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sábado, 2 de janeiro de 2021

FYASHOP - DESDE 2005


No início dos anos 90, eu já comprava discos com um pouco de dinheiro que ganhava vez ou outra com a equipe de som (que hoje seria chamado sound system) do meu tio junto com outras pessoas. Comprar discos em SP era digamos que um investimento, e era difícil achar boas coisas nessa época. 

O epicentro dos discos eram as Grandes Galerias na 24 de Maio (SP). As lojas legais ainda estão lá, outras realmente fecharam com os anos que passaram, e algumas ficaram bem escondidas. Para comprar discos de Reggae, tinham duas lojas conhecidas (nos anos 1990); o Johnny B. Good (rei da pirataria) e a Survival, isso no inicio dos anos 1990, e você não encontrava muito vinil, o negócio era CD. Também achava algumas coisas boas no Museu do Disco e raramente em outras lojas como 'Baratos e Afins'. Muita coisa encontrada no Centro de SP de Reggae, se baseava na distribuição de discos de gravadoras e selos como Island, Pama e Trojan para alguns selos nacionais. Por isso você encontrava Lee Perry, Wailers, Dave & Ansel Collins, Upsetters, Bob Andy, Maytals, Heptones em algumas lojas com prensagem da Fonopress por exemplo. 

Lá no finalzinho dos anos 1960 e inicio dos anos de 1970, com a imigração dos nossos irmãos do Nordeste que também gostavam de música, o Reggae chegou em lugares como o Maranhão, e em diversas outras partes do nordeste brasileiro. A fábula de que a música chegou de navio ou por um rádio de ondas curtas é simplesmente coisa inventada. Foi através da imigração e retorno do nordestino que os discos (de reggae) chegaram no norte do Brasil, depois sim ocorreram as radiolas e as viagens para a Jamaica e chegaram mais discos. As evidencias desses selos nacionais que lançaram canções e discos de reggae, estão no grupo 'Roots Knotty Roots',administrado por Michael Turner e no Discogs, com um pouco de paciência você encontra prensas até mesmo de Adrian Sherwood e ON-U Sounds. 

Alguns dos escritórios dessas gravadores majors (Sony, Warner, EMI, Philips, etc), eram no Centro de SP ou outras no Rio de Janeiro, e com amizade com algumas pessoas - principalmente os amigos office boys, vez ou outra ganhava alguns discos com o carimbo promocional ou comprava num preço mais acessível que o das lojas. Discos sempre foram caros em qualquer parte do mundo. 

Em 2003, o fyadub foi aberto como site e já comprava de todo mundo que chegava de outros países por aqui, e também por quem poderia trazer discos na mala em viagens. Mas não tinha intuito de montar 'o lojinha'. Comprar discos pessoalmente sempre foi muito legal, ou um chute no saco; 'esse disco eu te vendo', 'esse eu não te vendo', dava uma lista e a lista era repartida entre todos os outros amigos que não conheciam os títulos. Como aqui ainda não existia nada on line de brasileiro para brasileiro, e só comprava se fosse amigo do caboclo, em 2005 eu quis iniciar algo com um intuito diferente. Vender para qualquer um ou uma! E comprar também de qualquer pessoa que estivesse vendendo discos, indiferente (de forma muito positiva) de quem fosse.

Não me interessava se você era preto, branco, gordo, magro, alto, baixo, homem, mulher, novinho, velho chato, se me conhecia ou se passeava pelas minhas festas, eu queria que os discos chegassem nas mãos dos que não tinham acesso; a casa do vendedor, a loja on line (internet era caro e ainda é), para quem não tinha um cartão internacional que era só para 'rico'. Dois pontos principais do que eu pensei na época eram que 1; não havia ninguém que eu quisesse competir e 2; não havia ninguém para competir no que eu estava fazendo. Óbvio que eu não fazia filantropia nem caridade- até hoje não faço, nem mesmo queria ajudar ninguém a ser dj seletor de reggae, esses djs ruins de hoje em dia vieram muito depois da loja, e também sabia que surgiriam outros vendedores com o decorrer do tempo. Um dos mais curiosos, é um cara (muito do feládaputa) que comprava discos de um centavo de dólar e revendia por algo em torno de R$ 120,00 a R$ 150,00 reais, num diálogo meio que 'disco jamaicano chiando é raro'. 

Esse ano  de 2020 o lojinha está completando 15 anos, é mais antiga que muitos djs, seletores, sound systems, por muitos anos foi a maior da América Latina em quantidade de títulos disponíveis e quantidade de títulos em estoque. Hoje ainda é uma das maiores do Continente. Com um ano de loja trouxemos selos de pessoas que considero como irmãos como; Black Redemption Label do Ras KushBlackheart Warriors do Hon Zahir Richardson, Reality Shock Records do Kris Kemist, Higher Regions Records, Indica Dubs, e de veteranos como Douglas Wardrop e Russ Bell-Brown Disciples, dentre e tantos outros  clássicos como Studio One e Trojan

Com ausência de qualquer modéstia e com muito altruísmo, eu investi em um ideia e vendi discos para TODOS os Estados do território brasileiro, continuo vendendo aqui para o Brasil e também para outros países como França, Itália, Espanha, Holanda, Japão, China e por mais que fiquei afastado do FB por 3 anos (ou mais), a loja não fechou em momento algum. E a cada 50 sounds que existiam ou surgiram de 2005 até hoje no Brasil, 49 compraram discos no lojinha. De cada 100 djs seletores que existiam ou surgiram de 2005 até hoje, 99 compraram discos no lojinha. Como eu sei disso, eu tenho todos os registros de venda, do primeiro disco registrado e vendido até os discos vendidos on line e retirados em mãos até hoje. 

Sempre tive esperança, e ainda tenho, que as pessoas entendessem que é necessário o empreendedorismo aqui no Brasil, em São Paulo, e muitos vieram depois e se inspiraram, copiaram, competiram (não sei o porque), com a lojinha, mas não da para competir com o que chegou primeiro, tudo que veio depois é meramente fruto de um inicio. Aguardei muito tempo para que o Brasil tivesse lojas tão legais quanto a dos EUA e da Europa, e hoje posso citar mais lojas que dedos na mão. Óbvio que a loja não vende quantidades de 300 cópias por semana como anos atrás, mas ela permanece aberta. E junto todas as outras que surgiram depois, é ou não é progresso?


Natan Nascimento: E a historia de que os sound system's surgiram da necessidade de divulgar o reggae, justamente pela falta de rádios na Jamaica... e que os jamaicanos ouviam os gringos por uma radio de Miami, eh isso ras?

Natan Nascimento, sua pergunta daria um 'textão'. A estória 'A Jamaica criou o Sound System' é coisa inventada para vender, e vende muito. Mas com tudo aquilo que eu li nesses anos todos, separei a história dos sistemas de som que surgiram muito antes do reggae ser gravado. Esses sistemas de som já existiam na Jamaica quase 30 anos antes mesmo do ska, do rocksteady e do reggae serem criados em estúdio. A história das marcas, engenheiros de som, fabricantes e etc, estão em contrapartida a gêneros da música. Uma coisa está relacionada a outra, mas cada parte tem sua própria história. Muito dessa história pode ser lida nesse livro: The Rise And Fall Of Studio One (Black & White): Rise Again (English Edition) https://amzn.to/2T6W836 (edit: sobre Tom The Great Sebastian; https://en.wikipedia.org/wiki/Tom_the_Great_Sebastian)

Na Jamaica, os salões de festa (dance hall em tradução livre), os disc jockeys importavam dos EUA, principalmente de Miami, e da Europa (proeminentemente do Reino Unido) equipamentos de som para montarem seus sistemas e tocarem discos, aqui era chamado de baile. 

Se observar um dos primeiros donos de Sound System na Jamaica, Tom the Great Sebastian, ele começou nos anos 50 tocando Merengue, Calypso e Mento, antes de tocar Jazz, Bebop, R&B, Soul, e também antes mesmo de Coxsone e Duke Reid existirem. Existe uma controvérsia de que o sound system foi criado na Jamaica, mas não foi, a Jamaica utilizou o sound system para tocar sua música própria que não era tocada na rádio normalmente. Pela história a Jamaica tinha uma estação de rádio, a RJR (Radio Jamaica and Rediffusion Network), e rádios eram distribuídos para a população para ouvirem a RJR, mas não existe noticia de que captavam rádios em Miami (não com fonte e registros), mas sim a informação de que discos eram importados de Miami para Jamaica. 

> https://www.jamaicaham.org/downloads/Radio%20Jamaica%20History.pdf

> http://digjamaica.com/m/blog/10-facts-about-the-history-of-radio-in-jamaica/

Agora veja o ano de fundação de cada marca que produzia sistemas de som como toca discos, amplificadores, alto falantes, drivers, em comparação com o período de tempo que a Jamaica produziu gêneros como o ska que surgiu no final dos anos 1950, rocksteady em meados dos anos 1960 e reggae nos 1970, em idade principais marcas de equipamentos surgiram décadas antes;

  • Garrad iniciou seus trabalhos em 1915
  • Matsushita (Panasonic) iniciou seus trabalhos 1918 
  • Pioneer iniciou seus trabalhos em 1938
  • JBL inicio seus trabalhos em 1946

E todas as marcas abaixo também são fabricantes de sistemas de som, mas não tem uma história ligada a Jamaica (que nunca foi fabricante de equipamento de sistemas de som, os engenheiros alteravam equipamentos existentes); veja uma matéria sobre elas nesse link https://www.marketing91.com/top-18-speakers-brands/

  • Harman International.
  • Bose.
  • Sennheiser.
  • Sony Corporation.
  • Philips.
  • Dynaudio.
  • Klipsch.
  • Bowers & Wilkins.

A história (criação, cultura, inovação) dos sistemas de som não está ligado a Jamaica ou ao Reggae, e sim com a história da produção da música; musicologia.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

VENDAS DE VINIL CAEM PELA BAIXA QUALIDADE





Um movimento para fazer discos de vinil a partir de arquivos digitais em vez das gravações analógicas originais está causando preocupação na indústria com queda das vendas no primeiro semestre de 2017.

No primeiro semestre de 2015, as vendas de discos de vinil subiram 38% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 5,6 milhões de unidades, mostram dados da Nielsen Music.

Um ano depois, o crescimento diminuiu para 12%. Este ano, as vendas aumentaram um percentual modesto de 2%. "Está aplanando", diz Steve Sheldon, presidente da fábrica de vinil de Los Angeles Rainbo Records. Enquanto ele não vê uma explosão de bolhas - as prensas estão ocupadas - ele acredita que o vinil está "aproximando-se do seu pico".

Apesar do ressurgimento dos discos de vinil nos últimos anos, a qualidade dos novos LPs não é tão boa, dizem os colecionadores de lançamentos de LP's "antigos", porque as empresas de gravação e estúdios estão tentando lançar o vinil a partir de fontes digitais.

LPs antigos foram prensados a partir de fitas analógicas - e é por isso que eles soam com alta qualidade.

Mas a maioria dos álbuns de vinil novos e relançados hoje - cerca de 80% ou mais, estimam vários especialistas - começam a partir de arquivos digitais, e até mesmo de CDs de menor qualidade.

Esses arquivos digitais são frequentemente altos e "duros", otimizados para fones de ouvido, não salas de estar. Assim, o novo vinil LP às vezes é inferior ao que um consumidor ouve em um CD, diz Michael Fremer, editor da AnalogPlanet.com e uma das principais autoridades de áudio da América.

"Eles estão relançando [álbuns antigos] e não usam as fitas originais" para economizar tempo e dinheiro, "eles têm as fitas. Eles poderiam usa-l as e produzir de forma adequada - por um bom engenheiro. Mas eles não o fazem."


Quando os selos anunciam um clássico relançado, com masterizaçãoo feita a partir das fitas analógicas originais, a fonte pode ser mais complicada.

Às vezes, esses títulos são uma mistura de digital e analógica. Muitas vezes, "os selos estão escondendo o que realmente está acontecendo", diz Russell Elevado, um veterano engenheiro de estúdio e produtor que ganhou dois Grammys trabalhando com o cantor de R&B, D'Angelo.

Os principais selos dizem que eles usam masters (gravações) analógicas originais quando possível. Às vezes, as fitas são muito frágeis para serem usadas para criar uma master de vinil. Os relançamentos de baixa qualidade podem ser o resultado de selos menos respeitáveis ​​que não podem dar conta de grandes investimentos com engenharia e gravação, diz Billy Fields, especialista em vinil da Warner Music Group.

A Universal Music Group e a Sony Music Entertainment, outras duas principais empresas de música, não disponibilizaram ninguém para comentar.

Os arquivos digitais de hoje podem parecer fantásticos - especialmente para o hip-hop e música eletrônica. Mas os engenheiros dizem que precisam ser masterizados separadamente para que o vinil tenha o som certo.

Para cumprir os prazos para o lançamento de novos álbuns, os selos nem sempre podem reduzir o número de faixas e o tempo gravado no vinil para a melhor qualidade de áudio absoluta, diz Fremer, que se recusou a discutir exemplos específicos de gravação e o porque isso pode alienar outros no setor.

Outro culpado da desaceleração do vinil é o custo: os analistas estimam que o vinil subiu quatro a seis dólares por álbum nos últimos anos. As chamadas prensas de "180 gramas" ou "audiófilass", comercializadas como de 'melhor qualidade', podem custar entre 30 a 40 USD (algo em torno de R$93,00 a  R$ 125,00). O motivo é que o peso dos discos os torna mais estáveis ​​durante o tocar, dizem os chamados especialistas, e sendo assim, os discos podem durar mais tempo. Mas quaisquer diferenças sonoras são "muito marginais".


Por David Richards - Artigo original publicado @ https://www.channelnews.com.au/vinyl-sales-slump-quality-blamed/



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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ACORDO COM SONY ABRE CAMINHO PARA MAIS REMIXES NO SPOTIFY E APPLE MUSIC





Grandes serviços de streaming, como Spotify, Deezer e Apple Music, não podem oferecer todos os remixes que você encontra em outros lugares devido aos direitos autorais. Mas, graças a um acordo com a Sony, isso pode mudar.

A Sony Music Entertainment se tornou a primeira grande gravadora a permitir que suas músicas sejam rentabilizadas por meio de mixagens não-oficiais, graças a um acordo com a startup Dubset.

FYASHOP - NOVIDADES EM ESTOQUE

Basicamente, a Sony vai receber dinheiro caso uma música de seu catálogo seja usada em um remix. A Dubset identifica a faixa e distribui os royalties entre o DJ que criou o remix, o artista que gravou a versão original, e a gravadora.

Segundo o TechCrunch, a Dubset está prestes a ter acordos com as três grandes gravadoras do mercado — Warner e Universal serão as próximas. Ela já indexa e remunera faixas de 35 mil gravadoras pequenas.

No ano passado, a Dubset levou suas primeiras faixas ao Spotify e Apple Music. Uma delas é “My Number”, de Major Lazer e Bad Royale, com mais de 1,7 milhão de reproduções. Ela também está presente no SoundCloud, com 572 mil plays.

Ao mesmo tempo em que o Spotify poderá colocar remixes em seu catálogo mais facilmente, o SoundCloud — já em apuros — pode perder um de seus diferenciais. Mas o Dubset e as gravadoras devem levar algum tempo até resolverem os direitos autorais no mundo todo; um sinal disso é que “My Number” ainda não está disponível no Spotify brasileiro.

Por Felipe Ventura - Artigo original publicado @ https://tecnoblog.net/221832/sony-remix-musica-dubset/


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