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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A HISTORIA DO RAGGA NACIONAL :: POR XANDÃO CRUZ




Nos primórdios dos anos oitenta em SP, Black Panthers era o grupo de rap do Crânio, Peter Muhammad e outros manos que tinham uma consciência sobre negritude e já faziam hip hop ragga. Peter também já traduzia livros sobre cultura Ras Tafari e divulgava os “five percenters” que e uma cultura muito divulgada nos bairros dos pretos dos Estados Unidos que louvam o Profeta Muhammad e Ras Tafari. Peter também gravou vários raggas com os grupos M.R.N, A Firma, Michael e outros.


Pepeu do famoso “P” de Pepeu também teve sua contribuição no rap-reggae,em parceria com Toninho Crespo (guitarrista e vocalista da banda Jualê que já tocou muito com Racionais Mcs), gravou a música “reggae e movimento” no disco “Rasta” onde defendia que o rap e o reggae são irmãos, nesse tempo já se ouvia Nomad, banda de SP que misturava ragga com outros ritmos e tinha o front man Rica que fazia os vocais toasters, com o sucesso “4 letras” estourada nas rádios da época. Do Rio Grande do Sul a banda Defalla liderada pelo produtor Edu K (conhecidíssimo por produções com Pavilhão 9, MRN, Chico Science e outros) fazia rock com rap e ragga, inclusive raggamuffin em instrumental de dancehall… isso em 1990.

Nesse tempo participando do rap, gravando se envolvendo e defendendo o ragga; Toaster Eddie ou Ragga Eddie ou Eddie Man, já fazia seu som em Curitiba, já viajou pra fora do Brasil fazendo ragga, e ate teve musica no CD da novela Malhação, o hit “Punnani Ta” esta entre o reggaeton e o ragga e fala das garotas, Eddie e um dos precursores e esta na ativa ate hoje.

Walking Lions grava o disco “Vitrine” onde participam Elementos da Terra e Rappin Hood numa música bem rap-reggae, mais tarde regravada por Rappin Hood em seu primeiro disco pela trama com participação de Funk Buia. Infelizmente e felizmente tivemos o Skank de BH que fazia reggae/dancehall original, com vocais melódicos e raggamuffins, após vários anos de sucesso nessa linha mudaram a roupagem total para rock londrino (Oásis, Verve, etc.)... que pena.






Nesse tempo já se ouvia as participações de jamaicanos como Lady Patra, Shabba Ranks gravidando com os cariocas do Cidade Negra, precursora em reggae/dancehall no Brasil. Em seu disco de estreia o Planet Hemp também veio com vários vocais ragga e do Planet Hemp nasce Gustavo Black Alien, conhecido por todos por suas inúmeras participações ragga com Reggae B (banda de Bi Ribeiro/Paralamas do Sucesso), Sabotagem, Marcelinho da Lua, Herbert Vianna e outros.


Houve uma época em SP que rap internacional dos anos 80, raggamuffin e hip hop reggae americano tocava muito nos bailes, e quem gostava eram as meninas e os ‘largatixas”, manos de periferias que usavam calça boca de sino, cabeça raspada, óculos na testa, e faziam vários passinhos no palco e pista, eram a bola da vez nas festas com seus bonzinhos escritos sempre “alguma coisa” boys, exemplo: sensuais boys, gueto boys e por aí foi, foi aí que o ragga foi associado a “largatixas”, todos na época falavam que ragga era coisa de “largatixas’ e vários DJs da época que hoje são obrigados a tocar ragga, discriminavam o ritmo.

Nessa época explodia o Grupo Kaya, Elementos da Terra e Família Abadá que faziam raggamufin legitimo, dançante, pop, pista e o escambau, e tinham dançarinas e dançarinos que encantavam os ouvidos da mulherada por onde passavam.

Parceiro do grupo Kaya (cujo integrante Marco Singer, esta na ativa ate hoje), já fazendo seus raggas na época Ras Flaminio era do grupo Quarto Poder, que mais tarde daria origem aos grupos Positivos e Família 7Velas, hoje com o nome de Sambatuh prepara o lançamento de seu disco solo (após participações em vários Cds da Família 7 Velas, Kafofo Records, Stereodubz, etc).




Também vindo dessa família Hemp, a banda O RAPPA sempre tem em seus vocais o ragga cantado por Marcelo Falcao, dessa cena toda carioca de Hemp family a banda de B.Negao na época Bernardão o Erótico do Funk Fuckers, misturava rock com miami bass, hardcore e ragga,  e o ragga era cantado por Jimmy Luv, primeiro a gravar em instrumentais jamaicanas (riddims) no Brasil e conhecido por suas inúmeras produções e bandeira do ragga nacional, Jimmy Luv ja lancou mais de 10 cds na linha ragga entre participações, já escreveu matéria sobre ragga para varias revistas, coletâneas nacionais e gringas, mix tapes, dubplates, e foi respondível pelo conhecimento, popularidade e ascensão de vários nomes do ragga nacional hoje no brasil.

Em SP também fazendo rap ragga o Afrodimpacto lança no álbum Consciência Black 3 a musica “Hurap Huragga”, influenciando uma leva de mc's do rap a partirem para a mistura ou para o ragga mesmo, Xandão sai do grupo com o DJ Vito (idealizador da festa Flavor e proprietário da loja Pavilhão Records) e formam o Afro Rude produzidos por Munhoz (do extinto Ascendência Mista, produtor e mc do Contra Fluxo, produtor do Mamelo Sound System) e Mr.Venon (Marcelo D2 e Projeto Manada), e varios outros, levantam a bandeira do hip hop reggae junto com o grupo Enganjaduz (grupo de Jimmy Luv na epoca), falando de cultura rastafari com shows empolgantes e muita vibração positiva.

Alexandre Cruz (atualmente do clã Reviravolta Mafia), ex-Afrodimpacto, Afro Rude, 18 Kilates, Diamantee, Variuz, Banka Terror, Enganjaduz, 7velas Crew), conhecido por Xandão ou Medrado esteve sempre ativo fortificando o hip hop e o ragga no Brasil através de incentivo com outros cantores, fanzines, colaborações em revistas, radio web e coletâneas. Fundador junto com Jimmy Luv da familia 7 Velas, Xandão já gravou ragga no primeiro cd da banda de ska Sapo Banjo em varias musicas, também com RPW, Dantas (no clipe da musica Na pista esta no youtube), e atualmente prepara uma radio aqui para o Radar Urbano voltado para isso e grava seus dubplates pelo mundo afora.




Dessa leva nasce Arcanjo Ras (Dom Dada Clan e Echo Sound System), (ex- Premonição, Afrodimpacto , Enganjaduz, Menthafora, Variuz e 7Velas Crew) um dos melhores cantores de ragga da atualidade já com dois discos lançados e inúmeras participações, Arcanjo é influencia e é bastante copiado por muitos, ativo na cena ragga, faz parceria com Mista Pumpkillah.

(Don dada Clan e ex Mentes Alienadas), (profundo pesquisador de ragga nacional), que esta divulgando seu disco lançado todo voltado para o ragga, Pump também e hoje um grande defensor do estilo dancehall no Brasil ao lado de sua esposa Poetiza (ex Grupo Poetizas), que já participou do programa Astros(mesmo programa que participou sua amiga e cantora Dani Black), cantando ragga, e tem em seu show uma dancehall queen (dançarina de ragga).


Jota-mano que veio do rap da zona oeste (Subúrbio Z/O era o nome do grupo), dono de uma levada muito nervosa que infelizmente parou de cantar ragga, lançou um disco com produção de Jimmy Luv, com participações de Arcanjo Ras e Alexandre Cruz, e participava de todos os shows da Família 7 Velas e 7Velas Crew, o seu “hit” nas ruas era o hilário relato de uma garota que não gostava muito de tomar banho e um reggae serio da saudosa musica ‘Todos Irmãos”.

Um pouco antes de acabar a Familia 7velas (Jimmy Luv, Xandão, Arcanjo, Junior Dread (ex-banda Reggae Style), Fex (ex-Filosofia de Rua, atual Reviravolta Mafia e Lito Atalaya), Lei Di Daí (ex-CNB), Sambatuh, Jota (ex Subúrbio Z/O), Miss Ivy, Alê Boxe e Buyaka San), a cena recebia de presente a bela Miss Ivy, que ja tem seu promo lançado e ja participou do programa Astros também, em seu show Miss Ivy traz a dançarina Tainá Bijou (pioneira em dançar ragga).

Vinda da banda Camarão na Brasa, SP tem a honra de ter em sua cidade a garota rude do gueto vinda da zona leste de SP Lei Di Dai, cantora de reggae/dancehall com seu disco já lançado que coleciona elogios por onde passa, hoje esta em turnê pela Europa divulgando sua musica.




Hoje no Brasil temos a banda Q.G Imperial uma banda exclusiva de dancehall (vide Profecy (Capleton) e Fya House (Sizzla Kalonji)), que toca com vários cantores do brasil(formada por Lucas Alemão - teclados, Jah Fyah Elijah - bateria, Daniel Kulcha Man - guitarra e Rafael Dum dum - contra-baixo) e ate com alguns de fora, alem de promoverem festas fortificando a cena por onde passam.

A banda tem membros que já foram de outras bandas como o Terceira Visão, liderada por Simba Amlak, cantor da Guiana Inglesa vindo do coletivo Rastafari Congo-Nyah, que junto com Lyson Fya (também vindo da Guiana), cantam reggae/dancehall em inglês defendendo a cultura Bobo Ashanti.

Fya Dub e um coletivo musical liderado por Ras Wellington que movimenta festas e divulgações pela internet.

No Rio de Janeiro temos os produtores do Digital Dubs: MPC (que já participou da banda de Marcelo Yuka ex-O RAPPA, atual F.U.R.T.O), Nelson (ex-O RAPPA), Kuque (um dos melhores d.js de ragga que já vi) e Cristiano Dub Master, que já lançaram varias coletâneas com cantores de ragga como (Jeru Banto (Rj) e Victor Bhing I (já com Cd lançado), e já viajaram pelo mundo mostrando nosso som,atualmente estão trabalhando com o cantor Dada Yute (ex-Leões de Israel), que canta em inglês e português e esta aparecendo muito na mídia agora, divulgando o reggae/dancehall com suas letras Bobo Ashantis (trindade da cultura Ras Tafari fundada por Prince Emmanuel), com produção de Gusta (Echo Sound System).


Dada Yute já viajou para Jamaica duas vezes onde teve contato com produtores e cantores da cena divulgados no momento pela MTV brasil.

Echo sound system e um trio formado por produtores e DJs voltados ao reggae; Veiga, Gusta e Pedrinho Dubstrong,t em em seu cast cantores como Dada Yute, Arcanjo Ras, Jimmy Luv e Funk Buya (grupo Z'Afrika Brasil), que também mistura rap com ragga, assim como Pentágono (Time do Loko), e ja trabalharam em suas mixtapes, já lançadas com Junior Dread e Sambatuh.

Do lado leste de SP temos Dom Fyah que produz e canta ragga, na Paraíba temos Sacal que produz, canta ragga e também faz parte do Don Dada Clan, alem de ser uma das revelações da cena, na Bahia temos o Ministério Publico Sound System que faz barulho por onde passa e tem vários cantores que estão com eles, Russo e um deles e tem um estilo muito bom de cantar. Em Goiânia temos o Lethal e o povo do Ragga Rural, em todo o Brasil temos cantores defendendo o ragga temos produtores e cantores em Minas Gerais como Pow Mx e Leal Sound que produzem cantam e fortificam a cena.

Lord C Lectah - o mano toca ragga, e muito… Vindo da Alemanha pro Brasil alguns anos atrás, Lord já e conhecido por suas “pedradas”, com sua “bengalinha” e altura (o homi é alto heim), faz uma discotecagem original, além de ter feito a mixturagga a primeira mixtape de Arcanjo Ras.


Chars ao centro com Planeta Dub
DJ Chars Chars e um veterano DJ profundo conhecedor do dub, que já lançou fanzines e vários cds, além de ser ex membro do 7velas. Chars promove festas e tem um set nacional em sua discotecagem bem alternativo e diversificado.

De alguns veteranos acima citados temos suas crias, Buyaka San é o filho querido de tudo isso e já tem 3 cds lançados e varias participações dentro e fora do pais, além de sua versatilidade, esta sempre em constante atividade da cena.

Outro ragga man filho querido é Flai Thunda de Sao Paulo (conhecido também por Muskitu e Soundbwoykillah), que movimenta a cena fortificando e apoiando em tudo que ela precisa alem de gravar com todos os veteranos exaltando a cultura Rastafari nos modernos riddims (do inglês Rhythm que significa Ritmo) do dancehall.

Ledread e um mano que faz vários flyers (circulares de festa) de ragga, produz também suas instrumentais da Kafofo Records, e já lançou a coletânea virtual jungle ragga com vários da cena, já produziu vários sons de cantores inclusive do Hughetu da zona leste de SP.

Alien Man - ex Mentes Alienadas onde cantava com Pump Killa,Alien e cantor de ragga em Rio Preto interior de sp,onde promove festas,movimenta a cena e faz parcerias com todos os cantores do estilo.


Jah Fabah, Jah Walla e Michel Irie, são cantores de reggae/dancehall que tem o foco na cultura rasta em suas letras, O Fogo Pega e Selassie I No Topo, fazem parte do Negus Ambessa Sound e com seu lap top lotado de riddims, onde passam fazem barulho, já tem cds na internet e somam nessa correria.

Stereodubs, produtor que faz varias para o rap nacional e atualmente produz ragga, lançou sua coletânea de ragga só com a nata, e esta preparando um álbum com todos eles.



De Curitiba temos o Mocambo, grupo de hip hop ragga que tem ate vinil, promovem festas, lançam músicas e são ativos na cena.

Do sul temos o produtor Ghetto I, que também e cantor, lança suas coletâneas pela I Vibez Records, lançando vários nomes conhecidos ou não da cena.

No ragga temos vários todos os estilos e no Brasil um dos principais defensores do ragga que fala de promiscuidade, prostituição e mulher certa/errada é o Sandro Black (RJ / ex Enganjaduz), que faz seu som voltado para isso, e já tem seu cd lançado defendendo o estilo slackness (estilo de ragga que fala de relações, sexo, etc)

Em Curitiba temos o Lion Kulcha Sound do cantor francês K-Namam (residente no Brasil),que faz seu ragga e movimenta a cena com festas e coletâneas virtuais.


Coletâneas virtuais de ragga e uma boa pedida para divulgação,o Jungle Reef idealizado por Raphael B (RJ). Já esta indo pra terceira edição e traz vários cantores,assim como a Ragga Brasil de Ragga Demente (DF), Meia Noite Riddim, Fya Bum e ragga nacional de Jimmy Luv, que já tiveram edições lançadas pela loja Jhonny B.Good que lança vários nomes do reggae/dancehall no Brasil.

Vindo da Guiana Inglesa junto com Simba Amlak no coletivo Rasta Congo Nyah: Lyson Fyah faz seu som reggae/dancehall em inglês e participa da cena cantando e gravando como os demais no seu estilo “conscious’ em mensagens fortes.

Mas sem festa não da pra cantar né? Entao em SP já tivemos as festas Ragga Bum idealizada pelo povo da griffe Crespo Sim e Ellen Miras, Ragga Jam idealizada por Jimmy Luv, Ha Ha Ragga pelo Don Dada Clan, e a mais nova Tupinikingston (idealizada por Flai Thunda, Ellen Miras, Buyaka Sam e Dum Dum) que volta e meia voltam em algum local central para o deleite de quem gosta do estilo.

Hoje você ouve em vários bailes black (Black Bom Bom, Pikadilha’s, Sambarylove) vários sons ragga, vários DJs estão tocando o estilo e pondo o povo pra dançar, mas antes e depois de eles tocarem ou não, estaremos levantando a bandeira e fortificando a cada dia que passar.



Essa matéria e dedicada a todos que lutam pelo raggamuffin no Brasil, todos que apoiam a cena e aos fakes, posers, embalistas, modinhas, continuem a divulgação!!!!


Por Alexandre Cruz aka Xandão - Publicado originalmente em 2009 @ http://blogdoalexandrecruz.blogspot.com.br/2009/08/historia-do-ragga-nacional-por.html
Ouça o SoundCloud do Xandão Cruz > https://soundcloud.com/alexandrecruz



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sábado, 24 de setembro de 2011

PARALAMAS DO SUCESSO - SELVAGEM 25 ANOS

Olha, poucas bandas nacionais fizeram com que eu prestasse atenção em alguns trabalhos, atenção quer dizer ouvir minuciosamente, composição, arranjos e etc. Tenho a dizer que poucas bandas de reggae me chamaram a atenção quando comecei a realmente a prestar atenção no reggae, as duas principais aqui do Brasil foram Jualê de Toninho Crespo e Nômade de Rica "Caveman" que mais se aproximavam da sonoridade do que eu estava ouvindo e adquirindo de música jamaicana. Falar a verdade achava um tanto descompromissadas - politicamente falando as músicas do Paralamas, e com o tempo até que gostei de algumas letras de Herbert Viana, mas o disco Selvagem tenho sim uma cópia e tenho sim um apreço pelos arranjos e da forma que foram feitas na época, e olha que eu não publico tantas resenhas de discos nacionais das antigas como esse. Bom, ouvindo o disco hoje realmente ainda o considero um tanto malemolente e daria uma acelerada no pitch e uma engordada no baixo, mas é bom pra gente ter parâmetro do que foi em 86 e do que é hoje o reggae no Brasil, considero esse disco o mais influente dentre tudo o que Brasil produziu de reggae. E fica a pergunta: mudou muito a sonoridade das bandas de reggae nos dias de hoje? Eu penso que não.

João Barone, baterista do Paralamas  escreveu sobre o disco para o encarte do show no Sesc, no ínicio do ano:

"No final de 1985, estávamos ensaiando no apartamento da saudosa Vovó Ondina, local emblemático do começo dos Paralamas. Num intervalo, Herbert resolveu mostrar o esboço de uma nova composição, quando fez um preâmbulo sobre a estranheza que poderia causar. Sua expectativa era explicável. Ao longo desse ano movimentado, que começou com o Rock in Rio e terminava com uma turnê com até dois shows por noite, Herbert chamava para si toda a responsabilidade pelo que seria o próximo passo da banda. O cara do óculos vermelho de bermuda em breve se defrontaria com o desafio de superar suas marcas anteriores, começou a aguçar sua inspiração e por as mãos a obra. Para ele, era preciso arriscar mais, fugir do óbvio. Para isso, até operou os olhos e se livrou dos óculos, sua marca registrada. No segundo LP, a banda criou e afirmou uma assinatura sonora. Mas e agora? Isso lhe tirava o sono... Tanto que no final de outubro de 85, quando tive um acidente de carro em Porto Alegre, Herbert sentiu-se culpado por desejar que algo extraordinário acontecesse para frear nossa agenda...

"Foi assim que durante um pequeno recesso em que eu estava de perna engessada (o que não nos impediu de participar de um show em homenagem aos 20 anos de carreira de Gilberto Gil mesmo assim!), Herbert começou a maturar algumas composições novas, inspiradas no mergulho profundo que fizemos no reggae e na música africana. Bi Ribeiro teve papel determinante nisso, pois comprava todos os discos de reggae e afro que podia, nos apresentando toda hora coisas interessantíssimas que iam além das obviedades, como Mutabaruka, Dr. Alimantado, um tal de Yellow Man, Papa Wemba, Salif Keita, King Sunny Adé, para citar alguns poucos. Neste caldeirão também foram adicionadas doses de João Bosco, Gonzaguinha, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Novos Baianos e Gil. Viajando tanto pelo Brasil, vimos e identificamos como a música negra havia se aclimatado aqui, especialmente na Bahia e fizemos o que alguns críticos entendidos explicaram depois como uma 'contra-diáspora negra', até chegarmos em Londres, via Angola com escala em Kingston. Para nós, descobrimos um Brasil brazuca, vira-lata. Caímos na real muito antes do Plano Real.

"Quando Herbert fez suspense pra mostrar pela primeira vez apenas com sua guitarra a melodia de canção que se tornaria conhecida como 'Alagados', não precisou de tantos volteios. O que gerou tal estranheza foi a semelhança da música - ainda sem letra - com um samba enredo."

"'E aí, gostaram?', perguntou Herbert. 'Parece um samba!', disse Bi, entreolhando pra mim, quando exclamamos em uníssono: 'do caralho!'. Isso pareceu aliviar Herbert. O bom astral resultante desse primeiro momento evoluiu na forma de uma demo que o Herbert gravou num porta-estúdio (na época, eram pequenos gravadores cassete de quatro canais), quando nos mostrou a canção bem perto do formato conhecido, já com a letra e uma beat box primitiva marcando o tempo. Dali a pouco, estaríamos entusiasmados com várias ideias de músicas que renderiam o repertório do próximo álbum, quando ainda tocávamos no apartamento da Vovó Ondina em Copacabana. Um fato marcante nesse momento foi uma foto que se destacava, entre outras, colada na parede do quarto de ensaio, onde aparecia o irmão do Bi, Pedro, estilizado como um índio na frente de uma barraca num acampamento nos tempos de Brasília. Quase que complementando a estranheza que o novo repertório que estávamos compondo poderia causar aos diretores de nossa gravadora - que deveriam estar esperando uma sequência de 'Óculos' ou 'Meu Erro' - Herbert olhou para aquela foto um tanto engraçada e rindo, disparou: 'que tal a gente por ESSA foto na capa do próximo álbum?'. Deu no que deu.

"No lado conceitual, estava pronto 'Selvagem?", que ainda recebeu um ponto de interrogação para tentar aumentar mais a estranheza de seu título. Na época, não planejamos um levante estético, estávamos apenas dando linha ao nosso ideal um tanto incosequente de fazer o que nos dava na telha. Mas tínhamos noção do contraponto que escolhemos, frente ao modelo anglo-saxão tão usado pelos artistas de nossa geração e de algumas bandas que despontavam na época. Nos destacamos da paisagem, como se tivéssemos nos pintado de verde-limão fosforescente. No lado prático, quisemos nos garantir de que a aventura seria ao menos bem registrada: convidamos Liminha para produzir o álbum, ele ouviu as demos, gostou e topou trabalhar com a gente. Convidamos Gil para cantar em 'Alagados' e que ainda compôs 'A Novidade'. No estúdio, gravamos usando a percussão de Marçal, Liminha tocou guitarras e teclados, usamos ecos e efeitos de dub à la Lee Scratch Perry. Os vídeos de Roberto Berliner para 'Alagados' e 'A Novidade' terminaram de explicar tudo para quem ainda não havia entendido a proposta.

"Vinte e cinco anos depois, não mudaríamos uma nota de nada que foi feito"



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Z'ÁFRICA BRASIL - NOVO BLOG NO AR...


O Z'África Brasil acabou de lançar seu blog novo para você ficar ligado nas atualizações, lançamentos, shows e tudo o mais que o Z'África Brasil participa. Então fica ligado nas intervenções de Gaspar, Dj Tano, Pitchô e Funk Buia, PEIIII.


Z'África Brasil 

Z de Zumbi dos Palmares, líder afro brasileiro que comandou a maior fortaleza negra da América do Sul, o Quilombo dos Palmares. Resistência! Zumbi é Imortal. Salve Ogum grande guerreiro. Africa mãe, origem de todos na terra. Brasil terra prometida, o caldeirão das raças, Brasil um pedaço D’África. Formado em 1995 por Gaspar e Fernandinho Beatbox, só em 1997 teve sua formação completa, com entrada de Pitchô e Funk Buia. 


Começo.

Em 1997, o Z´Africa Brasil passou a fazer parte da Posse Conceito de Rua (Organização de grupos de Hip-Hop que trabalha seus elementos com fundamento cultural, social, político e educacional junto à comunidade). No mesmo ano, o grupo elaborou um projeto com a CEDECA Casa 10 (Centro de Defesa da Criança e Adolescentes) que trabalha com menores infratores no cumprimento de ordens para o incentivo à arte e projetos culturais como oficinas de grafite, dança, música e artes plásticas. 

Itália.

Em 1999 o grupo foi convidado a fazer o intercâmbio cultural Brasil X Itália em parceria com a Posse Conceito de Rua e CEDECA Casa 10, orgão que recebe ajuda de algumas famílias da Itália. Em terras estrangeiras, o grupo realizou 15 palestras, várias oficinas e 30 shows por todo o norte da Itália. Além disso, produziram de uma coletânea intitulada Z’África Brasil - Conceito de Rua que contou com vários grupos e artistas de rap italiano. Entre eles: Ricardo Rumore, Osteria Lyrical, DJ Zetta e Gente Guasta. 

França.

Em 2001, o grupo francês Assassin veio ao Brasil fazer apresentações no Sesc e conheceu o rap do Z'Africa Brasil. O resultado foi a gravação de duas faixas no Autoload Estudio, com produção de EricoTheobaldo. O grupo foi convidado a participar na coletanêa anual que o restaurante Favela Chic, Posto 9 II, lançado em setembro de 2002 pela BMG francesa com a faixa"Favela". Em duas versões remix do DJGringo da Parada, idealizador do selo Favela Chic. 

Em agosto de 2002 é lançado o aguardado album do grupo. Em setembro foram a Paris convidados pela família Favela Chic o que rendeu mais três shows pela cidade, e uma apresentação Parada Rendez-vous Eletronic ao ar livre pelas ruas da capital francesa para 500.000 pessoas, com os DJs Mau Mau e Renato Lopes, em parceria com a Coordenadoria da Juventude da Cidade de São Paulo e a Prefeitura de Paris.

Em Julho de 2003 retornam a França para o Festival d’Eté, show degraça ao ar livre no Parc de la Villette, co-produzido pelo Favela Chic.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PODCASTING FYADUB # 13 FEAT. TIO FRESH [SPFUNK]


Sumemo, décima terceira edição do podcast do FYADUB no ar e nesse episódio a participação é do Mc e Dj Tio Fresh (SPFunk). Um dos maiores expoentes do Hip Hop nacional, há muito tempo no movimento. Tio Fresh conta um pouco da sua história na música e faz uma seleta extritamente de Hip Hop anos 80 e inicio dos anos 90. Uma aula de verdade de clássicos da primeira fase do Hip Hop que chegou em SP. Hip Hop é movimento e cultura, conhecimento e atitude. Aproveitem, envie seu som, sua sugestão, critica ou elogio - toda forma de critica é bem vinda. E mail: fyadub@yahoo.com.br

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sábado, 18 de setembro de 2010

GUETTO I E I-VIBEZ RECORDS



Renato J. Santana da Silva a.k.a Ghetto I, Cantor, multi instrumentista autodidata e produtor de eventos e musical fundador do selo independente internacional de black music I-VIBEZ RECORDS – RASTA SOUND.

Nasceu em Porto Alegre-RS, neto de um múltinstrumentista gaúcho desde pequeno ouvia seu avô tocar saxofone quando ficava na casa de seus avos, mas foi em José de Freitas – PI aos 9 anos de idade que surgiu a sua admiração pela musica reggae onde viveu 3 anos, aos 12 anos voltou para Porto Alegre, na adolescência ouvia muito reggae e rap e em 2000 aos 15 anos começou a compor, e em 2003 iniciou sua carreira como vocalista e guitarra base da banda Rasta Ghetto, em 2006 inicia carreira solo e em 2007 aprende a produzir com o seu amigo Till Danny em Curitiba-PR e foi ai que criou a I-VIBEZ RECORDS – RASTA SOUND, no mesmo ano lançou seu primeiro álbum solo e desde lá não parou mais.

Conheceu o rastafári através da musica reggae, em 2004 participou de alguns encontros da fundação rastafári da Guiana Inglesa Congo Nya quando estiveram em Porto Alegre aprendendo mais sobre a cultura rastafári, depois continuou se aprofundando aos estudos, pesquisando e estudando a vida de Sua Majestade Imperial Haile Selassie I, livros sagrados como a bíblia, Kebra Nagast, depoimentos e historias de todas as ordens rastafáris e seus fundadores onde encontrou as suas raízes e sua cultura.

Ghetto I já cantou em diversas partes do Brasil: nas principais casas de show de Porto Alegre, Cachoeirinha, Santa Cruz, Novo Hamburgo(Fórum Social Mundial 2010), litoral sul e litoral norte do RS, Santa Catarina (Farol de Santa Marta, Florianópolis e Praia do Rosa), Paraná (Curitiba, Ilha do Mel e Almirante Tamandaré) & São Paulo (na capital foi convidado a Participar do Lançamento do DVD do grupo de rap Código Fatal em Pirituba zona oeste de São Paulo, organizou o Flow In Cordas & Tambores cantando e tocando violão evento que teve a participação do rapper Sombra e do raggaman Arcanjo Ras & o francês K-naman entre outros locais em São Paulo. Jarinú-SP onde teve a honra de ser convidado pela organização rastafári Casa de Menelik a participar de um encontro nacional rastafári como cantor e também dando palestra sobre a industria musical rastafári junto a outros grandes músicos e produtores da cena nacional do reggae/ragga. Gravou 4 álbuns em sua carreira: [2004] CD Promo Rasta Ghetto (participação de músicos de alto nível de Porto Alegre),1º álbum solo [2007]Ghetto I Vibez, [2008]Hipnose (Participação do raggaman Arcanjo Ras e do Francês K-naman), [2010] Justiça (Prod.I-Vibez e colaborações de diversos produtores do Brasil e do mundo todo destaque para musica “justiça” musica de trabalho do álbum que vem tocando frequentemente no programa Reggae Paradise na 94.9 Ipanema FM aqui em Porto Alegre), [2010] SounJAH System (só riddims conhecidos).

Participou de alguns projetos nacionais e internacionais como:
[2009] Souljah Of Dah Ghetto - Prod SoloFlexx Oakland -USA
[2008] A Missão - The Mission Riddim by Lion Kulcha Sound
[2008] Soldado Das Armas D'Jah - Daybreak Riddim by Lion Kulcha Sound
[2008] Ablaze - Bass For Jah - Paris- FRA
[2008] Fayah Bun Then Feat K-naman Prod. Jabaman Tønsberg - Alemanha
[2008] I-Vibez Riddim Vol.I International (Produziu pela I-Vibez Records - Rasta Sound o album inteiro e cantou em parceria com Arcanjo Ras a musica Jah Rastafari)
[2009] I-Vibez Riddim Vol.2 International (Produziu em parceria com o Leandro Red e cantou 2 versões coletanea que teve a honra da participação do consagrado cantor das Ilhas Virgens Ras Attitude entre muitos outros grandes artistas do Brasil,Senegal & França)
[2009] 2 Dubplates(É noiz na Ativa & Bomba a Pista) para o sound system cearense New Roots Sound
[2009] To Donne La Bonne - Mixtape do Francês K-naman-Paris-FRA
[2009] - Chapéu - Dj Rod - São Paulo - SP
[2010] - Abraze Remix - Unité Love Sound - Paris-FRA
[2010] - Dubplate Vampayas - Unité Love Sound - Paris-FRA
[2010] - Leão de JAHOVAH - Prod RaggaDeMente - Brasilia-DF
[2010] - Festa Imperial - Prod QG Imperial - São Paulo - SP
[2010] - Balance - Prod ShackAttack Riddim Sensademus - Bruxelas-BEL
[2010] - Rasta Louva a JAH JAH Remix - Prod Maloca Dub - São Caetano - SP
[2010] - JAH Glory - Prod Henrique Casanova - Porto Alegre - RS
[2010] - Mãe Terra - Prod Studio Fides - Florianopolis - SC

Participou de alguns programas como:

[2006] - Participou do programa Papo Clip na Ulbra TV junto ao Nego Tigas e o Mão cantor da banda Pure Feeling em Porto Alegre falando sobre a cena reggae gaucha
[2008] - em Curitiba nos programas de webtv: Lion Kulcha Ragga TV, Liquid TV (Drum & Bass).
[2009] - 457FM programa de web tv em Porto Alegre-RS

FREE DOWNLOAD - I-VIBZ RECORDS






Mais discos para download, se liga no link; www.ivbzblack.blogspot.com, produção nacional mais que recomendada. Enjoy!!!!



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

MISTER BOMBA - DE PONTA A PONTA

Nascido em 1976 e criado no centro de São Paulo, viveu sua adolescência pelas ruas da Capital, atingindo todos os pontos da cidade com seu skate, durante o final dos anos 80 presenciou o nascimento da cultura Hip Hop.

Nesta epoca, como um bom aluno, que nunca foi na escola, dedicava seu tempo a gravar os programas de radio em fitas K7, sedento por informação, tirou diploma na faculdade da galeria e nos bailes da Black Mad, Chic Show e Kaskatas, as mais respeitadas faculdades do Rap no Brasil, com os professores Eric B & Rakim, Pubic Enemy, Kool G Rap, Biz Markie, N.W.A.,EPMD, Pete Rock, Nas, Jay Z, Wu Tang, Thaíde, Pepeu, Racionais.

Uma vez formado na arte do Hip-Hop e, já atuante no mercado, viveu o boom do Rap no brasil no final dos anos 90 e começo dos 2000, quando a venda de CDs era maior e se reuniam até 15 mil pessoas nos eventos.

Como MC e produtor, do SP FUNK grupo que fundou em 1995 com Primo Preto, lançou em 2001 o celebrado CD: “O Lado B do Hip Hop” no qual também participaram Thaíde, DJ Hum, Záfrica Brasil, Bukassa, RZO e estrelava Sabotage na sua primeira gravação em CD. E em 2005 , dando continuidade ao projeto do grupo lancou o Album “Tá Pra Nóiz” que teve a participação de grandes nomes do genero como Negra Li, Mr. Catra e Lino Crizz.

Viajou pelo Brasil ao lado dos maiores artistas da categoria como: Racionais, Planet Hemp ,Snoop Dogg e Ja Rule tento realizado com estes, o evento Skol Hip Hop Manifesta que juntou mais de 70 mil pessoas no Riocentro e foi o único evento de Rap com patrocínio de uma grande marca. Participou, entre outros, dos CD’s:” Brooklyn Sul” do Sabotage, “Enemy of the Enemy” do Asian Dub Foudation.

Sua carreira como produtor começou quando sentiu necessidade de concretizar o som que estava em sua cabeça. Produziu os dois CD’s do SP Funk que juntos venderam mais de 30 mil cópias, “Prova Cabal” o disco de estréia do rapper Cabal para Universal Music Brasil, em 2005. E o single: “Gueto”, de Marcelo D2 em 2006.

Ainda em 2006, adquiriu sua pós graduação, ao lado de Cabal, P.Rima e o Produtor norte americano Disco D – R.I.P. - (que produziu entre outros 50Cent , Nina Sky) fundou o primeiro grupo de Rap bilíngüe do país: O Braza. Criando um novo dialeto o “portuglish” chamando a atenção de muita gente durante a sua primeira turnê nos E.U.A. onde tocaram junto com 2 Live Crew e Arthur Baker em Miami e no lendário S.O.B’s em Nova York e São Fransisco. O grupo gravou em Los Angeles uma participação no CD “The Return of The Gangsta”, do rapper Collio, com a faixa “Drop Something”.

O grupo também licenciou a musica “Son do Braza” para a trilha do game NBA 07 e para o programa “The Duel: Real World / Road Rules Challenge”da MTV norte Americana.

Agora vive a expectativa do lancamento do aguardado CD "De Ponta a Ponta" fruto de um trabalho de 3 anos, seu primeiro trabalho solo que conta com o grande hit Biriri, o hino do celular, que com a ajuda de praticamente todos os DJs de Hip Hop se tornou febre nas ruas e clubes de todo pais, sendo, um dos únicos sons de Rap que toca em Baile Funk e foi responsável por uma inusitada fusao, fazendo dancarem juntos as maiores comunidades perifericas do Brasil até as mais requintadas casas noturnas dos grandes centros como o Royal e Heaven em Sao Paulo, os hits nao param por aí e Mr. BOMBA continua botando muita gente pra dançar e curtir Brasil afora inclusive nas pistas da Europa (Favela Chic) e Estados Unidos, consolidando ainda mais sua forca e imagem como um dos expoentes da cultura.




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