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sexta-feira, 16 de abril de 2021

🍌 REPUBLIQUETA DOS BANANAS 🍌


A 🍌 Republiqueta dos Bananas 🍌 é uma forma sarcástica de dizer que a Direita e a Esquerda dos Brasil são cabeças do mesmo dragão, e mesmo que corte uma das cabeças, ela vai crescer de novo, seja com cara nova ou antiga. Mas não tem graça ser sarcástico na nossa atuação situação, seja lá qual for o texto ou tema.  

Eu iria postar uma caralhada de comentários, artigos e links sobre a disfunção de raciocínio cognitivo e intelectual das principais figuras politicas hoje, o Presidente e o Presidenciável. Comentários como o do Lula dizendo em uma entrevista no inicio dos anos 1980 dizendo que não lê, e não lê porque tem preguiça (https://youtu.be/__jSBJ-04Kc). Eu acredito que ele não lê até hoje. 

"Primeiro, eu sou muito preguiçoso. Até pra ler eu sou preguiçoso... Eu não gosto de ler... Eu tenho preguiça de ler!" - Lula

Ou falar do Messias quando ele reclamou que teria que distribuir livros já impressos com muita coisa escrita, que são feios, e que colocaria a bandeira do Brasil e o Hino Nacional... 'papais vão vibrar'. (https://youtu.be/TaoiWptJuTU). Eu acredito que o Messias nunca leu nada, nem as MPs que ele assina.

"Os livros hoje em dia, como regra, é um amontoado... Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo" - Jair Bolsonaro

Eu iria falar da ignorância do Lula no meio ambiente, na saúde e do menosprezo intelectual do Bolsonaro (e de muitos intelectualóides ungidos) na ciência e nos mesmos campos tanto de direita quanto de esquerda, mas vou contar uma história.

Em 2014/2015 não me lembro exatamente o ano, por indicação de um amigo, eu trabalhava em uma seguradora multinacional, de primeiro mundo, dessas que passam sua propaganda no JN e na novela das 21h na Globo. Com muita gente boa, mas cheia de evangélicos, católicos, brasileiros que se olham no espelho e veem um europeu nórdico ou um aristocrata inglês, e donos de uma moralidade intocável e inabalável. 

Fomos convidados a ir para São Carlos (SP), numa espécie de super hipper master blaster reunião de gestores - de pessoas, uma espécie de aglomerado de coach's e mestres em liderança... um ambiente altamente insano para muitos. Na verdade, iria ser discutido punições aos funcionários, quantas advertências, quantas suspensões, e em que momento eles deveriam ser, por meio de solicitação, demitidos. 

Depois de muita balela, conversa fiada, discussões sobre como os funcionários deveriam se vestir, o chamado 'dress code', o que poderiam levar até a mesa de trabalho, se poderiam usar saia, blusa de alcinha, cores de camisa, se poderiam mascar o chiclete ou não, onde a questão real seria se deveriam engolir ou cuspir, veio a maior censura que eu já vi na vida. Um dos gestores fez a seguinte pergunta:

'E ler, o que fazemos com quem lê? Advertência verbal? advertimos por escrito? Chamamos o funcionário para um feedback apenas? Ou se advertimos e ocorrer uma reincidência suspendemos essa pessoa que lê podendo chegar a demissão?'

Eu gostaria de escrever dizendo que isso é algo que eu inventei da minha cabeça. Mas para participar disso, eu empurrei por quase 2km um Chevrolet Classic, porque o irmão que estava dirigindo não quis abastecer quando o carro chegou na reserva, deixando para colocar gasolina no posto seguinte; fdp. 

A minha resposta, apoiada apenas com quem foi comigo, foi de que tirar um livro da mão de qualquer pessoa, seja quem for, é um ato de censura, coação e infração ao direito de liberdade - eu jamais vou fazer isso na minha vida. Seja em qualquer lugar que eu estiver trabalhando.

Sempre uma pessoa vai ser melhor lendo um livro. Seja um livro de história, uma biografia, um título para o trabalho de faculdade, um livro de moda ou um desses do tipo do Harry Potter, Game of Thrones ou Cinquenta Tons de Cinza - o livro que você escolher para ler, é um problema seu, assim como tantas escolhas suas. Essa liberdade de leitura, ninguém está apto a tirar ou dar para qualquer pessoa. Tirar um livro de alguém é um pensamento do mínimo insano. 

As tentativas de tributação de livros, o aumento de preços constantes, o número de livrarias fechadas, seja por falência ou por recuperação judicial, fora as que foram embora. É um reflexo do país absolutamente ignorante que vivemos. A tiragem média de um livro são de 3.000 exemplares, isso é menos que 0,001% da população do Brasil, que ultrapassa 210 milhões de pessoas. 

O único jeito de deixarmos de ser esse povo fudido que somos, é através da educação, da leitura e do acesso a saúde para todos. Infelizmente, precisamos de uma ação do Estado para que muitas pessoas alcancem, mas que esse Estado, através da evolução intelectual vá sendo enfraquecido de tempos em tempos, de geração em geração. 

É muita ingenuidade, do cidadão ordinário comum, acreditar que Esquerda partidária vai salvar ele da Direita fascista, ou que a Direita vai salvar alguém da Esquerda comunista. Tanto a Direita quanto a Esquerda instituem as crises, prometem salvar o pobre, erradicar a fome, e criam planos econômicos mirabolantes que não funcionam. 

Ainda estamos enraizados culturalmente de que ser inteligente, ser liberto de amarras ideológicas, de que o pensamento progressista, de não ser de direita e não ser de esquerda, é motivo de zombaria e bullying.

Em breve seremos educados por macacos.


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