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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ACORDO COM SONY ABRE CAMINHO PARA MAIS REMIXES NO SPOTIFY E APPLE MUSIC





Grandes serviços de streaming, como Spotify, Deezer e Apple Music, não podem oferecer todos os remixes que você encontra em outros lugares devido aos direitos autorais. Mas, graças a um acordo com a Sony, isso pode mudar.

A Sony Music Entertainment se tornou a primeira grande gravadora a permitir que suas músicas sejam rentabilizadas por meio de mixagens não-oficiais, graças a um acordo com a startup Dubset.

FYASHOP - NOVIDADES EM ESTOQUE

Basicamente, a Sony vai receber dinheiro caso uma música de seu catálogo seja usada em um remix. A Dubset identifica a faixa e distribui os royalties entre o DJ que criou o remix, o artista que gravou a versão original, e a gravadora.

Segundo o TechCrunch, a Dubset está prestes a ter acordos com as três grandes gravadoras do mercado — Warner e Universal serão as próximas. Ela já indexa e remunera faixas de 35 mil gravadoras pequenas.

No ano passado, a Dubset levou suas primeiras faixas ao Spotify e Apple Music. Uma delas é “My Number”, de Major Lazer e Bad Royale, com mais de 1,7 milhão de reproduções. Ela também está presente no SoundCloud, com 572 mil plays.

Ao mesmo tempo em que o Spotify poderá colocar remixes em seu catálogo mais facilmente, o SoundCloud — já em apuros — pode perder um de seus diferenciais. Mas o Dubset e as gravadoras devem levar algum tempo até resolverem os direitos autorais no mundo todo; um sinal disso é que “My Number” ainda não está disponível no Spotify brasileiro.

Por Felipe Ventura - Artigo original publicado @ https://tecnoblog.net/221832/sony-remix-musica-dubset/


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sexta-feira, 14 de julho de 2017

O SOUNDCLOUD PODE SE SALVAR?




Uma cena tensa se desenrolou no dia 11/07/2017, enquanto o serviço de streaming de música, de conteúdo gerado pelos usuários, o SoundCloud realizou uma reunião com todas as mãos dadas para explicar aos funcionários por que de repente teve que despedir 40% de sua equipe na semana passada.


SALVE SEUS AÚDIOS :: SOUNDCLOUD PODE DURAR APENAS MAIS 50 DIAS
Depois de 10 anos e aumentando bem mais de U$ 200 milhões, o SoundCloud não conseguiu construir um negócio sustentável fora do "YouTube da música". Perder a gordura não o fez necessariamente servir melhor. Se o SoundCloud quiser sobreviver, talvez seja necessário aceitar que ele deve se vender para uma empresa mais estabelecida que possa gerenciar e monetizar melhor. O YouTube tornou-se um rival de conteúdo, mas talvez nunca tenha chegado tão longe sem a ajuda do Google. Seria necessário encontrar um suporte que service. 

Caso contrário, o SoundCloud deve ser muito mais agressivo sobre a identificação de seus músicos independentes de valor diferenciado, e fechar qualquer serviço como o Go+, onde não pode bancar. Precisaria aprofundar seu relacionamento com criadores e oferecer mais ferramentas para pagá-los, como a plataforma de patrocínio de assinatura mensal que vem crescendo, Patreon. Infelizmente, o SoundCloud PR diz; "Atualmente, não há planos para fazer alterações em nossas ofertas de assinatura existentes".

Atualização 13/07/2017: o SoundCloud tentou desajeitadamente refutar este artigo ao emitir uma declaração à Variety dizendo que nossa publicação contém "extensas imprecisões", mas suas supostas "correções" simplesmente repetem o que publicamos e refutam algo que não publicamos.

Atualização 14/07/2017: o SoundCloud desmentiu as informações sobre o encerramento de suas atividades via o Twitter: “Espalhe a palavra: suas músicas são vão a lugar nenhum. Nem nós”.


SoundCloud diz em nota: "O SoundCloud é totalmente pago no quarto trimestre", que é a mesma citação que já incluímos antes. O SoundCloud escreve: "continuamos trabalhando com todos os funcionários que foram autorizados a dar suporte durante esta transição, com emprego e assistência financeira", mas nunca dissemos que não dariam suporte a esses funcionários, apenas que arruinaram a vida das pessoas contratando-as e depois as demitindo semanas depois. O TechCrunch está em conformidade com os relatos.

O destino da maior coleção mundial de remixes de quartos, gravações de garagem, podcasts da sala, sets de DJ no porão, e todas as outras formas de som feitas em casa está em jogo. A morte do SoundCloud seria um golpe triste para os músicos independentes que estão se esgueirando como podem. E a venda a uma empresa que explora a música como ela vê a música, no melhor momento, e na pior das hipóteses, a liderança perdida poderia arruinar esse espaço para criação sônica.

É por isso que é tão preocupante que um funcionário da SoundCloud conclua "Não há estratégia".

Por Josh Constine - Trecho do artigo original publicado @ https://techcrunch.com/2017/07/12/soundshroud/


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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

ENTRE SELOS, DUBS E VERSÕES

O vinil como produto, não é muito diferente de qualquer outro tipo de produto; tem valor agregado, preço e pode valorizar ou desvalorizar absurdamente com o tempo. E existe uma extensa gama de variáveis que podem deixar ele com um valor agregado mais alto, ou desvalorizar um item de colecionador a partir de um repress ou reissue.


Um dos principais fatores para um título ou edição de vinil se valorizar - além da morte de alguém, é o formato da edição do vinil, e existem alguns que para nós aqui nas terras tupiniquins não são usuais. Nos habituamos com; Álbuns em formato de LP's e o Remix que na maioria das vezes está no mesmo álbum. Singles foram praticamente extintos a partir da década de 70, e deram vazão aos LP's promovidos pelas gravadoras majors (Warner Music, Sony Music, Universal Music, etc). A partir da década de 80, gradativamente as gravadoras de médio porte nacionais foram: sendo extintas, faliram ou foram absorvidas pelas grandes multinacionais. Das poucas que restaram, tentaram copiar a forma de gestão e o mesmo modelo de lançamento de produtos das grandes, que ainda conseguiam vender alguns milhões de cópias de discos naquela época com celebridades.

Nesse caso, vender muito nunca foi sinônimo de qualidade, criatividade ou inovação. Artistas do mainstream americano sempre venderam muito, assim como duplas nacionais de suposta música sertaneja também, mas é fácil achar discos em sempre por alguns poucos reais. E nesse aspecto de desvalorização que um disco por ser 'comum' pode deixar de valer muito no decorrer do tempo Mas isso não quer dizer que ele tenha sido mal produzido ou de má qualidade, simplesmente ele pode ter ficado esquecido como obra, ou ter sido irrelevante para sua época.

Em outro aspecto, edições limitadas e o acesso a produções autorais de maior investimento criativo e de marketing, podem ter um valor agregado alto. E adquirindo a cópia no lançamento, é possível prever hoje em dia que uma edição vai se tornar rara ou ter seu valor agregado maior no decorrer dos anos.

Um dos grandes portais de busca de catálogos de discos é o discogs - e é o portal que usamos para vender os títulos em estoque. E no decorrer do tempo um dos grandes fatores que ajudaram no catálogo foi a padronização dos formatos lançados pelos selos e gravadoras.


No texto "Desmistificando o Vinil Original Press", que serve como matriz para esse artigo, já da para ter uma noção sobre a forma de prensagem, e abaixo tem uma especificação do que um possamos dizer produtor, resolveu fazer com a música dele ou com qualquer outra música. Para os termos abaixo, se pesquisar vai encontrar diversas formas de explicar 'o que é o que', a indicação é de que se busque alguns denominação, além do óbvio Wikipedia. A indicação sempre é buscar alguns livros a respeito, e visitar sites com descrições autorais, de produtores, dj's e colecionadores.

Na imagem ao lado, é exatamente a tabela de quais informações do vinil, devem constar para um título ser cadastrado no discogs;

  • Qty (Quantidade): É a quantidade de mídias contidas em determinado título; LP Duplo é igual a 2 x LP, LP Triplo é igual a 3 x LP, LP Quadruplo é igual a 4 x LP, e assim por diante.
  • Size (Tamanho): É o formato da mídia, habitualmente utilizamos 7", 10" e 12", mas existem variáveis. As aspas após o número representam polegadas (inch's).
  • Speed (Velocidade/RPM): É o numero de rotações por minuto do vinil, sendo habitualmente 33 1/3 RPM, 45 RPM e 78 RPM.
  • Shape: Formato da mídia, mas raramente eu utilizei essa informação em qualquer descrição.
  • Sides (Lados): Duas opções apenas, ou o vinil é 'Single Sided' (único lado) ou ambos. Somente utilize se for Single Sided se houver registro em apenas um dos lados.
  • Description (Descrição): Aqui é um dos campos mais importantes, é relacionado ao formato divulgado do título; LP, EP, Single Compilation, Limited Edition, Mixtape, etc. Nesse campo é bom ter o título em mãos e verificar todas as infos.
  • Channels (Canais): Se trata da masterização do título que pode ser Stereo, Mono, Quadrifônico ou Ambisônico, e o número de canais onde a trilha foi dividida. Habitualmente a masterização é Stereo (dois canais) ou Mono (um canal).
Agora existem outros formatos de lançamento, tanto do formato do Selo (ou etiqueta), que é o principal fator que define a edição daquele título; edição limitada, deluxe, promo, test press, etc... E a famigerada tal da versão produzida; remix, refix, mash up, bootleg, dubplate, e etc...

Mas você pode perguntar; mas não é tudo a mesma coisa?... A resposta é não, não é. Cada seguimento ou denominação no decorrer do tempo tem o propósito de diferenciar o trabalho do produtor, e o formato na finalização do produto.

Abaixo tem uma descrição breve do que cada denominação significa:

Test Press, Blanks e White Labels
São os discos com o selos brancos, lisos em sem nenhum escrito ou denominação; nome da música, artista, banda, selo, produtor, etc. As 'Test Press' normalmente vem com o nome do artista e o número de catálogo - em alguns casos existe um selo do fabricante indicando que é aquele vinil é um 'Test Press'. A quantidade de discos 'Test Press' prensados variam de 5 a 20 unidades, podendo ser aprovados ou descartados (nesse caso é feita uma nova tiragem).

Blanks e White Labels, são parecidos mas não são iguais. Blanks são os títulos lançados por um selo, mas sem a impressão da marca ou título. Um disco Blank pode ser Blank por vários motivos; o selo não quis pagar a impressão, o fabricante errou a prensagem da tiragem, o responsável pela prensa errou ao não colocar o selo correto, enfim. Um Blank não é um disco pirateado ou algo do gênero, é um produto no qual simplesmente a etiqueta não foi impressa, mas o número do catálogo do selo é visualizado na borda no final da trilha (run out).



Agora os White Labels (selos brancos) são uma categoria a parte. Diferente dos Blanks, os discos de selo branco hoje em dia em sua maioria categoriados como 'Unofficial' - lançamentos não autorizados pelo detentor dos direitos autorias da obra e do registro fonográfico.

Diversos DJ's acabam lançando suas músicas nesse formato. Os 'copyrights' não são pagos, e ele acaba ganhando apenas na venda do vinil. Nos anos 90, DJ's de gêneros como Hip Hop, Drum N' Bass, Jungle, House, Techno, Garage e diversos produtores lançaram versões não oficiais de reggae, se aproveitaram do formato dos White Labels. A partir dos anos 2000, DJ's de música eletrônica continuaram se aproveitando dos 'white labels' para colocar o seu trabalho a venda, e com o surgimento do dubstep, os 'white labels' foram talvez os mais utilizados para a comercialização dos 'refixes' produzidos pelos principais produtores do gênero.


Dubplate
Muitos mais novos amantes aficionados do mundo do reggae e das sound systems, tem na sua mente a ideia de quem dubplate é uma 'arma' a ser utilizada para soundmans aniquilarem soundboys, em faixas exclusivas produzidas anteriormente com o advento do cantor, mc, deejay, ou qualquer nome que queira dar, dizer o nome de quem está tocando (seletor, dj, sound system, etc.), dizendo que ele é o melhor do mundo. Mas sinto lhe dizer, dubplates existem antes do reggae e sua aplicação no universo musical é maior que muita a ideia de ser utilizado apenas no reggae.

Um dubplate é um disco de acetato - geralmente no formato de 10 polegadas de diâmetro - usado em estúdios para gravações com a finalidade de realizar um controle de qualidade, e testar antes de prosseguir com o produto final, e depois é realizado a tiragem do vinil com produto para venda. A palavra "dub"  é uma abreviação da palavra "dubbing", que em português tem uma alusão que pode ser dita como "duplicação" ou "duplicar" a versão original de uma faixa. O nome dubplate também se refere a uma música exclusiva, que ficaram famosas por serem utilizadas em sistemas de som de reggae, mas também foram muito utilizadas por produtores e dj's de drum and bass, garage e outros produtores de música eletrônica, dj's de hip hop e donos de sistemas de som.


Estes dubplates, muitas vezes, são gravações inéditas (que podem ou não acabar sendo colocados à disposição do público em geral) ou versões exclusivas ou remixes de gravações existentes. Eles eram frequentemente usados ​​como uma ferramenta de pesquisa de mercado para avaliar as vendas prováveis ​​de uma música, já que (relativamente) eles são muito mais baratos do que produzir uma tiragem de um música em vinil
. No entanto, não muito pouco tempo atrás o material usado (acetato) para 'cortar' o dubplate era mais macio, a ranhura ficava desgastada, pouco a pouco com cada reprodução. Depois de cerca de cinquenta usos a perda na qualidade do som se tornava perceptível. Atualmente já são produzidos em novos materiais, e mais duráveis.


Agora existe uma gama de termos que surgiram no decorrer dos anos, para definir a ideia de quem produziu algo que considera ser novo. O difícil é categorizar e principalmente definir 'o que é o que' num universo tão abrangente quanto é a música. Abaixo estão alguns termos que surgem na compra de um título em vinil, cd ou qualquer mídia, mas não fica muito claro muitas vezes do que se trata:

Repress e Reissue
Eu já escrevi de forma bem detalhada sobre Repress e Reissue no texto já citado "Desmistificando o Vinil Original Press". No link ao lado, você consegue ter as informações sobre o que é (resumidamente a seguir) um Repress: que é um título reprensado de uma mesma matriz. E o que é um Reissue: que é um título relançado a partir de uma nova matriz. Resumidamente e muito resumidamente mesmo é isso. Maiores detalhes  clique no link.


Bootleg, Mashup, Refix, Remix, e Etc.
No texto sobre"A História do Dancehall", eu começo dizendo nas primeiras linhas: "A cada 5 anos alguém, algum produtor ou músico inventa um nome novo (...) e confunde outras com esse novo nome dado a determinado estilo ou música." Essa frase vale também para as denominações a seguir, e reforçando, de tempos em tempos alguém inventa um nome novo para definir algo que já existe. A intenção é de apropriação, mas existe um abismo de diferença entre inventar e inovar, enfim... vou tentar dar alguns exemplos com músicas sobre cada termo. Mas já aviso, algumas coisas por mais que se tente ver diferenças, são extremamente semelhantes. 


Bootleg
O Bootleg existe há décadas e pode ser considerado o "pai que não reconheceu a pirataria como filha". Obviamente Bootlegs são mais legais que cd's piratas - que são feitos a partir do original. Bootlegs - em sua essência, são gravações realizadas com ou sem o conhecimento do artista. E essas gravações eram lançadas sem o devido pagamento do copyright e royalties (que são direitos autorais), e como dito sem o conhecimento do artista muitas vezes. Esses Bootlegs poderiam ser shows ao vivo ou gravações realizadas em um estúdio, e alguém resolveu lançar como um título não autorizado, isso alguma décadas atrás. Hoje pode se dizer que o Bootleg está mais próximo do que pode ser definido como remix. Em muitos casos o termo Bootleg foi substituído por 'Unofficial', já que muitas gravadoras e selos 'legalizaram' o negócio de bootlegs... mas eles continuam existindo.


MashUp
Tem um pouco de Bootleg, mas nem todo MashUp é Bootleg. O intuito de um MashUp é juntar duas músicas diferentes juntas... simples assim. Mas ainda é diferente de um remix. MashUps habitualmente buscam juntar (ou se preferir mixar) gêneros diferentes. Isso já é feito há tempos e foi exaustivamente lançado por dj's e produtores de hip hop. E acabou por ser usado em outros gêneros também. Um MashUp somente pode ter a descrição de Bootleg se for lançado sem aquela licença básica e pagamento de direitos autorais. Abaixo dois exemplos de MashUps que são Bootlegs:

 Abaixo a música 'Travellin' Man' de Mos Def, que foi mixada junto de 'Underground' de Lee Perry. Isso é um MashUp porque oficialmente nenhum dos dois gravaram juntos em nenhum momento na história. 'Underground' foi gravada no Black Ark por Lee Perry em 1976 e lançada no LP clássico 'Super Ape'. Já 'Travellin' Man' foi gravada por DJ Honda e Mos Def em 1998. A música 'Travellin Underground' está no álbum Mos Dub foi produzido por Max Tanone em 2010.
 
E agora está uma fase oposta, onde o vocal é mais antigo que o instrumental. O DJ Sheepdog é conhecido pela festa Nice Up! que acabou por se tornar um selo, e lançou pelos meados dos anos 2000 diversos MashUp's, em sua maioria variando entre o hip hop e o dancehall juntos. A música 'Jah Wish', é um MashUp entre um clássico de 1996, com a música 'I Wish' do rapper Skee-Lo, que fez muito sucesso em coletâneas por aqui, e pela banda obscura por assim dizer 'Black Grass' com a música 'Oh Jah' com voz do Jah Marnya lançada em 2006. Abaixo as originais, e por último como ficou o MashUp lançado pelo selo Nice Up!



Refix
Dizem que um Refix é a junção de duas músicas de estilos diferentes, mas ai você pode me perguntar; Mas Ras isso não seria um MashUp?... A resposta é não, um Refix quer dizer que a música utiliza um elemento pré gravado e o outro é produzido a partir do zero, um exemplo de 'Refixes' são as produções de dubstep, que em diversos momentos utilizam essa fórmula. A principal diferença entre um remix e um refix, é a que a música é a mesma, mas o gênero é diferente, existem as similaridades, mas a construção da música e os padrões são diferentes.

Abaixo o exemplo da música 'Wickedness' de Brother Culture e Mungos Hi Fi, e a versão original e a Refix. 


Remix
Em sua maioria um versão diferente de uma música, no mesmo gênero original, ou num gênero diferente. O termo 'Remix' vem de fazer uma nova mixagem na música. Eu penso ser controverso quando alguém insere algo do tipo 'trip hop remix', 'hip hop remix', ou qualquer coisa do tipo, em casos assim eu penso ser uma nova canção, ou pode estar mais próximo do que é considerado um 'Refix'. Um dos casos mais fáceis de saber - e visualizar, o que é um Remix, talvez seja, o álbum 'Catch a Fire' do Wailers, que depois de remixado o grupo se tornou Bob Marley & The Wailers.  Pois bem, hoje é possível ouvir a versão do álbum remasterizado gravado na Jamaica, e o álbum póstumo lançado pela Island de Chris Blackwell ou 'Whitewell' carinhosamente chamado por Peter Tosh.

A grande diferença entre os dois álbuns é o minimalismo das gravações realizadas na Jamaica. A quantidade de arranjos e instrumentos é muito menor, a vocalização é mais clara e o álbum fica mais óbvio. A versão da Island é recheada de overdubs, com mais solos de guitarras e órgãos. Ambas as versões são extremamente interessantes, mas eu sempre acabo preferindo a versão jamaicana.    
Por último, mas não menos importante, as versões e os dubs no Lado B dos discos, ou na sequência da faixa título. Nem toda versão de um reggae é um dub, e nem todo dub provém de uma faixa principal com vocal. Alguns músicas já são produzidas com o intuito de ser um dub, o conceito do gênero desde o inicio já estava na concepção da ideia do produtor. E por outro lado, nem toda versão é um dub, em muitos casos são extensões instrumentais.


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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

FREE DOWNLOAD :: MAJOR LAZER'S PRESENT'S: JESSE ROYAL - ROYALLY SPEAKING



Essa mixtape não acabou de ser lançada, não é nova, mas eu ouço sempre. Considero as mixtapes em parceria com Walshy Fire do Major Lazer com os mc's mais atuais da Jamaica, as melhores que vem acontecendo desde o inicio dos anos 2010.

Essa vem com a levada cabulosa de Jesse Royal. Um dos últimos cantores a trabalhar com o produtor Fattis Burrell do selo XTerminator, além de ter trabalhado com a dupla Sly & Robbie. Nos destaques da mixtape estão a faixas 'Modern Day Judas - produzida por Winta James, que divide o riddim batizado de 'Rootsman' com Chronixx em 'Here Comes Trouble'.

No decorrer da mixtape, você vai ouvir algumas músicas muito conhecidas com a voz marcante de Jesse Royal. Além óbvio de ter instrumentais de diversos gêneros além do reggae; tem hip hop, um pouco de remix aqui e ali, alguns efeitos classudos que não atrapalham as músicas, na verdade eles agregam. Mas o protagonista de toda a mixtape é realmente Jesse Royal... sem massagem.


Walshy Fire Presents Royally Speaking
Exclusive DJ Pack of the songs (Download)

1. Intro/Warning
2. Hotta the Battle
3. Greedy Babylon
4. Modern Day Judas
5. Preying on the Weak (Overstand Ent.)
6. Clear My Head (Gachapan Records)
7. Light Like A Feather
8. Silent River
9. Good Morning
10. D.O.A (Dreaming of Africa)
11. Baby Let Me Be
12. Butterflies
13. Little Did They Know (XTM Nation)
14. Talk To Me
15. World Cry (Jus Bus Remix)
16. Wadada (Burning Spear Remix)
17. Jam Rock (Gachapan/Palace Pikney Records)
18. Forever (Eccentrix)
19. Gimmie Likkle Herb
20. Muddy Road
21. Runnin
22. Get Away
23. If I Give You My Love (Maya Angelou Speaks)
24. Journey (Gachapan/Palace Pikney Records)
25. Rastafari Call You/Outro


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segunda-feira, 2 de maio de 2016

REMIXOLOGY: TRACING THE DUB DIASPORA (REVERB) - PAUL SULLIVAN



Em "Remixology: Tracing the Dub Diaspora (Reverb)", o autor Paul Sullivan explora a evolução do Dub; a linha de frente das versões reggae. O Dub é colocado como um conjunto de estratégias e técnicas do de estúdio, junto os primórdios dos formatos da música popular que transformou a ideia do lado de dentro de uma música ser externado, e (o dub) continua longe de ser completamente explorado. Com uma pegada única no (gênero) dance, eletrônica e música popular, o dub fez nascer as noções do remix e das reinterpretações. Preprando o palco para a música do século vinte e um. 


O livro explora as origens do dub nos anos 70 em Kingston, na Jamaica. E traça a evolução do gênero, junto com a atitude presente nos dias de hoje na música. Fazendo paradas em cidades onde (o dub) teve mais impacto; Londres, Berlim, Toronto, Kingston, Briston, Nova Iorque. Sullivan faz um estudo de diversos gêneros, do pos-punk ao dub-techno, do jungle ao onipresente dubstep. No decorrer do livro ele fala com diversos músicos internacionais convidados, como DJs e iluminados do mundo do dub incluindo Scientist, Adrian Sherwood, Channel One, U Roy, Clive Chin, Dennis Bovell, Shut Up And Dance, DJ Spooky, Francois Kevorkian, Mala e Roots Manuva.


O livro amplia e elúcida a respeito de diversos seguimentos paralelos, incluindo a evolução do MC, o nascimento da cultura dos sistemas  de som e a história recente da diáspora jamaicana pós-guerra (II Guerra Mundial). Um dos poucos livros a serem escritos especificamente sobre dub e sua influência global, Remixology é também um dos primeiros a olhar para a relação específica entre dub e o conceito que atravessa todas as disciplinas criativas pós-modernas de hoje: o Remix.


Sobre o Autor:

Paul Sullivan reside em Berlim, é escritor e fotógrafo. Tem trabalhos publicados no "The Guardian", no "The Telegraph", e no "National Geographic." Ele é autor de diversos livros incluindo "Waking Up in Iceland" e "Sullivan's Music Trivia."


REVIEW DO FYADUB:

Se pensa em adquirir o livro pelo título acreditando que vai ler a história do Dub na Jamaica e como ele migrou para a Europa, passou um pouco longe. O livro é ótimo, sem nenhuma dúvida, muito bem escrito e organizado. Ele não sofre com idas e vindas para explicar algo, a continuidade das informações, dos relatos com o número de participantes no livro são verdadeiras pérolas da cultura e da música.

Ele não se concentra em King Tubby, Jammy e Scientist, ele abre espaço para produtores renomados, e outros menos conhecidos mas com trabalhos de grande criatividade e devem ser respeitados. O Dub, como gênero musical é quase que uma pincelada no livro todo, aqui o Dub é considerado técnica de estúdio e ferramenta de criação. São transcritos diversos diálogos de diversos produtores, engenheiros de som de reggae, techno, dubstep, jungle, hip hop (de UK), e todos são apresentados de forma com o objetivo de dizer quais os elementos do Dub aparecem em suas produções, e o ponto de vista de cada sobre a evolução do Dub desde os anos 70 até agora. 

A linguagem é retilínea, mas não é um livro didático que vai dizer como você vai fazer Dub. Agora posso dizer que se seu inglês não estiver afiado, um bom dicionário ao lado faz diferença, mas se já tem um inglês mediano ou avançado, vai ter uma leitura muito tranquila. O livro é muito bem escrito, e a revisão de texto dele é ótima, e não vai precisar se preocupar com o patois. Livro extremamente valioso para quem gosta de música e não se reprimiu somente a um ou dois gêneros musicais.



Remixology: Tracing the Dub Diaspora (Reverb)
Formato: eBook Kindle
Tamanho do arquivo: 1478 KB
Número de páginas: 224 páginas
Editora: Reaktion Books (14 de maio de 2014)
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
Idioma: Inglês
ASIN: B00KD8YZX2
Leitura de texto: Habilitado
X-Ray: Não habilitado
Dicas de vocabulário: Não habilitado
Configuração de fonte: Não habilitado

Remixology: Tracing the Dub Diaspora (Reverb)
Capa comum: 263 páginas
Editora: Reaktion Books (15 de abril de 2014)
Idioma: Inglês
ISBN-10: 1780231997
ISBN-13: 978-1780231990
Dimensões do produto: 15,2 x 2,3 x 21 cm
Peso do produto: 381 g
Avaliação:




domingo, 18 de outubro de 2015

RIP! UM MANIFESTO DO REMIX :: DOCUMENTÁRIO




RIP!: a Remix Manifesto (RIP!: um Manifesto do Remix) é um documentário dirigido pelo ciberativista Brett Gaylor, e tem como foco principal a discussão acerca dos direitos autorais, propriedade intelectual, compartilhamento de informacão e a cultura do remix nos dias de hoje.

O documentário conta com presenças ilustres como a do produtor Gregg Willis, conhecido no mundo da música como "Girl Talk", Lawrence Lessig, criador da Creative Commons, Gilberto Gil, então Ministro da Cultura no Brasil, o crítico cultural Cory Doctorow, dentre outros.

O filme foi lançado oficialmente em 2008, no Canadá, mas disponibilizou material online muito antes, através de um projeto criado por Brett Gaylor intitulado Open Source Cinema. O objetivo era que o filme fosse uma produção colaborativa, onde o público pudesse contribuir com material ou mesmo baixar, editar e remixar o filme de acordo com a sua vontade, seguindo a idéia da Cultura do Remix. O projeto foi um sucesso e ganhou muitos prêmios.

O filme começa introduzindo a arte do remix, através do o trabalho de Girl Talk. Ele faz mashups, ou seja, recorta trechos de diversas músicas e os rearranja em uma disposição totalmente diferente, criando uma nova música.

Aos poucos, Brett Gaylor, que narra o filme em primeira pessoa, vai nos apresentando questões polemicas que giram em torno desse tipo de trabalho, como a guerra que vem sendo travada entre dois grandes exércitos: os "Copyright", que representam as corporações privadas que consideram que idéias são propriedade intelectual e devem ser protegidas e trancafiadas para lucro próprio; e os "Copyleft", que visam compartilhar conteúdo e defendem o domínio público como sendo um espaço para a livre troca de idéias e a garantia do futuro da arte e da cultura.

Diante dessa batalha, e estando no time dos Copyleft, Gaylor e outros defensores da causa criaram o seguinte manifesto:

1) A cultura sempre se constrói baseada no passado;

2) O passado sempre tenta controlar o futuro;

3) O futuro está se tornando menos livre;

4) Para construir sociedades livres é preciso limitar o controle do passado.

Baseando-se nessas premissas, a história do filme se desenvolve, passando por várias entrevistas com representantes dos 2 lados da guerra. O documentário se auto-denomina uma representação desse manifesto, convocando a participação das pessoas não só na guerra contra as grandes corporações defensoras dos copyrights quanto na produção de novos conteúdos baseada na remixagem, garantindo assim o futuro da cultura e a arte.

Clique aqui para ler; "Compreendo o Documentário: RIP! Um Manifesto do Remix"

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

FREE DOWNLOAD - AGOSTO 2012



Free Download - Big Shot Guest Mix - Dirty Dubsters


Yeah, nossos amigos The Dirty Dubsters lançaram mais uma mixtape pelo site Big Shot Mag com uma pitada de tudo que a gente gosta; dubstep, jungle, hip hop e alguns tracks exclusivos. Muito boa mixtape e ótima mixagem como sempre entre uma faixa para a outra. Nesse final ano a dupla de Dublin também vai lançar seu álbum com alguns convidados. Enjoy!!!!!

Link para download clique aqui











Free Download - Congo Natty feat: Top Cat and Tenor Fly playing for the Flashback Ultimate Reunion on 4th December 2010 at the Q Club

Continuando a saga do drum n bass e ragga jungle, talvez uma das peças mais importantes seja o Congo Natty também conhecido como Conquering Lion, Rebel MC, Blackstar, Tribe Of Issachar, X Project and Ras Project - é nome pra k***i. Congo Natty já fez tudo que é ligado a produção de música eletronica, desde a maestria com o jungle até techno, house, e o que quer que seja ligado a isso, mas sempre com a mesma linguagem afrocentrica - no início dos 80 foi peça chave no HIp Hop britânico.

Também é literalmente um dos padrinhos dos principais mc's de ragga jungle como os que aparecem no vídeo como Top Cat e Tenor Fly, e vieram muitas produções e outros músicos cantando influênciados pelo trabalho dele. Quem sabe um dia ele aparece por aqui. Link para download clique aqui 









Free Download :: Ragga Rap - Mixed By Superix & Jimmy Plates 

Nos 90 o que mais se aproximava de dancehall (da forma que conhecemos hoje) eram as produções de Rap com os vocais jamaicanos e vice versa. Foram essas produções que me aproximaram mais e mais do reggae desde as suas origens as produções e os conceitos mais atuais. Nessa mixtape a mixagem fica por conta de Superix e Jimmy Plates do "Southern Hospitality"e fazem praticamente uma geral do que tocou muito nessa época - me lembro saudosamente das festas da extitna Sunset na ZN de São Paulo. A mixtape tem Cutty Ranks, London Posse, Super Cat, Ragga Twins, Mad Lion, BDP (dos primeiros a usar a influência do Caribe em seus flows, pelo menos dos primeiros que se tem notícia. Sempre bom voltar as origens e lembrar das coisas boas de uma época não muito distante mas pouco lembrada. 

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Free Download - Drumagick Drum and Bass Mix August 2012

Eu vi/ouvi a dupla Drumagick pela primeira vez por volta de 95/96 e ouvi dj's bem interessantes nessa mesma fase como o Xerxes, Marky e Patife e depois Roni Size, Goldie e outros - eles tem coisas bem obscuras e interessantes. E se passaram ae praticamente 20 anos da dupla de irmãos que gosto muito tocando e produzindo. Bem última mixtape foi gravada em agosto passado e está pra free download, enjoy! 

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FREE DOWNLOAD - BEAST BOYS REMIXED


Beastie Boys em riddims de dancehall, digikillers e mash up's produzidos pelo DJ i.e. do Up Cut Sound. É sábido que o trio gostava bastante do gênero e chegou a trabalhar com Lee Perry, então a mix ficou bem classuda. Os remixes foram todos feitos ao vivo e mixados meio que num "dubplate style" sem muitos efeitos nas faixas. Bem, mash up's em versões reggae bem interessantes com faixas clássicos do trio.

Adam Yauch aka MCA - Rest In Power








       

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