Olhando na foto, será que você consegue dizer de que lugar é? Se é do Rio, de SP, de Salvador, Pernambuco?... ou se é da Jamaica, ou de qualquer outro pais da África? Difícil não é?! Muitas vezes eu penso no porque da música americana ser tão ruim hoje, o rap estilo “bling bling” [essa era nova para mim até poucos dias], com alguns caras criados no gueto fazendo música que vale no máximo 50 centavos, e se bobear ainda tem que voltar o troco de tão ruim, desfilando de Mercedes e Ferraris nos clips, só curtindo em boates de boy com varias vadias, bom, nada contra ou a favor das vadias, que elas um dia pensem em mudar de vida, senão vão pro fogo mesmo, e nada contra o dinheiro, quando nascemos ele já tinha sido inventado e implantado há tempos, eu sou contra essa ostentação idiota de grana, que na verdade frustra muito quem está no gueto, algumas vezes leva a um pensamento de “por que esse cara tem, e eu não?!”... Bob disse uma frase muito real: “enquanto a filosofia de uma pessoa ser superior a outra não for dizimada, haverá a guera.”
Onde eu quero chegar é, será que ainda tem músicos que fazem uma música de protesto hoje em dia?.. eu ainda tenho meus plays das antigas guardados, alguns novos, mas .... ainda prefiro algumas coisas das antigas, que eu já postei aqui, Poor Righteous Teachers, com um discurso político e extremo, gosto de Sizzla, mas não tudo, às vezes ele fala umas paradas, que eu penso que nem ele mesmo vive o que ele fala, Capleton eu já gosto mais, praticamente todas as letras, um pouco mais centrado, Anthony B é o melhor dessa trindade, letras inteligentes, equilibradas, sabe a hora de falar de festa, a hora de tacar o fogo mesmo, música de gente grande, mas nenhum desses é um africano de verdade, nascido na África.
Onde eu quero chegar é, será que ainda tem músicos que fazem uma música de protesto hoje em dia?.. eu ainda tenho meus plays das antigas guardados, alguns novos, mas .... ainda prefiro algumas coisas das antigas, que eu já postei aqui, Poor Righteous Teachers, com um discurso político e extremo, gosto de Sizzla, mas não tudo, às vezes ele fala umas paradas, que eu penso que nem ele mesmo vive o que ele fala, Capleton eu já gosto mais, praticamente todas as letras, um pouco mais centrado, Anthony B é o melhor dessa trindade, letras inteligentes, equilibradas, sabe a hora de falar de festa, a hora de tacar o fogo mesmo, música de gente grande, mas nenhum desses é um africano de verdade, nascido na África.
Um dos primeiros discos de reggae que eu comprei foi de um cara chamado Mutabaruka, dessa geração dos Bobo Shantis, se você ouvir Mutabaruka e prestar atenção, tentar entender as letras, esse é o cara, poeta, músico, depois dele você com certeza, vai chegar a Linton Kwesi Johnson, o “Professor”, que também é um dos melhores poetas do reggae.
Agora também tem o 2ban, que gravamos com ele enviando músicas daqui do Brasil pra Londres, o que mais me chamou atenção no 2ban não foi à musicalidade dele, foram as letras, que são históricas, sem mentiras, sem ladainha, “serious music... no jokeh sounds”.... eu particularmente prefiro assim. Se for pra fazer “bling bling” e tocar só pros playbwoys eu prefiro ficar curtindo um som na minha casa, chamar um irmão, mostrar os discos das antigas que não tocamos mais nas festas, contar as histórias dos bailes de quando era moleque, muito mais prazeroso.
Espero um dia poder apresentar um disco de dub pra um cara aqui do gueto, da Serra da Cantareira e ele preferir ouvir JAH Shaka do que o 50 Cents...quem sabe um dia não entendam um pouco mais, compreendam um pouco mais, e quem sabe um dia não possamos evoluir um pouco mais rápido também e voltar a ter o controle da música que saiu do gueto, mesmo sendo de Kingston 12, de Londres, de NY, ou da CDD ou do Capão.. gueto é gueto em qualquer lugar, música do gueto, não é música de estante de playbwoy. FALEI!!!!!!!!!
Por RAS Wellington - underground_roots@yahoo.com.br - Texto originalmente publicado no site Overmundo em Out/2006 - clique aqui para ler o original e os comentários
Agora também tem o 2ban, que gravamos com ele enviando músicas daqui do Brasil pra Londres, o que mais me chamou atenção no 2ban não foi à musicalidade dele, foram as letras, que são históricas, sem mentiras, sem ladainha, “serious music... no jokeh sounds”.... eu particularmente prefiro assim. Se for pra fazer “bling bling” e tocar só pros playbwoys eu prefiro ficar curtindo um som na minha casa, chamar um irmão, mostrar os discos das antigas que não tocamos mais nas festas, contar as histórias dos bailes de quando era moleque, muito mais prazeroso.
Espero um dia poder apresentar um disco de dub pra um cara aqui do gueto, da Serra da Cantareira e ele preferir ouvir JAH Shaka do que o 50 Cents...quem sabe um dia não entendam um pouco mais, compreendam um pouco mais, e quem sabe um dia não possamos evoluir um pouco mais rápido também e voltar a ter o controle da música que saiu do gueto, mesmo sendo de Kingston 12, de Londres, de NY, ou da CDD ou do Capão.. gueto é gueto em qualquer lugar, música do gueto, não é música de estante de playbwoy. FALEI!!!!!!!!!
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