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domingo, 18 de outubro de 2015

RIP! UM MANIFESTO DO REMIX :: DOCUMENTÁRIO




RIP!: a Remix Manifesto (RIP!: um Manifesto do Remix) é um documentário dirigido pelo ciberativista Brett Gaylor, e tem como foco principal a discussão acerca dos direitos autorais, propriedade intelectual, compartilhamento de informacão e a cultura do remix nos dias de hoje.

O documentário conta com presenças ilustres como a do produtor Gregg Willis, conhecido no mundo da música como "Girl Talk", Lawrence Lessig, criador da Creative Commons, Gilberto Gil, então Ministro da Cultura no Brasil, o crítico cultural Cory Doctorow, dentre outros.

O filme foi lançado oficialmente em 2008, no Canadá, mas disponibilizou material online muito antes, através de um projeto criado por Brett Gaylor intitulado Open Source Cinema. O objetivo era que o filme fosse uma produção colaborativa, onde o público pudesse contribuir com material ou mesmo baixar, editar e remixar o filme de acordo com a sua vontade, seguindo a idéia da Cultura do Remix. O projeto foi um sucesso e ganhou muitos prêmios.

O filme começa introduzindo a arte do remix, através do o trabalho de Girl Talk. Ele faz mashups, ou seja, recorta trechos de diversas músicas e os rearranja em uma disposição totalmente diferente, criando uma nova música.

Aos poucos, Brett Gaylor, que narra o filme em primeira pessoa, vai nos apresentando questões polemicas que giram em torno desse tipo de trabalho, como a guerra que vem sendo travada entre dois grandes exércitos: os "Copyright", que representam as corporações privadas que consideram que idéias são propriedade intelectual e devem ser protegidas e trancafiadas para lucro próprio; e os "Copyleft", que visam compartilhar conteúdo e defendem o domínio público como sendo um espaço para a livre troca de idéias e a garantia do futuro da arte e da cultura.

Diante dessa batalha, e estando no time dos Copyleft, Gaylor e outros defensores da causa criaram o seguinte manifesto:

1) A cultura sempre se constrói baseada no passado;

2) O passado sempre tenta controlar o futuro;

3) O futuro está se tornando menos livre;

4) Para construir sociedades livres é preciso limitar o controle do passado.

Baseando-se nessas premissas, a história do filme se desenvolve, passando por várias entrevistas com representantes dos 2 lados da guerra. O documentário se auto-denomina uma representação desse manifesto, convocando a participação das pessoas não só na guerra contra as grandes corporações defensoras dos copyrights quanto na produção de novos conteúdos baseada na remixagem, garantindo assim o futuro da cultura e a arte.

Clique aqui para ler; "Compreendo o Documentário: RIP! Um Manifesto do Remix"

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A SERVIDÃO MODERNA [DOCUMENTÁRIO]

A Servidão Moderna

"De la Servitude Moderne"
(França - Colômbia, 2009, 52min - Direção: Jean-François Brient)

A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais.

Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época.

Contrariamente aos escravos da antigüidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber.

Eles ignoram o que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça.





quarta-feira, 14 de novembro de 2012

BEEF [DOCUMENTÁRIO]

Beef [treta em tradução livre] é um documentário de 2003 que trata sobre a história das tretas do Hip Hop. Os produtores foramCasey Suchan e Denis Henry Hennelly e o produtor executivo Quincy Jones III (QD3), o roteiro foi escrito por Peter Alton e Spirer Peter (que co-dirigiu) e narrado pelo ator Ving Rhames.

O foco principal da série de filmes é a cronologia das batalhas, algumas amigáveis outras muitos pessoais e nada amigáveis - longe disso alias. O documentário tem inicio com as primeiras batalhas nos anos 80, algumas notórias como KRS-One vs. MC Shan (The Bridge Wars), Kool Moe Dee vs. Busy Bee, 50 Cent vs Murder Inc., as tretas entre os integrantes do N.W.A. entre Ice Cube e o grupo, depois entre Dr. Dre e Easy-E, a rivalidade entre Jay-Z e Nas e a mais famosa de todas entre 2Pac vs. Notorious Big que terminou em tragédia com ambos mortos. 

Muitos proeminentes do Hip Hop como Russel Simmons, Snoop Dogg, Kool Moe Dee, Jay-Z, KRS-One, Mack 10, DMX e Ice T participam do doc. dando entrevistas e testemunhos junto com arquivos de imagens de clipes da época e algumas nunca divulgadas com partes de shows e entrevistas que nunca foram ao ar.

Beef apresenta até mesmos alguns desentendimentos que ficaram obscuros por algum tempo, como o episódio de Nate Dogg (RIP) em 1995 em um video da Dogg Pound, onde alguns membros da Ruthless Records começam uma briga com a Death Row Records. 

O segundo doc. (Beef II) lançado em 2004 é uma continuação do primeiro com o mesmo time de direção, produção e roteiro sendo narrado por Keith David. Entre as rivalidades que foram perfiladass, incluem KRS-One vs Nelly, Roxanne Shante e Marley Marl vs UTFO, LL Cool J vs Canibus, Cubo K-Solo vs DMX,  Westside Connection, e vários outras histórias da rivalidade entre rappers. 

Carne III é o terceiro da série Beef. É um documentário sobre hip hop e rivalidades. Ele foi lançado em DVD em 2005. Foi dirigido por Peter Spirer e narrado por DJ Kay Slay. O documentários seguintes perderam um pouco da essência e cairam na mesmice, do 1 ao 3 são somente histórias contadas pelos próprios participantes do Hip Hop e do rap. 

sábado, 11 de agosto de 2012

MARCUS GARVEY :: LOOK FOR ME IN THE WHIRLWIND [DOCUMENTARY]

Marcus Garvey: Look For Me in the Whirlwind
Marcus Garvey é uma das figuras mais controversas e enigmáticas da história americana, um visionário afrocentrico, um orador brilhante e um autocrata panafricalista. Ele era um forte defensor dos negros e da emancipação da união entre pessoas de ascendência Africana. Ele inspirou os afro-americanos contra os regimes autoritários e racistas na época, e disseminou suas idéias pelo mundo na busca da ascensão e repatriação do homem negro.

Marcus Garvey: Look For Me In The Whirlwind [Marcus Garvey - Me Procure no Turbilhão - tradução livre], o primeiro documentário para contar a história de vida completa desse líder polêmico, usa uma riqueza de materiais a partir dos escritos de Garvey e documentos, filmes e fotografias para revelar o que motivou um jamaicano pobre a se tornar líder uma organização internacional para a diáspora Africana, o que levou ao início de sucessos históricos, e por isso que morreu solitário. Entre as sequências mais fortes do filme são articulados, entrevistas de fogo com os homens e mulheres cujos pais aderiram ao movimento de Garvey mais de 80 anos atrás. Juntos, eles revelam como as idéias de Garvey revolucionárias foram para uma nova geração de africanos americanos, caribenhos e africanos e como ele investiu centenas de milhares de homens e mulheres negros com um novo senso de descoberta do orgulho racial.

O filme começa em 1887 na Baía de St. Ann, na Jamaica, onde Garvey nasceu. Abrange a descoberta histórica do racismo como um garoto e suas viagens pela América Central e do Sul em 20 anos históricos. A exploração terrível dos trabalhadores negros que Garvey testemunhou nessa jornada. Voltou à Jamaica depois de dois anos na Inglaterra e na Europa. Determinado a mudar de lugar os negros no mundo. "Onde está o governo do negro?" ele questionou. "Onde está o presidente histórico, país histórico, os homens de negócios grandes e históricos? Eu não poderia encontrá-los." Em agosto de 1914 ele estabeleceu a Universal Negro Improvement Association (UNIA) e a African Community's League  (ACL). Os objetivos da organização eram ambiciosos - a unidade racial, independência econômica, formação universitária e da Reforma Moral - mas em apenas dois anos problemas financeiros forçaram Garvey a ir para os Estados Unidos.

No outono de 1917, um ano e meio depois de chegar nos EUA, Garvey fundadou a sede da UNIA no Harlem, ele encontrei um público ávido entre descontentes imigrantes antilhanos. Começando com um punhado de compatriotas, o capítulo Harlem se tornaria o bairro o pai da UNIA renovada. Ele cresceu rapidamente com a final da Primeira Guerra Mundial e com dezenas de capítulos em todo o mundo, ela estava destinada a ser a maior organização negra na história. Chave para a ideologia de Garvey era a auto-suficiência do negro. Ele fundei a Black Star Line, uma companhia de navegação que levantou mais de $ 600.000 dólares em 1922 antes de entrar em colapso, e a Negro Factories Corporation, que desenvolveu mercearias, restaurante, lavanderia, uma frota de vans e uma editora em movimento.

O sucesso de Garvey na mobilização dos negros lhe valeu a suspeita e investigação do do governo dos EUA. Sua marca do nacionalismo levou a disputas mais amargas também com outros líderes negros, incluindo os africanos americanos e caribenhos. O mais notável dos rivais de Garvey foi intelectual panafricalista W.E.B. Du Bois que o descreveu como "ditatorial, autoritário, excessivamente vaidoso e muito suspeito."

Em 1923, as autoridades americanas condenara Garvey por fraudar  os fundos de venda da Black Star Line e o e o condenou. Garvey cumpriu uma sentença de dois anos e foi então deportados imediatamente. Na época da morte de Garvey em Londres em 1940, a UNIA era uma mera sombra do que tinha sido. Com sonhos históricos do Pan Unidade Africana e longe de independência econômica bem como havia sonhado, e do que era seu próprio legado. Considerado por muitos como um sonhador utópico ou um nacionalista extravagante e perigoso racial. Esse é um pouco de Marcus Moziah Garvey.








 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ALL YOU NEED IS LOVE [FILME]


Sérgio é um garoto que sozinho anda pelas ruas de uma cidade hostil e ainda desconhecida. Em uma espécie de ritual de iniciação, precisa acertar sua primeira vitima para ganhar o respeito de seus colegas mais velhos. Localizado o alvo, Sérgio fica escondido aguardando em meio ao cenário urbano da cidade de São Paulo. Quando sua vitima finalmente aparece, aponta sua arma e se prepara para puxar o gatilho... Porém o plano muda quando, descoberto por dois seguranças, foge apavorado. Durante essa corrida nos damos conta que o verdadeiro ‘alvo’ do filme são questões como a incoerência entre a aparência e as múltiplas camadas da realidade. 

Acompanhada pelo ritmo da trilha sonora original inspirada no famoso leitmotiv dos Beatles, esta fábula urbana que rima em rap sem gritar, que toca questões como o preconceito de forma poética e leve, nos lembra mais uma vez que nem sempre tudo é o que parece ser.




Premios :
- All You Need Is Love won the best narrative short in Geneva film festival
- The best film Int Professional The London lift-Off Film Festival
- Premio Gavião Real - para melhor curta-metragem de Ficção
- Official selection - Show me justice festival 2011


 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

DEEP ROOTS MUSIC - BBC DOCUMENTARY @ FYASHOP

A última palavra em história do reggae, essa série em seis partes gravada em filme no início dos anos 80e dirigida por Howard Johnson. A filmagem foi feita pouco após a morte de Bob Marley, num momento determinante do reggae onde se olhava para trás e para frente tentando imaginar o seu futuro e de como a Jamaica faria a sua música sem seu maior ícone. 

Howard Johnson concorreu ao Oscar como melhor caramen e entrevistou os maiores músicos e os mais influentes produtores da época que influenciaram todo o decorrer da história do reggae. Os documentários (3 dvd's) contam com os músicos e produtores ainda numa fase de descobrimento e obscuridade antes de se tornarem lendas no reggae mundialmente. 

Deep Roots Music coloca tanto apresentações ao vivo como entrevistas contanto a história e falando sobre a cultura das bandas e dos sistemas de som, junto ao folclore e a musicologia. Nessa amostragem toda, aparecem desde os criadores aos que se envolveram desde os primórdios do Mento, Ska, Rock Steady e os primeiros deejays e seletores.

Clique nas capas para adquirir o dvd no fyashop;

  

Parte 1 - Revival
Como Kumina, Poco, Burro e Mento - a música dos escravos africanos - se tornou o ritmo batizado de Ska que conquistou o mundo. Como canções folclóricas e calipso mantiveram a cultura viva e reavivaram sua música com a mistura de músicas cristãs de suas igrejas e as canções africanas de seus antepassados no mais alto nível. Entrevistas com Skatalites, Count Ossie, Toots Hibert, Don Drummond, Jimmy Riley e Jimmy Cliff.

Parte 2 - Ranking Sounds
A ascensão dos sistemas de som e a origem dos deejays e dos toaters. Raras imagens de U Roy, Prince Buster e dos Skatalites. Memórias de Duke Reid. As primeiras aparições dos originadores do talk-over Sir Lord Comic e Count Matchouki e os principais sistemas de som da época como Jack Rubi Hi-Power fazendo uma sessão em Ocho Rios. 

Parte 3 - The Bunny Lee Story
Um dos maiores produtores da Jamaica e sua "família"de artistas demonstram como a música deve ser feita. Prince Jammy, Waine Smith, Junior Reede a nata de Bunny Lee Jackie Edwards, Delroy Wilson, Johnny Clarke e Prince Jazzbo.

Parte 4 - Black Ark
Lee Scratch Perry da uma aula de música, celebra a influência do Rastafari no reggae, inclui algumas imagens raras de Sua Majestade Imperial Haile Selassie. Gravações de Nyabingui com Count Ossie, Tommy McCook e Skully e participações de the Mighty Diamonds e Bob Marley. Lee Scratch Perry investe dias em seu estúdio brilhantemente descrito como "black power". 

Parte 5 - Money In My Pocket
A conexão jamaicana entre politicos, comerciantes e a música. Edward Seaga e Michael Manley unidos no palco de um show de Bob Marley na famosa reconciliação durante o concerto numa das eleições mais violentas na Jamaica no ano de 1981. Música na rádio com Sonia Edwards e Robert Wilson, música nas ruas com Charlie Ace e sua famosa van batizada de Swing A Ling e música no estúdio com Sheila Hylton e Dennis Brown. 

Parte 6 - Guetto Riddims
A parte mais pobre da ilha foi a que mais contribuiu para sua musicalidade e originalidade em sua cultura. Charlie Ace traz mais música para a comunidade, Jack Ruby em uma de suas famosas audições no quintal atraindo formidáveis e geniais músicos, letristas e compositores desconhecidos. Participação de Skatalites, The Mighty Diamonds e Micky Simpson.







sábado, 14 de abril de 2012

INDUBTÁVEL @ CINEMATECA DIA 27/04/2011

Dia 27/04/2012 tem a exibição do documentário InDUBtável - Reggae Documento de William Sernagiotto na Cinemateca as 20h30.

Já publicamos o documentário aqui no FYADUB em janeiro de 2010 e se você não estiver em SP para acompanhar a sessão na Cinemateca, clique aqui e só dar o play.


Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino
04021-070 São Paulo - SP

Tel: (55 11) 3512-6118

quinta-feira, 29 de março de 2012

COMO A MÍDIA BRASILERA SUFOCA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO



Vídeo fundamental para entender de uma vez por todas como a oligarquia midiática destrói um dos nossos direitos fundamentais, que é o direito à comunicação. 

Didático, a matéria mostra que a concentração dos grandes veículos de comunicação na mão de poucas famílias beira a monarquia, já que o poder é transmitido de pai para filho. 

Em pleno século XXI, é vergonhoso para o Brasil que a pornográfica distribuição de concessões de rádios e TVs feitas por (e para) políticos e empresários picaretas no século passado ainda renda esse atraso monstruoso da mídia que, a despeito da sua milionária estrutura física e técnica, faz jorrar todos os dias uma programação de péssima qualidade para os brasileiros. E quando alguém ousa "competir" com esse poder midiático (montando, por exemplo, uma rádio comunitária), eis que todo o poder constituído se une (oligarcas da mídia, políticos, governos, ANATEL, polícia, Justiça etc.) para confiscar, prender, multar e processar aquele que cometeu o crime de tentar - como faz a poderosa mídia - se comunicar de forma eficaz com os seus iguais. 

E como mudar tal estrutura se a maioria dos políticos e empresários tem interesse direto ou indireto em deixar tudo do jeito que está? Digo "direto" porque muitos políticos são privilegiados donos de rádios e TVs - e foi exatamente por causa disto que conseguiram se eleger; e digo "indireto" porque a outra parcela de políticos (os que não são donos de veículos de comunicação), certamente recebem apoio daqueles que detém o "poder midiático". 

Este vídeo foi postado originalmente com o nome "Levante a Sua Voz". Eis o crédito do mesmo:

Vídeo produzido pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung remonta o curta ILHA DAS FLORES de Jorge Furtado com a temática do direito à comunicação. A obra faz um retrato da concentração dos meios de comunicação existente no Brasil.

Roteiro, direção e edição: Pedro Ekman
Produção executiva e produção de elenco: Daniele Ricieri
Direção de Fotografia e câmera: Thomas Miguez
Direção de Arte: Anna Luiza Marques
Produção de Locação: Diogo Moyses
Produção de Arte: Bia Barbosa
Pesquisa de imagens: Miriam Duenhas
Pesquisa de vídeos: Natália Rodrigues
Animações: Pedro Ekman
Voz: José Rubens Chachá

terça-feira, 13 de março de 2012

KONY 2012 [DOCUMENTÁRIO]

QUEM É JOSEPH KONY?
Joseph Kony é um dos maiores criminosos de guerra do mundo. Em 1987 ele tomou a liderança de um grupo rebelde rebatizado de Lord's Resistence Army (LRA), numa tradução para o português; Resistência Armada do Senhor.
O LRA ganhou reputação por suas táticas cruéis e brutais. Quando Joseph Kony se juntou ao lutadores, ele começou a abduzir crianças para serem soldados no seu exército ou "esposas" para seus oficiais. O LRA é encorajado a estuprar, mutilar e matar civis, muitas vezes com armas sem o corte. 

O LRA não está mais ativo no Norte de Uganda (onde se originou). Mas ele continua sua campanha de violência na República Democrática do Congo, República Central Africana e no sul do Sudão. Em sua história de 26 anos, o LRA raptou mais de 30.000 crianças e pelo menos 2,1 milhões de pessoas foram deslocadas de suas terras de origem.

QUAL O OBJETIVO DO KONY 2012?
Invisible Children (Crianças Invisíveis) trabalha há 9 anos para acabar com os conflitos armados com maior duração na África. Conselheiros militares americanos estão atualmente na África Central na missão intitulada "Time-Limited", missão com intuito de parar Kony e desarmar a LRA. Se Kony não for capturado esse ano, a janela de oportunidade terá ido embora. Estamos tomando medidas para assegurar duas coisas;

1) Que Joseph Kony seja conhecido mundialmente como um dos piores criminosos de guerra.

2) Que os EUA e os esforços internacionais são reforçados com uma estratégia mais abrangente de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR).

PORQUE ESTAMOS FAZENDO JOSEPH KONY "FAMOSO"?
A campanha Invisible Childrens 2012 visa tornar Joseph Kony famoso, não para celebra-lo, mas levantar apoio para sua prisão e estabelecer precedentes para a justiça internacional. Neste caso, a notoriedade se traduz em apoio público. Se as pessoas sabem os crimes que Kony vem cometendo durante esses 26 anos, eles se unirão para detê-lo.

Em segundo lugar, queremos Kony famoso para que quando ele for preso, será um exemplo concreto e visível de Justiça Internacional. Então, outros criminosos de guerra saberão que atrocidades em massa não vão passar despercebidas ou impunes.


Manifesto extraído do site oficial http://www.kony2012.com/

CONTATO
QUESTÕES GERAIS:info@invisiblechildren.com
ACESSORIA DE IMPRENSA:cattarini@sunshinesachs.com

PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O INVISIBLE CHILDREN, VISITE O SITE PRINCIPAL:WWW.INVISIBLECHILDREN.COM

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

QUEBRANDO O TABU [DOCUMENTÁRIO]

"Quebrando o Tabu" fuma, mas não traga...
Por Cynara Menezes - http://www.cartacapital.com.br/politica/quebrando-o-tabu-fuma-mas-nao-traga/

Terry Southern, um dos grandes nomes da contracultura norte-americana, tem um conto intitulado “Red-Dirt Marijuana”, que li traduzido em espanhol como “La Rica Marihuana”, uma espécie de “modo de usar” da maconha em formato de ficção. Como um “Huckleberry Finn” de Mark Twain em versão “ervoafetiva”, Southern narra a história da amizade entre um garoto branco e seu amigo mais velho, negro, empregado da fazenda onde ambos vivem.

Impressionado ao ver algumas vacas meio sonolentas largadas pelo pasto, o guri ouve do rapaz: “Sinal de que deve ter erva por perto”. De fato, os amigos descobrem alguns pés de maconha nas proximidades, logo colhidos pelo negro, que coloca a planta para secar e depois começa a separá-la em dois montes diferentes. O garoto pergunta: “Por que você está fazendo isso?” E ele: “Essa daqui é a maconha fraca, que posso fumar para trabalhar o dia inteiro, de sol a sol, sem me cansar. E esta aqui é a maconha forte, para fumar no domingo, quando não quero nem saber de trabalho”.

É uma história que diz muito sobre as diferentes formas de usar maconha. Há pessoas que conseguem inclusive fumar e trabalhar; e há outras que preferem utilizar a erva só nas horas de folga, para não misturar trabalho com estados alterados de consciência. Há quem fume cotidianamente; e há quem fume ocasionalmente. Este tipo de percepção sobre a droga não costuma aparecer em pesquisas sobre a maconha para não dar destaque ao fato de que a maioria dos “maconheiros” fuma baseados com “fins recreativos”. Existem estudos indicando que 95% dos usuários da maconha sejam recreativos.

O principal problema do filme “Quebrando o Tabu”, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendendo a descriminalização da maconha, é justamente ignorar o uso recreativo. A premissa do documentário dirigido por Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck, é que o usuário não pode ser preso porque é um doente, não um criminoso. A certa altura do filme, FHC diz: “Uma pessoa que fuma maconha de manhã cedo tem sérios problemas psicológicos”. Será mesmo? Eu própria conheço gente que fuma antes de trabalhar e não aparenta ter problema algum. Se você prestar atenção, verá algumas vezes pessoas fumando baseado no trânsito a caminho do trabalho. É mais comum do que se imagina.

FHC diz que tem estudado o tema da maconha, mas não parece ter muita idéia do que está falando. Ele confessa, bem no comecinho do documentário, que errou em sua política de drogas quando foi presidente. Em seguida, aparece Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, também admitindo que errou. Pena, porém, que a honestidade intelectual do filme acabe aí. No afã de demonstrar que o tucano é um globetrotter que circula com desenvoltura entre celebridades, o documentário prioriza depoimentos de ex-presidentes como os americanos Clinton e Jimmy Carter, o colombiano César Gaviria e o mexicano Ernesto Zedillo, além do escritor Paulo Coelho e do galã de Hollywood Gael García Bernal.

Só aparece um depoimento de usuário de maconha, um rapazola que fala das dificuldades de se comprar a erva enquanto enrola um baseado. Há outros depoimentos de viciados e ex-viciados em heroína, droga que o próprio filme faz questão de destacar que tem um poder de adicção mil vezes maior do que a maconha. Ora, se uma das intenções do documentário é descolar o uso da erva do vício em outras drogas, por que aproximar um usuário do outro? O heroinômano cabe no modelo “doente”, que precisa de tratamento e não de cadeia. O maconheiro, não.

Faltou ao filme de FHC um depoimento honesto como o da atriz Maria Alice Vergueiro no ótimo curta “Tapa na Pantera”, de Esmir Filho: “Fumo todos os dias há 30 anos e nunca viciei”. Faltaram usuários dizendo que fumam porque querem relaxar ou simplesmente porque gostam de fumar. Uma defesa sincera da descriminalização da maconha passa, sim, pelo fato de que irá reduzir a violência, como defende o filme de FHC. Mas é preciso falar que a maconha precisa ser descriminalizada também porque é uma planta e pode ser cultivada em casa, porque tem finalidades terapêuticas que precisam ser aproveitadas e pesquisadas, e porque está comprovado cientificamente que é menos nociva para a saúde do que o álcool e o tabaco, que são liberados.

Assim como fez o chapa de FHC, Bill Clinton, “Quebrando o tabu” fuma maconha, mas não traga. Sua defesa da descriminalização é superficial e é desonesto intelectualmente ao ignorar o usuário recreativo de maconha. Não adianta vir com a desculpa de que este seria um caminho mais curto para a descriminalização –tipo o acusado que assina uma confissão para ter uma pena menor. Não. Chamar os que fumam cannabis de doentes é tão equivocado quanto dizê-los criminosos. E o que o debate sobre a descriminalização da maconha no Brasil menos precisa é de hipocrisia.


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Escolhi postar a critica da Cynara Menezes, menos acida que a minha, que num breve parágrafo, resumo o documentário como a maior propaganda política que vi nos últimos anos... ao invés de 1 hora de duração, são 01h20min numa tentativa exacerbada de adquirir o voto do usuário de maconha numa sintaxe onde ele não é o foco, e sim a política em volta do usuário que faz o voto do mesmo ser promissor. A classe trabalhadora do "Lulismo", foi remodelada para uma Classe Usuária de Drogas - principalmente a maconha pelos tucanos de FHC. - RAS [fyadub]






domingo, 13 de novembro de 2011

ELECTRO ROCK - 1985 UK HIP HOP

É fácil olhar para trás, o Hip Hop nos anos oitenta era o underground com óculos escuros. Foi um tempo de feitos realmente grandes para a époica. Mas, para ser capaz de vê-lo e de voltar como uma fita vhs e mostrar o melhor da classe direto da velha escola. Electro Rock é um show de verdade; um filme seminal de um evento de Hip Hop realizado em 1985, que capta a nata do talento do movimento Hip Hop da época.

Realizado no Hipódromo de Londres e apresentado pelo então DJ Mike Allen da radio Capital, Electro Rock foi um evento-primordial no moviento devido a cinergia capturada em película e liberada através Polygram. O filme apresenta uma série de danças break, popping, beat box e rap do Reino Unido e alguns ativistas dos Estados Unidos. Estes incluem o lendário Afrika Bambaataa, London All Star Breakers, Broken Glass, Rock City Crew, Family Quest e um pouco do estranho Loose Bruce!

Apoiado pela Polygram, alguns dos expoentes do Hip Hop partiram em uma turnê promocional ao Reino Unido. Como eles acabaram no Hall do St George, em Exeter, em meados dos anos oitenta eu não tenho idéia, talvez um convite ou show fora da agenda da turnê. O salão é um último vestígio do tipo de local que teria hospedado eventos de luta livre na década de oitenta.

Mas naquela noite St George estava cheia de bboys, em seus melhores agasalhos Fila. Estranhamente justapostos contra o Hip Hop, palco do salão era mais adequado para teatro amador e as danças no desgastado piso de madeira. Mas a equipe lá em cima balançou a casa e a tripulação de Nottingham Rock City sacudiu o chão. Sem um toque de arrogância, o grupo da "Cidade do Rock" teve uma sessão master sem quebrar, enquanto o público todo, se misturava com os bboys formando multidão. Soa como nostalgia provavelmente,  olhando para trás com um brilho de saudade e um certo sentimentalismo.

Tinha visto esse video com alguns outros do DMC em meados da década de 90, e vê-lo de volta hoje é impressionante com toda a nostalgia lírica da batalha final (Londres contra o resto). É uma exposição fantástica sobre o estilo e força física de break e popping.

Hip Hop é um movimento que não para, continua evoluindo, construindo pontes e destruindo obstáculos, fazendo com que as pessoas se movimentem intelectualmente e politicamente. Através do Hip Hop - não do rap apenas, o engajamento de diversas pessoas tanto sendo parte Zulu Nation, das antigas equipes de som e dos jovens que mantém um movimento verdadeiro ativo e crescente, falando de história, respeitando a verdadeira escola (o novo e o velho é relativo), se faz com que a preservação de nossa história se sustente.

Sem prolongar muito mais, enjoy!!!



terça-feira, 1 de novembro de 2011

HAILE SELASSIE - MAN OF THE MILLENIUM [DOCUMENTÁRIO]

Nesse mês inteiro de Novembro, o FYADUB vai dar atenção a dois temas específicos a Celebração da Coração de Haile Selassie, que aconteceu em 2 de Novembro de 1930 e a celebração de 20 de Novembro (morte de Zumbi dos Palmares), mas não celebramos a morte de Zumbi mas sim, seu exemplo de luta e resistência que perdura até hoje no racismo velados que existe no Brasil, de forma explicita e velada contra negros, descendentes de negros e os ascendentes negros, que a cada dia por uma lavagem cerebral esquecem e alteram o passado de forma a moldar o presente deturpadamente.

Para começar, segue o documentário Man Of The Millenium que trata sobre todo os aspectos da vida de Haile Selassie do diretor Tikher Teferra da Etiopia. Abaixo para não estender muito, segue o depoimento do diretor do documentário, falando sobre o filme e dos aspectos religiosos do Rastafari sobre Haile Selassie;

"Embora já não esteja no poder, o Imperador Haile Selassie I ainda é temido por muitas figuras políticas como se ainda estivesse. Este grande diplomata, líder político e homem de caráter extraordinário é considerado o Pai da África e um dos muitos reis etíopes que verdadeiramente dignificou o país. O herdeiro de uma dinastia que tem a sua origem no século 13, e de lá a tradição ao rei Salomão e a Rainha de Sabá, Haile Selassie é uma figura determinante na história tanto da Etiópia e Africana.

Mais de 30 anos se passaram desde que ele foi visto pela última vez, não considerando a observância pelos crentes Rastafaris que o vêem como uma figura religiosa. Depois de concluir este projeto, eu valorizo ​​meus irmãos e irmãs Rastafaris ainda mais. Durante anos eles têm mantido minha pátria, a Etiópia e sua bandeira verdadeira em alta estima, assim como nós nativos etíopes, fomos ocupados e com o passar do tempo destruindo nossa própria história e estudando ideologias estrangeiras. Eu reconheço e respeito o movimento Rastafari religioso e do poder da religião em geral, mas a base do meu argumento não é religioso. Para mim, é uma questão de história, a dignidade e o respeito de si mesmo.

Por que temos tanto medo de sua história? Por que não podemos falar dele?Evidentemente, ele não era um homem perfeito. Não podemos mudar a história ou desfazer o que foi feito. Ainda assim, o seu legado é grande demais para ser ignorado. Ele merece ser mencionado. A nova geração não deve ser roubada do conhecimento dele.

Homem do Milênio é um documentário que tenta ligar o passado e o presente. É um filme sobre um rei e uma nova geração tentando descobrir partes ocultas da história. Um filme que dá figuras ao passado e uma voz para dizer o que eles testemunharam. Não é apenas um documentário biográfico. É um filme onde você encontra a nova geração lutando para recuperar o atraso com o passado. Você vai testemunhar a experiência de vida real de artistas criando músicas e filmes sobre temas que são considerados por alguns a ser politicamente indigno, mas aqueles que eu considero ser a história, uma história que deve ser contada.

Eu não sou um historiador. Eu sou apenas um simples cineasta ansioso para saber sobre esse rei. Estou convidando você a me acompanhar na minha jornada para descobrir a história. Eu esperei muito tempo ... e acredito que o tempo chegou para o que eu sei que é certo. Chegou a hora de conhecer a Sua Majestade Imperial, Imperador Haile Selassie."

Tikher Teferra
Diretor



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MADE IN JAMAICA [DOCUMENTÁRIO]


Made in Jamaica é um documentário produzido em 2006 pelo diretor francês Jerome Laperrousaz. O filme analisa a história do reggae e sua forma mais popular no momento, o dancehall. Ela é contada inteiramente através dos depoimentos de alguns dos artistas mais proeminentes e relevantes do gênero.

Há também algumas performances ao vivo e imagens evocativas da vida nos guetos e festas de dancehall de West Kingston, que vou dizer, mesmo que você não entenda uma palavra do inglês ou não consiga ler e compreender as legendas em francês do filme, os shows ao vivo são maravilhosos.

Há poucas tentativas feitas para traçar as raízes musicais do reggae no mento, ska e rocksteady, o que deu relevância ao documentário - pelo para que este que vos escreve. Em vez disso, Laperrousaz oferece um retrato impressionista da música reggae como é realizada, e tenta delinear algumas das contradições sociais e políticas-chave que têm informado a criação e o desenvolvimento da cultura tanto na Jamaica, como o que é exportado para o resto do mundo.

O filme abre com o velório do assassinato do "Dancehall Master" Gerald "Bogle" Levy em 2005. Ele usa o incidente para explorar o aparente contraste de atitudes entre old school "consciente" do reggae raiz e e a energia frenética, franqueza e o apelo sexual explicito da cena dancehall atual. As vertentes se mostram menos acentuadas do que é comumente suposto.

A implicação é que as preocupações musicais e líricas do reggae são influenciadas mais pelo pano de fundo da política jamaicana e mundial do que a moral e as intenções de seus principais expoentes na música.

A extrema pobreza da Jamaica tornou mais difícil para dancehall ser exportado e se divorciou de suas raízes sociais. Mesmo os artistas firmemente associados com a conversa sobre armas e lascívia sentem a necessidade de prestar homenagem ao espírito militante dos fundadores do reggae.

Além de ser a música dos bons tempos, o dancehall contém uma abundância de raiva contra a situação em que os jamaicanos se encontram. Este é normalmente expressado em termos menos religiosos do que o Rastafarianismo da geração mais velha ou "concorrente" mais abertamente "consciente" de artistas como Capleton, embora a influência do cristianismo se agigante a cada música.

Bounty Killer diz: "Eu quero dizer ao mundo que eu sou do gueto. Transeuntes e crianças levam um tiro a cada dia com a violência na Jamaica (...) Eu acho que é porque todo mundo não têm esperanças e sonhos para viver. Se eles repartissem a riqueza todo mundo ficaria feliz com uma vida agradável e familiar, então eles não iriam se sentir como dando a sua vida por nada."

Vybz Kartel, vai mais longe na assombrando "We Kill We" [A Gente Matando a Gente], dizendo: "Eles constroem as favelas/ E importam as armas/ Propriedade e drogas são os pais de bandidos/ Me pergunto como não podemos ver a armadilha que fizeram/ Pessoas pretas não são burras".

Ele explica: "A violência na Jamaica originalmente iniciou a partir de sua cultura política. Você tem guarnições nas comunidades. A culpa real para a violência é do governo."

Em "Emergency", ele taca fogo; "Emergência - estamos sofrendo aqui/ Sr. Prefeito, o que você está fazendo para a sarjeta que rodeia aqui/ Dois partidos tocam a mesma música triste/ Eles levantam tudo, desde petróleo a Craven A / Como é que ele não levantam para pagar um salário decente?"

Laperrousaz toca no assunto sobre o sexismo que permeia a sociedade e cultura, em entrevistas com Lady Saw e Tanya Stephens. Lady Saw descreve como ela sentiu que tinha de enfatizar as letras sexuais para chegar algum lugar. Stephens diz simplesmente: "Nós vivemos em uma sociedade realmente chauvinista".

Suas canções têm a resposta com a experiência do sexismo - alternadamente zombando do infeliz, os homens ignorantes em sua vida e, em seguida, desejando o pior para um ex-amante.

A incrível energia e exuberância do dancehall continua fértil com hip-hop, R&B, crunk e electro são capturados exatamente nas performances do Elephantman, Bounty Killer, e Lady Saw.

Há performances memoráveis ​​de alguns grandes nomes do reggae raiz. O incomparável Gregory Isaacs contribui com um maravilhoso "Kingston 14" e "Temptation", enquanto que Bunny Wailer tem versões de "I Shot The Sheriff" e "400 Years".

Bom, Made In Jamaica é um dos documentários mais legais, e posso arriscar a dizer mais divertidos já produzidos nos últimos 10 anos. É atual, sem deixar de lado a fundação da cultura - que pasme se você não sabe, aconteceu nos anos 90. Eu repito pra você que não entende patavina do que eles estão dizendo, aproveite os shows são todos ótimos e memoráveis enjoy!!!!




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domingo, 18 de setembro de 2011

ENCONTRO COM MILTON SANTOS: O MUNDO GLOBAL VISTO DO LADO DE CÁ [DOCUMENTÁRIO]

Milton de Almeida Santos nasceu em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, no dia três de maio de 1926, formou-se em Direito no ano de 1948, pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), e foi professor em Ilhéus e Salvador. Em 1958, voltou da Universidade de Estrasburgo, na França, com o doutorado em Geografia.

Milton foi preso e exilado pelo Golpe de 64. Entre os anos de 1964 e 1977, ensinou na França, Estados Unidos, Canadá, Peru, Venezuela e Tanzânia. Foi o único brasileiro a receber o Prêmio Vautrin Lud, considerado o Nobel de Geografia. Escreveu mais de 40 livros, entre eles “Por Uma Outra Globalização” (2000) e “Território e Sociedade no Século XXI” (2001) que alertavam para os perigos causados pelo processo de globalização nos países em desenvolvimento.

Essa pequena introdução se faz necessária, já que Silvio Tendler não se estendeu sobre a vida do homem Milton, e sim sobre a obra de Milton. Uma decisão que se mostrou acertada. Nos 89 minutos do documentário Encontro com Milton Santos ou: O Mundo Global Visto do Lado de Cá, o diretor se debruça sobre as teses do pensador Milton. Vários cineastas consagrados são arredios à ideia das biografias. “Querem me conhecer? Vejam meus filmes!” Essa frase pode ser atribuída a Hitchcock, Buñuel, ou Fellini. Seguindo essa linha de raciocínio, Silvio Tendler deixou a pesquisa biográfica para a curiosidade do público.

O cineasta conheceu Milton Santos em 1995, e desde então tinha planos para filmar o geógrafo. Os anos foram passando e, somente em 2001, Tendler realizou o que seria a última entrevista de Milton (que viria a morrer cinco meses depois). Baseado nesse primeiro ponto de partida o documentário procura explicar, ou até mesmo elucidar, essa tal Globalização da qual tanto ouvimos falar.

“É na evidência das contradições e dos paradoxos que constituem o cotidiano desta globalização que Milton Santos enxerga as possibilidades, já em andamento, de construção de uma outra realidade. Inova, portanto, quando, ao invés de se colocar contra a globalização, propõe e aponta caminhos para uma outra globalização. Agora, o novo vem da periferia. Como exemplo de uma cultura que surge dos ‘de baixo’, o professor cita o movimento Hip-Hop.”, revela Silvio.

O documentário percorre algumas trilhas desses caminhos apontados por Milton, vemos movimentos na Bolívia, na França, México e chegamos ao Brasil, na periferia de Brasília. Em Ceilândia, a câmera nos mostra pessoas dispostas a mudar as manchetes dos jornais que só falam da comunidade para retratar a violência local. Adirley Queiroz, ex-jogador de futebol, hoje cineasta, estudou os textos de Milton e procura novos caminhos para fugir do ‘sistema’ ou do Globaritarismo – termo criado por Milton Santos para designar a nova ordem mundial.

Para tornar o documentário atraente ao público acostumado à ficção ou aos telejornais, Tendler usa uma montagem ‘moderninha’ com gráficos e animações. Atores globais foram chamados para narrar o texto sobre Globalização: Beth Goulart, Fernanda Montenegro, Milton Gonçalves, Matheus Nachtergaele e Osmar Prado. Mas, na verdade, o que realmente importa é o conteúdo do filme. Num país tão carente de pensadores e e até mesmo ideais, um filme como esse deveria ser de exibição obrigatória nas salas de aula. Um sonho, uma utopia se pensarmos que será um grande desafio manter o documentário um mês em cartaz no eixo Rio-São Paulo.

Milton Santos, geógrafo e livre pensador, dizia que a maior coragem, nos dias atuais, é pensar, coragem que sempre teve. O documentário de Silvio Tendler não é uma cinebiografia, nem pretende ser, mas atingiu o objetivo principal de seu personagem: fazer pensar.


“Creio que as condições da história atual permitem ver que outra realidade é possível. Essa outra realidade é boa para a maior parte da sociedade. Nesse sentido, a gente é otimista. A gente é pessimista quanto ao que está aí. Mas é otimista quanto ao que pode chegar”. - Milton Santos (1926-2001)


Por christianjafas - Artigo original publicaddo @ http://christianjafas.wordpress.com


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