
“No disco, Rice toca baixo, organ, pandeiro, guitarra, escaleta (piano de sopro). As 19 faixas são excelentes, longas viagens sonoras chegam com a simpática “Toque” ou a alucinante “JD”. Destaque para Baby Dub, que conta com a participação de Caz Ggardiner, o restante do cd é instrumental. Enfin, um disco excelente, contendo ska, rocksteady, reggae e dub.” Ricardo Tibiu, Folhateen, Folha de S. Paulo
Victor Rice – In America
Baixista e produtor renomado na Europa e Estados Unidos, Victor Rice traz a sonoridade jamaicana dos anos 60 e 70. Atualmente habitando o condominio Copan, em São Paulo, o nova iorquino tem um longo curriculo. Participou dos grupos mais importantes da América, como o New York Ska-Jazz Ensemble, Stubbom All-Stars, com The Scoffaws. Produziu o premiado disco dos Slackers, assim como o do Pietasters, dos Articles e de Skavoovie & Epitones, por exemplo.
A velha guarda da Jamaica empresta seus serviços. Laurel Aitken, o ilustre Nuit jamicano, empresta de Victor Rice sua elegancia a outra celebridade, Desmond Dekker, idolo dos rude boys e rastasfaris de todo o planeta. Mesmo os Skatalites, os criadores do ska e de toda a música moderna jamaicana, requisitaram o apoio do produtor para o album Ska Titans.
Rice esteve divinamente celebre tocando baixo no disco Dub Side of The Moon, uma versão dub do album classico do Pink Floyd, lançada na ocasião do aniversario de trinta anos do original por Easy Star All-Stars, de Nova Iorque. No Brasil, produziu uma versão de “Máquina do Tempo”, do grupo gaúcho Ultramen, mixou uma música de Nando Reis, registrada pelos cariocas do Reggae B (projeto de Bi Ribeiro, baixista do Paralamas). Membro também do trio Firebug, que lançou seu premiado disco pela Radiola Records, em São Paulo.
O Selo Radiola é distribuido pela Tratore no Brasil, Victor está presente em In América, seu décimo album solo, produzido parte em Nova Iorque e outra parte em São Paulo. Especialmente instrumental, o disco aponta faixas sugestivas. Victor batiza em portugues suas músicas no disco, como “Fernandinho”, “Fica” e “Toque”. Separando a matemática da criatividade, ele interpreta uma versão de “Parabéns” (Happy Birthday). O americano Caz Gardiner empresta sua voz a “Baby Dub”.
Na construção de suas músicas, Rice se inspira em harmonias sofistidas de heróis jamaicanos, como Don Drummond com Jackie Mitto, do jazz de Sonny Rollins e Wayne Shorter. São 19 faixas em que o baixista leva do ska ao rocksteady, do reggae ao dub. Mesmo que for um especialista ou não, o disco soa como um dicionario de sons da Jamaica.