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sábado, 26 de março de 2016

FREE DOWNLOAD - METROMEDIA SOUND SYSTEM

Escrevendo sobre o livro "The Rise And Fall Of Studio One" de Lou Gooden, persona controversa e pouco falado por aqui, na verdade, nunca li nada a respeito de Lou Gooden - sei apenas da ligação dele com o sistema de som "The Great Sebastian" e do vínculo com o Metromedia Sound System. Mas esse escritor tem história, e participou das principais fases do sound system na Jamaica. A primeira, sendo um dos seletores do sound system "Tom 'The Great Sebastien'" e fundador de um dos sounds mais legais dos anos 80, o Metromedia - como já disse, mixando rub a dub e dancehall nas sessões e apresentando vários dos grandes deejays jamaicanos (nesse caso diz-se que deejay é aquele que usa o microfone) no decorrer dos anos 80 e 90.

Lou Gooden iniciou o Metromedia junto com mais algumas pessoas em 1974, em Woodford Park, Kingston 4. Em 1976, Gooden foi estudar nos EUA, e o sound system trocou de dono; agora nas mãos de Jimmy "Daddy" Metro aka Father Metro. Nos anos 80, o sound system cresceu, com Father Metro comprando mais equipamento e o sound começou a fazer diversas festas na ilha. Em 1981, o classudo Peter Metro se juntou ao Metromedia, e se tornou um dos deejays mais representativos nos sounds jamaicanos nos anos 80 - você já viu algum deejay ou mc dessa fase de ouro usar o nome do sound como sobrenome?... Peter Metro tinha um carisma próprio ao microfone e já desenvolvia um estilo muito próprio cantando - sendo um dos primeiros a cantar em espanhol, Peter acabou criando a identidade ao Metromedia. No Metromedia alguns compartilharam as sessões junto a Peter Metro, como Zuzu - que ficou muito tempo dividindo as festas com Peter Metro e gravou "In The Army" com Peter Metro , Massive Dread, Dicky Ranking, Ashman e Sprouty. 


Peter Metro
Um dos primeiros seletores residentes do Metromedia foi (apenas) Jack, depois Peter Metro conheceu um dos mais carismaticos seletores da Jamaica, chamado Sky Juice que tinha trabalhado no Black Zodiac... desde então o Metromedia tinha um novo seletor, e Sky Juice continua nos controles do Metromedia até hoje. Em 1984, o Metromedia fez uma turne em UK junto a Josey Wales, Sister Verna e Sister Katy. No final dos anos 80, o Metromedia passou pelo Canada, Japão e Inglaterra.

Outros mc's passaram pelo Metromedia como Nigga Mikey, Danny Dread, que havia passado pelas sounds Stereophonic e Black Star e era uma versão de Brigadier Jarry, assim como o protegido de Peter Metro; Tonto Metro. Deejays ingleses como Dominic tocaram no sound em 87. Dominic gravou a música "Cockney & Yardie" com Peter Metro.

Com o passar do tempo, os soundclashes passaram a ser feitos com dubplates (acetatos), e os deejays (mc's) aos poucos se tornaram obseletos no sound system, mudando o foco para a produção dos acetatos ao invés de usar os deejays ao vivo ao lado do seletores. Nesse ponto Sky Juice se destacou pela agitação e uma certa gritaria ao colocar um dubplate para tocar.

Sky Juice
Sky Juice se tornou o personagem mais carismático do Metromedia, sendo impossível pensar no Metromedia sem o seu seletor principal. Sky Juice foi apresentado por Peter Metro, num evento chamado "Return Of Metromedia" em StanPipe, a sintonia entre o seletor e o sound forma imediatas, e hoje Sky Juice já tido com um seletor internacional. Sky Juice ficou famoso também, por tirar a camisa fora e mostrar sua barriga saliente nos eventos, e ganhou o apelido de "Big Belly" (barriga grande ou barrigudo). Além de seletor, Sky Juice também participa do filme jamaica "Shottas", junto com outras personas da música jamaicana no filme.


Em meados do 80, o Metromedia expandiu de tal forma, e com uma qualidade extrema. Sua crew original tinha nome como Ashman, Chicken Chest, Wayne Wonder, Doctor C, and Danny Dread, Tonto Metro, Cutty Ranks e alguns outros que eram convidados ou apareciam para tentar uma chance no microfone, o que fez do Metromedia um dos sounds mais consistentes na Jamaica e fora dela, fazendo o mundo prestar atenção e ser influenciado. Nos anos 90, novos membros chegaram para agregar no novo formato de dubplates; Webber, Oliver, Jugs B e Scratchie chegaram para manter o sound atual.



O Metromedia Sound System já passou dos 30 anos de idade no Reggae e Dancehall e os nomes do veterano Sky Juice junto com Selector Oliver Metro, Unruly Scully Metro e Deejay Platinum Metro ganharam o título "The Year to Year Sound" (O Sound Ano A Ano). Metromedia se adaptou, e consegue fazer os sounds com dubplates, os soundclashes, com os deejays ao vivo, e toca desde clubes a arenas todos o anos, na Jamaica, EUA, Europa, Japão e tantos outros lugares.


 
  

THE RISE AND FALL OF STUDIO ONE: RISE AGAIN - POR LOU GOODEN

Este é um relato da ascensão e da queda do Studio One, também da corajosa tentativa de se erguer novamente a partir da imagem prejudicial deixada após Coxsone Dodd ter falecido em 4 de maio de 2004. Danos causados por sua mulher maliciosa; Norma Dodd e suas filhas, com sua inexperiência e nos esforços para certificar que outros filhos de Dodd não receberiam sua parte justa dos bens deixados por Clement Dodd. Os fundos que a Sra Dodd tomou dos bancos, (Primeiro no The Victoria & Blake, Nova Scotia Branch, e depois The New Kingston Branch of The RBTT), além de abertura de contas fictícias denominadas "Conta Beneficiária", onde em tal conta ela e sua filha foram as duas únicas assinaturas prescritas. Todo o dinheiro tirada dessas contas bancárias em rápida sucessão foram guardados em sua residência. Após sua morte em 2010, o dinheiro foi removido por um de seus auxiliares de confiança, que mais tarde foi despedido por sua filha Carol Dodd. Dodd começou tocando discos para os clientes da loja de seus pais. Em 1954, ele criou o Downbeat Sound System quando a onda do R&B americano terminou nos Estados Unidos. Dodd e seus rivais foram forçados a começar a gravar a sua própria música na Jamaica, a fim de atender a demanda local por música nova. Inicialmente essas gravações foram exclusivamente para um sistema de som em particular, mas as gravações rapidamente evoluíram para uma indústria com seus próprios direitos (autorais). Em 1959 ele fundou uma gravadora chamada World Disc. Em 1963 ele abriu o Studio One em Brentford Road, Kingston. Foi o primeiro estúdio de gravação de propriedade de negros na Jamaica. Aqui ele descobriu Bob Marley, cantando como parte de The Wailers. Lhes deu um contrato exclusivo de cinco anos por 20 libras para cada canção gravada. Sua canção Simmer Down, produção de Dodd de uma canção de Bob Marley, foi número um na Jamaica, em fevereiro de 1964. Marley foi convidado para dormir em um quarto no estúdio por um tempo até Marley deixar o Studio One em 1968. Durante a década de 1960 e início dos anos 1970, o Studio One era praticamente sinônimo de Rocksteady, e ele atraiu alguns dos melhores talentos da Jamaica ao longo deste tempo. Sem o rock steady e ska que ele estava tão envolvido, não poderia ter havido nenhuma música Reggae. 

Sobre o Autor:

Lou Gooden é um renomado autor e radialista na Jamaica; que estudou no Crescent College, localizado na 1E North Street, em Kingston - Jamaica. Muito antes de ele se formar ele teve a oportunidade de ser o mais novo disco jockey do primeiro sistema de som na Jamaica conhecido como "Tom (The Great Sebastian)". Durante o ano de 1971, lançou "The Sound System Metromedia" no Baby Grand Club, localizado no Cross Roads. Depois de um certo número de anos de trabalhando na casa noturna Epiphany em New Kingston e na Hedonism 2 em Negril, ele migrou para o EUA onde frequentou quatro diferentes faculdades de radiodifusão. Durante 1996, ele embarcou em uma carreira de radiodifusão na rádio W.N.W.K. 105,9 FM de Nova York e mais tarde mudou-se para a rádio W.R.T.N. 93,5 FM. Lou Gooden voltou à Jamaica ao longo de 2002 com uma riqueza de conhecimento para completar o seu primeiro livro de não ficção intitulado "Heritage Reggae". Lou ajudou a estabelecer a Radio Bess FM em 2006 e trabalhar como disc jockey,  fazendo apresentação e sendo gerente de programação até novembro de 2011. Lou agora transmiti ao vivo via Ustream (podcast) on line. 

Review do fyadub:

O livro de Lou Gooden está longe de ser uma biografia ou a história definitiva do Studio One, a proposta do título "A Ascensão e Queda do Studio One: Ascensão Novamente", cai por terra no decorrer das páginas. O livro é muito bom, mas não se trata do Studio One, ele é abrangente demais. Ele parece deixar a história de Dodd e do Studio One de lado em boa parte do livro. 
 
Relatando a história dos primórdios das sound system's (desde a primeira, escrevendo muito bem sobre Tom "The Greatest Sebastian", King Edwards, Duke Reid, e outros nomes importantes). O livro não se trata de Coxsone Dodd, mas de tudo a sua volta, e talvez por não ter uma grande história sobre Dodd para contar, ele recheou as páginas de entrevistas - muito boas alias, com grandes produtores, seletores, donos de selo, da velha guarda e contemporâneos. E digo, que as entrevistas são as melhores partes do livro. 
 
O tom usado por Lou (fora das entrevistas), é meio que de um amargurado ou de recalque contra a esposa de Coxsone, que por direito é a detentora do espólio do falecido esposo. A briga pelo dinheiro e espólio nada é de diferente em outros casos, como o de Bob Marley por exemplo - se ler "Catch a Fire" vai ver que existe uma briga muito semelhante. Em diversos relatos, o autor do livro, foi preso por ter ficado com uma cifra de 3 milhões de dólares, que ao que tudo indica, serem pertencentes ao Studio One ou a JAMREC, detentora do acervo produzido por Dodd. Lou passou 4 meses na prisão e ainda responde processo pelo envolvimento com o dinheiro. Indico a leitura do livro, mas com olhos nos relatos dos entrevistados, o discurso de Lou contra Norma Dodd é desnecessário. 
 
Agora, também esteja atento ao patois, que permeia todo o livro. Nada de inglês formal, revisão de texto ou algo do tipo. Esteja com um inglês afiado, de mediano a alto. Novos leitores, sem o hábito de já ter lido textos com patois, terão uma seria dificuldade de compreensão da língua inglesa, e de diversas partes do contexto de cada depoimento. Nesse aspecto, eu indico a compra pelo Kindle, que além de custar pouco mais de 30% do valor do livro com capa simples, você tem acesso aos verbetes que podem ser procurados on line. Eu fugiria da capa dura, o livro não é uma obra prima e fico relutante em investir mais de R$ 300,00 no título, mas se achar que vale a pena, manda bala.
 
Se Lou Gooden tivesse escrito um livro de relatos, e evitado o embalo do título, teria se dado muito bem, e teria uma obra com uma visão muito mais bem sucedida. 


The Rise And Fall Of Studio One (Black & White): Rise Again (English Edition)
Formato: eBook Kindle
Tamanho do arquivo: 11023 KB
Número de páginas: 518 páginas
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
Idioma: Inglês
ASIN: B00J175Q3O
Leitura de texto: Habilitado
X-Ray: Não habilitado
Dicas de vocabulário: Não habilitado
Configuração de fonte: Habilitado
Avaliação:


The Rise and Fall of Studio One: Rise Again
Capa comum: 482 páginas
Editora: Createspace Independent Publishing Platform (2 de fevereiro de 2014)
Idioma: Inglês
ISBN-10: 1491097426
ISBN-13: 978-1491097427
Dimensões do produto: 15,2 x 2,8 x 22,9 cm
Peso do produto: 803 g
Avaliação:



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