segunda-feira, 29 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON - R.I.P. - 1958/2009


Man... Michael Jackson marcou minha infância, musicalmente dizendo (não leve pelo outro lado), mas é real. Todo mundo que está na faixa dos 30/35 anos e teve seu tempo dos bailes blacks, isso falando aqui de SP, dançou Michael Jackson, não deve ter dançado Thriller, mas dançou vários sons do cara. 

Particularmente, prefiro a musicalidade do Michael Jackson negão, talvez seja pelas produções de Quincy Jones e outras lembranças como Milles Davis tocando Human Nature com o trumpete apontado para baixo durante 10 minutos, lembrança dos antigos programas de Jazz que passam na TV Cultura nas madrugadas. Isso falando do MJ, sem contar os Jacksons 5 que são talvez a origem de todas essas boy bands lixo que aparecem na Muthafuckin MTV (quem precisa dela mesmo?!)

Bom, voltando ao MJ, não vou fazer uma biografia nem comentar os escândalos ou boquetagens que marcaram a vida dele, mas sim a música que ele deixou, e que musicas, Michael Jackson no final dos anos 70 e início dos anos 80 foi o músico negro mais importante que o mundo teve, e nunca deixou de vender milhares de cópias de seus discos durante todos os anos que se passaram. Ainda tenho os meus aqui muito bem guardados.

Uma das músicas que eu mais escutei quando era criança era a música "Ain't No Sunshine", composição original de um cara chamado Bill Withers, o criador do "I know, I know, I know... e continua.. I know"... Essa fase de Michael daria início a de outros grandiosos que também gravaram essa música como Paul McCartney, Isaac Hayes, Lionel Hampton, Prince, Sting, Kenny Rogers, Tom Jones e outra infinidade de rappers que usaram a música como sampler. Horace Andy regravou "Ain't No Sunshine" para o Studio One, uma versão cabulosa, mas desculpe, a versão de MJ é a melhor em tudo; melhor arranjo, melhor vocal, melhor melodia, melhor andamento, e etc.

Não entenda que essas são as melhores músicas dele, mas são as que eu mais gosto, a fase Motown de MJ foi a melhor de todas. Outra que pegava fogo nas pistas junto com Parliament Funkadelic, James Brown, Isaac Hayes, George Clinton, Bootsy Collins, Commodores, era a música "Don't Stop 'Til You Get Enough", meio que "Não Pare Enquanto Não Tiver O Bastante", nessa fase MJ já dava sua cara aos bisturis e já dava sinais de devaneios e excentricidades que marcaram sua vida, eu particularmente acho essa fase dele a mais psicodélica de todas, imagina nessa época onde o racismo americano era explicito, assassinaram praticamente todos os líderes negros da década de 60 e 70, um preto com dinheiro usando roupa justa cheia de lantejoula era loucura, assim como todo o resto do blaxploitation da época. 

Outra que agitava as pistas e deixava as meninas doidinhas pra dançar juntinho era "Rock With You", refrão fácil, passinho marcado, música para festa, música para dançar, e música para curtir, seja com ou sem namorado(a). Agora a que eu mais gostava era "Billie Jean", se MJ já queria fama de putão (no bom sentido) em "Don't Stop 'Til You Get Enough", Billie Jean era a mais sacana de todas, quase um slackness, na letra, MJ dizia que teve um caso com uma mina que babava nele, mas ele não era o pai do filho dela (puts!!). Bom, hoje a mãe dos 2 filhos que supostamente eram dele, já diz que ele não é o pai (ai karai!!), será que a música realmente é real?!

Mas falando de Billie Jean, o singjay jamaicano multifacetado Shinehead fez uma versão de Billie Jean sobre um riddim produzido por Sly & Robbie na década de 80, mais exatamente em 1984 no álbum "Rough And Rugged" - um dos preferidos da casa. O riddim em si foi lançado em 1967 (data não exata), pelo Studio One numa produção que possivelmente seria para os Wailers, mas foi gravada por um grupo obscuro chamado Bumps Oakley, com a música "A Get A Lick", um early reggae na moralzinha, nada muito haver com o som do Shinehead, só a linha de baixo foi aproveitada na produção de Sly & Robbie. Mas, preste atenção Billie Jean batizou o riddim e somente a letra foi aproveitada no riddim, nada da composição original de MJ foi utilizada no instrumental. Shinehead gravou 2 versões nesse riddim, a Billie Jean já citada e a outra é "Mama Used To Say", outra clássica do Shinehead. O que marcou esse riddim foi o assobio que lembrava os filmes Western Spaguetti, ou de cowboy mesmo, nada de falar muito difícil. 

Bem, essa é homenagem ao MJ, que ele seja julgado pelos seus pecados, assim como seremos julgados pelos nossos. Abaixo um trecho ao vivo do Shinehead onde canta alguns sucessos dele, e também Billie Jean, acho que um dos vídeos ao vivo dele mais legais.

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