte do barulho", de 2008. Apesar do clima de luto, D2 lembra de bons momentos ao lado do amigo.

"Quando a gente estava começando, não tinha grana, queríamos entrar em uma festa de graça. Ele chegou pra mim e disse 'me imita que a gente entra. Enche o peito e faz cara de artista que a gente passa'. Deu certo. Até hoje a gente fazia essa brincadeira um com o outro: 'Faz cara de artista!'", recorda.

Outros colegas do rapper, como o paulsitano Kamau, também lembraram da importância de Speed. "Ele foi um pé na porta, trouxe uma nova linguagem para o rap. Ele tinha muita coisa para contar. Com certeza serviu como referência".

Daniel Ganjaman, produtor musical e membro do coletivo Instituto, conta que Speed foi importante na história do rap brasileiro. "[A morte foi] lamentável, inacreditável. Acho ele um dos caras que tinha as letras mais inteligentes do rap no Brasil, ao lado do Black Alien. A parceria dos dois foi histórica. Na época que eles apareceram, há dez, quinze anos atrás, não tinha nada de parecido. Se você ouvir até hoje, é algum incrivelmente atual. Além disso ele era um grande músico, baixista fenomenal, um autodidata".


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