domingo, 28 de fevereiro de 2021

FYASHOP :: QUEIMANDO ESTOQUE - DISCOS (VG) :: 2021-02

Furacão 2000 - Anos 1970

Já que o lojinha nova está no ar e quase finalizada; https://www.fyashop.com.br, no mês de Janeiro de 2021, foi programada a retirada de diversos títulos do catálogo do discogs (https://www.discogs.com/seller/fyashop/profile).  Desde o ano passado diversos títulos do estoque antigo do lojinha foram vendidos a preço de custo ou abaixo do valor de revenda de muitos outras  lojas e vendedores, muitos estão sendo vendidos hoje a preços mais em conta do que no exterior. Essa é a última chamada para um lote de mais de 60 (sessenta) títulos pelo preço de R$ 70,00, todos em condição VG. Todos ficam disponíveis a venda até 15.03.2021 ou até durar o estoque. 

Destaques para: U Brown, King Tubby, Triston Palma, Jimmie Shandell, Hopeton Lindo, Jah Thomas, John Holt, Jimmy London, Dillinger, Ruddy Thomas, Horace Andy, Roy Shirley, Michigan & Smiley, Big Joe, Big Youth, Max Romeo, Pinchers, Rita Marley, Bob Marley, Eric Donaldson, Zap Pow, Tinga Stewart. 

Todos os títulos em até 6x sem juros.

Frete grátis nas compras acima de R$ 250,00

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Todos os títulos por R$ 70,00 + Frete* ou frete grátis nas compras acima de R$ 250,00

  1. Lord Funny - Soul Chick / Florie (7")
  2. Dobbie Dobson* / Joncunoo - Endlessly / Abeng (7")
  3. Jimmy Cliff - Wild World (7", Single)
  4. Carlton*, Leroy* - Not Responsible / Psalms Of Dub (7", Single)
  5. U. Brown* - Please Doctor (7")
  6. Larry Marshall / King Tubby's* - Can't You Understand / Locks Of Dub (7", Single)
  7. Triston Palma* - Good Looking (7")
  8. Honey Boy - Guitar Man (7")
  9. The Richards Brothers* - Pip Peep Festival (7")
  10. Jennifer Joy - Unexpected Meracle (7")
  11. Jimmie Shandel - Snake In The Grass (7")
  12. Sugar Black - Because Of You (7")
  13. Gene* And T.T.* - Miss Grace (7")
  14. Tyrone Taylor - Beautiful Eyes (7", Single)
  15. Mix Flour & Sugar / GG's All Stars* - Screw The Cock Tight / Dub Part Two (7", Single)
  16. Hopeton Lindo - Side Walk Traveller (7")
  17. Marcia Griffiths - Stepping Out Of Babylon (7")
  18. Jah Thomas - Midnight Rock (7")
  19. John Holt - Satisfaction (7")
  20. Scott English - Brandy (7", Single)
  21. Dandy Livingstone - Think About That (7", Single, 4-P)
  22. Jimmy London - Hip - Hip - Hurray (7")
  23. The Merrymen - Bum Bum / Barnabas (7")
  24. The Jamaicans - Are You Sure (7")
  25. Dillinger - Loving Pauper / Dubbing Pauper (7")
  26. Ruddy Thomas - Mama Say (7", Single)
  27. Tyrone Taylor / Willie Lindo - Send A Letter / Drop Me Line (7")
  28. Starlites* / G.G. All Stars* - Hold My Hand (7", Single)
  29. The Old Timers (3) - Quadrille Beat (7")
  30. Veronica Adams - Keep It In The Family (7", Single)
  31. Horace Andy - I May Never See My Baby (7")
  32. Roy Shirley - The Mighty Roy Shirley Part I (7")
  33. Commander Shad - Trailer Load A Gun (7")
  34. Michigan & Smiley - Reggae Ska (7")
  35. A. Martin* - You Came Late (7")
  36. The Fabulous 5 Inc.* - Chirpy Chirpy Cheep Cheep / Tropical Chief (7")
  37. Danny Jackson (3) - Jherri Curl (7")
  38. Big Joe - The General (7")
  39. Adinah Edwards* / Apostolic Singers - Wonderful Friend / I Love Jesus (7")
  40. Big Youth / The Ark Angel - The Upful One / Perseverance (7")
  41. Max Romeo - Nobody's Child (7")
  42. Teddy Brown (3) - Rose Garden (7")
  43. Danny Ray (2) - I Can't Get Used To Losing You (7", Single)
  44. John Holt - Help Me Make It Through The Night (7", Single, Pus)
  45. John Holt - I'll Take A Melody / Peace And Love (7", Single)
  46. Gable Hall School Choir - Reggae Christmas (7", Single, Mono, 4-P)
  47. Teddy Brown (3) - Walk The World Away (7", Single, Sol)
  48. Greyhound (4) - Black And White (7", Single, Sol)
  49. Monsoon (8) - Hot Honolulu Night / Come Back Jane (7", 4-P)
  50. Horace Faith - Black Pearl (7", Single, Sol)
  51. Jimmy Cliff - Wonderful World, Beautiful People (7", Single)
  52. Lovindeer* - Bakkle (7")
  53. Rita Marley - That's The Way (7")
  54. Bob Marley* - Blackman Redemption (7")
  55. Gloria Jones* - Marry Me (7")
  56. Pinchers - Gummy Gummy (7")
  57. Screwdriver (2) - Marcia Free Paper Bunn (7")
  58. Eric Donaldson - Land Of My Birth (7")
  59. Zap-Pow* - Sweet Lovin' Love (7")
  60. Tinga Stewart - Oh, But If (I Could Do My Life Again) (7")
  61. The Merrymen Feat Emile Straker - You Sweeten Me/It's All Over (7", Single)
  62. The Merrymen - Archie / Girl Next Door (7")
Leia mais sobre a qualidade/ estado do vinil VG no link; https://www.fyadub.com.br/2014/12/como-avaliar-qualidadeestado-do-vinil.html

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1976: MOVIMENTO BLACK RIO

1976: Movimento Black Rio, de Luiz Felipe de Lima; Peixoto
 e Zé Otávio Sabadelhe (Rio de Janeiro: José Olympio, 2016)
Lançado em 10 de novembro de 2016, o livro 1976: Movimento Black Rio, dos jornalistas Luiz Felipe de Lima Peixoto e Zé Otávio Sabadelhe, celebra os quarenta anos da manchete de Lena Frias, Black Rio: o orgulho (importado) de ser negro no Brasil, publicada em 17 de julho de 1976 no Caderno B do Jornal do Brasil. Em 28 reportagens, os autores recorrem a entrevistas e material previamente publicado para contar a história da cultura de bailes que, alimentados por soul, funk e disco afro-norte-americanos, espalharam-se pela Zona Norte carioca nos anos 1970, bem como a história do conjunto das apropriações desses gêneros por Tim Maia, Toni Tornado, Hyldon, Carlos Dafé, Cassiano, Gerson King Combo, Dom Salvador e Abolição, União Black, e Banda Black Rio. O livro tenciona constituir “uma contribuição à construção discursiva de uma memória social positiva da população negra brasileira” e oferece elementos para um trabalho necessário de revisão historiográfica que transcende o âmbito do tema tratado, apesar de erros fatuais que poderiam ter sido corrigidos por cruzamento de dados.


Escrito pelos jornalistas Luiz Felipe de Lima Peixoto e Zé Otávio Sabadelhe, coautor de Memória afetiva do botequim carioca (2015), o livro 1976: Movimento Black Rio foi lançado em 10 de novembro de 2016, aos quarenta anos da manchete de Lena Frias para o Jornal do Brasil. Segundo o Grupo Editorial Record (2016), do qual José Olympio é um selo, “a obra faz parte do projeto de mesmo nome organizado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com patrocínio da Natura, que contará com uma série de ações de valorização do Movimento Black Rio”. Entende-se por Black Rio a cultura de bailes que, nos anos 1970, espalhou-se pela Zona Norte carioca, alimentados por soul, funk e disco afro-norte-americanos. O termo foi cunhado por Frias em 1976 para designar aquilo que alguns de seus entrevistados, entre os quais Oséas Moura dos Santos, o Mr. Funky Santos, nomeavam Soul Power.

O sucesso de coletâneas de música afro-norte-americana lançadas pelas equipes de som dos bailes — Soul Grand Prix, Dynamic Soul e Black Power — somou-se ao sucesso fonográfico de Tim Maia para abrir as portas da indústria a uma geração de músicos negros que, na esteira do samba-jazz, da bossa-nova, do twist e do iê-iê-iê, exploraram musicalidades afro-pan-americanas com referência ao soul, ao funk, à disco e ao jazz. Assim, a expressão Black Rio passou a encampar o conjunto das apropriações destes gêneros por Tim Maia, Toni Tornado, Hyldon, Carlos Dafé, Cassiano, Gerson King Combo, Dom Salvador e Abolição, União Black, e Banda Black Rio. Até mesmo Jorge Ben e Wilson Simonal, cujas carreiras fonográficas se iniciam na primeira metade dos anos 1960, bem como o João Donato de A Bad Donato (1970), o Gilberto Gil de Refavela (1977), o Caetano Veloso de Bicho Baile Show (1977–1978), dentre outros, seriam eventualmente associados ao Black Rio. A participação de artistas do soul-funk brasileiro nos bailes teve contudo caráter acessório. Estes se prolongariam pelos anos 1980 sob o nome bailes funk, fixados em gravações importadas, com repertórios sempre atualizados (electrofunk, electro, house, Miami bass, Latin freestyle), e terminariam por gerar uma música própria: o funk carioca.

Os bailes de subúrbio foram objeto dos trabalhos de Hermano Vianna (1988: 19–34), Michael Hanchard (1994: 111–119), Claudia Assef (2003: 35–51), Silvio Essinger (2005: 15–48), Sonia Giacomini (2006: 189–256) e Paulina Alberto (2009); a música soul brasileira, dos de Bryan McCann (2002), Zuza Homem de Mello (2003: 367–390), José Roberto Zan (2005), e Sean Marquand e Sérgio Babo (2006). Allen Thayer (2006) abordou ambos os temas. O uso anacrônico do termo soul para a produção musical dos anos 1970 no Brasil explica-se pelo fato de, em 1969, a revista Billboard ter mudado o nome da parada de música afro-norte-americana, de rhythm‘n’blues, para soul, designação mantida até 1982 (BRACKETT, 2009: 66). Por outro lado, a emergência do funk carioca no final dos anos 1980 e a necessidade de diferenciar entre “o verdadeiro funk” e o primeiro gênero brasileiro de música eletrônica dançante contribuíram para a manutenção da palavra soul enquanto designação da vertente não eletrônica do soul-funk brasileiro.

O livro de Sabadelhe e Peixoto é a primeira monografia publicada sobre o assunto. Além de uma apresentação por Peixoto e de uma introdução por Sabadelhe, ele consiste em 28 reportagens[1] seguidas por considerações finais de Carlos Alberto Medeiros, um posfácio de Ana Maria Bahiana, e bibliografia. Os autores entrevistaram Dom Filó, Toni Tornado, Roberto Menescal, Zeca Marques, Leandro Petersen, Zezé Motta, o DJ Paulão (da equipe Black Power), Carlos Alberto Medeiros, Macau, Nei Lopes, William Magalhães, Mamão, Alcione Pinto Magalhães, Jamil Joanes, André Midani, Hyldon, Tony Bizarro, Sandra de Sá, Ed Motta, Fernanda Abreu, Pee Wee Ellis e BNegão. Um conjunto de citações cuja fonte não é especificada possivelmente provém de depoimentos de Marcos Romão (62–63), do DJ Paulinho da equipe Black Power (67), de Sir Dema (68, 74–75), de Marcelo Gularte (72), de Paulo Cézar Caju (79–80), do DJ Jailson da equipe Jet Black (81–82), de Altay Veloso (148–149), de Jorjão Barreto (156), de Nasca (183–184), do DJ Corello (189) e do DJ Marlboro (195). Excertos do depoimento de Filó conduzem a narrativa, em alternância com outras falas, trechos da literatura e amostras do jornalismo da época.

Nas palavras dos autores, o livro descarrega “uma torrente de relatos” (219). Faltam-lhe porém verificação e cruzamento de dados. O Black Rio teria inspirado o samba-jazz (21), que lhe é anterior (LOPES, 2006). O discotecário Ademir Lemos teria citado “uma renda que um jogo de Flamengo e Vasco não atingia nos domingos do Maracanã” (24), quando efetivamente citou “uma renda que um jogo, se não tiver Vasco ou Flamengo, não atinge” (FRIAS, 1976: 1). A música Heartbeat, do grupo War (ESSINGER, 2005: 34), recebe o nome de Heartbreak (64). O livro de Hanchard (1994) é creditado a McCann (104), de cujo artigo (2002: 35) provém a citação (105) atribuída ao primeiro. A aliança entre o soul e o samba de raiz é dada por “jamais revelada” (116), embora Essinger a tenha exposto em 2005 (40–42). The Platters seria um grupo “da gravadora Motown” (126), pela qual jamais passaram[2]. Dois álbuns de Luiz Melodia, um de 1978, outro de 1980, seriam balões “de ensaio para a concepção da linha sonora que iria balizar o disco Maria fumaça” (169), de 1977. Gerson King Combo teria recebido um telegrama de James Brown (170), um engodo que Essinger (2005: 39) revelou há onze anos. A origem do soul da Filadélfia é localizada na “fundação [em 1971] da gravadora Philadelphia International Records” (186–187), ainda que Kenny Gamble e Leon Huff tenham iniciado seus trabalhos em 1965 (LAWRENCE, 2004: 117). The Sugarhill Gang seria um “grupo de Nova Iorque” (194), embora todos os seus integrantes e o selo que os gravava estivessem sediados em Englewood, no estado de New Jersey (KATZ, 2012: 77–78). O subgênero de funk carioca conhecido por putaria é rotulado de proibidão (194). Breaks seriam “trechos ritmados de determinada faixa, inserida em outra música, por meio de mixagens” (195), quando constituem elementos básicos de construção da música hip-hop (KATZ, 2012: 14. ROSE, 1994: 73–74). A criação da “estrutura musical do hip-hop” seria resultado de “beats eletrônicos da máquina de ritmos programável Roland TR-808” e do “advento dos samplers” (197), dois recursos que só se tornaram disponíveis em 1980, sete anos após a fundação da cultura hip-hop (KATZ, 2012: 17–19). Muita coisa poderia ter sido corrigida pela revisão: “latente” (27) por “patente”; “cujo os” (74) por “cujos”; “Blood, Sweet and Tears” (149) por “Blood, Sweat and Tears”; “flauta em baixo” (153) por “flauta baixo”; “o melô” (194) por “a melô”. Por fim, as expressões “base endiabrada” (120), “petardo disco-funk groovadíssimo” (177) e “outro petardo” (197) tomam o lugar de descrições musicalmente relevantes.

Peixoto afirma em sua apresentação que o livro “quer ser uma contribuição à construção discursiva de uma memória social positiva da população negra brasileira” (16). Os autores se perguntam: “quando ou como o Movimento Black Rio teria sucumbido ao espetáculo que se criou em torno dele?” (219). Ao apresentá-lo no papel de precursor das atuais políticas de identidade, sob os auspícios do mesmo Estado que hoje sujeita todas as atividades recreativas nas favelas cariocas ao arbítrio da polícia ou das Forças Armadas, eles não deixam de participar desse espetáculo. É lícito exclamar-se: “menos ‘política identitária’, menos ‘empoderamento’, menos ‘lugar de fala’ e mais luta de classes!”[3]

Por outro lado, ao inserir os bailes black, a música soul, os bailes funk e o funk carioca no âmbito transnacional das manifestações da diáspora africana, ambos prestam contribuição ao combate contra o racismo estrutural da historiografia musical brasileira, onde, por exemplo, Mr. Funky Santos ocupa posição ambígua. Ao mesmo tempo que se credita ao radialista e DJ (branco) Big Boy ter começado tudo em Botafogo, atribui-se a Moura dos Santos o início dos Bailes Black, no extinto Astória Futebol Clube4, no bairro do Catumbi (ESSINGER, 2005: 19). Organizador, desde 1972, das Noites do Shaft, no Renascença Clube, no Andaraí, Dom Filó afirma: 

Big Boy. Ele tocava eminentemente o rock! Botava lá um “James Brownzinho” no final do baile. Então ele não era o black da hora, só que tinha o material. Outra coisa. O primeiro baile não foi no Canecão. O primeiro baile foi na Zona Norte! O Big Boy só fazia no Canecão porque a sua clientela era eminentemente branca (OLIVEIRA FILHO; CARDOSO; MEDEIROS, 2009).

A ideia de que o Black Rio — e, por decorrência, o funk carioca — tenha origem em Botafogo parece derivar de um problema de interpretação da matéria de Frias, que afirma: “no começo era apenas a [equipe] de Big Boy” (1976: 4). E cita Moura dos Santos (grafado “Santos dos Santos” no texto): “O soul começou com Big Boy, Ademir, Monsieur Limá, por volta de 1969, 1970” (6). Vianna (1988: 24) infere: “os primeiros bailes foram realizados na Zona Sul, no Canecão”. Seja pelos depoimentos coletados, seja pela iconografia reunida, 1976: Movimento Black Rio fornece farto material para um trabalho necessário de revisão historiográfica que transcende o âmbito do tema tratado. 



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

WINSTON DUKE INTERPRETARÁ MARCUS GARVEY EM 'MARKED MAN' DA AMAZON

Winston Duke interpretará Marcus Garvey em "Marked Man" da Amazon; Andrew Dosunmu Helming, Jesse Williams e DeWanda Wise In Talks, Mark Gordon e Matt Jackson Produzem

Winston Duke, Marcus Garvey

A Amazon Studios escolheu Winston Duke (Pantera Negra) para estrelar no papel de Marcus Garvey em "Marked Man" (Homem Marcado). Garvey foi um ativista político que foi uma figura chave do nacionalismo negro no século XX. Andrew Dosunmu dirigirá o drama, e Jesse Williams (Little Fires Everywhere) e DeWanda Wise (She’s Gotta Have It) estão em negociações para estrelar o longa.

Jesse Williams, DeWanda Wise, Andrew Dosumnu, Mark Gordon
Cortesia de Eric Ray; Emily Berl; AP

O filme é parcialmente inspirado na biografia de Colin Grant, Negro with a Hat: The Rise and Fall of Marcus Garvey. O roteiro é do aclamado dramaturgo Kwame Kwei-Armah, que Esther Douglas desenvolveu com o apoio do BFI Film Fund.

Mark Gordon (Ray Donovan), da Mark Gordon Pictures, está produzindo com Matt Jackson (The Trial of the Chicago 7), Glendon Palmer e Douglas, da Jackson Pictures. Robert Teitel, Kwei-Armah e Joanne Lee da Jackson Pictures serão os produtores executivos, junto com Kwei-Armah.

Situado na década de 1920, Marked Man segue um jovem negro que se junta ao Federal Bureau of Investigation de J. Edgar Hoover e, em seguida, se infiltra na organização UNIA de Garvey, testando sua lealdade tanto à raça quanto ao país à medida que se cansa das ações de ambos.

Depois de dirigir vídeos para nomes como Isaac Hayes, Common, Tracy Chapman e Wyclef Jean, Dosunmu fez sua estréia como diretor com Restless City e, mais recentemente, dirigiu o drama de Michelle Pfeiffer-Kiefer Sutherland, Where Is Kyra?. Em seguida, ele dirige Beauty para a Netflix Original Films e para a produtora Lena Waithe.

Entre as obras de Kwei-Armah como dramaturgo estão Elmina’s Kitchen, Let There Be Love, A Bitter Herb, Statement of Regret, Marley e Seize the Day. Ele escreveu recentemente o roteiro do próximo filme musical de Spike Lee sobre a descoberta da pílula azul da Pfizer, o Viagra. A Jackson Pictures está produzindo.

Todos os talentos e cineastas são representados pela CAA. Dosunmu também é representado por Andre Des Rochers; Williams pela Management 360 e Des Rochers; Wise por ColorCreative e advogada Nina Shaw; Kwei-Amah da Redfine Entertainment, United Agents e advogada Linda Lichter; e a Jackson Pictures, do advogado Neil Sacker.

O DIA DOS SALVADORES

Master Wallace Fard Muhammad
26 de fevereiro de 1877 é a data de nascimento do Grande Mahdi, Mestre Wallace Fard Muhammad. A celebração de seu aniversário de nascimento a cada ano é conhecida como Dia do Salvador. Ele é o fundador da Nação do Islã na América. Ele é o professor do Honrado Elijah Muhammad (e Malcolm X, Clarence 13X, Louis Farrakhan, e diversos outros).

Mestre W. Fard Muhammad fez uma grande demonstração de amor pelos homens e mulheres pretos americanos entrando com ousadia na América, começando no ano de 1910, com o propósito de ressuscitar nosso povo de uma posição deplorável e degradante de ignorância e ódio de si mesmo. Ele tornou seu propósito conhecido publicamente em 4 de julho de 1930 em Detroit, Michigan. Foi em Detroit que ele impactou 25.000 pretos, que ao ouvirem sua mensagem ousada, voluntariamente mudaram seus nomes para novos nomes que ele lhes deu e iniciaram o processo de se divorciar do modo de vida imposto a nós pelas várias manifestações da América de instituições de supremacia branca.

Ele começou a reeducar completamente todos os que o seguiram. Ele nos deu uma maneira de comer alimentos que prolongaria nossas vidas; proibindo especificamente o consumo de carne de porco, necrófagos e a velha dieta da era da plantação de "comida da alma" (soul food). Ele nos deu uma lei que proíbe os vícios comuns que são familiares na sociedade americana. Na verdade, a proibição do álcool, narcóticos, jogos de azar e prostituição tornou-se uma proibição simultânea dos produtos e serviços de várias gangues de criminosos que traficavam nas “quebradas” em Detroit. Digno de nota, é a notória Jewish Purple Gang (Gangue Roxa Judaica). Eles haviam estabelecido 25.000 destilarias ilegais de álcool de “porco cego” na área de Detroit, enquanto o mestre W. Fard Muhammad realizava a obra divina de ressuscitar 25.000 pretos das condições impostas a eles desde os dias da escravidão.

Ele é a razão para a formação da classe Fruto do Islã (FOI) de treinamento masculino. Ele disse ao Honorável Elijah Muhammad para “fazer todos os homens e meninos ingressarem na classe Fruto do Islã, e torná-los lutadores corajosos; dispostos a qualquer momento a dar suas vidas por amor e justiça de Allah.” E nos últimos 89 anos, os homens da Nação do Islã demonstraram a bravura e a coragem que começaram com a mensagem e a obra de Allah, na pessoa do Mestre W. Fard Muhammad.

Ele estabeleceu uma classe para mulheres conhecida como MGT & GCC, que significa Treinamento para Meninas Muçulmanas e Classe de Civilização Geral. Esta classe é um santuário masculino gratuito para mulheres com o propósito de proteger e treinar mulheres para se tornarem as mulheres justas de Deus. E essa classe de mulheres representou, ao longo do século 20 na América, um padrão muito alto de feminilidade que se manteve como a antítese dos retratos negativos das mulheres negras nos estereótipos insultuosos da cultura popular, como tia jemimas, jezebels, safiras e mamães (relacionadas ao erotismo e prostituição).

O Mestre W. Fard Muhammad também orientou o desenvolvimento de um sistema escolar independente para a educação e treinamento de crianças negras. A Universidade Muhammad do Islã (The Muhammad University of Islam) começou durante os primeiros dias da Nação do Islã e existe como um dos modelos de maior sucesso a partir do qual outros sistemas escolares Pretos ou Afro-centrados seguiram um padrão.

Mestre Fard Muhammad fez tudo isso e muito mais. E ele nunca pediu nada em troca. Ele partiu no início de 1935 e colocou a Nação do Islã sob a orientação do muito Honorável Elijah Muhammad. Ele continuou a guiar o Honorável Elijah Muhammad por meio de correspondências e de outras maneiras. Mas ele nunca ordenou que qualquer dinheiro, propriedades ou riquezas fossem enviados a ele. Ele nos deu muito, mas não pediu nada em troca, exceto o comando simples, mas abrangente para seu amado povo de "aceitar o que é seu e ser você mesmo". E tudo isso, apesar de ter sido preso enquanto estava entre nós, pelo fato de as autoridades não quererem que ele pregasse o Islã aos ex-escravos pretos na América.

O nascimento do Mestre W. Fard Muhammad é muito significativo na história do povo preto na América. Em 26 de fevereiro de 1877 é o mesmo dia em que ocorreu o evento conhecido como a grande traição do preto. Um trecho do livro How White Folks Got So Rich (Como o povo branco ficou tão rico) discute esse significado histórico e bíblico:

O Compromisso de 1877 é sem dúvida o evento mais devastador na história dos pretos na América. Foi quando um grupo de políticos se reuniu no Wormley Hotel em Washington, D.C., para tentar resolver o impasse nas eleições presidenciais de 1876 entre Rutherford B. Hayes e Samuel Tilden. Eles concordaram que, se Hayes recebesse a presidência, ele removeria as tropas federais que protegiam os ex-escravos no Sul, e a antiga classe escravista do Sul estaria livre para retornar ao poder e estabelecer novas formas de escravidão sem supervisão ou controle federal." Este é o ponto exato na história americana em que os brancos determinaram que o homem e a mulher preta seriam para sempre um cidadão de segunda classe em todos os aspectos da sociedade americana.

Após doze anos de “emancipação”, os pretos foram devolvidos à escravidão virtual e atribuídos à inferioridade política, social e econômica permanente. Um congressista judeu da Louisiana, William M. Levy, fez o discurso que convenceu os legisladores de que esse ato perverso que os estudiosos chamam de “a grande traição do povo preto” foi a melhor política para a América.

Os pretos haviam feito grandes avanços no desenvolvimento de negócios privados, mas a Ku Klux Klan direcionou esses negócios para a destruição, como em Rosewood, Flórida e Tulsa (Black Wall Street), Oklahoma e muitos, muitos outros lugares menos conhecidos. Os negros perderam bilhões em dólares de investimento para os brancos por meio desses atos de terror. Muitas vezes, as empresas pretas não tinham seguro devido às políticas racistas das seguradoras americanas, de modo que a destruição de uma empresa preta era totalmente irrecuperável. Os brancos não tinham essas deficiências no desenvolvimento de seus negócios.

A parte mais profunda desta história, entretanto, é que no MESMO DIA em que aqueles políticos Brancos decidiram acabar com o progresso dos Pretos para sempre, Allah decidiu que O SALVADOR para os Pretos nasceria. Ambos os eventos - os dois acontecimentos MAIS SIGNIFICATIVOS DA HISTÓRIA DA AMÉRICA PRETA - aconteceram em 26 de fevereiro de 1877!



A DESCOLONIZAÇÃO DA MÚSICA ELETRÔNICA COMEÇA COM SEU SOFTWARE


Khyam Allami se apresentando com seu novo programa Apotome no mês passado (Jan/2021). Foto: Camille Blake / Festival CTM.

Com o lançamento de dois programas gratuitos que incentivam a experimentação com sistemas de arranjos globais, o músico e pesquisador Khyam Allami está desafiando os preconceitos ocidentais dos softwares de produção musical.


Em 2004, Khyam Allami estava pronto para desistir da música eletrônica. Não importa o quanto ele tentasse, ele não conseguia escrever melodias que soassem como a música em sua cabeça. “Parecia que o software estava me levando a algum lugar que não era minha intenção, e eu não conseguia entender por que isso acontecia”, lembra ele. Nascido na Síria, filho de pais iraquianos, Allami cresceu em Londres tocando guitarra e bateria em bandas punk. Ele estava explorando a música árabe pela primeira vez - ou pelo menos tentando, mas os quartos de tom distintos da música estavam se mostrando difíceis de imitar. O software simplesmente não foi feito para ele.

Embora cada parte do mundo tenha seus próprios instrumentos acústicos distintos, os produtores eletrônicos em todo o mundo precisam se contentar com uma gama restrita de ferramentas de produção. As populares estações de trabalho de áudio digital como Ableton, FL Studio, Logic e Cubase foram construídas principalmente para facilitar a criação de música em um modo ocidental, de acordo com os princípios da música clássica europeia. Se um artista deseja compor com as características comuns da música da África, Ásia ou América Latina, ele deve lutar contra o software e contar com soluções alternativas complexas.

No mês passado, Allami revelou uma solução ambiciosa para esse problema. Mais de 15 anos se passaram desde suas frustrações iniciais e ele agora é um multi-instrumentista, pesquisador musical e fundador da Nawa Recordings, um selo de música árabe alternativa. Na encarnação virtual do Festival CTM de artes experimentais de Berlim, Allami - junto com Tero Parviainen e Samuel Diggins do estúdio de tecnologia criativa Counterpoint - apresentou Leimma e Apotome, dois programas de software livre que visam quebrar a hegemonia do pensamento musical ocidental na produção de música eletrônica . O Leimma permite que os usuários explorem sistemas de arranjos de todo o mundo ou criem seus próprios, enquanto a Apotome oferece criação musical generativa usando esses diversos sistemas de arranjos. Eles pretendem dar aos músicos uma lousa musical em branco, ao invés de empurrá-los para qualquer tradição musical específica.

Acho que o que Khyam e Counterpoint fizeram é incrivelmente bonito”, disse-me o produtor iraniano Sote. “Tem o potencial de revolucionar o processo e o resultado da composição da música eletrônica.


A música carrega suas próprias características locais em todo o mundo - uma música pode "soar" turca, indiana, irlandesa ou cubana principalmente por causa de seu timbre, ritmo e afinação distintos. Embora diversos ritmos e timbres (o tom característico de um instrumento) sejam relativamente fáceis de se aproximar em um software de produção, a afinação é outra história. Um sistema de afinação é uma coleção de tons dos quais as escalas e modos musicais são derivados, e o assunto atraiu algumas das maiores mentes da história para expor a relação misteriosa entre música, matemática e metafísica. A afinação é um dos elementos mais fundamentais da produção musical, diz Allami, mas também um dos menos compreendidos.

A maioria das ferramentas de música eletrônica (junto com o violão, piano e instrumentos de sopro) são configuradas por padrão para um sistema de afinação chamado temperamento igual, que é a base da maior parte da música clássica ocidental dos últimos dois séculos. Isso não permite a microtonalidade - as notas entre as teclas de um piano padrão - que é comumente usada em tradições musicais fora da Europa. Por meio de sua pesquisa, Allami descobriu que era possível explorar a microtonalidade usando MIDI, a linguagem das ferramentas de música eletrônica, desde 1992, mas os desenvolvedores de software não haviam implementado funções que tornassem as afinações microtonais intuitivas. Como disse um gerente de produto de um programa de produção musical popular, eles simplesmente não acreditavam que houvesse mercado para tais recursos.

Allami expressa um forte senso de injustiça sobre os jovens músicos ao redor do globo que lutam para criar sons digitais que pareçam autenticamente locais. “Não é que a música que eles fazem soe 'mais ocidental', mas é forçada a uma rigidez não natural”, diz Allami. “A música deixa de estar em sintonia consigo mesma. Muita cultura terá desaparecido. É como cozinhar sem seus temperos locais ou falar sem seu sotaque local. Para mim, isso é um resquício de um paradigma colonial e supremacista. A música é colonizada de alguma forma.

Esta foi certamente a experiência do produtor queniano Slikback, um dos músicos convidados para um test-drive do Apotome. “Acho que o Ableton me empurra para seguir a grade de batidas”, diz ele. “Tudo soa de alguma forma ocidental - muito mecânico, não orgânico como os tons ásperos e os tambores crus que ouvi crescendo em Nairóbi. Mesmo quando tento me livrar dos loops e do drive 1-2-3-4 dessas ferramentas de música, sempre acabo voltando lá de alguma forma.

Por mais despretensiosas que possam parecer, essas tecnologias estão longe de ser neutras. Assim como as plataformas de mídia social, aplicativos de namoro e todos os algoritmos baseados em dados, as ferramentas de produção musical têm os preconceitos inconscientes de seus criadores embutidos em sua arquitetura. Se um músico abre uma nova composição e recebe uma batida de 4/4 e afinação inicial igual por padrão, está implícito que outros sistemas musicais não existem, ou pelo menos eles são de menor valor.

Em 2012, o músico e escritor Jace Clayton lançou Sufi Plug-Ins, um conjunto de ferramentas do Ableton que explora a música e a cultura do norte da África, incluindo uma bateria eletrônica para palmas (claps), sintetizadores conectados a escalas árabes e uma ferramenta que reduz o volume do seu computador respeitosamente no momento da chamada muçulmana para a oração. Embora as limitações culturais de softwares como Ableton e FL Studio não tenham impedido os artistas da América Latina, China, África Oriental e da região MENA de encontrar soluções alternativas para criar algumas das músicas eletrônicas mais atraentes dos últimos anos, Clayton argumenta que essas inovações não negam a necessidade de novas ferramentas.

Claro, o Ableton é flexível e, por um lado, você pode dizer que esses grandes produtores do Quênia estão usando software alemão para fazer a música mais funky que se possa imaginar”, diz Clayton. “Mas não seria bom se pudéssemos estender a mesma criatividade que temos ao fazer música em como fazemos nossas ferramentas? Podemos até acabar com os alemães tendo que lutar contra o software africano para fazer seu techno metronômico.


Ver o Leimma e Apotome em ação durante as vitrines digitais da CTM no mês passado estava longe de ser um exercício acadêmico de teoria pós-colonial - havia a emoção de músicos testemunhando seus horizontes se ampliando bem diante de nossos olhos. Em cinco apresentações, artistas de todo o mundo usaram o software para tocar sets que variam de experimentalismo austero a faixas de dança estridentes. O produtor indonésio Wahono adotou os sistemas de afinação de instrumentos de sopro e palheta de Sumatra e Java, enquanto a produtora tunisiana Deena Abdelwahed convocou a afinação de adoradas canções árabes de sua infância. Slikback se inspirou em rituais tradicionais de transe queniano e descobriu que Apotome - com seu sistema generativo que cria música de acordo com parâmetros estabelecidos pelo artista - o levou a definir seu próprio som com mais clareza. Todos os três produtores disseram que planejam usar Leimma e Apotome no futuro.

Após o lançamento do mês passado, músicos de todo o mundo começaram a experimentar o software e enviar suas próprias afinações locais. (Os interessados ​​ainda podem reservar um espaço para tocar ao vivo com o Apotome no site CTM até 14 de março.) Mas Allami acredita que a tecnologia tem um grande potencial além do mundo da música experimental. Ele dá o exemplo da estrela espanhola que distorce o gênero, Rosalía: “Ela tem incríveis capacidades vocais e conhece a tradição do flamenco, que é muito microtonal, mas é forçada a cantar com o Auto-Tune usando a mesma afinação. Isso pode nos ajudar a sair dessa.” Também pode ter aplicações radicais no sample. Allami toma o exemplo de produtores de hip-hop dos EUA como Timbaland, que criaram sucessos com samples de músicas da Índia ou do mundo árabe. Em vez de pegar esses samples no atacado, eles poderiam copiar a afinação da música de origem e usá-la para afinar seus TR-808s e linhas de baixo, desenhando a sensação distinta do original sem realmente usar o sample.

É de vital importância para Allami que o Leimma e Apotome sejam acessíveis a todos, razão pela qual os programas estão disponíveis gratuitamente e rodam em navegadores da web, ao invés de plug-ins para software de produção musical mais caros (embora possam ser lançados como plug-ins no futuro). Ele está particularmente interessado no potencial educacional do software. Por muito tempo, os sistemas de ajustes do mundo foram apresentados como uma preocupação acadêmica - algo a ser estudado em vez de ouvido. O Leimma oferece uma introdução intuitiva e tátil para qualquer pessoa. Mesmo que você não saiba nada sobre os sistemas musicais da Indonésia, Japão ou Irã, você pode pular e ouvir as diferenças imediatamente.

O Leimma já deu aulas de música árabe a Abdelwahed que ela nunca soube que precisava. “Antes deste projeto, eu não sabia que escalas maiores e menores eram ocidentais”, diz o produtor tunisiano. “Achei que fossem simplesmente ‘melodias’  e não percebi que havia uma alternativa.” Os programas permitiram que ela acessasse musicalmente algo dentro de si mesma, para abordar uma ausência que ela sentia há muito tempo, mas nunca foi capaz de articular. “Sempre me senti oprimido por minhas frases melódicas no Ableton. Não quero dizer que meu cérebro está conectado a escalas árabes porque sou árabe, mas achei muito mais lógico ir de uma nota a outra com o Leimma e Apotome. Eles me trouxeram para perto de algo familiar, mais perto do que eu realmente quero expressar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

IMPROVISAÇÃO DE RIMA NÃO É CIPHER

Cipher - Ancient Order of Free Asiatics 
Sabe essas invenções dos jovens que irritam gente velha e chata (tipo eu). Pois é, uma dessas coisas é chamado de CIPHER ou CYPHER. E um monte de gente hoje em dia que faz um vídeo rimando mesa, cerveja e calabresa, sai por ai dizendo que é um Cipher. Mas essa diarreia verbal não é Cipher coisa nenhuma, é um simples freestyle de rappers, que muitas vezes não tem muita coisa a dizer além de frasear rimando. 

E muitos desses supostos rappers ainda falam mal do Islam em diversos momentos de suas vidas. O que foi chamado de 'Cipher' um dia foi um programa do DJ Premier no canal BET nos Estados Unidos no inicio dos anos de 2010 inserido no youtube. A frase 'this is a cipher', usada por uma infinidade de mc´s e grupos de hip hop nos anos de 1980, 1990, 2000 e adiante são de grupos centrados em conhecimento e propagação do conhecimento da Nation Of Gods and Earths. 'CIPHER representa o número ZERO - é um círculo, uma conclusão de 360 ​​graus, consistindo em 120 graus de Conhecimento, 120 graus de Sabedoria e 120 graus de Entendimento. 

O Cipher não tem ponto inicial ou final, para que possamos livrar nosso Cipher de toda negatividade. Um Cipher é uma pessoa, lugar ou coisa. Tudo na vida pertence a um Cipher. Cipher é See-I-Power-Her.' - Supreme Mathematics, Nation Of 5 Percenters. (https://thefivepercentnation.wordpress.com/2011/02/01/supreme-mathematics/

Para entender o que é Cipher, é preciso conhecer a Nação do Islam, Nation of Gods and Earths, Nation Of Five Percenter, Clarence 13X, e estudar a Matemática Suprema (Supreme Mathematics).

Off topic

(...) Não existem 'Cyphers' de rimas, existe CIPHER como citei acima. é uma definição Alfa Numérica, uma simbologia utilizando o número ZERO como principio e fim (360 graus), que pode ser agregado a outros números com suas respectivas referencias a ações de auto conhecimento do HOMEM ORIGINAL (ALLAH - Arm Leg Leg Arm Head [Braço Perna Perna Braço Cabeça]);

'A Matemática Suprema é um sistema de compreensão de numerais ao lado de conceitos e representações qualitativas que são usados ​​junto com o Alfabeto Supremo. Pensa-se que a Matemática Suprema seja o sistema mais alto de matemática no NGE (Nation Of Gods and Earths), usado para dar valor qualitativo aos números, além da quantidade.'

1 - Conhecimento 
2 - Sabedoria 
3 - Compreensão 
4 - Cultura / Liberdade 
5 - Potência / Refinamento 
6 - Igualdade 
7 - Deus 
8 - Construir / Destruir 
9 - Nascer 0 - Cipher (ou Cypher)

O que ocorre é que o programa do DJ Premier chamado de 'Cypher' se tornou uma metonímia. O nome do programa era em referencia a Suprema Matemática e ao NGE, e se tornou uma metonímia, em substituição para o que antes era chamado de freestyle (que muitas vezes nem é tão freestyle assim, sem ensaio não tem improviso). E rappers para denominar algo produzido, de forma parecida com o programa por diversos mc´s e rappers famosos nos EUA (em sua maioria da NGE), intitularam tudo que foi produzido e gravado nos mesmo moldes e aparência de gravação do programa de 'cypher', mas não é.

Bruno Dias: Pq então tbm chama se cyphers as (Rodas) de B.boying? Fiquei um pouco confuso Ras, passa visão pra noix...

Você entendeu e já respondeu TUDO. A roda de break, o círculo, o ZERO é a representação do CIPHER. CIPHER é um círculo completo de 360 graus. Veja no site da Red Bull (BC One):

'(...) cypher de break é quando B-boys e B-girls formam um círculo e, um após o outro, entram no meio e dançam.'... https://www.redbull.com/br-pt/a-importancia-de-uma-cypher - e eu te afirmo que eles não se interessam pela NOI.

Eu vou me estender e tentar somar ao que escrevi acima. Cipher tem origem na palavra árabe 'Sifr'; é o ZERO, assim também é na Suprema Matemática. A influência da Nation Of Islam, Nation Of God and Earths no Hip Hop (entre anos de 1970 e 1980) fundamentaram por exemplo os Mandamentos da Zulu Nation (grande parte da Zulu Nation é islâmica), e os B-Boys e B-Girls no principio junto ao Grafiti eram pilares no Hip Hop, que eu considero até mais importantes que o MC e o DJ na época. O livro '120 Lessons - Supreme Wisdom' (faça o downloado aqui ou mande um e mail para contato@fyadub.org), essa é a raiz dos Mandamentos da Zulu Nation.

Eu nesse caso tenho um pensamento bem simples e infantil, 'Cypher de Break' tem mais contexto do que o mc´s fazendo freestyle, já que é formada uma roda, um círculo, e o círculo é a simbolo para a representação do CIPHER.


Você pode ler livros;


Você pode ler sites:


Você pode ouvir música e discos;



E você pode pesquisar mais, ler mais ou perguntar para quem sabe mais.



🍌REPUBLIQUETA DOS BANANAS🍌


2021 é 2020+1... é versão estendida de lágrima, sofrimento e dor. 


A 'Carol' com K apresentou em rede bobo nacional, o que muitos fazem nessa rede dita social. Praticou ao vivo e a cores (eu vi no youtube) o que muitos fazem aqui mesmo no facebook - TUDO CUSÃO. Outros fazem no Twitter e outros no Instagram; Perversidade, Maldade, Menosprezo e Maus Tratos com o seu igual (eu desenho, uma preta agredindo outro preto) - porque uns ainda se acham - ou tem certeza, de serem superiores aos outros mesmo estando no mesmo lugar - ou se preferir na mesma bosta.  


E os mesmos 'Projetos' (ahn ahn.. entendeu?) de ativistas por lá, já deram suas rameladas por cá, deixam a coisa rolar e degringolar a reveria, porque é normal. É do mesmo saco, da mesma farinha, do mesmo rolê, do mesmo 'Mais Amor Por Favor', 'A Rua É Nóiz' essa porra toda ae.  


Saudades do Mussum e Sabotage. 


Nós ainda torcemos contra nós mesmos. Agimos contra nós mesmos. Nos levantamos contra nós mesmos. Invalidamos o trabalho e as lutas dos nossos (daqueles que se parecem com a gente), porque uns não levam uma massagem no ego (ia escrever saco) e outras não levam ou não querem um tapa no cabuletê. 


Não tem vacina, você só pode escolher tomar ou não se tiver. E em breve não teremos papel, não teremos ferro, não teremos frutas e nem mesmo a carne para dar para os filhos (se você come ou não isso é só das suas CONTA$) porque tudo vai ser exportado. E a Petrobrás pode entrar em bancarrota por decisões de um aloprado; 'Ainnn, mas eu não invisto na Bolsa, então foda-se'... Você é um(a) idiota no mínimo se pensar assim. 


Também não tem escola, não tem livro, porque também não tem internet para a molecada na periferia - essa foi CANCELADA por falta de pagamento, porque ou compra o gás ou paga a conta de operadora de internet. Se vier me dizer que sempre foi assim, vou dar uns 10 títulos de livros para você comprar e depois a gente discute sobre essa merda toda desse governo incompetente e covarde. 


A gente parece que se odeia... melhor ficar por aqui .... Brézil Brézil... você é um pais zuado cheio de gente zuada Brézil. 


Se não gostar de algo 'cancela' a página e Deus te abençoe e te ilumine.


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