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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

O QUE É UMA FITA MASTER, AFINAL? CHAD KASSEM, DA ACOUSTIC SOUNDS EXPLICA!



Você provavelmente já deve ter notado esta frase em lançamentos de artistas, dos Crickets aos Beatles, de Sonny Red a Grant Green: "Das fitas master originais." O que parece atraente, certo? Como um ponto de venda, isso telegrafa que os conteúdos são orgânicos, autênticos e analógicos. Mas isso levanta uma questão simples para a qual alguns poucos surpreendentes sabem a resposta: o que é uma fita master? Além disso, por que alguém não apenas o prefere, mas também o busca quando se pode fazer cópias sobre cópias de maneira rápida e barata?

“Os motivos são muito simples, mas a maioria das pessoas não entende”, disse Chad Kassem, CEO da empresa de áudio de ponta Acoustic Sounds, ao Discogs. Kassem ganha a vida vendendo LPs de qualidade audiófila por meio de seu selo de relançamento, Analogue Productions. Tanto por princípio quanto por pura lógica técnica, ele obtém as fitas master “99,99%” do tempo, tornando-o um candidato ideal para explicar o que elas são para quem não sabe.

Uma fita master é uma fita usada para gravar a banda originalmente. É a fita”, explica ele. (A exceção, ele acrescenta, é quando alguém altera uma fita multitrack para duas faixas. Nesses casos, essa fita é a master.) “Não importa se você está digitalizando uma cópia de uma cópia de uma foto ou qualquer coisa”, enfatiza Kassem. “A menos que a original esteja danificada e a cópia esteja em melhores condições, sempre será melhor começar com a original.

Esteja você reproduzindo gravações, fotografias ou a “Mona Lisa”, o original - apesar da deterioração - contém 100% das informações. Portanto, para Kassem, ele deve tentar o melhor de sua capacidade para ter a fita master em suas mãos.

Quando está em negociações com uma gravadora para relançar um disco na Analogue Productions, Kassem deixa uma condição clara desde o início. “Dizemos à gravadora que queremos apenas a fita master analógica original”, diz ele. “Às vezes, eles acham que nos enviaram a fita master, mas não mandaram. Dizemos a eles que não se parece com a master, e eles procuram, procuram e procuram. Às vezes, eles encontrama master e às vezes não, mas na maioria das vezes, é a master que eles nos enviam.”

Se uma fita master não estiver disponível, Kassem faz o possível para garantir que ela não exista em nenhum lugar do planeta. Às vezes, isso envolve seguir pistas como um investigador particular. “Cada situação é diferente, cara”, diz ele. “Existem centenas de selos diferentes. Você se senta lá e pensa, e se você acha que pode descobrir algo e alguém para ligar, então você liga para esse alguém. Às vezes, não há ninguém para ligar."

Vamos até os confins da terra, cara”, acrescenta. “Gastamos muito dinheiro e tempo tentando obter a master.” Na maioria das vezes, se a master está danificado ou perdida, ele repassa o projeto. Mas se houver uma cópia de primeira geração de primeira geração da fita master, Kassem pode decidir fazer uma exceção à sua regra profissional.

Existem muito poucos títulos com os quais nos deparamos e em que temos de decidir. É isso. É o melhor que vamos conseguir. 'Ou você faz ou não. Coloque a boca ou cale a boca.”, diz Kassem sobre o uso de uma cópia autêntica quando uma master não está disponível. “Você enlouquece as gravadoras; você deixa os caras do cofre de fitas loucos. Você já olhou em todos os lugares que pode. Eles lhe disseram isso; você tem que acreditar neles. É isso. Isso é o melhor. O que você vai fazer?'"

Foto por Ingo Schulz

Kassem está ciente das armadilhas de jogar o bebê fora junto com a água do banho. O objetivo final é compartilhar música magnífica, não retê-la por motivos nanoscópicos fora de seu controle. “Às vezes, há uma pequena falha - um pouco de ruído, um pouco de distorção - e as pessoas enlouquecem”, diz ele. “Você não pode permitir que uma pequena falha na fita master o impeça de lançar algo glorioso.

Por exemplo, ele evoca Miles Davis rangendo um banquinho no estúdio como a fonte de uma reclamação irracional do consumidor. "OK, então você o ouviu recuar em uma cadeira?" ele pergunta. “Bem, isso mostra que é um ser humano em uma sala, e não um computador. Há muita alma aí.

Por que nem todos selos que relançam albuns buscam as fitas master com a determinação da Acoustic Sounds? "Escute, cara, é tudo uma questão de dinheiro, ok?" Kassem diz. “Algumas pessoas acham que não vale a pena gastar tempo e dinheiro extras. Algumas pessoas não ouvem a diferença. Algumas pessoas pensam que seus clientes não percebem a diferença. Estou atendendo pessoas que têm aparelhos de som muito caros. Eles querem o melhor absoluto. Eles não se importam com o preço.

Como observa Kassem, alguns selos usam o termo “Das fitas master originais” de maneira enganosa. “A questão é: A fita master original foi usada para cortar um lacquer (dubplate) ou para produzir um arquivo digital?”, Diz ele. “Se o disco de vinil foi cortado usando um arquivo digital, então é enganoso comercializar um disco alegando que ele foi originado das fitas master originais. Eles contornam a linha dizendo isso, já que às vezes eles transferem de um master analógica para um arquivo digital.

Mas a Acoustic Sounds faz isso de maneira honesta e, ultimamente, está removendo ainda mais os limites entre a fita master e os ouvidos do consumidor. “Estamos começando a vender fitas de rolo. Isso vai te levar bem perto.” diz Kassem. Como ele explica, uma cópia de fita única é o melhor formato que existe, seguida por uma edição de 45 RPM, por uma edição de 33 RPM e um download em alta resolução sucessivamente. Dito isso, “se você usar o master original - se for uma boa gravação, e você tiver os melhores engenheiros de masterização para fazê-lo - isso deve chegar perto.

No final do dia, “Você apenas tenta o seu melhor, cara. Isso é tudo o que fazemos”, diz Kassem. “A maioria das pessoas ama o que fazemos e, de vez em quando, existem pessoas que você simplesmente não consegue agradar. Então, peço a eles que saiam e comprem um CD e sejam felizes. Tentamos agradá-los e, se não conseguirmos, dizemos: Por favor, ligue para nossos concorrentes. Obtenha um CD! Nos deixe em paz."

“Nós tentamos o nosso melhor para conseguir a fita master. Nós tentamos nosso melhor para vencer o original e gastamos muito dinheiro e tempo fazendo isso”, acrescenta. “Neste ponto, acho que nossa reputação deve provar isso. As pessoas sabem disso. Achamos que vale a pena o esforço. ” Kassem faz uma pausa por um momento. “Sabemos que vale a pena o esforço.

Por  Morgan Enos, em parceria com a Acoustic Sounds; original post @ https://blog.discogs.com/en/what-is-a-master-tape-chad-kassem-acoustic-sounds/

segunda-feira, 16 de maio de 2016

REGGAE LOVES SOUL - SOUL CLASSICS TURNED INTO REGGAE GROOVES @ FYASHOP



Antes de mais nada, "Reggae Loves Soul" não é um lançamento, foi lançado em 2014 e chegou no final de abril no fyashop. Mas de antemão, posso dizer que ele merece uma resenha sobre a qualidade criativa na concepção e produção em todas as músicas. E eu sempre fui um curioso e apreciador de compilações que podem ser tocadas da primeira a última música. E essa em especial você pode ouvir escrevendo, trabalhando, ou levar para incluir no seu set, e vai ser ouvido como que extremo bom gosto e ponto. O disco é realmente maravilhoso.


O disco todo são de regravações de canções datadas entre 1965 e 1975. E é impossível deixar de citar a influencia da gravadora Motown nas canções de "Reggae Loves Soul" e principalmente nas canções originais. A gravadora que lançou musicos como Marvin Gaye, Stevie Wonder, Isley Brothers, Diana Ross e The Supremes, e Jacksons Five. Na era dessas músicas, além dos arranjos refinados e insuperáveis, as canções se tornaram uma forma de quebrar o paradigma do racismo. Apesar das canções de protesto já estarem se formando, as letras românticas dominaram as rádios, programas de TV e paradas de sucesso. Os artistas negros começaram até mesmo a ter espaço em programas de TV, e as letras poderiam ser ouvidas por brancos e negros. Musicalmente, amor não tem cor, partido ou divisão, e poderiam ser ouvidas por todo o público. A Motown mudou a forma de composição, foi além do jazz e rhythm & blues, inserindo também arranjos orquestrados com a formação do grupo The Funk Brothers, que criavam e tocavam esses arranjos (a Trojan sugou esse formato nos anos  final dos anos de 1960 e inicio dos anos de 1970). Pois bem, chega de Motown e vamos falar da compilação.

Começo a falar pela minha música preferida na voz da Marina Peloso. Mais conhecida como Marina P que ficou mais conhecida por participar do single “Divorce à l'italienne” dos escoceses do Mungos Hi Fi nos anos 2000.  A belíssima italiana, residente na França, regravou a música "I Wish Were There Girl" original na voz de Wendy Rene. Além do novo arranjo, essencialmente a voz de Marina P, o arranjo de órgão  de Boris Labouebe é matador. Seja o LP ou o 7inch, pelo menos no meu acervo particular, se tornou um single essencial.


Depois de Marina P, eu poderia usar do pleonasmo e reafirmar que as demais músicas do álbum são maravilhosas, e pode ouvir e adquirir sua cópia. Mas ainda tem Hopeton James cantando "Just My Imagination" dos The Tempations, trocando os arranjos de violino da original, por metais com um andamento mais acelerado. Garanto que Eddie Kendricks, estaria orgulhoso dos vocais de Hopeton James, e mais alegre com a participação de Ranking Joe. Eu particularmente torceria por uma versão somente com Hopeton James e outra com Ranking Joe.

Surpresa foi Paul Noyah cantando "Saint James Infirmary" de Louis Armstrong - e se tiver bom ouvido vai notar algumas notas de "Perhaps, Perhaps, Perhaps" ou "Quizas, Quizas, Quizas". O swing e bolero de Armstrong está todo ali. O baixo de dois tons e a marcação de piano, deram espaço para a música você ouvir e lembrar de Louis Armstrong no arranjo de trompete. O vocal de Paul Noyah não chega a ser o trovão poderoso que Armstrong era, mas se encaixa nessa versão rocksteady do mestre do jazz contemporâneo.


Agora me desculpe James Brown, perdão Marvin Gaye, e tantos outros que gravaram essa música, mas a versão definitiva da composição de Bobb Hepp - "Sunny" é na voz do Chezidek. Se Chezidek tivesse gravado "Sunny" em 1966 quando composta, e até a primeira dama do jazz Ella Fitzgerald preferiria ter gravado com Chezidek ao invés de Tom Jones. "Sunny" se tornou um reggae upbeat, com Skarra Mucci fazendo uma notória participação fazendo a vez de deejay.

A música "Motherless Child", que na voz de Richie Havens, compos um refrão e a rebatizou de "Freedom", e a fez ser ouvida em Woodstock em 1969 com arranjo de violão e percussão. "Motherless Child" é uma canção de domínio público, considerada um 'spiritual' ou uma canção de lamento negro, como eram denominadas essas canções lá nos anos 90. Ela já foi gravada por diversos cantores, de James Brown a Prince, e tem uma das primeiras versões gravadas datadas por volta dos anos de 1930. Na voz suave de Jezzaï, ela ganhou um arranjo de nyabingui.

A voz de Maikal X cantando a versão de "The Way You Treated Me" segundo nome da canção "I Wouldnt Treat A Dog," que numa tradução livre seria algo como; "Eu não trataria um cachorro, do jeito que você me tratou." A música tem uma grande pegada do arranjo original de Bobby "Blue" Bland, a essência soul da musica está ali, na bateria, no baixo e no arranjo de metais - que permeiam o disco com primazia. 

A funkeada "California Soul" de Marlena Shaw agora tem dueto com Faye e Mystic Loïc. A voz de Faye é sem comentários, sou a favor de um disco solo só dela. Está tudo lá o break beat, os vocais, o funk, e se o andamento fosse mais rápido um pouquinho ficaria a cara do Upsetters dos anos 70, então é só aumentar o pitch dos toca discos com cuidado e pronto. 



O jamaicano Glen Washington, pupilo de Joseph Hill e Boris Gardner tem a voz mais diferente do cantor da versão original. "Four Walls" de Eddie Holman, mas é tão surpreendente quanto e a rouquidão de Glen Washington da um novo tom para a música, que penso ser a mais romântica de todo o álbum. Além dele, Turbulence canta "If Loving You Is Wrong (I Don’t Want To Be Right)", e não faz seu famoso caco 'Baba baba babum', vou te dizer que Turbulence tem voz para fazer o que quiser, e ser versátil da forma que quiser no gênero que quiser fazer.

A balada "Trouble, Heartaches & Sadness" é dificil dizer em qual voz é mais agradável ouvir, ou Diana Rutherford ou na versão original de Ann Peebles, é uma balada completa com órgão e metais.

E para não ter supresas, abaixo o playlist da compilação para você ouvir tirar e tirar as próprias conclusões... é uma compilação matadora do inicio ao fim.


Various - Reggae Loves Soul (LP, Album)
Label:Undisputed Records (2)
Cat#: UNDREC003
Media Condition: Mint (M)
Avaliação:
R$115.00
+ shipping






Million Stylez - Revelation Time (LP, Album)
Label:Undisputed Records (2), Adonai Music
Cat#: UNDREC007, none
Media Condition: Mint (M)
 
R$115.00
+ shipping


Various - Raggamuffin Power (LP)
Label:Undisputed Records (2)
Cat#: none
Media Condition: Mint (M)
 
R$115.00
+ shipping


Various - Reggae Loves Soul (LP, Album)
Label:Undisputed Records (2)
Cat#: UNDREC003
Media Condition: Mint (M)
 
R$115.00
+ shipping


Skarra Mucci - Greater Than Great (LP, Album)
Label:Undisputed Records (2)
Cat#: UNDREC004
Media Condition: Mint (M)
 
R$155.00
+ shipping


Hopeton James & Ranking Joe / Maikal X - Just My Imagination / The Way You Treated Me (7", Ltd)
Label:Undisputed Records (2)
Cat#: UNDREC005
Media Condition: Mint (M)
 
R$67.00
+ shipping


Chezidek & Skarra Mucci / Marina P* - Sunny / I Wish I Were That Girl (7")
Label:Undisputed Records (2)
Cat#: UNDREC002
Media Condition: Mint (M)
 
R$67.00
+ shipping


Konshens - I've Got To Go (7")
Label:Undisputed Records (2)
Cat#: UNDREC001
Media Condition: Mint (M)

R$67.00
+ shipping


Outros reviews: Reggaemani, Party Time-FR, World A Reggae

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quinta-feira, 21 de abril de 2016

HISTORY OF AMERICAN POPULAR MUSIC; FROM SLAVERY TROUGH THE POST HIP HOP ERA (ENGLISH EDITION) - FRANK HOFFMAN




History of African American Popular Music; From Slavery Through the Post Hip-Hop Era (English Edition) é um guia de de gêneros musicais negros nos Estados Unidos desde os tempos coloniais até os dias atuais. Todos os gêneros principais, incluindo; o blues, jazz, rhythm & blues, soul, funk e hip hop, bem como artistas notáveis que fizeram parte da história. Os textos são cobertos de detalhes e complementados por uma cronologia de eventos importantes, discografia seletiva, glossário de termos e bibliografia geral de obras escritas.


Review do fyadub:

Um pechincha. Talvez, e talvez mesmo, seja um dos livros com mais beneficio pelo custo investido, se buscar uma compilação de descritivos sobre gêneros musicais. E um bom livro, não é a bíblia ou uma enciclopédia a respeito da música, mas fornece datas, nomes, selos, gravadoras, músicos, originadores e uma cronologia dos gêneros.

Obviamente, pelo preço você pode não encontrar alguma informação que esteja procurando, ou sentir falta de algum nome que conheça no seu gênero de preferência. Mas o livro entrega o que sugere, dois pontos fortes são o blues e o  rhythm & blues, muitos detalhes a respeito das produções e até mesmo de como eram feitas as composições naquele momento.

Agora dois gêneros que deixaram a desejar são o reggae e o hip hop, aparentemente o autor não é muito familiarizado com a musica contemporânea, ou se cansou de escrever justo naquele momento que estava falando sobre o reggae ou hip hop. Você simplesmente vai ler sobre Bob Marley e sobre o envolto do hip hop, mas nada muito profundo no tema ou relevante que não se encontre na internet.

Mas por menos de R$ 5,00 você já tem um exemplar para começar a definir o que é gênero e o que é música, ambos fazem parte do mesmo universo, mas se diferem dependendo da preferência do ouvinte ou do audiófilo.


COMPRAR LIVROS E EBOOKS @ FYASHOP


History of African American Popular Music; From Slavery Through the Post Hip-Hop Era (English Edition)
Formato: eBook Kindle
Tamanho do arquivo: 404 KB
Número de páginas: 152 páginas
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
Idioma: Inglês
ASIN: B00B8XIQBS
Leitura de texto: Habilitado
X-Ray: Não habilitado
Dicas de vocabulário: Não habilitado
Configuração de fonte: Habilitado
Avaliação: 









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DISQUS NO FYADUB | FYASHOP

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