sábado, 28 de janeiro de 2012

DJ'S DE VERDADE OU DE MENTIRA!!!

Hoje dando uma olhada na maior parte dos posts das mais de 5000 pessoas aqui no FB, dentre os 100 convites diários para festas mais da metade dos posts de atualizações se referem aos tais “fake dj’s”, particularmente a manifestação num tom sarcástico é interessante,  mas só temos tais “fake dj’s”.

São tantos posts nos últimos dias falando do Jesus Luz e da tal Luiza (que eu não sei de onde surgiu), que se torna maçante e de uma publicidade desprovida. Obviamente, é preciso sim ter uma mudança de atitude quanto a profissão e o papel que o DJ ocupa hoje dentro da musica, tão importante quanto ao do MC.

E essa principal mudança de atitude na verdade, deve prover de nós mesmos, será que você que publicou uma foto do “sou contra fake dj’s” lembrou de publicar algo ligado a um DJ que admira? Uma festa, uma mixtape, ou algo relacionado ao mundo do DJ como por exemplo o pessoal que valoriza vinil e a cultura abrangente que faz parte do trabalho e da vida de um DJ.

Muito se fala em valorização e sobre a banalização da profissão que acontece ano a ano. Pois bem valorização não é ganhar mais dinheiro, realmente as propostas que acontecem hoje são indecentes – praticamente um estupro na profissão, mas é um circulo vicioso onde a acaba justamente na ponta, que é o DJ.

Para uma pessoa se valorizar, ela não precisa ganhar um certo montante de dinheiro, ou cobrar mais caro, a valorização esta muito mais ligado ao respeito do que ao dinheiro. Ao dinheiro está ligado o custo, que é um outro aspecto. Conversando com meu amigo Jeff Boto (Dubatak) conversando sobre esse tema, se aponta algo que hoje é real, praticamente ninguém vive da profissão de ser DJ, uns dizem que fazem por amor, outros por hobby, outros não cobram por serem DJ’s enfim e sim pela presença em um evento.

Entre 1998 e 2002 ganhava 8x mais do hoje me é proposto para tocar, hoje o cachê proposto é relativamente o de quando eu estava aprendendo no início da década de 90 quando tinha lá uns 50 discos no case, mas em contrapartida, nessa época não tínhamos eventos de R$ 3 e R$ 5 reais acontecendo pelo menos duas vezes por semana. Uma matemática óbvia, uma festa com 200 pessoas pagantes a 5 reais, não vai rolar pagar R$ 1000,00 de cachê para quem está tocando, esse valor vai ser dividido entre todos que estão tocando e vai nivelar o ganho – e como lei de mercado, vai nivelar para baixo, fora que a casa também vai querer meter a mão em algum troco da entrada.

Simples, levando em consideração que a maioria das pessoas hoje que se auto intitulam DJ’s ou que fazem eventos tocando discos, não vivem do dinheiro que recebem das festas que fazem, e há não ser que tenham uma mudança de postura quanto e raciocínio de “quanto custa” e “quanto vale” vai se tornar uma situação muito complexa dizer que o DJ não é valorizado, se quem toca reclama mas continua na mesma situação ambígua de tocar por migalha que cai da mesa de dono de casas e promotores de eventos ou realmente é parar de tocar numa constante e somente sair de casa pelo valor financeiro que considera coerente com o que faz em um evento, nesse último caso, o DJ jamais dirá que seu trabalho não é desvalorizado, porque quem decide sair de casa para tocar por um montante ou menos é quem vai tocar.

Volto a dizer, valorizar um trabalho, nada tem haver com cobrar mais caro, valorizar o seu trabalho quer dizer não banalizar seu estudo, pesquisa musical, investimento em discos e equipamento e as vezes todo o staff envolvido para que um DJ faça bem seu set e toda trabalheira que dá organizar uma festa.
Então meus caros amigos e amigas virtuais ou não, parem para pensar em toda a publicidade que estão fazendo, realmente o tiro está saindo pela culatra e só quem tem a ganhar são os “fake dj’s” que estão ai tocando em eventos grandes, com equipamentos de ponta, e os “verdadeiros” dj’s estão lutando para garantir seus trabalhos, continuam pesquisando e garimpando em sebos, os joviais e adeptos as novidades tecnológicas com seus Seratos e Tracktors da vida, e a vida segue num ressentimento de não conseguir ganhar o que um ator ou subcelebridade ganha fazendo 70% as vezes 80% do que um profissional sabe fazer.

Ao público, quando for realmente valorizar o DJ não reclame de pagar 10,00 reais em um evento, de aguardar 10 ou 15 minutos para pagar a comanda e depois de ter dançado, bebido e feito coisas que duvidaria se lembrasse, que a festa foi uma porcaria, estejam presentes nos eventos e cobrem sempre qualidade do cara que está tocando e da casa para ter bons equipamentos, boas caixas de som – nem todo DJ quer ser dono de sound system. Necessaário também cada casa cuidar da acústica adequadamente e que tenham também um cuidado com a sua saúde, ouvir boa musica, não quer dizer que tenha que sair surdo ou perder a audição a cada festa que for com um som acima as vezes de 115db.

Pense reflita, valorize o DJ que você gosta, divulgue o trabalho se sentir vontade e deixe o ressentimento de lado, aos DJ’s se resolvam com o dinheiro, cobrem o que pensam que devem cobrar por seus sets, o máximo que pode acontecer é não contratarem você ou pedir que reduzam seu cachê em determinado momento, a decisão é sua em todos os casos.

Recomendação final, ao ver a imagem ou vídeo de um fake DJ, poste a imagem ou o vídeo de um DJ que você gosta de ir nas festas e ouvir o set, simples assim, bless ya!!!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

21/01/2012 - PENHAROL + CONVIDADOS @ PENHA/SP E FEIRA DE TROCA DE VINIL @ MOGI/SP

Dia 21/01/2012 acontecem em São Paulo dois eventos que fortalecem a música underground e o vinil em si.

O evento dos amigos do Penharol Rap-A-Dub com a proposta (sempre válida) de somar a música e o esporte, tocam na Pista de Skate de Tiquatira na Penha/SP  e chama os convidados Dubalizer  (http://soundcloud.com/dubalizer) e Indigesto (http://www.youtube.com/watch?v=YC586ECtsz8) + Jimmy Luv e Dom Lampa.


No evento do coletivo Selo Sem Sê-lo a proposta é a troca de discos (vinil), com discotecagem aberta, live paint e a entrada é baratinha, só 1 real para fortalecer a Torcida Uniformizada Jovem União de Mogi. 



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

QUE 2012 SEJA DIFERENTE...

Primeiro passo para você começar a trabalhar com música; escolha um nome, SEU nome, não copie, não pratique plágio, não deixe que as pessoas te confundam com outro faça a SUA marca, e não pense que usando um nome parecido não vão te cobrar um dia - eu por exemplo, vou cobrar de cada um que faz esse tipo de plágio. 

Segundo, desenvolva um estilo próprio, óbvio que devem haver fontes inspiradoras e que essas fontes façam com que você sinta vontade de trabalhar com música ou algo relativo - qualquer trabalho ligado a arte aliás, mas que isso sirva de inspiração e não que você deva ser um "copião", caso prefira, não trabalhe com arte, vá trabalhar em alguma lojinha de material escolar com copiadora, vai copiar diversas vezes ao dia.

Se for dj, não copie o set dos outros, óbvio que vai tocar algumas músicas que outros dj's tocam, mas tente ao máximo ser exclusivo, ficar tocando o que outros já tocam, vai ficar parecendo esses caras de rádio FM, pesquise, garimpe, procure, independente de ser vinil ou mp3, ou qualquer mídia que use, faça com que o seu set tenha a sua assinatura. Para os mc's, estudem, estudem, estudem, leiam, estudem... ouvimos desde o Bezerra da Silva que a policia não gosta de preto, não gosta da favela, e que nossa vida é sofrida, mas não precisa fazer um disco onde todas as letras dizem a mesma coisa, então amigo, estude, leia muito, procure os clássicos, ouça a velha escola, desenvolva seu flow, linguagem e estude mais.

Terceiro, valorize seu trabalho, seus discos, o tempo que você emprega na letras, no ensaio, o tempo com o fone de ouvido, com tudo que você aprende - CONHECIMENTO CUSTA CARO E VALE MUITO. Chega de prostituir a arte e as vezes deixar a cultura ser estuprada por gente que se aproveita daquilo que criamos. Cobre sempre, não trabalhe pela condução. Sempre vai ter alguém lucrando com o que você faz artisticamente, e as contas chegam todo o mês; discos, internet, telefone, cartão, água, gás, luz, comida... a sua cerveja - você paga por tudo isso lembra? E se não paga, alguém está pagando para você. 

Não existe loja que venda produtos pelo preço do frete, nem patrocinador faz isso. Cobrar caro ou barato é relativo, cada um sabe o quanto é caro e o quanto é barato para o bolso do outro, mas cobre, independente das perguntas "Quanto custa?", ou "Quanto vale?". Se alguém disser "faço por amor", e dar de graça é como disse acima, é prostituir a arte, ou deixar que ela seja assediada sem retorno, infelizmente não contamos com incentivo de Ministérios ou órgãos públicos, por isso chamamos de arte independente - e o músico independente tem contas a pagar. Um dia tenho certeza que as pessoas (produtores, músicos, público, enfim) vão entender isso.

Se eu quisesse fazer parte de alguma cena, tinha feito teatro para ser ator.

Um abençoado 2012 para você que luta pela cultura dia a dia, seja do Hip Hop, do Reggae, ou o que quer que você faça parte de coração.

RAS Wellington
fyadub

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