quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

QUE 2012 SEJA DIFERENTE...

Primeiro passo para você começar a trabalhar com música; escolha um nome, SEU nome, não copie, não pratique plágio, não deixe que as pessoas te confundam com outro faça a SUA marca, e não pense que usando um nome parecido não vão te cobrar um dia - eu por exemplo, vou cobrar de cada um que faz esse tipo de plágio. 

Segundo, desenvolva um estilo próprio, óbvio que devem haver fontes inspiradoras e que essas fontes façam com que você sinta vontade de trabalhar com música ou algo relativo - qualquer trabalho ligado a arte aliás, mas que isso sirva de inspiração e não que você deva ser um "copião", caso prefira, não trabalhe com arte, vá trabalhar em alguma lojinha de material escolar com copiadora, vai copiar diversas vezes ao dia.

Se for dj, não copie o set dos outros, óbvio que vai tocar algumas músicas que outros dj's tocam, mas tente ao máximo ser exclusivo, ficar tocando o que outros já tocam, vai ficar parecendo esses caras de rádio FM, pesquise, garimpe, procure, independente de ser vinil ou mp3, ou qualquer mídia que use, faça com que o seu set tenha a sua assinatura. Para os mc's, estudem, estudem, estudem, leiam, estudem... ouvimos desde o Bezerra da Silva que a policia não gosta de preto, não gosta da favela, e que nossa vida é sofrida, mas não precisa fazer um disco onde todas as letras dizem a mesma coisa, então amigo, estude, leia muito, procure os clássicos, ouça a velha escola, desenvolva seu flow, linguagem e estude mais.

Terceiro, valorize seu trabalho, seus discos, o tempo que você emprega na letras, no ensaio, o tempo com o fone de ouvido, com tudo que você aprende - CONHECIMENTO CUSTA CARO E VALE MUITO. Chega de prostituir a arte e as vezes deixar a cultura ser estuprada por gente que se aproveita daquilo que criamos. Cobre sempre, não trabalhe pela condução. Sempre vai ter alguém lucrando com o que você faz artisticamente, e as contas chegam todo o mês; discos, internet, telefone, cartão, água, gás, luz, comida... a sua cerveja - você paga por tudo isso lembra? E se não paga, alguém está pagando para você. 

Não existe loja que venda produtos pelo preço do frete, nem patrocinador faz isso. Cobrar caro ou barato é relativo, cada um sabe o quanto é caro e o quanto é barato para o bolso do outro, mas cobre, independente das perguntas "Quanto custa?", ou "Quanto vale?". Se alguém disser "faço por amor", e dar de graça é como disse acima, é prostituir a arte, ou deixar que ela seja assediada sem retorno, infelizmente não contamos com incentivo de Ministérios ou órgãos públicos, por isso chamamos de arte independente - e o músico independente tem contas a pagar. Um dia tenho certeza que as pessoas (produtores, músicos, público, enfim) vão entender isso.

Se eu quisesse fazer parte de alguma cena, tinha feito teatro para ser ator.

Um abençoado 2012 para você que luta pela cultura dia a dia, seja do Hip Hop, do Reggae, ou o que quer que você faça parte de coração.

RAS Wellington
fyadub

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

QUEBRANDO O TABU [DOCUMENTÁRIO]

"Quebrando o Tabu" fuma, mas não traga...
Por Cynara Menezes - http://www.cartacapital.com.br/politica/quebrando-o-tabu-fuma-mas-nao-traga/

Terry Southern, um dos grandes nomes da contracultura norte-americana, tem um conto intitulado “Red-Dirt Marijuana”, que li traduzido em espanhol como “La Rica Marihuana”, uma espécie de “modo de usar” da maconha em formato de ficção. Como um “Huckleberry Finn” de Mark Twain em versão “ervoafetiva”, Southern narra a história da amizade entre um garoto branco e seu amigo mais velho, negro, empregado da fazenda onde ambos vivem.

Impressionado ao ver algumas vacas meio sonolentas largadas pelo pasto, o guri ouve do rapaz: “Sinal de que deve ter erva por perto”. De fato, os amigos descobrem alguns pés de maconha nas proximidades, logo colhidos pelo negro, que coloca a planta para secar e depois começa a separá-la em dois montes diferentes. O garoto pergunta: “Por que você está fazendo isso?” E ele: “Essa daqui é a maconha fraca, que posso fumar para trabalhar o dia inteiro, de sol a sol, sem me cansar. E esta aqui é a maconha forte, para fumar no domingo, quando não quero nem saber de trabalho”.

É uma história que diz muito sobre as diferentes formas de usar maconha. Há pessoas que conseguem inclusive fumar e trabalhar; e há outras que preferem utilizar a erva só nas horas de folga, para não misturar trabalho com estados alterados de consciência. Há quem fume cotidianamente; e há quem fume ocasionalmente. Este tipo de percepção sobre a droga não costuma aparecer em pesquisas sobre a maconha para não dar destaque ao fato de que a maioria dos “maconheiros” fuma baseados com “fins recreativos”. Existem estudos indicando que 95% dos usuários da maconha sejam recreativos.

O principal problema do filme “Quebrando o Tabu”, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendendo a descriminalização da maconha, é justamente ignorar o uso recreativo. A premissa do documentário dirigido por Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck, é que o usuário não pode ser preso porque é um doente, não um criminoso. A certa altura do filme, FHC diz: “Uma pessoa que fuma maconha de manhã cedo tem sérios problemas psicológicos”. Será mesmo? Eu própria conheço gente que fuma antes de trabalhar e não aparenta ter problema algum. Se você prestar atenção, verá algumas vezes pessoas fumando baseado no trânsito a caminho do trabalho. É mais comum do que se imagina.

FHC diz que tem estudado o tema da maconha, mas não parece ter muita idéia do que está falando. Ele confessa, bem no comecinho do documentário, que errou em sua política de drogas quando foi presidente. Em seguida, aparece Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, também admitindo que errou. Pena, porém, que a honestidade intelectual do filme acabe aí. No afã de demonstrar que o tucano é um globetrotter que circula com desenvoltura entre celebridades, o documentário prioriza depoimentos de ex-presidentes como os americanos Clinton e Jimmy Carter, o colombiano César Gaviria e o mexicano Ernesto Zedillo, além do escritor Paulo Coelho e do galã de Hollywood Gael García Bernal.

Só aparece um depoimento de usuário de maconha, um rapazola que fala das dificuldades de se comprar a erva enquanto enrola um baseado. Há outros depoimentos de viciados e ex-viciados em heroína, droga que o próprio filme faz questão de destacar que tem um poder de adicção mil vezes maior do que a maconha. Ora, se uma das intenções do documentário é descolar o uso da erva do vício em outras drogas, por que aproximar um usuário do outro? O heroinômano cabe no modelo “doente”, que precisa de tratamento e não de cadeia. O maconheiro, não.

Faltou ao filme de FHC um depoimento honesto como o da atriz Maria Alice Vergueiro no ótimo curta “Tapa na Pantera”, de Esmir Filho: “Fumo todos os dias há 30 anos e nunca viciei”. Faltaram usuários dizendo que fumam porque querem relaxar ou simplesmente porque gostam de fumar. Uma defesa sincera da descriminalização da maconha passa, sim, pelo fato de que irá reduzir a violência, como defende o filme de FHC. Mas é preciso falar que a maconha precisa ser descriminalizada também porque é uma planta e pode ser cultivada em casa, porque tem finalidades terapêuticas que precisam ser aproveitadas e pesquisadas, e porque está comprovado cientificamente que é menos nociva para a saúde do que o álcool e o tabaco, que são liberados.

Assim como fez o chapa de FHC, Bill Clinton, “Quebrando o tabu” fuma maconha, mas não traga. Sua defesa da descriminalização é superficial e é desonesto intelectualmente ao ignorar o usuário recreativo de maconha. Não adianta vir com a desculpa de que este seria um caminho mais curto para a descriminalização –tipo o acusado que assina uma confissão para ter uma pena menor. Não. Chamar os que fumam cannabis de doentes é tão equivocado quanto dizê-los criminosos. E o que o debate sobre a descriminalização da maconha no Brasil menos precisa é de hipocrisia.


=====
Escolhi postar a critica da Cynara Menezes, menos acida que a minha, que num breve parágrafo, resumo o documentário como a maior propaganda política que vi nos últimos anos... ao invés de 1 hora de duração, são 01h20min numa tentativa exacerbada de adquirir o voto do usuário de maconha numa sintaxe onde ele não é o foco, e sim a política em volta do usuário que faz o voto do mesmo ser promissor. A classe trabalhadora do "Lulismo", foi remodelada para uma Classe Usuária de Drogas - principalmente a maconha pelos tucanos de FHC. - RAS [fyadub]






quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

SUBATOMIC SOUNDS @ FYASHOP + FREE DOWNLOAD



Duas novidades, a primeira é que chegou o catálogo do selo e sound system Subatomic Sound de Nova Iorque, todos os discos em ótimas prensas 12inch com participações de Lee Perry, Jahdan Blakkamoore, David Lynch, Dubblestandart, Ari Up, Elephant Man, e os dois 7inch de edição limitada com vocal de Anthony B, abaixo todos os links para você ouvir cada disco que vão desde o new roots até o mais obscuro dubstep, e de presente de final de ano vai um link pra você fazer o download de todo o material disponibilizado no soundcloud do Subatomic Sound, tem mash ups, remixes, podcast, então só fazer o download >>> clique aqui.

A outra novidade são as Record Bags da Soul Jazz com frete gratuito para todo o Brasil, não vou mentir, são lindas e da para usar mesmo que não seja para carregar seus discos. 

Para comprar envie e mail para fyadub@yahoo.com.br

> SS014 Subatomic Sound System meets Ari-Up & Lee Scratch Perry "Hello, Hell is Very Low" - 7inch - R$ 18

> SS015 Dubblestandart meets David Lynch & Lee Scratch Perry "Chrome Optimism" - 12inch - R$ 32

> SS009 Lee Scratch Perry & Dubblestandart meet Subatomic Sound System & Jahdan Blakkamoore "Blackboard Jungle" (12") - R$ 32

> SS018 Elephant Man "Vampires & Informers" (12") - R$ 32

> SS023 Anthony B - Dem Can't Stop We From Talk (Kingston Riot) - 7inch - R$ 18

> SS024 Anthony B - Dem Can't Stop We From Talk (NYC 2 Africa) - 7inch- R$ 18

> Record Bag Soul Jazz Azul Roial- 30 Lp's - 159,99
(Cores Vermelha, Azul Marinho, Azul Roial e Cinza)

DÚVIDAS ENVIE E MAIL fyadub@yahoo.com.br ou telefone (11) 9984.4213


> Para comprar basta enviar e mail para fyadub@yahoo.com.br
> Compras via depósito no Banco do Brasil ou Payal
> Frete consulte pelo e mail fyadub@yahoo.com.br
> Catálogo agora fica hospedado no Mercado Livre: http://lista.mercadolivre.com.br/musica/_CustId_44458595
> Aceitamos Depósito no Banco do Brasil ou Paypal.
> Parcelamento em até 12x no cartão de crédito pelo Mercado Livre.
> Envio em até 3 dias úteis.
> Se você tiver discos para vender, envie-nos seu catálogo com artista/título/selo/valor.
> Tire todas as dúvidas pelo e mail fyadub@yahoo.com.br

DISQUS NO FYADUB | FYASHOP

O FYADUB | FYASHOP disponibiliza este espaço para comentários e discussões das publicações apresentadas neste espaço. Por favor respeite e siga o bom senso para participar. Partilhe sua opinião de forma honesta, responsável e educada. Respeite a opinião dos demais. E, por favor, nos auxilie na moderação ao denunciar conteúdo ofensivo e que deveria ser removido por violar estas normas... PS. DEUS ESTÁ VENDO!