sexta-feira, 11 de março de 2011

ELEMENTO VAZADO - EXTÊNCIL ARTE NA MATILHA




#### Composta por quadros, objetos, fotos, intervenções na parede, projeções e workshops, a exposição reúne cinco dos nomes mais representativos da arte com estencil paulista

São Paulo, março de 2010 - Para dar inicio a série de exposições de 2011, a Matilha Cultural abre as portas a partir do dia 15 de março, para “Elemento Vazado - Estencil Arte na Matilha”. Com produções atuais e contemporâneas da estencil arte paulista, a exposição conta com a presença de Ozi, e Celso Gitahy, atuantes desde a década de 80, além de Daniel Melim, Rodrigo "Chã” e do coletivo Alto Contraste que representam a geração da virada do milênio com mais de 15 anos de rua.

A exposição celebra, também, o Dia do Graffiti em São Paulo (27 de março), data escolhida como homenagem ao artista pioneiro do graffiti no país e praticante do estencil, Alex Vallauri (1949 –1987). Os artistas convidados para a exposição, em especial Ozi e Celso Gitahy, iniciaram suas atividades na arte urbana na década de 80 incentivados por Vallauri. Desde então, seguem ocupando muros da cidade com seus trabalhos e participando ativamente da street art de São Paulo.

Três nomes representam a nova geração. Daniel Melim, que desde 2000, desenvolve o Projeto Limpão, em São Bernardo do Campo, além de intervenções urbanas utilizando o estencil pela região do ABC e de ter sido um dos seis artistas que apresentaram a exposição De dentro para fora/ De fora para dentro, no MASP.

O coletivo Alto*Contraste passa por uma situação semelhante. Há alguns anos tomam pequenos espaços na cidade de São Paulo, sempre com referências díspares, criam espécies de personagens “frankenstein”, costurando fragmentos de diferentes universos.

E ainda, Rodrigo Chã, que iniciou seu trabalho pelas ruas da metrópole em 2003, e utiliza, além do estencil, aplicações de adesivos e cartazes, sempre representados por uma pomba.

“O stencil talvez seja uma das técnicas de graffiti com a linhagem histórica mais politizadas” afirma Demetrio Portugal, Diretor de Projetos da Matilha Cultutal. “Suas mensagens normalmente remetem a estética da contra-propaganda apropriando-se e "mixando" ícones, palavras, símbolos e desenhos de rápida assimilação que explodem nas paredes da cidade repetidamente, já que sua técnica tem os mesmos princípios da impressão industrial.”, completa.

Por ser de aplicação rápida, esse estilo passou a ser o preferido pelos artistas que se atrevem a intervir em regiões onde a ação da polícia é mais eficiente ou punitiva como é o caso da Argentina, Inglaterra, Japão, França entre outros países. Um dos maiores expoentes desse tipo de expressão é Banksy, conhecido pelas suas intervenções polêmicas, principalmente, na Inglaterra, e por ter seu filme, “Exit Through The Gift Shop”, indicado ao Oscar 2011 de Melhor Documentário.

As obras, intervenções e referências históricas para melhor entendimento dessa técnica no Brasil ocupam a galeria da Matilha Cultural, que ao longo da exposição, receberá convidados e artistas para conversas informais e woskshops para falar sobre esse movimento ao longo da mostra que fica aberta até dia 16 de abril.

Este dia marca também a volta do happy hour das terças da Matilha, o Aquecimento Central, com djs Zinco e Soares comandando as pick-ups e animamdo a abertura da exposição das 18h às 22h, com influências da música negra, do funk ao reggae.

Conheça os artistas

Celso Gitahy
Artista plástico, nascido em 1968 em São Paulo. Iniciou a produção artística no começo dos anos 80 desenhando e escrevendo com canetas piloto em banheiros públicos e ônibus coletivos. É contemporâneo dos primeiros grafiteiros de São Paulo: Alex Vallauri e Maurício Villaça. A partir do começo dos anos 90 especializou-se em stencil art, técnica muito presente em sua obra até os dias de hoje.

Coletivo Alto*Contraste
Coletivo composto pelo casal Lee e Lou que trabalha com de referências díspares e criam espécies de personagens “frankenstein”, costurando fragmentos de diferentes universos. Além da experiência das ruas, trazem na bagagem participações em mostras nacionais e internacionais, com destaque para o gigante Cans Festival (2008), em Londres.

Daniel Melim
Daniel Melim nasceu em São Bernardo do Campo, em 1979. Aprendeu a pintar, fazendo graffiti, mas depois estudou artes e pós graduou-se em Linguagens Visuais pela Faculdade Santa Marcelina. Realizou três exposições individuais na Choque Cultural. Também participou de exposições no Memorial da América Latina (2006), Museu Afro Brasil (2006), Bienal de Valência (2007), Cans Festival (promovido pelo artista Banksy, num túnel em Londres) 2008 e MASP (2009-2010).

Ozi
Iniciou suas atividades no graffiti em 1985, por incentivo e apoio de dois importantes artistas paulistas: Alex Vallauri e Maurício Villaça. Desde então, Ozi vem ocupando os muros da cidade com seu trabalho, tornando-se parte da primeira geração de artistas envolvidos com o graffiti. Tem participado ativamente da street art de São Paulo e de várias exposições no Brasil e exterior, sejam elas em galerias, museus, instituições culturais ou espaços ao ar livre.

Rodrigo Chã
Começou a atuar nas ruas de São Paulo em 2003 através de intervenções gráficas, buscando estabelecer uma melhor relação entre a cidade e o cidadão, direcionando seu olhar para o meio em que vive. Representado por uma pomba, uma praga urbana, aplica adesivos, cartazes, stencils e graffitis por onde passa.

##### Elemento Vazado - Estencil Arte na Matilha
Abertura: 15 de março, às 18h
De 15 de março a 16 de abril
Rua Rego Freitas, 542 – São Paulo
Tel.: (11) 3256-2636
Grátis
Livre

Aquecimento Central na Matilha Cultural
Rua Rego Freitas, 542 – São Paulo.
Tel.: (11) 3256-2636.
Horário: todas as terças-feiras, das 18h às 22h

Matilha Cultural
Rua Rego Freitas, 542 – São Paulo
Tel.: (11) 3256-2636
Horários de funcionamento: terça-feira a sábado, das 12h as 20h
Wi-fi grátis
Cartões: VISA (débito/crédito)
Entrada livre e gratuita, inclusive para cães

terça-feira, 8 de março de 2011

PODCASTING FYADUB #15 FEAT. ALEXANDRE BASA


No nosso décimo quinto podcast o convidado é nosso amigo querido e amado, Alexandre Basa, um dos melhores produtores que temos hoje em nosso quintal musical chamado Brasil. Basa produziu um dos melhores discos de Hip Hop nacional, o Babylon By Gus - O Ano Do Macaco de Black Alien, integrante do Turbo Trio juntamente com Tejo Damasceno e B.Negão... alem de outras parcerias do naipe de Instituto, Sabotage, AFrica Bambaata, Hieroglyphics, Mad Professor, Chuck D, Razhel, Dj Shadow, Beastie Boys, Nação Zumbi e por ae vai. Nesse programa conversamos sobre o nosso produto interno bruto, regionalização e importação da música. Além claro da seleção monstro que Basa fez. Enjoy!!!!!

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LINTON KWESI JOHNSON- INGLAN IS A BITCH [TRADUÇÃO]

Há algum tempo atrás, publiquei essa poesia do LKJ no Facebook e algumas pessoas me perguntaram se havia uma tradução, bom na época não tinha, porque agora tem. Fiz uma bem rapida, então se você ler algo e ficar na dúvida, é porque patois não tem tradução, na verdade nenhuma lingua, você tem que compreender a lingua e não buscar traduzir para sua, o que é feito é uma transliteração do patois para o português, mas a acertividade nunca vai ser 100% devido o tempo do verbo, os pronomes e a narrativa em alguns momentos ser dificil dizer em que pessoa se está falando (não da pra saber ao certo se está se falando de EU ou ELES), bem fiz o que pude, mas busque algo no novo pai dos burros (o google) para manjar um pouco mais de patois e continue ouvindo discos e tentando entender o que os caras estão falando e cantando. Se tiver alguma dica para a tradução, envie para fyadub@yahoo.com.br


W'en mi jus' come to landan toun [Quando eu fui para a cidade de Londres]
Mi use to work pan di andahgroun [Fui usado para trabalhar no submundo]
But workin' pan di andahgroun [Mas trabalhando no submundo]
Y'u don't get fi know your way around [Você não consegue saber o que acontece a sua volta]

Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no escapin it [Não há escapatória]
Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no runnin' whey fram it [Não há como correr disso]

Mi get a lickle jab in a bih 'otell [Eu consegui um emprego em um hotel grande]
An' awftah a while, mi woz doin' quite well [E depois de um tempo, fazia o trabalho bem]
Dem staat mi aaf as a dish-washah [Eu comecei com um lavador de pratos]
But w'en mi tek a stack, mi noh tun clack-watchah [Mas quando eu pegava a pilha, eu não voltava o relógio de ponto]

Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no escapin it [Não há escapatória]
Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
No baddah try fi hide fram it [Ninguém tenta se esconder de lá]

W'en dem gi' you di lickle wage packit [Quando eles dão a você um envelope bem levinho]
Fus dem rab it wid dem big tax rackit [Eles roubam depois cobrando altas taxas]
Y'u haffi struggle fi mek en's meet [Você tem que ser forte quando conhecer]
An' w'en y'u goh a y'u bed y'u jus' can't sleep [E quando você for para a sua cama não vai conseguir dormir]

Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no escapin it [Não há escapatória]
Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
A noh lie mi a tell, a true [Eu não conto uma mentira, é verdade]

Mi use to work dig ditch w'en it cowl noh bitch [Me usaram no trabalho como pra cavar uma fossa sem a porra de um casaco]
Mi did strang like a mule, but bwoy, mi did fool [Me fizeram ficar forte como uma mula, mas mano, me fizeram de tolo]
Den awftah a while mi jus' stap dhu ovahtime [Depois de um tempo eu comecei a fazer horas extras]
Den awftah a while mi jus' phu dung mi tool [Depois de um tempo eu ia para bosta do trabalho]

Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no escapin it [Não há escapatória]
Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Y'u haffi know how fi survive in it [Você tem que saber como sobreviver nela]

Well mi dhu day wok an' mi dhu nite wok (Bem eu trabalhei de dia e trabalhei de noite]
Mi dhu clean wok an' mi dhu dutty wok [Eu fiz o trabalho limpo e fiz o trabalho sujo]
Dem seh dat black man is very lazy [Eles dizem que o homem preto é muito vagabundo]
But if y'u si how mi wok y'u woulda sey mi crazy [Mas se você visse como é meu trabalho você diria que sou louco]

Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no escapin it [Não há escapatória]
Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Y'u bettah face up to it [E melhor você encarar isso]

Dem a have a lickle facktri up inna Brackly [Tem uma fabriquinha lá em Brackly]
Inna disya facktri all dem dhu is pack crackry [E nessa fabrica tudo que se faz é empacotar biscoito]
Fi di laas fifteen years dem get mi laybah [Nos últimos 15 anos eles tiveram meu trabalho]
Now awftah fifteen years mi fall out a fayvah [Agora depois de 15 anos eu cai no desfavorecimento]

Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no escapin it [Não há escapatória]
Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no runnin' whey fram it [Não há como correr pra longe]

Mi know dem have work, work in abundant [Eu sei que eles tem trabalho, trabalho em abundância]
Yet still, dem mek mi redundant [Mas continuam, me fazendo redundante]
Now, at fifty-five mi gettin' quite ol' [Agora, nos cinquenta e cinco eu tenho que parar]
Yet still, dem sen' mi fi goh draw dole [Ainda continua, eles me puxando para o mesmo destino]

Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Dere's no escapin it [Não há escapatória]
Inglan is a bitch [Inglaterra é uma vadia]
Is whey wi a goh dhu 'bout it? [E o vamos fazer sobre isso?]



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