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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

RASCLAAT - QUANDO A BOQUETAGEM SE TORNA PROVA CABAL




Era uma vez… um homem alto, com barba proeminente e cabelo um tanto quanto crespo, nascido no lugar atualmente conhecido como Palestina. Esse homem ousou no seu tempo, desafiar o clero religioso, o estado e também aqueles que dominavam a economia. Ficou aos lado dos mais pobres, teve seguidores e traidores, chegando a enfrentar e derrubar um dos maiores templos religiosos na época. Esse homem que desafiou o status quo, acreditava que o sistema imposto era injusto e ineficaz, e se opôs a ele, de forma física e espiritual.

Com os atos praticados, esse homem foi acusado de ter praticado crimes contra o Estado, o sistema e o regime imposto. Além de ironicamente ter sido chamado de bandido - sem ter prova cabal de um crime sequer ter sido cometido - além de se opor abertamente a aqueles que o acusaram de um crime. Ele foi preso, torturado e o mesmo acusador foi juiz, júri e carrasco. Ao final, ele foi condenado a morte, sem sequer ter tido oportunidade de ser ouvido. A acusação foi o suficiente para que ele fosse condenado a morte.

Você conhece essa história?… E acredita que essa forma de acusação e condenação ainda existe?… Se não acredita, é necessário rever diversos aspectos de conduta e lacunas de conhecimento histórico.


Para não estender muito sobre Yeshua (alayhi salaam) - aqui chamado de Jesus, e eu que jamais acreditei que ele foi crucificado para salvar algum cristão - até porque o homem não era Cristão, e sim que ele foi assassinado pelos seus perseguidores e ofensores. Ninguém além de você mesmo é responsável pelos seus atos, e jogar os pecados nas costas de alguém é no mínimo sem sentido óbvio ou uma grande ato de filha da putagem.


Em meados de março e abril desse ano, King Afrika Bambaata foi acusado por um homem de 50 anos de ter sido molestado com 15 anos em 1981, e depois desse outros três homens apareceram, e também afirmaram  que também haviam sido molestados por Bambaata quando garotos. A ação foi para discutir a prescrição criminal relacionada a pessoas que são molestadas nos EUA, e a lei deixa de ser; ou não é aplicada nos EUA após 23 anos do acontecido.


Talvez muitos jovens aqui no Brasil (e no mundo também) hoje conheçam mais o verborréia de rappers como Drake, o esquizofrênico escandalizado Kanye West ou as teorias de conspiração Illuminatti sobre Jay Z. Mas o fato é que absolutamente tudo que pode ser considerado como cultura de rua - nesse caso falo de Hip Hop, tem como um dos pais fundadores o Afrika Bambaata.

Bom, além de todo o envolvimento que ele teve nos anos 70, para conter a violência entre gangues, o consumo de drogas e tudo que acontecia no envolto do South Bronx, semelhante a muitos lugares do mundo - já que periferia é periferia em qualquer lugar, um grupo de pessoas possibilitou a mudança do status quo, ao qual eram subjugados.

Bambaata além de um ícone da música; um dos precursores do eletrofunk, house, techno e do rap, também é um dos que pacificaram um lugar que politicamente era impossível de ser alcançado, e o exemplo foi seguido por diversos outros.

Fato é, que após uma acusação dessa ser lançada, existe um enorme grupo de pessoas, que sem ao menos pensar, já condenaram o homem sem nem mesmo ele ter sido ouvido, ou entender uma palavra do que ele está dizendo. Acusar alguém sobre algo, necessariamente não é um fato comprovado de um crime cometido. O que se da a entender, é que para uma sociedade que ainda prefere a selvageria e a violência entre negros e pobres, uma acusação é crime de fato cometido.



A segunda parte que vou citar é do maior professor de hip hop de todos os tempos; KRS-One. Você jamais vai ver KRS-One ser reconhecido por uma mídia branca, apesar de todo o trabalho social, criativo e intelectual através da cultura hip hop. Ao invés disso, se for realmente parar fazer uma análise da carreira de um dos maiores mc's de todos os tempos, existe um demérito histórico quanto ao trabalho de KRS-One em toda a cultura, e por parte de muitos que fazem parte da cultura.


Apesar de realmente concordar com KRS-One em muitos aspectos, e acreditar nele e na afirmação com a mesma fé - de que ninguém é culpado por algo sem provas ou julgamento, infelizmente a sociedade não é assim. Até prova contrária, você é culpado pelo menor comentário ou boato. O suporte a Bambaata já causa furor, onde alguns sites propõem boicotes a shows e pedem para as pessoas pararem de comprar álbuns do KRS-One; "O hip hop obviamente, deve parar de apoiar Bambaataa, mas também devemos parar de apoiar KRS-One. Devemos parar de comprar ingressos para seus shows, parar de aparecer aos suas palestras e parar de ouvir a sua música...", diz William Ketchum III ao site djbooth.com.

A ideia que eu tenho, é de que muitos pensam que justiça se trata de; punição e condenação, antes mesmo de uma fato ser apurado ou a verdade ser encontrada. Não há talvez tristeza maior de ter de se defender sem absolutamente ninguém ter apresentado prova alguma, mas apenas dito "Ele fez determinada ação em determinada época, e foram varias vezes". Que mundo louco é esse não é?

Eu me lembro dos clipes do Boogie Down Productions e me lembro de Renegades Of Funk do Soul Sonic Force, e me lembro do verbo sendo dito sem muito filtro (e isso eu sei que não faz bem para os negócios), e sair do status quo imposto, é um risco que se corre ao provocar aquilo que muitos acreditam ser certo... mas certo pela imposição, muito acreditam que certo é só o que um determinado grupo considera define ser 'certo'. Certo e errado se tornaram algo muito relativo - e subjetivo, na minha mente.

Não há tal coisa como um Governo
Há apenas pessoas colocando regras sobre as pessoas
Pessoas brincando em torno de pessoas
Pessoas acenando para pessoas...
Que parte do sistema que você joga?
Quem você oprimi? .. Uhh!
- KRS-One - What Kind A World

Aqui no Brasil, na nossa história recente existem diversos outros personagens que não passaram por situações muito diferentes. Geraldo Vandré chegou a desaparecer por algumas décadas, com diversos boatos de envolvimento em movimentos contra a ditadura, com afirmações de que teria passado por prisão e torturas, sendo obrigado a deixar o país em exílio. Como também existiam boatos de que Geraldo era militar e estava ao lado da ditadura. Na época poucos questionaram a ele o que realmente era fato ou boato. Simplesmente o definiram.

Outra personagem contemporâneo foi Wilson Simonal, acusado injustamente de ser um 'cagueta' na ditadura. Fato é que Simonal jamais foi cagueta, dedo duro ou um rato. Ele foi sentenciado por ser um negro bem sucedido, ao qual a política tinha um impacto raso, perto daquilo que estava acontecendo no mundo profissional de Wilson Simonal. 

Simonal já era famoso internacionalmente - e ao meu ver poderia viver na Europa em qualquer lugar tranquilamente. Ainda teve seu viés político, falando contra os partidos MDB (atualmente o PMDB), contra o ARENA (que um dia já foi o PFL e hoje se chama DEM), sendo a favor do inexistente naquele época Partido dos Trabalhadores. Simonal não foi alvo por não ter um viés político ou por ofensa a sociedade, ele foi alvo justamente por ser algo que a sociedade temia que pudesse existir.


A verdade é que se você não fizer parte de uma agenda ou de um plano já definido por alguém, se não criar ferramentas para sua longevidade, pode ser que o que acontece com Afrika Bambaata, KRS-One, Geraldo Vandré ou um Wilson Simonal - que está surgindo, seja a hemorragia que a sociedade quer estancar a qualquer preço, e pra isso basta um boato ou algo do tipo... e num piscar de olhos toda uma história é jogada num mar de lama pré definido e toda uma carreira é apagada.

O terceiro poder - que é a mídia, aparentemente é o mais perigoso de todos!


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quarta-feira, 4 de maio de 2016

RASCLAAT - ENTRE OS CEGOS, SURDOS E MUDOS DA IGNORÂNCIA



Eu nos últimos tempos tenho extremo receio em publicar certos textos, como os artigos do 'Rasclaat', que era periódico até meados de 2011, então já lhe aviso... Se só gosta de música ou textos relacionados a música, pule para outra matéria. Hoje, com tudo que anda acontecendo é difícil ficar inerte a tudo e a todos. O blog ou site (ou qualquer nome infeliz que dê a um canal como esse), deixou no decorrer do seu retorno um lado mais protestante, que devo dizer, infelizmente no Brasil ter postura é forma de desrespeito a ignorância alheia.

Acredito, piamente que o Brasileiro é condicionado a ser braçal. Ele é educado e condicionado culturalmente a ser braçal e laboral, de forma pragmática. Um dos maiores valores familiares é o acordar as 06h e chegar as 20h. Qualquer tipo de trabalho, que fuja a duas figuras preponderantes - autoridade e subordinado ou de forma simples; empregado e patrão, é ser dito ou achincalhado de vagabundo. Que na expressão popular, vagabundo deixou de ser alguém que não gosta de trabalhar, para ser alguém que não tem valor.


Falo isso de mente e coração muito abertos, e sem pudor algum de dizer que é uma forma genérica, e há exceções nesse pragmatismo cultural. E se você não se enquadra, nessa braçalidade e laboralidade... Parabéns, discuta, escreva, publique ou compartilhe algo relacionado que faça mais pessoas abrirem sua terceira visão, seus pensamentos e ideias, que façam entenderem o quão grave nossos problemas são, e o quão estão enraizados nos valores (ou falta deles) familiares e culturais do nosso país. 

A intelectualidade, por sua grande maioria, é menosprezada já por definição histórica na escola, principalmente por uma visão deturpada do que é boa ou má educação - bom aluno é o que decora, mal aluno é o que não se adapta ou não se condiciona a imposição. Essa condição é definida a pertencer aos mais abastados. Ou seja, patrão mandou, você age. O professor falou, você acata. A policia chegou, você obedece - até porque o único papel da polícia é resguardar os interesses do Estado (seja federal, estadual ou municipal). A graduação praticada aqui não é educação, jamais foi, e é o modelo de ensino mais falho que existe, porque se fosse bom, não precisava do FIES... Todos estudariam em faculdade pública ou teriam condições de pagar pelo ensino privado. E provavelmente não teriam eleito políticos através da democracia = voto, que desviassem dinheiro da educação para outras áreas de interesse próprio egocêntrico.

Mas, um dia em uma aula qualquer de história lhe disseram que vivemos em uma democracia, e isso basta. Mas nenhum professor (que eu conheça) jamais citou e ensinou o que o genocídio indígena e africano causou aqui, e não disse nada para ninguém na sala se sentir culpado ou em choque. E lhe disseram que você é livre para concordar com o que a cartilha do professor diz, e afirmar que o que está ali está certo, até ai você pode ter certeza que vive em uma democracia. Na discordância, sanções serão aplicadas a sua pessoa, ao passo de perder direitos, dinheiro, ou cargo.


Atualmente, a Presidente Dilma (ou presidenta como ela prefere), passa pelos crivos dos valores (ou a falta deles como disse) e cultura brasileira. Já na primeira candidatura dela, já dizia que ela mais me parecia uma criatura de laboratório com fins de substituição de seu mestre Lula. E me dê os parabéns, porque estou certo. Mas, no decorrer já de uma década e meia, o PMDB se tornou um algoz de Dilma, que aparentemente é uma obra inacabada do Dr. Frankestein, o duvidoso Lula. Uma observação, não usarei termos como PMDBostas, PSDBestas ou PTralhas nesse texto, e essa será a única vez.

"...e devemos sempre deixar bem claro que nenhum de nós, brasileiros, é contra o roubo. Somos apenas contra ser roubados." - Millor Fernandes (A Bíblia do Caos - Novo Evangelho)

Pois bem, chegamos ao fundo do tacho num governo - na crise existencial brasileira (dita econômica e política por alguns estudiosos) acho que ainda não é metade do abismo. E isso é mostra da face majoritária do povo brasileiro, já que os políticos eleitos são escolhidos pelo povo em sua maioria, e esse político o representa por no mínimo quatro anos, apesar de que alguns ali que estão há mais tempo na cadeira, do que muitos brasileiros tem de vida. E essa é a definição que eu aceito como democracia; um sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas. Poder concedido pelo povo por meio de representação pelo voto. E a partir desse ponto, o poder de certo e errado, bom e ruim, bonito e feio, é determinado por esses eleitos.

Um outro lado, é que existe um imenso resquício da ditadura no Brasil. Muitos vivem os preceitos básicos ditatoriais que eu vivi, e vejo muitos praticando essa ditadura do lar em coisas simples; por exemplo na educação dos filhos, onde responder, questionar, não concordar, expor, opinar, ou qualquer demonstração de insatisfação é visto como uma ofensa a quem quer que seja. Repito eu vivi isso, e boa parte dessa geração dos dias de hoje, aparentemente é tão ditadora quanto as que praticaram o golpe dos anos 60.


Dependendo do quão alto seja a obsessividade por uma ideia/conceito, independente de qualquer razão, fato ou qualquer coisa do tipo, alguém pode dizer que o céu e é azul, mas se a outra parte estiver com interesses em jogo, e para que não seja dado o tal 'golpe' a pessoa ter de afirmar que o céu é rosa, não adianta quão científico, quão forte seja a prova, essa pessoa por questões pragmáticas e culturais vai dizer que o céu é rosa e ponto, e você o enxerga azul é porque é oposição, e consequentemente vai dar o golpe.

Essa presidente, que considero ser medíocre e incompetente no cargo, foi traída pelos valores cancerígenos, onde na traição vale chute baixo, dedo no olho e puxar o cabelo. E como bons brasileiros, que mudam de ideia após os 14 meses do segundo tempo (quis dizer mandato), ela é vitima do descompromisso que não é ensinado na escola, mas é dispensado a reveria entre uma parcela de políticos e de cidadãos comuns, justamente pelos valores e cultura.
Minha única visão e concordância sobre essa mulher, é que ela não deveria ter sido eleita. Concordo quando ouço que um governo ruim, ou má gestão não é motivo para interromper um mandato eleito. Mas algo por trás, dessa democracia - que considero fajuta e nada me leva a crer que se relaciona com liberdade, e somente está atrelada ao voto, que somente é dado pelo mesmo motivo que conluio, ou base de governo, como políticos insistem em chamar.


A presidente, ameaçada de perder seu cargo, na singela opinião desse que escreve, acompanha e lê muito, sai pela falta dos mesmos (três) motivos que alguém é eleito, contratado ou promovido a um cargo; grau relativo de intimidade e amizade - ou a falta delas (pior câncer da gestão seja pública ou privada é o padrão fisiologico imposto - determinante do que é relativamente bonito ou feio) e pelo nepostismo; pelo interesse maligno - de tirar proveito de algo ou alguém por tempo indeterminado; e pelo dinheiro em espécie. Ou seja, continuamos na mesma, mesmo depois das "diretas já." É a maioria pagando pelo interesse da minoria. 

No quesito interesse, eu divido em dois; os interesses próprios egocêntricas e os interesses comuns. Um exemplo de interesse próprio egocêntrico é a máfia da cultura, com os editais, muitos querem, poucos tem acesso, e a massa com paga a fanfarra de pão e circo com qualidade duvidosa. Nenhum edital é aprovado por qualidade do trabalho proposto, mas pelo câncer já citado grau relativo de intimidade e amizade. O outro interesse é o comum, aquele que faz bem a todos as partes interessadas ganham; quem produz, o governo e quem consome.

Outro ponto é a competência duvidosa da presidente, que é de uma relatividade sem proporção (lembre do inicio do texto sobre intelectualidade desvalorizada), e essa competência é algo raso em muitos cargos de gestão. O fato do pedido de impeachment (palavra francesa para impedimento), são as tais pedaladas fiscais*. Se você sabe só um pouquinho sobre balanço de caixa, vai ser fácil entender que a maior lambança que pode ser feita em balanço fiscal, em qualquer caixa, é essa tal "pedalada."

* A "pedalada fiscal" foi o nome dado à prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias, como o INSS. O objetivo do Tesouro e do Ministério da Fazenda era melhorar artificialmente as contas federais.

Agora a causa. A causa é que acabou o dinheiro. Finito, findou-se, acabou-se, fodeu-se. Esse governo é um governo que confundiu a palavra "investir" com "gastar", e o PT gasta bem. E é impossível gastar com as ações sociais, as ações culturais - vide a deturpação da Lei Rouanete e todos os editais em governos e municípios, prejudiciais a diversos investimentos privados em cultura (seja ela qual for), além de torrar o dinheiro nas agências regulamentadoras para pagar todo o cabide de empregos que o conluio do PT e PMDB fizeram no governo - são muitas siglas para citar, e infelizmente não vai sobrar dinheiro para pagar as contas. Não existe matemático, nem mesmo do gabarito de Newton e Liebniz, que  poderiam explicar como se pagar as contas gastando mais do que se arrecada.

Ao que propor solução para essa lambança toda e ganhar meu voto, e mostre uma forma de realizar de fato, que penso ser um mínimo razoável para aquilo que um político que se propõe que e somente e simplesmente a representatividade pelo voto: Redução de impostos (em média 50% do preço de tudo são impostos), com essa redução aumentamos a produtividade e competitividade com o exterior; Redução dos juros (usura), que faz o governo se endividar e só quem lucra são os bancos; Controle do câmbio, que tudo que consumimos é cotado em dólar; farinha, combustível, eletrônicos, automóveis, etc.; Olhar para o norte do país, e ao menos minimizar o impacto da seca. Simples não é?... Utópico também.

Eu não voto há 20 anos, e somente vou votar em quem apresentar uma proposta que seja do meu interesse comum, não para privilegiar determinado grupo, ou etnia, ou religião, ou que faça conluio para vantagem própria, e por isso PSDB, PT e PMDB são frutos da mesma moeda, a diferença é que um está no poder há uma década e meia e o outro há 40 anos.  Veja as citações abaixo; ambos dizem a mesma coisa, e qual a diferença? Um é um intelectual o outro um boçal, mas ambos tiveram o mesmo interesse no poder. Álias, todos seguem a mesma cartilha de canalhice e mentira no poder.

"Se os amigos pode se tornar inimigos, os inimigos podem se tornar amigos." - Graduação Asiática - Ensinamentos dos 31 Mestres - Cap. 14

FHC, Dilma, Lula, Sarney, Collor e o Mosca
"Um pensamento ativo é aquele que, baseado em princípios fundamentais constantes, é capaz de reinterpretar a realidade face às mudanças cotidianas de um mundo em ação." - Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso

"Eu não mudei ideologicamente. A vida é que muda. A cabeça tem esse formato justamente para as ideias poderem circular." - Ex-Presidente Lula (2003)*


Bom, eu estou longe dos discursos dos  Lobões e do Ticos SantaCruzes, e da ideologia metamórfica de quem não pega trem nem ônibus, e aliás "nóis é pobre," - apelo para o discurso muito usado quando alguém me chama ainda hoje pra tocar e não quer pagar cachê ou ter desconto em discos. E nessa correlação, em determinado ponto, num almoço me perguntaram; "Mas você já saiu as ruas?"... Mas que c@#@&%, eu desafio você que foi a Paulista, contra ou a favor desse governo medíocre, utilizar o trem da CPTM que sai de Rio Grande da Serra, e pegar ele na estação Santo André (SP) até o Brás as 07h da manhã. São 40 minutos de espera para conseguir entrar em um vagão e ser espremido, ou seja, ainda quer falar de sair as ruas protesto. Trabalhar nessas condições é um protesto. Mulheres reclamarem do assédio é um protesto. E essas condições sub-humanas impostas, sejam pelo PMDB, PT ou PSDB, fazem o povo nas metrópoles e no norte do país sofrerem. Infelizmente não são todos que podem regar protestos entre uma Heiniken ou Stella Artrois na frente da FIESP. "Nóis é pobre" lembra?.. E trabalhamos amanhã (enquanto tivermos emprego).

E o engraçado, ou trágico, é que nós somos um dos países que mais consomem celular na face da terra, e não temos uma marca nacional de aparelho celular. Nós somos um dos países que mais abrigam fábricas automotivas no mundo, e não temos um carro nacional. O cúmulo da burocracia na abertura de uma empresa e tanto, que chega a ser uma missão impossível sustentar um negócio com tanta carga tributária, somada a tarefa inumana de se fechar um negócio nesse país, há não ser pela falência. Mas enquanto isso, somos o país onde todos os principais canais de comunicação pertencem (ainda hoje) a poucas famílias e subfiliadas, mesmo sendo contra a Constituição.


Antes, dizia que deveríamos nos livrar da mentalidade escrava, que deveríamos mudar as concepções de servidão alienada, e deixarmos de nos contentar com as migalhas que caem da mesa da babilônia. Hoje, mudei o raciocínio, e digo que precisamos mudar a mentalidade escravagista da grande massa; banir da nossa educação familiar a soberba imposta de quem come mal, vive mal, estuda mal e trata mal as pessoas - o típico Domingos Jorge Velho; abolir a mentalidade da superioridade europeia (nós não somos europeus), acabar com o melindre de quem se ofende ao se discordar ou ser apontado, das relações e conluio maléficos, e realmente aprimorar a relação de compromisso e responsabilidade - principalmente no "combinado não sai caro". Essas posturas impregnadas do subconsciente em nada melhoraram a nossa vida no decorrer dos últimos 50 anos.

Alguns ainda flutuam na espiritualidade nula, em fábulas com alusão a um céu e um inferno, outros estão tão desinteressados devido ao pingo de dinheiro que  a máquina do sistema faz na sua conta bancária, e ainda dizem #naovaitergolpe. Eu digo que não há golpe, o Supremo diz que é válida a posição, e você poderia ter pedido o impedimento da Presidente, assim como eu, é um direito garantido ao cidadão comum na Constituição de 1988 - Parte 1. Nesse descambo político e fiscal, só se deixa expoente crise de interessados em permanecer ou tomar de assalto o poder.


Nessa Constituição (que 99% das  pessoas que conheço nunca a leram) - até porque é de uma linguagem e complexidade sem precedentes. Além de considerar que essa Constituição dever ser a Parte 1 de uma trilogia; Parte 1 - Direito, Parte 2 - Deveres, e a Parte 3 - Capítulo Final. Não há como ter equilíbrio só com direitos, sem se ter noção de deveres. E o nosso nesse momento, é buscar alternativas a curto e médio prazo para limpar o lixo despejado no nosso futuro. Depende sempre mais de nós mesmos, porque não adianta um povo corruptível, ou suscetível a corrupção reclamar de um sistema corrupto. Porque acredito que todo mundo tem um preço, mas tem quem se vende por bem menos do que se imagina; um seguro desemprego, um bolsa família, um edital... quem sabe né!


Que Allah tenha misericórdia de todos nós. Paz a todos!


* “Nunca antes na história deste país”, de Marcelo Tas, Editora Panda Books.


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sábado, 29 de agosto de 2015

RASCLAAT – STRAIGHT OUTTA DE ONDE?

Lendo o os pensamentos dissertativos do Speech, eu fiquei um tanto reflexivo. Cresci ouvindo NWA lá no fim dos anos 80, e assistindo os vídeos cafetinados no extinto Yo! MTV Raps que passava na madrugada apresentado por Ed Lover e Doctor Dré (não confunda ele com o Dr. Dre do NWA, de um google search para mais informações), e depois no Yo! MTV nos anos 90, que passava vídeos do Dr. Dre do álbum The Chronic e logo após o Easy E. Bom, se você não sabe muito das histórias do grupo, Dr. Dre e Easy E tretaram por muitos anos, e não sei ao certo se fizeram as pazes antes do Easy E falecer, enfim... esse não é um texto biográfico sobre o N.W.A., você pode assistir o filme ou ouvir a discografia, é bem interessante.
"Nesta hora estamos estendendo nossas mãos com o desejo de ensinar ao mundo os verdadeiros princípios da misericórdia e justiça." – Marcus Garvey
Na verdade esse texto é uma reflexão sobre a reflexão do Speech. Eu também cresci ouvindo o Speech, na verdade o grupo que ele fez parte, chamado Arrested Development. Grupo esse, que gosto mais do que N.W.A., pelo discurso, postura, por ser pan-africanista, enfim. E esse texto, nem é uma resposta ao texto dele, com o qual eu concordo em diversos pontos e fatores, mas os mais emocionados ou da turma do “ÉÉÉÉ isso mesmo”, pode ler e achar que isso é palavra de ordem. Pois bem, eu não vi o filme do Straight Outta Compton (até agora), mas acompanho a carreira do Dr. Dre, e vou dizer, desde o The Chronic não ouvi sequer uma produção meia boca dele, até o último disco eu preciso afirmar que é a cara do Dr. Dre, e é um ótimo disco de Rap. Ice Cube idem, Eazy E, também... restou Yella e MC Ren que fizeram trabalhos com pouca ou nenhuma evidencia, mas não são ruins, fizeram parte do N.W.A.

Agora a pergunta que não quer me calar, você leva a sério as músicas do N.W.A.? Ou qualquer música do Gangsta Rap? Eu sempre achei o N.W.A. mais engraçado (do sentido cômico) do que politico ou militante. Sempre enxerguei o N.W.A., Ice T, e tantos outros grupos gangstas como entretenimento light com tom de enredo de filme B, com algumas ótimas produções e outras meia boca. Mas nunca os levei a sério (ou você realmente leva a sério aqueles permanentes lambuzados do Ice Cube e do Easy E?). E nem mesmo levava a sério as letras falando sobre banditismo, ou se era apenas o compensar da deficiência de inteligência ou falta de aplicação nos estudos, rimando sobre o tamanho da arma que carrega no porta luvas do carro. 
“Não tenho nenhum desejo de levar todas as pessoas negras de volta a África. Há negros que não são bons aqui, e igualmente não serão bons lá” – Marcus Garvey
Eu aprendi no decorrer do tempo, separar o que é Entretenimento, seja o de boa qualidade e que não é tão bom, do que é militante ou politico e luta por reparações verdadeiras, e não joga com o sistema. Bem, lendo o criticismo do Speech, e apesar de amar a música do Arrested Development, eles (e ele junto), assinaram com o selo Chrysalis, um dos braços da Warner Music Group, um dos três grandes poderes do entretenimento, junto com os gigantes Universal e Sony. E ganharam também o Grammy da mão desses judeus que usam polo nos domingos em 1993 (assisti pela Globo), fora diversos outros prêmios, e o trabalho mais legal, a música Revolution que fez parte da trilha sonora do filme de Spike Lee, Malcom X, também lançado pelos mesmos judeus de polo da Warner, e também concorreu ao Oscar de melhor ator e figurino. Premiação essa, também promovida pelos judeus de polo, que colocam seus filhos para voar em seus jatinhos. Nesse contexto Speech, você sabe o jogo que jogou. 

Sobre as sugestões dos filmes, já existe um filme lançado falando sobre os Panteras Negras, não sei se foi feito a altura, mas existe, lançado em 1995, tem cara de filme B, mas é um filme sobre os Panteras Negras, com armas, uniformes, perseguição, FBI e tudo o mais, seria muito bom se fizessem outros. Assistiria um filme do Public Enemy, mas será que o Chuck D, Flavor Flav e Terminator X teria um enredo tão interessante, sempre foi um grupo militante que usava a música, mas nunca os vi como bandidos ou personagens cheios de aventuras, está mais para um grupo de hip hop do que enredo hollywoodiano. 

Talvez um filme sobre o próprio Gill Scott-Heron seja muito mais interessante, desde sua infância, até seu grupo Lost Poets, e todas as poesias e canções que fez, seu trabalho como escritor, decepções, uso de drogas. Ou, talvez um das personas mais interessantes a ser fazer um filme seria o KRS-One. Seu inicio como morador de rua, os clash’s de freestyle, a treta Boogie Down vs. Queens Bridge, a morte de Scott La Rock assassinado em 1987, após lançar o primeiro disco de gangasta rap junto com KRS-One, o Criminal Minded, e ainda temos o Temple Of Hip Hop, o livro escrito, e todas as tretas que KRS-One já teve em toda sua carreira, por posturas e idéias controversas sobre o rap e o hip hop. 

No mais, quando se trata de letras conscientes, bem, você tem uma gama de pessoas para ouvir quando se fala de letras conscientes. Se tratando de filmes, o recém lançado documentário sobre a Nina Simone, é uma ótima, da ascensão a queda, a fase militante, o uso de drogas, sexo... Não é só jazz, isso é ser rock’n roll de verdade. Ou se quiser bons discos, com letras conscientes evite o rap, ouça Marvin Gaye, Curtis Mayfield, Richie Ravens, James Brown, Lost Poets... Tantas coisas para ouvir, e foram esses que embebedaram o rap de Dr. Dre e do Arrested Development. 

Diferente do Arrested Development, do Public Enemy, do Boogie Down Productions, e de tantos outros grupos. O N.W.A. foi puro entretenimento, alguma vezes de mal gosto é verdade, e outras meu velho, é de se pensar, como fizeram algo tão simples, tão bom, e que deu tão certo. Não querendo proteger de forma alguma o grupo, o individuo ou o filme, mas a juventude precisa de exemplos, bons exemplos, e exemplos de gente bem sucedida, Dr. Dre e Ice Cube são exemplos, e não interessa se são estadunidenses ou não. São pretos, e diferente da parcela duvidosa brasileira, lá nos EUA, existem dois parâmetros apenas, ou você é branco ou você não é branco. A paleta de cores das pigmentações da cútis utilizadas aqui, não existe lá. E por mais que você e eu discordemos de varias letras, mal exemplos (bebida, drogas, strip tease, etc.) e tudo o mais que já promoveram, os caras geram mais emprego e renda, que muito militante chinfrim americano, africano, e brasileiro juntos. Não é todo mundo que se da ao luxo de produzir um disco inteiro, ter já uma milhar de vendas e doar todo o montante para a comunidade que nasceu! Ou você já doou seus direitos autorais para alguém?... Deus tá vendo!
"O mundo inteiro é feito por blefes." – Marcus Garvey
Acho interessante o discurso do Speech, concordo com a maior parte dele. Mas já separei o entretenimento fútil, da militância, e do que pode ser mais proveitoso - ou poderoso. Assisti Biggies’s Notorious, Eight Miles, Tupac também fez filme com a Janet, irmã do Michael Jackson (que mandou ele fazer teste de HIV para contracenarem juntos – DOPE!). E o que dizer do pastelão de Method Man e Red Man, somados ao Snoop Dogg e Whiz Khalifa fumando maconha durante 2 horas. Vi também Boyz ‘N The Hood, Crooklyn, New Jack City, e tantos outros que se for analisar o Straight Outta Compton, são partes do mesmo enlatado produzido por Hollywood, e vou te dizer; os caras são bons no que fazem. Tem qualidade, não intelectual, mas de entretenimento, ou você vai ser doidão ao ponto de fazer o mesmo permanente dos caras com visual póstumo dos anos 80 depois de ver o filme?

Aqui no Brasil, tentaram fazer o mesmo tipo de filme estereotipado com Cidade de Deus, Tropa de Elite 1 e 2, Salve Geral, são todos a mesma coisa. Não servem de nada, nem transmitem mensagem alguma, ou Tropa de Elite fez você enxergar que a violência policial é justificada pelo boy que compra droga no morro sustentando o tráfico?... Deus tá vendo!

Mudei um pouco a minha visão e definição sobre o que é simples entretenimento e o que é militância. Muito desse discurso do Speech, é repetitivo, ele já fez nas musicas e tantos outros já fizeram também (tipo... eu). A vida dele é uma vida militante, mas é uma vida assalariada pelo entretenimento (tipo... a minha). A grande sacada (eu penso assim) é diferenciar o que é entretenimento que tem a duração de algumas horas de pura e simples diversão, como ir num cinema ver um filme, numa festa, ou boteco. Que é diferente de cultura, que se deve levar em contar a vivencia e tudo que gira ao redor daquilo, por exemplo, o hip hop – está além do rap, e diferenciar que informação - que até pode ser transmitida através do entretenimento (em doses homeopáticas), mas raramente é o que acontece. Informação está em livros, textos, na arte, na matemática, nos documentos guardados através do tempo. Não está no cinema ou em festas, e sinto muito querido leitor assíduo ou esporádico desse blog, cinéfilo dos filmes de blaxpoitation, ou seja você aquele que faz ou promove festas, de qualquer seguimento, você não promove cultura ou informação em festas, o que você faz é simples e puro entretenimento (que também é diferente de ser algo negativo, como um festeiro). E um pouco de obviedade, alguns fazem bom entretenimento, outros não. 

Quando você tomar conhecimento pleno (que é diferente de ser informado) da forma que usa o que acredita somado ao entretenimento, sua vida muda completamente, até a do Speech mudou, ele faz há muito tempo o que Dr. Dre faz... Entretenimento, mas a linguagem e a abordagem de um e de outro é que mudam, e as ambições também. As características da vivencia, e do que um acha ser correto e o outro discorda, é que são preponderantes. Você tem a mesma liberdade de Neo em escolher a pílula azul ou a vermelha do Matrix, de escolher um bom entretenimento, ou transmitir e receber uma ideia que faça você se sentir bem, seja uma mensagem militante ou puro entretenimento. 
"Não há força como o sucesso, e é por isso que o indivíduo faz todo esforço para se cercar ao longo da vida com a evidência disto; como do indivíduo, por isso (o sucesso) deve ser da nação." – Marcus Garvey
"Sem justiça, não há paz!" – X-Clan (Brother J, Professor X )

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

RASCLAAT - TRIBUTAÇÃO DE DISCOS (VINIL)

Dias atrás publicamos o manifesto do Dj Arnaldo Robles, colocando um tópico muito importante para a cultura e a música no país, a matéria e o abaixo assinado "ISENÇÃO DE TRIBUTAÇÃO INCIDENTE SOBRE DISCOS DE VINIL", tratando sobre a importação de discos e a incidência burocrática do Governo Federal e da Receita Feral em todo o tramite de liberação dos importados. 

Hoje a única fábrica que se tem noticia que produz vinil no Brasil é a Polysom, na qual tem uma qualidade bem duvidosa e vende disco nacional com preço mais elevado que o importado. Em média um compacto produzido pela Polysom é vendido por 22,00 reais em LP por 69,00 reais. Pelo menos metade desse catálogo pode ser encontrado em lojas de discos usados ou sebos por um valor entre R$ 20,00 a R$ 40,00, o que faz o preço do nosso produto interno ser pelo menos 4 vezes mais caro que o importado, e com uma qualidade extremamente inferior. 

Como lojista trabalhando basicamente com os importados, o meu sócio majoritário (o Governo) abocanha pelo menos 70% do valor de cada produto. Um compacto de R$ 18 poderia ser vendido tranqüilamente por R$ 10,00 e um LP de R$ 50,00 poderia ser vendido entre R$ 30,00 ou R$ 35,00 já com todos os custos e o próprio lucro de venda. 

Quando uma encomenda chega ao Brasil, a primeira tributação é feita pela receita, após essa taxa (que deveria ser de 60%, mas após o início da OPERAÇÃO MARÉ VERMELHA DA RECEITA FEDERAL ela está sendo cobrada a riveria, fora o número de empresas e importadoras que já baixaram as portas devido a operação, leia mais (clicando aqui) lendo a matéria da Revista Veja). Para obter seu produto ainda são cobrados a taxa de entrega e incidem no preço 2 taxas de ICMS, a primeira dos Correios - não entendo porque os correios cobram ICMS em produtos importados, já que a compra é no exterior, mas enfim. e a segunda taxa quando o produto é vendido. Em SP essa taxa são de 12% sobre item vendido. 

Hoje outras "megahipersuper" lojas como Submarino, FNAC e Casas Bahia também vendem discos de vinil, em média por R$ 90,00 a R$ 120,00 cada, o que para uma "megahipersuper" loja é um preço muito mais elevado comparado a lojas especializados em discos (vinil) com uma rotatividade de valor muito menor que deles. 

O tramite da isenção de tributação dos discos é uma história antiga, cheia de muralhas e ninguém quer discutir dentro do Governo Federal e no Ministério da Cultura devido diversos empecilhos como ECAD, as grandes gravadoras que estão raspando o tacho numa tentativa de se manterem no mercado brasileiro, que ainda é o segundo maior consumidor de música própria no mundo, só perdendo para os Estados Unidos. 

Com a limitação de produção independente nacional - diga-se independente quem não recebe qualquer subsidio do governo ou de qualquer instituição governamental, o próprio ECAD teria seus dias contados. Assim como ocorreu com a maioria das OMB's que foram processadas por músicos para isenção de taxas para não pagar para fazer parte da Ordem dos Músicos do Brasil (que não faz absolutamente nada por músico algum). 

Ninguém em sã consciência pagaria por um produto (disco) de qualidade inferior o mesmo valor ou um valor mais alto, do que num produto com melhor qualidade e com custo mais baixo. Músicos também poderiam abrir e lançar seu produto com muito mais liberdade, escolhendo distribuidores e produtoras que atendessem a suas necessidades, uma liberdade (independência) que não existe no Brasil. Você pode escolher o que for, no final das contas absolutamente tudo vai se vincular ao ECAD. 

A revisão da taxação e tributação dos discos de vinil abriria diversas portas e trabalhos, traria mais selos independentes do exterior, o que seria extremamente produtivo para nós. E seria um passo a mais na facilitação na criação e abertura de novos selos no Brasil. Lembre, somos 200 milhões de pessoas, e não chegamos a ter e a lançar e produzir 5% do total em comparação do que é lançado em uma ilha do Caribe, mesmo tendo qualidade, criatividade e capacidade para tal. Não considero a nossa produção inferior a gringa, mas sim com peculiaridades próprias, o que nos falta é realmente a abertura do mercado para produção nacional acontecer dentro do nosso próprio país. 

Hoje praticamente 90% de todo o capital que gira entre dj's de uma forma ou de outra tem destino certo que é o exterior. Falando por mim, seria muito mais interessante investir em produto nacional, destinado ao crescimento de diversos movimentos e ascensão cultural daqui mesmo, do que ter de oferecer um catálogo de discos praticamente inteiro de importados. Absoluta certeza que essa tributação e a burocracia do governo faz com que o vínculo estabelecido entre nós e músicos de outros países, se torne muito mais rápido e produtivo, do que entre nós mesmos. 

Prefiro hoje milhares x milhares de vezes, perpetuar um trabalho, um negócio próprio e continuar com o vínculo e parcerias com os trabalhos daqu e medir conscientemente os investimentos no exterior e relacionar mais os investimentos aplicados aqui. Mas além do leão (que não é de Judá) que já abocanha mais da metade de qualquer investimento, e com o custo que cada um já tem, obviamente fazer negócio no Brasil com outras pessoas é de tal complexidade, delicadeza, que - apesar de tanta informação - alguns ainda não compreenderam que todas as partes envolvidas devem obter retorno, seja financeiro ou de outra espécie. 

Ainda hoje não conseguimos um equilíbrio e fatores justos entre a privataria tucana e as muralhas fiscais impostadas pelo petistas desde a entrada de Dilma Roussef na presidência. Em verdade o único que lucrou com tudo e todos, foi o governo que de tabela abocanha o quanto pode e se permite. 

Vivemos a mercê da educação de um governo que se chamado de vampiro seria um elogio. Digo com absoluta certeza que se não fossem tantas taxas e burocracia do governo teríamos movimentações culturais extremamente independentes, não necessitaríamos de tantas leis de incentivo cultural, que na verdade não incentivam nada, simplesmente maquiam um buraco abrindo um outro rombo distribuindo migalhas para poucos. Culpado é o povo? Não, culpado é quem se apropria e quem se beneficia de determinadas ações e mesmo dos próprios músicos que participam dessas ações. 

Talvez, o principio de uma abertura seja deixar de tributar os discos importados. Diversas lojas no exterior acabaram se tornando selos e vice versa, o que poderia tranqüilamente ocorrer aqui, a exemplo da loja Baratos e Afins que já lançou discos em um passado não muito distante. E de outros investidores que resistem a falta de estrutura e organização do próprio governo no setor. Além dos editais e financiamento para menos de 1% de 200 milhões de pessoas o que é feito? Sinto dizer mas absolutamente nada. Cultura não é para um e outros, cultura é para todos independente de qual seja ou sua forma de manifestação e o mais importante é o acesso aos discos que é a principal forma de manifestação cultural de um músico. É o registro de sua obra. 

Acesso esse que é determinante na cultura dos dj's, colecionadores e selos. E a maior forma de controlar o acesso a cultura é a tributação e a taxação excessiva de encargos e a burocracia para cada tramite de liberação, somada a diversos aventureiros fizeram quase que a completa extinção de selos independentes que deveriam ser perpetuamente lembrados por todos, mas estão destinados a permanecerem nos escombros do esquecimento. 

Assinar o abaixo assinado é uma forma de no mínimo abrir a discussão, que está longe de ter uma resolução na verdade, mas é um principio para que haja uma continuidade na musica brasileira principalmente. Continuidade também para os músicos, produtos, dj's, selos e diversas empresas que fazem parte do trabalho com a música e a cultura.

Outro ponto é ser contra o monopólio, já que ou se paga para a Polysom prensar um disco fuleiro ou se fabrica o vinil fora e acaba pagando um mínimo de 60% do esforço total para o governo que não faz absolutamente nada por cultura alguma de lugar algum. Para ler sobre e assinar assinar o abaixo assinado basta clicar no link http://www.avaaz.org




       

terça-feira, 24 de novembro de 2009

RASCLAAT – O DANCEHALL ESTÁ ACABANDO COM O DANCEHALL

Em 11/03/2009 o blog Invasão Jamaicana da crew You&Me On A Jamboree publicou parte de uma matéria do site Jamaican Gleaner, um tablóide jamaicano que trata das atualidades da ilha (obs: clicando nos links em branco você consegue ir direto para os sites das publicações e citações). A matéria tratava traduzida blog tratou de uma conferencia que ocorreu em Nova Iorque para fazer uma revisão sobre a realidade atual do dancehall e o impacto que a atual musica mais ouvida na Jamaica está causando na sociedade e nos jovens principalmente. Os principais tópicos publicados foram a “Corrupção da Mente dos Jovens”e “Degeneração da Marca Jamaica”.

A divulgação do link para o post do blog do Y&M foi divulgado em algumas comunidades no Orkut, mas nenhum dos posts deu tanta repercussão quanto na comunidade Soundclash Brasil, nesse momento o tópico já passou de 100 posts e continua crescendo na comunidade, dando comentários por nomes já conhecidos da nossa cena; MPC (Digitaldubs), Jimmy Luv (7velas/Echo Sound System), a própria crew do Y&M (Greg, Sono e Jurássico) incluindo esse que também lhes escreve RAS Wellington (FYADUB).

Nesse Rasclaat, a intenção é preencher e explicar algumas lacunas deixadas no artigo do Gleaner traduzido pelo Y&M quanto ao dancehall atual, quanto as festas, idéias, produção e a musicalidade atual desse seguimento do reggae. Vamos parte a parte, tópico a tópico comentando o artigo.

A autora do artigo é Janet Silvera, escritora sênior do Gleaner. A impressão do artigo de Janet é que ele é totalmente parcial, generalizando todo o dancehall produzido na Jamaica e no mundo. No encontro alguns grupos e comissões junto com 200 participantes estavam juntos para abordar e criticar o dancehall produzido e a influencia que ele esta causando no jovens jamaicanos. Dentre essas comissões estavam a Coalition To Preserve Reggae (CPR – Coalisão Para Preservação do Reggae), a ZYNC TV de Nova York cuja abordagem “Pode o dancehall ser a ruína do reggae, e em uma extensão, da marca Jamaica?” Respondendo essa pergunta, claramente é não.

Corrompendo As Jovens Mentes

O Gleaner no artigo tratou basicamente de dois pontos preponderantes, a juventude jamaicana e mídia de massa responsável por tocar as musicas, ou seja, as rádios que tocam dancehall em sua programação.

Algumas das personas presentes no evento foi Sharon Gordon, umas das organizadoras do fórum tratando sobre dancehall em Nova Iorque. Uma das premissas da senhora Sharon foi dizer que: “Se algo não for feito logo, a mente dos nossos jovens será corrompida pela decadência e seus atos serão reflexo da mesma. ... nossos jovens estão em perigo de estarem em um ponto sem retorno ... levando-nos a uma sociedade retardada no futuro”, numa tradução livre pelo Y&M.

O que a sra. Sharon, que é vice-presidente da CPR, deveria ter pensado nesse momento, como uma jamaicana e defensora do reggae, é sobre o que ela tratava naquele momento, não era uma juventude que assimilava musica desde 1989, e sim uma juventude que é herdeira de uma música com mais de 5 décadas. O dancehall como conhecemos hoje, envolvendo suas letras, musica e arranjos, é um herança dos próprios pais dela, desde o mento, calypso, early reggae. E tudo que é falado no dancehall hoje, faz parte de toda a cultura jamaicana desde o principio de sua iniciação musical. A sra. Sharon está retardada musicalmente há 30 anos na Jamaica.
No final da década de 70, alguns dos produtores mais famosos da Jamaica já estavam pondo a mão na massa para produzir o dancehall que seria ouvido no pós reggae raiz, pensando além de Bob Marley, Burning Spear, Big Youth e os principais ícones do reggae da época. Nessa fase produtores, aristas, e sounds systems como; Henry “Junjo” Wales do selo Volcano, Johnny Osbourne, Papa Toyan, Yellowman, Josey Wales, Metromidia, Rodigan, Barrington Levy, dentre vários outros davam as primeiras pitadas do que viria a ser o dancehall nos anos 80, desde as batidas até a fluência de rimas e versos que seriam copiados dentre eles próprios, fazendo a transição para uma nova fase do reggae.

“Isso coloca a responsabilidade somente nas mãos das autoridades, que devem resolver as deficiências sociais, econômicas e educacionais que terão, por sua vez, um efeito positivo do gênero”. Esse comentário de Sharon Gordon é de deixar qualquer musico de queixo caído, instituições e autoridades governamentais tomando conta da musica?! BUMBOCLAAT... Isso se chama CENSURA. Nenhum pais por mais que invista em educação ou faça planos para resolver problemas sociais e educacionais, tem o direito a censurar uma cultura enraizada, cultura essa que não está presente somente na Jamaica, mas em diversos países do Caribe, Brasil e em todo Terceiro Mundo. Isso lembra muito a época de Michael Manley, primeiro ministro da Jamaica que num primeiro momento no inicio da década de 70 apoiou os Rastas para se eleger, e depois de um certo mudou sua opinião quanto ao rastafári por achar a aparência do Rasta, ser um tanto “dramática” para a sociedade.

O que mais chama a atenção no artigo é que selos importantíssimos como Greensleeves, VP Records e tantos outros menores que movimentam ainda a industria da musica jamaicana ao redor do globo, nem sequer são citados como fonte de movimentação econômica na ilha. Em uma gravadora a rotatividade financeira gira em torno de estúdios, mão de obra especializada para operação e gravação, prensagem dos discos, distribuição, lojas, exportação, festas, o consumo por apreciados e dj’s, ou seja, um montante de dinheiro que um dos maiores beneficiados é o governo da ilhota. Em um artigo recente também do próprio Gleaner, a VP Records fez oferta para comprar a Greensleeves, num acordo que gira em torno de 3.1 milhões de libras, em torno de 10 milhões de reais. Para ler o artigo no Gleaner a respeito clique aqui. Ao questionar por e mail a autoria do artigo, Janet Silvera, do porque essas duas gravadoras, não tem citação de opinião formal no artigo, a mesma disse que a VP já havia sido citada em uma artigo anterior (?!) e que não sabia o que tinha acontecido com a Greensleeves.

Uma outra opinião contraditória é a do psicólogo Leahcim Semaj; “Basta olhar para os anos 70 com Bob Marley e o numero de jamaicanos que se tornaram rastas e afrocentricos.” No FYADUB, é possível ler uma matéria chamada “A Controvérsia do Fire Burn” a cerca da utilização do fogo e do afrocentrismo na Jamaica atualmente, escrita por Gregory Stephens, acadêmico americano, que já escreveu diversos artigos e livros sobre o reggae contemporâneo, inclusive o dancehall. Neste artigo, PJ Patterson, o primeiro negro a se tornar primeiro ministro na Jamaica, solicitou a Capleton que diminui-se a utilização do termo “fogo” em suas apresentação, isso em vão, obviamente. Outro caso citado pelo texto de Gregory Stephens é de Sizzla, e o afrocentrismo encorajado por ele, se tornaria um marketing ruim para ele na Europa, já que ele mesmo encorajava a segregação do povo negro do branco, e isso era visto como uma forma de racismo as avessas. Dr. Semaj, talvez não tenha levado em conta que a Jamaica, e um pais de negros, que ainda tem suas magoas contra os brancos. A Jamaica por muito tempo foi governada por famílias como os Manley e Seaga, ambas famílias poderosas e de descendência européia, e que lucraram tanto na época de escravidão como no domínio político na ilha. O Afrocentrismo proposto por Semaj, não entra em comum acordo com as criticas e os pontos de discussão feitas no artigo, nem com o governo jamaicano que tenta ao máximo controlar os bobo shantis no uso da propagação do fogo, e nem mesmo com o que foi publicado no Gleaner, já que até mesmo os afro centristas como Capleton, Sizzla, Anthony B e outros também utilizam o slackeness em grande parte de sua musica.

Denegrindo a “Marca Jamaicana”
“A musica definitivamente tem a ver com a “Marca Jamaicana” se denegrindo. Sabemos dos problemas da chamada “murder music” (músicas que pregam a exterminação dos homossexuais), que são apoiadas não só pelos artistas, como pelos ouvintes. – Artistas como Sizzla dizem uma coisa na Jamaica, mas fazem outra em outros lugares. Ele manera suas letras, pois entende que isso poderia acabar com sua carreira”, disse Hamilton-Pearson, antiga participante dos Panteras Negras britânicos. Pois bem, a uma grande controvérsia no comentário da sra. Hamilton-Pearson. Sizzla gravou uma musica chamada “Nah Apologize”, no qual manda um recado muito claro quanto a sua posição referente aos homosseuxais e suas turnês pela Europa, e não é de hoje, um dos trechos da musica é:

“Rastaman don't apologize to no batty-boy
[Rastaman não se desculpa com battybwoy (homossexuais)
If yuh dis' King Selassie I,mih gunshot yuh boy
[Se você “é de” King Selassie, Eu atiro em você boy]
Gimme de whole ah de girls dem 'cause ah dem have de joy
[Me de todas as meninas deles, porque elas terão diversão]
Inna de lake of fire me dash yuh boy
[Dentro do lago de fogo jogo você boy]
Badman don't apologize to no batty-boy
[Badman não se desculpa com battybwoy]
If yuh dis' Black people,ey,mih gun will shot yuh boy
[Se você “é do” Povo Preto, ey, eu vou vou atirar em você boy]
Gimme de whole ah de girls dem 'cause ah dem have de joy
[Me de todas as meninas deles, porque elas terão diversão]
Inna de lake of fire me dash yuh.. ahhoy!
[Dentro do lago de fogo jogo você boy]

… Nothing in the world could ever have me doing that
[Nada no mundo me faria fazer isso]
Ah don't care if they ban me
[Eu não ligo se eles me banirem]
Damn,me say fi bu'n batty-man,yuh cyah wrong me
[Droga, se digo fogo no battyman, você diz ter algo errado comigo]
Yow,me nah born over England,a real African this
[Yow, eu não nasci na Inglaterra, isto é um Africano real]
Real real real Rasatman this! boom!
[Real real real Rastaman nisso! Boom!]

... Damn!...we doh walk inna batty-man yard
[Droga! A gente não anda no quintal dos batty-man]
We doh give a f^^k if dem ban we from Scotland Yard
[Que se foda se me banirem da Scotland Yard]
Yow! King Selassie bu'n Babylon because dem a fraud
[Yow! Rei Selassie queima a Babilônia porque ela é uma fraude]
Me hail de King and Lord of Lords
[Eu saudo o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores]”

Ainda poderia citar aqui uma centena de letras de Sizzla, Capleton, Anthony B, Jr. Kelly, JAH Mason, todos os afrocentristas que junto a suas letras que remetem o rasta a áfrica, manda também tacar o fogo nos homossexuais (será que o Dr. Semaj realmente sabe do que ele está falando quando cita afrocentrismo?!). No artigo “RASCLAAT – A CONTROVÉRSIA DO FIRE BURN” já havia citado e comentado sobre a homofobia nas músicas atuais, um artigo ou texto mais especifico nos faz falta para uma compreensão mais abrangente do assunto, o que interessa dizer é que na Jamaica, não é o dancehall que tenta por os gays para fora da Jamaica, e sim a comunidade. Um jovem de 18 anos só repete o que passou a infância ouvindo, da boca dos pais e da sua comunidade. A sra. Hamilton-Pearson se engana se acha que uma suposta manipulação financeira minimizaria o verbo dos “matadores de battybwoys” (liricamente falando), eles continuaram ganhando dinheiro em outros países que irão, com certeza, consumir a suas musicas e achar “graça” das suas letras.

Um dos defensores do dancehall, o produtor Jon “FX” Crawford, que produziu sucessos (que eu particularmente nunca toquei nenhum) como Shabba Ranks, Vybz Kartel, Akon e Sizzla, defende: “o dancehall nunca acabara com o reggae ou a marca da nossa cultura”.Ele disse que o problema é o som do Dancehall atual, computadorizado, “O dia que começarmos a voltar a tocar instrumentos em nossas escolas ou comunidades, teremos uma vasta diferença, pois nossas gerações mais jovens saberão como a música é feita de fato.”

Hoje, é impossível se produzir musica da forma que se produzia antigamente, no período do ska ou early reggae, o numero de músicos no espaço que estúdios tem hoje, raramente se produziu musica daquela mesma forma, fora o preço que sairia exorbitante. Hoje, qualquer um monte em um um espaço com poucos metros quadrados, um home estúdio, capaz de produzir diversas versões de sleng teng por exemplo. Sou muito a favor do estudo da musica (até mesmo eu deveria estudar mais), mas se até mesmo surdos como Bethoven puderam compor, porque um jovem com um simples Casio MT-40 ou um simples computador não pode fazer o mesmo? E esse Jon “FX” Crawford também não é tão bala na agulha assim, se alguém puder me apontar uma boa musica produzida por ele, mudo minha opinião.

Dr. Semaj fez um paralelo entre a degradação da música com a crise da economia global. “A falta de fiscalização ativa permitiu que um péssimo recurso fosse rotulado como bom, levando a quebra do sistema”, opinou; “O fato da música ser tocada na rádio, automaticamente dá a licença para ser cantada por qualquer um. A imagem que nossos jovens recebem é a que vão internalizar seus valores transformados pela música.” Isso mesmo Dr. Semaja, vamos censurar a música tocada há mais de 25 anos na sua própria ilha.

Gordon e McKetty disseram que o fórum vai advogar a CPR, que tem o alvo em aumentar o nível das produções e performances da música jamaicana. Torcemos por isso junto com as duas.

“A CPR vai continuar nos seus esforços de angariar informações sobre o estado da música e desenvolver estratégias para afetar seu desenvolvimento”, disse Gordon. Ou seja; CENSURA.

Num comentário final, a música jamaicana não vai mudar, vai continuar sendo feita, dentro e fora da ilha, sendo sampleada, sendo utilizada, sendo feitas diversas versões para um mesmo riddim. Hoje o reggae e todas as suas variações, não dependem mais da ilha para existir, naturalmente o mundo se apropriou do reggae e enxertou nele diversas formas de manifestações e linguagens que há 50 e poucos anos atrás jamais seriam previstas.

Torço para que o reggae continue sendo bem feito, selecionado pelo gosto próprio de cada um, e que a humanidade caminhe para uma ação de individualidade e respeito mutual acima do gosto musical.

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