DUB TO DUB - PLANETA DUB E CHARS-I

O dub chega em São Caetano com o duo Planeta Dub (Dubaddict e Mr. Music) que toquei junto alguns anos atrás no extinto Susi In Dub, e o dj Chars-I que foi um dos primeiros dj's residentes de SP com uma festa dedicado ao dub. o trio vem se apresentando com a festa Dub To Dub já algum tempo, tendo passado pelo centro de SP também. 

Bom, conhecendo os seletores, festa vai ter ai muitas raridades, vinil, muita vibração boa e muita palavra consciente. E para animar mais vai ter a apresentação do documentário InDUBtável produzido pelo William Sernagiotto, visualização bem interessante do inicio dos anos 2000 sobre o reggae e os sound systems que estavam surgindo naquela época. Nós publicamos tempos atrás o registro do documentário, que para mim é ótimo para conhecermos nossa história recente do reggae. Clique aqui para assistir, e depois você se estiver por São Caetano assiste de novo. Festenha mais que recomendada.

MOSTRA URBANIDADES NA MATILHA CULTURAL

A mostra Urbanidades tem por objetivo ser um espaço de reflexão e visibilidade de produções audiovisuais nas quais as temáticas centrais sejam o Hip-Hop, a arte, a cultura urbana e seus personagens, as questões e os problemas urbanos.

A sétima arte pode ser um suporte para a formação de um indivíduo mais crítico e consciente e a Mostra Urbanidades vem para trazer as questões urbanas ao cinema, e mostrar que o hip-hop e a arte urbana podem ser agentes de uma transformação social.

A Mostra acontecerá simultanemente na Matilha Cultural, Galeria Olido e SESC Santana.

Confira programação na MATILHA !

DEBATE

24/07 – (sábado/ 21h ) : HIP-HOP, História e Organização. Após o debate do Documentário do DVD 1000 Trutas 1000 Tretas, ocorre um debate sobre a história e organização do hip-hop brasileiro. Com diretores dos filmes e convidados.

SHOWS

dia 23/07 (sexta) – 20h Projota / 21h Sombra

27/07 (terça) 20h Ogi / 21h Sandrão

30/07 (sexta) 20 Criolo Doido / 21h Rashid

CINEMA

23/07 (sexta) – Pixo (João Wainer e Roberto T. Oliveira / Brasil / 2009 / 61 m )

24/07 (sábado) 19h – Aristocratas Clube (Alexandre Chalabi e Daniel Soro / Brasil / 2004 / 27`/ dvd)

24/07 (sábado) – 21h – 1000 Trutas, 1000 Tretas (Mano Brown / Brasil / 2006/ 75`/dvd) – seguido de debate.

27/07 (terça) – 19h – Favela no Ar (Ivan Vale Ferreira / Brasil / 2007 / 52 m )

28/07 (quarta) – 19h – Freestyle, um estilo de vida ( Pedro Gomes / Brasil / 2007 / 45 m )

28/07 (quarta) – 20h – L.A.P.A (Emilio Domingues e Cavi Bores / Brasil / 2008 / 75 m )

29/07 (quinta) – 19h – Em busca do gozo perdido (Alex Magnus / Brasil / 2008 / 15 m )

29/07 (quinta) – 19h – Onde a coruja dorme, Bezerra da Silva (Márcia Derraik e Simplicio Neto / Brasil / 2001 / 15 m )

29/07 (quinta) – 20H – Aqui Favela o Rap representa (Junio Torres e Rodrigo Siqueira 7 Brasil / 2003 / 82 m)

30/07 (sexta) – 19h – Profissão MC (Toni Nogueira e Alessandro Buzo / Brasil / 2009 / 51 m )

31/07 (sábado) – 19h – No Traço do invisível (Laura Faerman e Marilia Scharlach / Brasil / 2007 / 53 m )

31/07 (sábado) – 20h – Fala Tu (Guilherme Coelho / Brasil / 74 m )

MATILHA MIXTAPE - POR DUBSTALKER

Matilha é uma mixtape equilibrada de forma interessante. Tem pontos altos e baixos. Entre o que mais chama atenção está a forma com que algumas vozes foram trabalhadas. Os cantores fazem acordes com vozes em coro, um recurso de produção que costuma faltar no Brasil. A mixagem entre as faixas é bem feita na maior parte da tape. Matilha varia de estilo a cada track sem deixar a bola cair, mesmo quando rola aquela passagem clássica de dancehall: spin e sirene. Alguns dos singers são novidade pra mim. As faixas com base de dubstep apresentam flows tranqüilos, se levar em consideração que grime é algo novo nessas bandas de cá. De fato não há sotaque de grime. Há sotaque de rap paulista, de ragga paulista. É uma tape paulista, lógico. Pode ser que ao gosto de um paulistano ela seja excelente, mas para um carioca pode soar estranho. Isso é normal.

Alguns dos artistas conseguem ser um pouco mais universais e esses mais me agradam. Porém, alguns soam um tanto “bragga” (brazilian ragga), o que não tem me interessado ultimamente. O cara que mais tem recursos de voz e que sabe como ninguém no Brasil fazer os tais coros em acorde, se chama Dada Yute. Apesar do talento, apenas uma música sua na tape bastaria. Mas são três. Preferiria se fosse apenas uma faixa por artista e o espaço fosse utilizado por outras vozes diferentes ou desconhecidas. As temáticas variam do discurso boboshanti ao do mano do gueto, e isso é natural. O que foi uma surpresa positiva pra mim, foram as letras bem trabalhadas na maioria dos casos, com boas imagens e muita metáfora. Matilha resume-se pelo equilíbrio. Nada compromete ou dá vontade de tirar a tape do player. Pelo contrário, se houvesse mais meia hora de tape, eu ouviria tranqüilo. Pode parecer pela resenha que fiz a pedido do Ras Wellington, que eu não gostei da tape. Não foi o caso. Posso dizer que gostei, e que vale a ouvida. Que venha o próximo volume!

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