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terça-feira, 10 de agosto de 2010

SUGAR MINOTT - R.I.P.

Sugar Minott :: 1956 - 2010
Suggar Minott nasceu no dia 25 de maio de 1956 em Kingston/JA, e faleceu no dia  no dia 10 de julho de 2010 no University Hospital em St Andrew de West Indies com problemas no coração, deixando o reggae sem um de suas mais preciosas vozes. Suggar Minott cantou a positividade no reggae com canções em roots reggae, lovers rock e dancehall por quatro décadas. Suggar Minott foi inovador, um líder, um mentor, um produtor, dono de selo e operador de sound system por todos os anos que esteve envolvido na música. 

 O PADRINHO ORIGINAL DO DANCEHALL

Depois de trabalhar como seletor no sound system Sound of Silence Keystone, e ter o seu próprio sound Gathering of Youth, ele começou sua carreira como cantor no grupo The African Brothers em 1969, junto com Tony Tuff e Derrick Howard. O grupo lançou diversos singles  no inicio dos anos 70 em selos como o Micron e pelo próprio selo do grupo chamado Ital. O grupo foi uma das grandes influencias do movimento Rastafari no cenário da música jamaicana junto com The Abyssinians na época. Após ter gravado "Mysterious Nature" produzido por Rupie Edwards, o grupo gravou em 1974 "No Cup No Broke" para o Studio One, se separando um pouco depois. Minott se juntou ao time do produtor Clement Coxsone Dodd, como aprendiz de estúdio do Studio One, trabalhando como cantor, guitarrista e percussionista, e posteriormente gravando seus próprios singles. Minott demonstrou talento como compositor escrevendo diversas novas canções que combinavam com riddims já gravados (que naquele tempo era comum artistas fazerem a mesma performance ao vivo, mas raramente em estúdio). Minott foi pioneiro na divulgação e divulgação no que estava emergindo na época, o dancehall. 

Após um número de sucessos lançados pelo Studio One, como "Vanity", "Hang On Natty", "Mr. DC", e "JAH JAH Children", ele lançou seu LP Live Loving que marcou seu nome e aumentou ainda mais sua popularidade, firmando Minott como pioneiro do dancehall que dominou os anos 80 na ilha. Em 1979 lançou seu segundo disco "Showcase", que incluia seus singles que foram deixados de fora no seu primeiro LP. 

Seu terceiro disco Bittersweet foi lançado em 1979, seguido por Guetto-ology, que marcou o retorno de Minott ao roots reggae. Roots Lovers (1980) um disco que marcou o estilo lovers rock, foi aclamado no Reino Unido. Minott virou grande sucesso tanto no Reino Unido como na Jamaica, ele produziu "Hard Time Pressure" se tornando um grande sucesso em 1980 em UK, fazendo com que Minott se muda-se para a Inglaterra sendo um dos grandes focos dos produtores de reggae de lá. 

Singles como "Run Come", "Not For Sale", "African Girl", "Lovers Rock", "In a Dis Ya Time", "Africa" e "Make It With You" (com Carroll Thompson) foram sucessos nos anos que se seguiram. "Good Thing Going" (regravação de uma música gravada por Michael Jackson em 1971) foi distribuido pela RCA e ficou na quarta posição entre os hits de maior sucesso do UK Single Chart em março de 1981, dando nome ao album que viria posteriormente. O disco Herbman Hustling marcou o retorno de Minott ao dancehall e ao roots reggae. 

Em 1983 lançou um disco pelo Channel One Studios intitulado With Lots Of Extra, uma compilação de diversos sucessos na época em que trabalhou com Winston Holness. Quando Minott estava na Inglaterra descobriu um grupo chamado Musical Youth e lançou diversas músicas que se tornaram sucesso no estilo lovers rock. 

Ao retornar para a Jamaica, seu sound system Youth Promotion fazia diversas festas pela ilhota, junto com JAH Stitch e outros artistas como Ranking Joe, Captain Simbad e Ranking Dread. Seu selo Black Roots produziu e lançou diversos artistas como Barry Brown, Tenor Saw, Little John, Tony Tuff, Barrington Levy, Horace Andy, e uma das suas descobertas na Inglaterra, Trevor Hartley. Minott também produziu os primeiros trabalhos de artistas como Nitty Gritty, Junior Reid, Yami Bolo, Colourman, Daddy Freddy e Garnett Silk, que gravou sua primeira canção para Minott.

Nos decorrer dos anos 80 e 90 Minott foi influencia crucial no roots reggae, no lovers rock, no dancehall. Trabalhou com todos os produtores e selos top da Jamaica incluindo Mikey Dread, George Phang, Sly & Robbie, Philip "Fatis" Burrel, Channel One, Prince Jammy, e Donovan Germains, trabalhou com o produtor americano Lloyd "Bullwackie"Barnes. Seus maiores sucessos na época foram "Herbman Hustling", "No Vacancy", "Jamming In The Streets", "Rub a Dub Sound", "Buy Off The Bar", "Rydim", e "Devils Pickney".

Sugar Minott no decorrer de todos esses anos continuou gravando pelo seu próprios selos Black Roots, Youth Promotion e para outros selos e gravadoras. Minott lançou mais de 60 álbuns e centenas de singles.  

Isso foi um resumo do Sugar Minott fez pelo reggae, e será com certeza uma lacuna no reggae de hoje, que tanto precisa de seus ancientes para que tenha um futuro mais certo. 





segunda-feira, 29 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON - R.I.P. - 1958/2009


Man... Michael Jackson marcou minha infância, musicalmente dizendo (não leve pelo outro lado), mas é real. Todo mundo que está na faixa dos 30/35 anos e teve seu tempo dos bailes blacks, isso falando aqui de SP, dançou Michael Jackson, não deve ter dançado Thriller, mas dançou vários sons do cara. 

Particularmente, prefiro a musicalidade do Michael Jackson negão, talvez seja pelas produções de Quincy Jones e outras lembranças como Milles Davis tocando Human Nature com o trumpete apontado para baixo durante 10 minutos, lembrança dos antigos programas de Jazz que passam na TV Cultura nas madrugadas. Isso falando do MJ, sem contar os Jacksons 5 que são talvez a origem de todas essas boy bands lixo que aparecem na Muthafuckin MTV (quem precisa dela mesmo?!)

Bom, voltando ao MJ, não vou fazer uma biografia nem comentar os escândalos ou boquetagens que marcaram a vida dele, mas sim a música que ele deixou, e que musicas, Michael Jackson no final dos anos 70 e início dos anos 80 foi o músico negro mais importante que o mundo teve, e nunca deixou de vender milhares de cópias de seus discos durante todos os anos que se passaram. Ainda tenho os meus aqui muito bem guardados.

Uma das músicas que eu mais escutei quando era criança era a música "Ain't No Sunshine", composição original de um cara chamado Bill Withers, o criador do "I know, I know, I know... e continua.. I know"... Essa fase de Michael daria início a de outros grandiosos que também gravaram essa música como Paul McCartney, Isaac Hayes, Lionel Hampton, Prince, Sting, Kenny Rogers, Tom Jones e outra infinidade de rappers que usaram a música como sampler. Horace Andy regravou "Ain't No Sunshine" para o Studio One, uma versão cabulosa, mas desculpe, a versão de MJ é a melhor em tudo; melhor arranjo, melhor vocal, melhor melodia, melhor andamento, e etc.

Não entenda que essas são as melhores músicas dele, mas são as que eu mais gosto, a fase Motown de MJ foi a melhor de todas. Outra que pegava fogo nas pistas junto com Parliament Funkadelic, James Brown, Isaac Hayes, George Clinton, Bootsy Collins, Commodores, era a música "Don't Stop 'Til You Get Enough", meio que "Não Pare Enquanto Não Tiver O Bastante", nessa fase MJ já dava sua cara aos bisturis e já dava sinais de devaneios e excentricidades que marcaram sua vida, eu particularmente acho essa fase dele a mais psicodélica de todas, imagina nessa época onde o racismo americano era explicito, assassinaram praticamente todos os líderes negros da década de 60 e 70, um preto com dinheiro usando roupa justa cheia de lantejoula era loucura, assim como todo o resto do blaxploitation da época. 

Outra que agitava as pistas e deixava as meninas doidinhas pra dançar juntinho era "Rock With You", refrão fácil, passinho marcado, música para festa, música para dançar, e música para curtir, seja com ou sem namorado(a). Agora a que eu mais gostava era "Billie Jean", se MJ já queria fama de putão (no bom sentido) em "Don't Stop 'Til You Get Enough", Billie Jean era a mais sacana de todas, quase um slackness, na letra, MJ dizia que teve um caso com uma mina que babava nele, mas ele não era o pai do filho dela (puts!!). Bom, hoje a mãe dos 2 filhos que supostamente eram dele, já diz que ele não é o pai (ai karai!!), será que a música realmente é real?!

Mas falando de Billie Jean, o singjay jamaicano multifacetado Shinehead fez uma versão de Billie Jean sobre um riddim produzido por Sly & Robbie na década de 80, mais exatamente em 1984 no álbum "Rough And Rugged" - um dos preferidos da casa. O riddim em si foi lançado em 1967 (data não exata), pelo Studio One numa produção que possivelmente seria para os Wailers, mas foi gravada por um grupo obscuro chamado Bumps Oakley, com a música "A Get A Lick", um early reggae na moralzinha, nada muito haver com o som do Shinehead, só a linha de baixo foi aproveitada na produção de Sly & Robbie. Mas, preste atenção Billie Jean batizou o riddim e somente a letra foi aproveitada no riddim, nada da composição original de MJ foi utilizada no instrumental. Shinehead gravou 2 versões nesse riddim, a Billie Jean já citada e a outra é "Mama Used To Say", outra clássica do Shinehead. O que marcou esse riddim foi o assobio que lembrava os filmes Western Spaguetti, ou de cowboy mesmo, nada de falar muito difícil. 

Bem, essa é homenagem ao MJ, que ele seja julgado pelos seus pecados, assim como seremos julgados pelos nossos. Abaixo um trecho ao vivo do Shinehead onde canta alguns sucessos dele, e também Billie Jean, acho que um dos vídeos ao vivo dele mais legais.

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