No mês de fevereiro, mais propriamente na quarta feira de cinzas a tarde, começaram os preparativos da mixtape da Matilha Cultural. Zulu, meu irmão há 20 anos, convocou um time de mc's e dj's (que não vemos no mesmo disco em qualquer ocasião) e três produtores, Alexandre Basa, Gustah (Echo Sound System) e eu (RAS). A mixagem e scratchs ficaram por conta dos dj's Tano do Z'Africa Brasil, Dj Dan Dan e Wojtila.
Toda a gravação foi feita em um estúdio improvisado, ou nem tão improvisado assim, com um Macbook Pro, um mesa 16 canais analógica, um par de toca discos Mk2 e mixer, um microfone na mão literalmente, uma interface e gravado e editado em Pro Tools, seguindo ai o conceito de produtores atuais como o Disrupt, meio que produzindo em DLR - Digital Lap Top Reggae, de forma barata e rápida.
Foram 13 dias de gravação, com parte da nata do Hip Hop paulista. Criolo Doido, um dos mc's mais versáteis de hoje, gravou duas músicas, uma das minhas preferidas, com a preferencia deste que escreve com um dos refrões mais legais da mixtape "Eu sei o que você quer, de longe a gente ganha um vacilão, sempre só na di migué...", que ao invés de rimar e versar, fez melodia, e eu aposto (e ganho) que vai se tornar um das vozes mais requisitadas em sound systems em muito pouco tempo.
Funk Buia, que para uma grande maioria dispensa apresentações, integrante do Z'Africa Brasil, Instituto e tendo trabalhado com diversos músicos do Hip Hop e do Dancehall Brasileiro, participou e versou 3 músicos incluindo o ganjatune "Legalize Ganja", cantando junto com Zulu e Biano, uma das supresas na mixtape.
A mixtape é essencialmente com instrumentais de reggae, mas nada impediu que esses instrumentais não tivessem novas influencias como o dubstep, num total de 4 faixas com instrumentais com uma sonoridade bem peculiar, cantaram Mr. Bomba com duas faixas cruciais em qualquer seleção de dubstep, Sombra cantando "Enigma & Mistério" - eu considero a letra mais complexa da mixtape inteira, e Sandrão com participação de VA cantando numa versão totalmente transformada de Sleng Teng.
Dada Yute junto com o produtor Gustah (Echo Sound System) mandaram três músicas inna conscious reggae style... seen!!!! Hoje Dada Yute pode ser considerado no reggae um dos vocalistas mais harmônicos, cantando em português e english patois, um singjay que já faz voos mais que internacionais, participando de uma excursão na Europa e do Tony Rebel Festival na Jamaica já por duas vezes.
Bom, espero que apreciem e curtam a mixtape da Matilha Cultural "One Love" disponível para download, abaixo o track contínuo e o de faixas separadas.
Ainda é um mistério a morte do rapper Cláudio Márcio de Souza Santos, de 37 anos, atingido por tiros, na madrugada da última sexta-feira (26), na favela do Sabão, em São Lourenço, Niterói. Um dos precursores do rap em Niterói, Speedfreaks, como era conhecido no meio artístico, traçou importante carreira musical. Cantor e compositor, integrou a banda Planet Hemp, ao lado de Marcelo D2, além de emplacar músicas dentro e fora do país. Ao se destacar no início dos anos 90, influenciou diversos artistas de Niterói e São Gonçalo, além de gravar com Fernanda Abreu e ter um hit mixado pelo DJ internacional Fat Boy Slim.
Parecendo prever a tragédia que tiraria sua vida, Speedfreaks já vinha falando sobre morte há algum tempo. “Ele não tinha medo de morrer. Costumava dizer que morreria um dia e não se preocupava com isso. Tinha a mente muito aberta e sabia lidar com as palavras. Acho que a justiça tem que ser feita. Somente depois que os assassinos dele forem identificados e presos dormirei em paz”, disse Alexandre F. de Oliveira, conhecido como MC Tigrão, amigo e parceiro de palco de Speed.
“Tocaríamos hoje (ontem) em Copacabana. Quando liguei cancelando o show, o pessoal da casa não acreditou no assassinato e disse que já tinham vendido cerca de 400 ingressos antecipados”, comentou Tigrão, que esteve com o músico horas antes do crime. “Estávamos na Praça da Cantareira conversando. Chamei para ir embora, mas ele preferiu ficar”, afirmou o amigo.
Speedfreaks e outro homem, identificado como Luciano da Silva, morador da Rua Riodades, no Fonseca, foram mortos com diversos tiros, por volta das 3h30, na favela do Sabão, próxima ao centro de Niterói. Os corpos foram jogados em um valão que corta a comunidade, na Rua Capitão Evangelista, mas ainda não é certo afirmar que os dois teriam chegado juntos ao local.
Policiais da 76ª DP (Centro), onde o caso foi registrado, darão início às investigações amanhã, para levantar o motivo e os autores do crime. Existe a suspeita de que o músico tenha sido morto como queima de arquivo.
“Ele fez jus ao apelido Speed (rápido, em português). Viveu intensamente e influenciou o desenvolvimento do rapper em Niterói”, definiu o músico, jornalista e amigo André Mansur.
Em 14 anos de carreira, Speedfreaks gravou sete álbuns, seis coletâneas e outros sete vídeos. Um de seus trabalhos, batizado como “Quem que caguetou?”, assinado por ele e Gustavo Black Alien, chegou a ser tema de um comercial da montadora Nissan, na Europa, onde o título foi adaptado para “Follow me” (siga-me).
Enterro - Além da família, que preferiu não se pronunciar, amigos compareceram ao sepultamento, ontem, como B. Negão e Gustavo Black Alien, ambos ex-vocalistas da extinta banda Planet Hemp, sucesso nos anos 90. B. Negão carregou o caixão até a gaveta 2455, onde Speed foi enterrado no cemitério do Maruí. Ele deixou uma filha de seis anos.
Parceiro de Marcelo D2
“Ele era um cara muito bom, não merecia morrer desse jeito”, desabafou o rapper Marcelo D2, amigo de Speedfreaks há mais de 25 anos. De acordo com D2, foi Speed quem o incentivou a seguir carreira. No primeiro CD do Planet Hemp (Usuário), Speed era integrante da banda.
Atualmente, Speedfreaks estava divulgando novos trabalhos, como a música “São Gonçalo x Niterói”, que já alcançou mais de 10 mil acessos no Youtube e chegou à Europa. Outra canção que segue o mesmo caminho é “Trocando ideia”.
“O rap dele era livre. Uma mente brilhante”, afirmou o rapper Gilber T. “O cara só trazia coisas boas e sempre se preocupou em agir corretamente com as pessoas”, destacou o amigo Ronaldo Campos.
Além dos shows com o Planet, no início dos anos 90, Speed também gravou CD solo de Marcelo D2, com a música “Império Contra-Ataca” e no trabalho batizado como “Rude Boy Style” (2001).
No mesmo ano, Speed lançou o CD “Expresso”, com participações do rapper paulista Rappin Hood, que ligou na manhã de ontem para prestar sua solidariedade, e o cantor Otto.
Segundo o próprio rapper, suas letras refletem humor negro e agregam histórias colhidas em sua vida. Na carreira, Speed teve trabalhos aclamados pela crítica nacional e internacional.
'Speed não merecia ter morrido desse jeito', diz Marcelo D2
Rapper foi encontrado morto em Niterói na madrugada desta sexta (26/03/2010).
'Ele era um cara muito intenso, me incentivou a cantar', lembra D2.
Amauri Stamboroski Jr.
"Ele era um cara muito bom, não merecia morrer desse jeito", desabafa Marcelo D2 sobre o amigo Cláudio Márcio de Souza Santos, o rapper Speed, que foi encontrado morto na madrugada desta sexta (26), no bairro de São Lourenço, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Segundo a polícia, o corpo de Speed e mais uma pessoa foram encontrados com marcas de tiros em um valão da Rua Capitão Evangelista.
"Conheço ele há 25 anos, nem lembro como foi que a gente se conheceu. Ele era um cara muito intenso, e me incentivou muito a começar a cantar", recorda D2 em entrevista por telefone ao G1.
Abalado com a morte do amigo, ele lamenta por não poder comparecer ao enterro, às 15h deste sábado (27). "Estou preso no aeroporto de Salvador, só chego no Rio às 17h, queria muito ir ao enterro".
D2 tem uma apresentação marcada para este sábado no Citibank Hall, no Rio, e diz que deve homenagear Speed. "´P*, não é um bom momento para fazer um show", desabafa.
'Cara de artista'
O rapper gravou faixas com Speed em seu trabalho solo, incluindo uma inédita que ficou de fora de seu último álbum, "A arte do barulho", de 2008. Apesar do clima de luto, D2 lembra de bons momentos ao lado do amigo.
"Quando a gente estava começando, não tinha grana, queríamos entrar em uma festa de graça. Ele chegou pra mim e disse 'me imita que a gente entra. Enche o peito e faz cara de artista que a gente passa'. Deu certo. Até hoje a gente fazia essa brincadeira um com o outro: 'Faz cara de artista!'", recorda.
Outros colegas do rapper, como o paulsitano Kamau, também lembraram da importância de Speed. "Ele foi um pé na porta, trouxe uma nova linguagem para o rap. Ele tinha muita coisa para contar. Com certeza serviu como referência".
Daniel Ganjaman, produtor musical e membro do coletivo Instituto, conta que Speed foi importante na história do rap brasileiro. "[A morte foi] lamentável, inacreditável. Acho ele um dos caras que tinha as letras mais inteligentes do rap no Brasil, ao lado do Black Alien. A parceria dos dois foi histórica. Na época que eles apareceram, há dez, quinze anos atrás, não tinha nada de parecido. Se você ouvir até hoje, é algum incrivelmente atual. Além disso ele era um grande músico, baixista fenomenal, um autodidata".
De tempos em tempos surge algo que faz a forma de ouvir e ver a música de outra forma. De 2000 em diante o reggae e o dub teve um novo formato em SP e outros estados do Brasil, foi a forma de rever o conceito do que era reggae, antes apresentado por algumas poucas bandas com notoriedade na radio e TV.
A partir do século XXI, com o surgimento de festas e sistemas de som no Brasil dedicados ao reggae, a participação do Hip Hop brasileiro foi primordial para o crescimento de todo um movimento que hoje, está do Sul ao extremo Norte do Brasil.
Em fevereiro de 2010, o Centro Cultural Matilha interviu de forma extrema, expondo todo um movimento a uma nova experiência, misturar grandes mc’s e dj’s do Hip Hop paulista junto ao reggae, dancehall e o dubstep.
A produção musical ficou a cargo do pioneiro MC Zulu um dos primeiros mc’s paulistas a trabalhar em sistemas de som, RAS Wellington seletor, pesquisador de reggae e vertentes há 20 anos, Gustah, produtor e integrante do coletivo Eco Sound System e Alexandre Basa um dos mais renomados produtores da nova geração. A mixagem ficou por conta dos dj’s Tano (Z’Africa Brasil) três vezes campeão do Hip Hop DJ (SP), DJ Dan Dan e DJ Wojtila.
As rimas ficaram a cargo de Sandrão, fundador do RZO – um dos mais importantes grupos de Hip Hop de São Paulo, VA atual parceiro de Sandrão. Criolo Doido, fundador da Rinha dos MC’s, uma das principais festas de Hip Hop de São Paulo hoje em dia, Mister Bomba, integrante do grupo SPFunk mc e produtor do calibre de produzir com Asian Dub Foundation e Marcelo D2, Dada Youte, uma das mais vozes mais vibrantes e melódicas da nova geração do reggae brasileiro. Sombra (ex-SNJ) com um dos vocais mais versáteis e originais do Brasil quando se fala de Hip Hop, e por último um dos primeiros MC’s de Hip Hop a se especializar investindo tempo e talento no dancehall e ragga brasileiro, trazendo originalidade e estilo próprio na musicalidade preta brasileira.
No dia 06 de Março o lançamento da Mixtape Matilha agitou o centro cultural, trazendo uma nova forma de informar e conscientizar sobre a preservação do nosso planeta, falar sobre o papel do homem na sociedade e como ele poder mudar seu próprio meio ambiente, a vida, a rua e a forma como podemos interagir com todos os 4 elementos.
A revolução não vai ser televisionada (Gil Scott-Heron).... Ela vai ser feita dentro de nossas casas (RAS Wellington)
Atuando há 13 anos no cenário musical brasileiro, com dois CDs e um DVD comemorativo aos 10 anos, gravado no Sesc Santo André, shows de pequeno, médio e grande porte, o Projetonave é reconhecido como uma das mais inventivas e instigantes bandas em atividade. Sua música caracteriza-se pela fusão das linguagens e referencias musicais, elementos do jazz, dub, trip hop, blues, música brasileira e eletrônica convivem em harmonia dentro da teoria da colagem, sua principal fonte de influência.
Para esse show o Projetonave convida ao palco Emicida e Sombra para uma prévia do próximo disco da banda, entitulado "Nasbase". Trabalho esse que consiste na participação de seis Mc´s de SP e RJ desenvolvendo suas rimas no instrumental do grupo, o álbum já está em andamento e tem previsão de lançamento para o segundo semestre de 2010.
Z’ÁFRICA, PORQUE QUEM TEM COR, AGE! (Mikka Almeida, Deyse Lima, Henrique Pavani, Jefferson Gomes e William Alexandrino, Brasil, 2008, 24′, DVCAM) A banda Z’África Brasil vive intensamente os princípios da cultura hip hop em todos seus caminhos. Uma vida entregue ao ritmo, às rimas, à consciência coletiva, à dança e à arte.
RODERIA (Leo Jesus, Brasil, 2004, 14′) Documentário que aborda as rodas de pogo durante um show da banda Napalm Death no RJ.
GUERREIRAS DO BRASIL (Cacau Amaral, Brasil, 2007, 13′, DVCAM) Quarenta mulheres que, vítimas da violência machista, se reúnem em uma ilha para discutir e cantar seus problemas em ritmo de rap.
::: 20H30 _ SHOW !! MCs e DJs do Z´África. intervenção musical com MCs e DJs do Z´África, uma das bandas que melhor representa a diversidade do movimento hip hop brasileiro.
Estréia dia 9 de março, o projeto AQUECIMENTO CENTRAL – happy hour musical na MATILHA. Toda semana com alguma performance musical. No primeiro mês, março, a parceria é com o CLÃ LESTE. A cada edição, a crew recebe um convidado. Programação gratuita. Tragam seus cachorros. Ou sejam trazidos …
9 de março: DJs Soares e Zinco.
16 de março: DJs Soares, Zinco e Mayra (Applebum Crew).
23 de março: DJs Soares, Zinco e Asmatronic A.K.A. DJ Asma.
30 de março: Clã Leste DJs + pocketshow KAMAU.
Clã Leste e a arte dos toca-discos
Não demorou muito para que os quatro DJs paulistanos decidissem montar uma banda. Ou melhor, uma banca. As oito mãos do Clã Leste, Erick Jay, RM, Soares e Zulu se juntaram no ano 2000 para tocar o mesmo instrumento. Com cinco toca-discos a postos, quatro mixers, meia dúzia de vinis e um punhado de criatividade, os turntablists (assim chamados os DJs que metem a mão no disco para manipular os sons e assim criar sua própria música), que até então babavam assistindo os vídeos de campeonatos dos gringos, são hoje o 4º melhor time de DJs do mundo. Com um sample de “Chove Chuva”, o som da cuíca, o batuque acelerado de um tamborim e o grito de um apito, o Clã Leste fez um remix desse clássico de Jorge Ben e com ele garantiu um lugar nas finais do maior campeonato de time de DJs do mundo, o DMC World Team, disputado anualmente em Londres.
Arraigado na brasilidade, o quarteto utiliza técnicas de scratches, back to back e beat jugglings para montar suas performances de até seis minutos (tempo limite instituído pela organização do concurso), influenciadas também pelo rap, r&b, funk & soul, MPB, jazz, rock e drum’n’bass.
Além dos campeonatos, o grupo também leva o turntablism aos clubes, quando mostram ao público suas influências individuais e a possibilidade de tornar um set mais ágil e criativo com elementos da arte de riscar.Uma prova disso é o programa de webradio criado por eles mesmos intitulado Clã Leste Mix Show:
Apesar da evolução tecnológica que o universo dos DJs vive hoje, o Clã não abre mão dos vinis e permanece firme de sebo em sebo na busca da nota e do timbre perfeitos.
A tabelinha do Clã Leste
2009 – 4º lugar no mundial DMC World Team
2009 – Erick Jay é campeão do DMC Brasil solo
2009 – Clã Leste é campeão do DMC Brasil Team
2008 – Erick Jay é vice-Campeão DMC Brasil solo
2008 – RM é campeão DMC Brasil solo
2008 – Erick Jay é campeão da batalha Liga dos DJs
2007 – Erick Jay é bi-campeão do Hip Hop DJ
2007 – RM é vice-campeão do Hip Hop DJ
2007 – RM é vice-campeão Racha Zulu DJs Brasil
2007 – Erick Jay é vice-campeão Rinhas dos DJs
2007 – RM é campeão Rinhas dos DJs
2006 – Erick Jay é campeão do Hip Hop DJ
2006 – RM é vice-campeão do Hip Hop DJ
2006 – RM é campeão da Batalha Liga dos DJs
2006 – Erick Jay é campeão da Batalha de Scratch
2006 – Erick Jay é campeão Zona Leste do Hip Hop DJ
Muita gente conhece o trabalho do multi-instrumentista, compositor, DJ, arranjador e produtor musical BiD sem nunca ter escutado seu nome. Notavelmente discreto, vem registrando sua marca e sonoridade desde 1985, em discos, bandas e festas que, contrariando seu perfil reservado, são reconhecidos internacionalmente.
Mais lembrado pela produção musical de Afrociberdelia e CSNZ (discos de ouro de Chico Science & Nação Zumbi), BiD produziu vários discos brasileiros e internacionais, gravou álbuns autorais e fez diversos remixes para grandes artistas brasileiros, entre eles, Tribalistas, Jorge Benjor e Planet Hemp.
BiD morou em Los Angeles, onde passou seis anos, tocou em diferentes bandas e trabalhou dois anos na gravadora Capitol Records. Nas horas vagas, iniciava suas pesquisas musicais e ampliava sua coleção de discos de vinyl. Voltou para o Brasil em 1993.
Compôs e produziu trilhas cinematográficas como “O Primeiro Dia”, de Walter Salles Jr. e fez a trilha sonora do filme “Chega de Saudade”, da premiada diretora Lais Bodanzky (“Bicho de Sete Cabeças”). Esse trabalho rendeu o prêmio de melhor trilha sonora do 3º Festival Contigo de Cinema realizado em agosto de 2008.
Fez também trilhas para os documentários “São Paulo - Retratos do Mundo” de Flavio Frederico e “O Avesso da Bossa” de Rogerio Gallo, onde criou encontros musicais inéditos como Gil e Chico César, Jorge Benjor e Carlinhos Brown, Naná Vasconcelos com Nação Zumbi e Otto e Lenine com Fernanda Abreu e Pedro Luis e a Parede.
Produziu jingles e spots para marcas famosas como Guaraná, IBM, LG, Greenpeace, Casas Pernabucanas, Gillete entre outros.
Para televisão, criou o tema de abertura do seriado “Mothern” além da criação e produção dos temas e vinhetas do Grammy Latino transmitido pela TV Bandeirantes e a trilha sonora original da minissérie “Diadorim e Riobaldo”, de Guimarães Rosa, trasmitido pela TV Record no especial de fim de ano, ambos em 2008.
Como DJ participou de vários eventos e festas, incluindo o festival Rec Beat (Recife), onde tocou para 8.000 pessoas e a festa do Greenpeace e ONGs mundias de proteção ao meio ambiente realizada em Amsterdam (Holanda). Com a “Soulcity:Fiesta”, promoveu inúmeras festas itinerantes na noite de São Paulo, antecipando os movimentos de samba-rock e música jamaicana.
Depois de Afrociberdelia com Chico Science, diversos trabalhos de produção musical e parcerias de destaque surgiram: Seu Jorge, D2, Rappin’ Hood, Mundo Livre S/A, Marina Lima, Arnaldo Antunes, Fernanda Abreu, Daúde, Otto, Mariana Aydar, entre outros. Afrociberdelia correu o mundo, e o trabalho de seu produtor também: BiD foi chamado para fazer os dois álbuns da banda pop chilena Chancho en Piedra (ambos discos de platina) e o CD Manual Prático de uma Vida Banal, da banda portuguesa de hip hop Da Weasel, outro disco de platina.
Paralelamente a todos esses trabalhos, BiD também criou ainda os projetos Cine:lândia (uma jam session sonoro-visual fazendo trilhas sonoras ao vivo para os filmes projetados no telão), formou a Suba Dream Band (um tributo ao falecido produtor Suba) e a concorrida Soulcity:Fiesta (uma festa da noite paulistana semanal com BiD nos toca discos e musicos fazendo jam session com os beats saindo dos Lp’s - inédito na época).
Em 1998 formou a big band Funk Como Le Gusta. Com 13 músicos e dez anos de carreira, a banda atingiu destaque internacional, participando de festivais como o extinto Free Jazz e o concorrido Rec Beat. Suas músicas vem sendo tocadas em rádios estrangeiras e estão presentes em 20 coletâneas na Europa, USA e Japao.
BiD se desligou da big band FCLG em 2005 e partiu em carreira solo com o disco “Bambas & Biritas vol. 1” lançado na Europa, Japão e no Brasil. Com 11 músicas inéditas compostas por BiD e seus parceiros Seu Jorge, Elza Soares, Arnaldo Antunes, Carlos Dafé, Black Alien, Rappin Hood e Iara Rennó, entre outros - que também participam do CD - o disco tráz também uma faixa inédita com Chico Science. BiD concorreu ao melhor clipe MPB no MTV Video Music Brasil de 2005 com a faixa “Mandingueira”, na voz de Elza Soares e também no prêmio Tim, no mesmo ano, na categoria de melhor disco de música eletrônica.
Suas última aventuras em estúdio foram as produções do novo disco de Chico César e o CD de estréia da cantora paulista Verônica Ferriani, da Gafieira São Paulo.
BAMBAS & BIRITAS
Como o nome sugere, Bambas & Biritas Vol.1 foi feito à brasileira - sem pressa, entre bons tragos e ao lado de amigos e parceiros de peso. Lançado em 2005, o disco levou quatro anos para ser concebido e gravado, período no qual o produtor e músico BiD ainda fazia parte da Big-Band Funk Como Le Gusta. Enquanto gravava e produzia o segundo CD "FCLG" da banda, o último com a presença do BiD, ele aproveitava as horas livres para terminar o seu primeiro trabalho solo.
Bambas & Biritas Vol.1 foi lançado na Europa, Japão e no Brasil, sendo que na edição especial do CD foram incluídos ainda remixes de: Dj Marcelinho Dalua, Instituto, Dj Periférico, Drumagick e Dj Soul Slinger.
Entre os convidados mais que especiais, estão: Elza Soares, Seu Jorge, Rappin' Hood, Arnaldo Antunes, Black Alien, Carlos Dafé, Dasez Scott (USA), Rocco Bid (baterista consolidado em Los Angeles e irmão de BiD), Serginho Carvalho (baixo), Tiquinho, Hugo Hori, Kuki Stolarski, Sérgio Bartollo, James Müller e Kito Siqueira (do FCLG), Bactéria (Mundo Livre S/A), Lucio Maia (Nação Zumbi), Ganjaman (Instituto), Dj Nuts, Dj Soul Slinger, Bocato e Marku Ribas, entre muitos outros, somando ao todo 56 músicos.
Da música "Mandingueira" (parceria de BiD com Walmir Gil e Iara Rennó, na voz de Elza Soares) foi produzido um clip com direção de Mariana Jorge (Cafuné Filmes) onde Seu Jorge, Fernanda Lima e BiD contracenavam em um casebre no interior de São Paulo. O vídeo chegou a concorrer no prêmio MTV Video Music Brasil, na categoria Melhor Clip de Música Brasileira.
Em maio de 2006, BiD se apresentou no Auditório do Ibirapuera (SP) com sua banda e convidados especias. Os shows foram filmados e gravados, e em breve, o DVD estará nas lojas (uma produção Soul City/ Bossa Nova Films/ Copacabana Filmes).
O resultado dessa união, nas palavras do também contribuinte DJ Soul Slinger (Liquid Sky/NY):
"É um disco atemporal, que já se tornou um clássico da atual música brasileira".
Para fazer o download do disco Bambas & Biritas, clique aqui.
PodCity - Hip Hop (Parte 1) - download, clique aqui.
PodCity - Hip Hop (Parte 2) - download, clique aqui.
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