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quarta-feira, 14 de abril de 2021

CRONOLOGIA DE COMO SURGIU O SISTEMA DE SOM PAULISTA E A CHAMADA 'CULTURA SOUND SYSTEM'


DJ Cuca ‎– Equipe Dinamite Instrumental Vol.III (1991)

👉 ANOS 1970 E 1980

BAILES BLACK'S E EQUIPES DE SOM

Não existia o termo 'sound system', eram Equipes de Som, eram ditos Bailes Black's - frequentado majoritariamente por gente preta - em muitas vezes apenas por gente preta. A maioria acontecia fora do centro, e não tinham foco nenhum em apenas um gênero musical. Tocavam soul, funk, samba, samba soul, samba rock e músicas jamaicanas com a mesma sonoridade. 


👉 ANOS 1990

HIP HOP E DANCEHALL

Equipes de Som, diversos grupos de dj's e e mc's que, de forma itinerante, tocavam por toda São Paulo. Essas equipes tocavam grupos e músicas jamaicanas, sem sequer citar de onde eram as músicas e as vezes nem sabiam que eram jamaicanas. As equipes de som foram os primeiros tocar sets específicos de dancehall e reggae digital a partir dos anos 1990.

DANCEHALL NO BRASIL

As primeiras produções de Dub, como técnica de mixagem começam a ser lançados em LP, com remixagens acontecendo e sendo direcionadas e dedicadas as equipes de som.

Diversos grupos e mc's, já com influência do dancehall, se apresentavam em shows e eventos de Rap por toda São Paulo.

Lojas de discos no Centro de SP nas grandes galerias priorizam a venda de cópias piratas de cd's de Reggae. 


👉 1998 e 1999 

Uma agência chamada instituto iD, depois IDCH, que teve endereço nos Jardins e depois no Paraíso. Era um misto de agência de intercambio, aulas de Yoga, restaurante. Esse local foi um dos primeiros a dispor uma noite para o Reggae, Dub e Dancehall fora da periferia. De tão seletivo, você só entrava com nome na lista, conhecendo algum frequentador conhecido da casa.

Entra no ar o que (eu visualizo) ser hoje o maior site sobre reggae, com o maior tempo no ar, tratando não só sobre o reggae, mas sobre surf e forró. 


👉 ANOS 2000

GRUPOS NO YAHOO; MASSIVE REGGAE E DUBBRASIL

Nesses grupos, o cerne era a visão branca do reggae. A tentativa de explicar como era feito, do que era feita e por quem, de forma seletiva, em um primeiro momento. Em segundo veio a fragmentação em discussões fúteis, mas que tornaram a cena do reggae, o que ela é hoje; A primeira vez que vi alguém se apropriar de algo escrito nessa cena, foi um jornalista (professor) de Minas Gerais que para divulgar uma festa, publicou um trecho de um texto do FYADUB sobre Dub, marcando a autoria como 'Anônimo'. 

O reggae por bandas é definido como 'praieira' ou 'farofa', se estabelece ideologias como a do DJ de reggae tocar 100% vinil, e quem toca CD é 'fake', definição e o estabelecimento do que é e como é um sound system, a partir desse momento pretos (homens e mulheres) e rastafaris não são parte essencial do reggae. Majoritariamente nesses grupos eram pessoas brancas do sudeste do brasil - poucos do Norte e Sul, com mentalidade branca, que gostavam de reggae, e com divergências e criticismos sobre a cultura de quem produzia e produz reggae. Se você não estava nesses grupos, você não vai compreender completamente, como diversas ideias, regras, a fragmentação, e novas ideologias surgiram em SP e no RJ e se espalharam por outras localidades. 

 O serviço Yahoo Groups se tornou inacessível a partir do dia 15 de dezembro de 2020. 

PROGRAMAS DE RÁDIO 

Programas de rádio FM focados em reggae começam a despontar. Mas são deixados de lado e engavetados por algum tempo. Novos programas em rádios independentes e podcasts surgem no decorrer dos anos 2000 e 2010. 

SITES E INFORMATIVOS

Outros informativos impressos e sites entram no ar.


👉 2001

GREEN EXPRESS; apesar de muitos contarem (e pensarem) que a primeira festa de DUB foi no Susi In Transe, festas de reggae já aconteciam no centro de São Paulo, muitas das quais no Green Express (e em muitos outros lugares) muitos anos antes. Existe uma lacuna de registros de eventos anteriores aos 2000, devido falta de arquivo, somente poucas pessoas fotografaram, filmaram e arquivaram esses registros. 

SUSI IN TRANSE; inicio no Largo do Arouche, após intervenções policiais migrou para a Av. São João. Hoje fica na Pedro II. 


👉 2005 - 2006 

A casa House of Dreads na Zona Norte de São Paulo, se torna um local que descentraliza o reggae e o dub  novamente para uma região periférica em SP. 

Sites de reggae pirateiam discos, disponibilizando todos de forma gratuita em arquivos mp3. Seguidos por outros canais digitais menores que acabam se encerrando com pouco tempo no ar.


👉 2007 - 2009

Primeiro 'boom' de sistemas de som, coletivos, seletores, djs e mc's. O termo 'cultura sound system' começa a ser inserido em diversas discussões. Regramentos de como é e o que é um sound system começa a ser propagado em grupos de discussão.


👉 ANOS 2010

Prefeitura de SP incentiva (financeiramente) através de Editais Públicos festas gratuitas pela cidade de SP. 


👉 2011 - 2019

Maior parte dos locais de eventos que cobravam entrada, aos poucos vão fechando e novos espaços com entrada gratuita surgem em SP.

Para tocar, é preciso (quase que obrigatoriamente) ter todo o sistema de som e levar ele para todos os lugares. 

Eventos gratuitos são feitos praticamente todas as semanas, 'quebrando' todo o negócio de entretenimento. O Reggae é praticamente todo tomado pela gratuidade. 


👉 2020

Alguns trabalhos amadurecendo conceitos, ideias, muitos se desapagando do rótulo reggae. Outros ainda apegados em ideologias e repetindo as mesmas ações e o mesmo comportamento de 20 anos atrás.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

APROPRIAÇÃO DE CULTURA NÃO EXISTE, O QUE EXISTE É CULTURA DE APROPRIAÇÃO!

Arte Daniel Garcia - http://www.danielgarciaart.com

Quando publiquei essas postagens no facebook, eu recebi mensagens de algumas pessoas. Nada absurdas, mas muitas sem sentido para discutir algo com mais ênfase ou profundidade. 

Eu que já acompanho tudo que acontece - hoje mais de longe do que nunca a uma distância muito segura, há muitos anos, vi inúmeras dessas apropriações. 

Eu vi uma loja tomar proporções absurdas pirateando CD's, e vendendo cópias de cópias para garotos por R$ 120,00. Vi um baixista registrar todas as músicas de um vocalista que cantava comigo em diversos eventos, isso há quase 15 anos atrás. E um produtor fez o mesmo no RJ pouco tempo atrás. Isso para citar poucos exemplos. 

Nós sempre, estamos a duas pessoas, ou duas conexões de pessoas que se apropriam de algo de outras pessoas. 

A cultura de apropriação é secular. Jamais em qualquer momento pode se afirmar que essa cultura é de qualquer outra origem senão européia. Os cinco grandes, que se apropriaram da África e Américas; Inglaterra, Espanha, Portugal, França e a Igreja Católica Romana são os maiores difusores dessa cultura de apropriação; invasão, roubo, apropriação, inquisição, genocídio e extermínio por posses. 

Ninguém se apropria de uma cultura, as pessoas se apropriam de bens, trabalho, produtos, marcas, do trabalho dos outros, e tentam tirar uma lasca daquilo que podem e não podem. E se observar, sempre vai ter um cara preta para validar esse tipo, ou de fato essa apropriação. 

Jamais um nordestino que trabalha num restaurante japonês, ou uma pessoa qualquer que faça um yakissoba vai se apropriar da cultura do Japão ou da China. Assim como eu não vejo que uma branca com dreads vai se apropriar da cultura africana ou um dono asiático racista dono de sound system que toca reggae, vai ser dono do reggae. 

Os comentários sempre ficam abertos para qualquer tipo de manifestação. Paz a todos!

APROPRIAÇÃO DE CULTURA NÃO EXISTE... O QUE EXISTE É PERMISSÃO DE UM POVO. A REALIDADE É UMA PESSOA A QUAL NÃO FAZ PARTE DE DETERMINADA CULTURA, CONTAR SUA HISTÓRIA.

A Apropriação Cultural, é talvez o termo mais absurdo que exista nos dias de hoje. Todas as pessoas acusadas de apropriação de cultura - de um povo, de um movimento, de algo que não é algo tangível, palpável, e mesmo que se tenha uma artefato, uma coleção, apropriação cultural é um questionamento de estudo Metafísico (procure no Google), jamais tais pessoas poderiam ser processadas por um crime, que não existe, todas as pessoas acusadas dessa ação, na verdade, tiveram permissão de quem as acusa principalmente. 

A permissividade, a exemplo do povo preto, que hoje acusa diversos brancos de se apropriarem culturalmente de algo deveria ser a raiz da discussão. Essa apropriação, só é possível porque o povo preto permitiu que alguém adentrasse, mostrasse, explicasse, falasse 'DE' uma cultura que não faz parte, e simplesmente falasse 'SOBRE' uma cultura. 

Tudo ocorre, porque o personagem central - aquele que vive determinada cultura, permitiu que alguém que o rodeia contasse com autoridade, sobre sua história e determinasse o principio, os meios e os fins de acontecimentos e fatos. 

Cultura não é um terreno, não é simplesmente uma vestimenta, não é um show, um evento, um prato típico ou uma bebida. Cultura é vivência, história, hábitos, costumes e transcendência entre gerações de manter uma identidade visível. 

Não é possível se apropriar da cultura Chinesa, os pais, que aprenderam com seus avós, ensinam aos filhos sua língua, seus hábitos e costumes. 

Não é possível se apropriar da cultura Japonesa, os pais, que aprenderam com seus avós, ensinam aos filhos sua língua, seus hábitos e costumes.

Não é possível se apropriar da cultura Indiana, os pais, que aprenderam com seus avós, ensinam aos filhos sua língua, seus hábitos e costumes.

Não é possível se apropriar da cultura Árabe, os pais, que aprenderam com seus avós, ensinam aos filhos sua língua, seus hábitos e costumes.

Assim como não é possível se apropriar da cultura Africana, os pais, que aprenderam com seus avós, ensinam aos filhos sua língua, seus hábitos e costumes.

No Brasil, a lacuna de conhecimento histórico, principalmente no sudeste do país, fez com que ocorresse uma deturpação cultural, omitindo ou alterando fatos e acontecimentos. Mas isso, é corrigível, é um curso alterado, que pode ser corrigido. A partir do momento que não ocorrer mais permissividade na alteração histórica de fatos e acontecimentos. 

TUDO SE RESUME A QUEM VOCÊ DA AUTORIDADE, DE DISCURSO, PARA FALAR SOBRE SUA CULTURA.


APROPRIAÇÃO DE CULTURA NÃO EXISTE, O QUE EXISTE É CULTURA DE APROPRIAÇÃO.

Isso é um exemplo de cultura de apropriação. 

'Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simplesmente a variação do roubo.' - Khaled Hosseini

Eu sempre insisto em dizer, que nos últimos anos o que vivemos é uma cultura de invencionismos sem inovação, que vai do nada para lugar nenhum, e só se cria novos nomes e termos, para problemas que são tão antigos que não se sabe a data que começaram a existir. 

Um dos últimos é a tal 'Apropriação Cultural', que eu já disse que não existe (https://www.facebook.com/fyadub/posts/3299248183433048). Eu afirmo para você que o que existe é CULTURA DE APROPRIAÇÃO. Pessoas que tem o hábito e o costume de tomar para si, aquilo que pertencem a outras pessoas, sabendo que não são delas. E isso relacionado a pessoas brancas - hoje um escapismo para não dizer que isso é um problema cívico e não étnico, E sempre,  se notar com atenção, essa apropriação conta com a legitimidade de pessoa preta ao lado, seja homem e seja mulher. 

Vou te dar um exemplo prático. Esse ano o Fyadub :: Música, Cultura e Informação faz 18 anos, e procurando algumas imagens antigas no Google, me deparei com isso; https://www.facebook.com/photo.php?fbid=641872889237598. Eu não sei o que se passa na cabecinha dessas pessoinhas; Lei Di Dai, Solano Jacob e Cauê Granello Dada Yute. Eu não tenho relação com essas pessoas, nunca me sentei para conversar com nenhuma delas, mas conheço todas e conhecem o fyadub, me conhecem porque já estivemos no mesmo lugar, e todos nós conhecemos pessoas em comum. Quando alguém participa de algo sabido que é de outra pessoa, ou é um completo imbecil, ou realmente faz má fé e mal caratismo... é uma féladaputagem mesmo.

A apropriação/roubo/uso de algo de alguém, se dá a libertinagem da outra pessoa ao menos dizer o que pensa. Eu  nunca me misturei com a Lei DI Dai, nunca fiz negócio, nunca aceitei nenhum tipo convite para ir no mesmo lugar nem no mesmo evento. E há mais de década atrás recebi uma ligação para tocar com ela e a banda QG Imperial, que eu recusei. Não faço ideia do motivo de fazer uma festa com o nome do fyadub, além de ser uma canalhice.

Agora Solano Jacob eu não me lembro de ter conversado sequer uma vez na vida - mas ele está aqui nesse perfil, com ele só me lembro de mandar tirar o carro de frente da minha casa algumas vezes. O Leões de Israel ensaiava na mesma rua que eu morava muitos anos atrás, na Zona Norte de SP, nas Furnas - acho que o ex-tecladista do Leões de Israel morava lá, e um amigo de infância entrou para banda. O Cauê Granello Dada Yute, eu me lembro ter conhecido na casa de um amigo produtor italiano, que morou no Brasil por um tempo. Outras vezes o vi pelo canto do olho com seu carrinho de feira - mas nunca gastei o tempo para cumprimentar. Eu nunca tive afinidade de ideias com essas pessoas. Eu nunca os convidei, e nunca fui convidado a nada.

Em eventos, me encontrei com o Cauê Granello aka Dada Yute num evento na Chácara Santa Cecília e muitos anos depois dividindo palco num show de uma mixtape que participei (https://youtu.be/X6rwXyYNfRY) e ele também. Isso no passado que me associava a pessoas que eu não tenho mais relação. Os dois jovens Solano Jacob e Cauê Granello aka Dada Yute, eu vou encontrar numa hora qualquer, e nós vamos discutir e eu vou cobrar esse negócio de usar o nome do fyadub, isso vai acontecer na melhor hora que nos encontrarmos. Só não vou fazer discussão em rede social, isso é a coisa mais infantil que existe.

Outra contrapartida; essas pessoas são oradoras, palestrantes em palcos; pregam a 'Queda da Babilônia', o  'Fogo no Vampiro', 'Fogo no Sistema', gritam e esbravejam Jah Rastafari, Retidão, Verdade, são profetas infanto-juvenis aos 17, 18.. 20 anos de idade. Eles são coroados. E é impossível argumentar com racionalidade, quando um branquelo diz 'mão em forma de xaninha', ou algo tipo por causa dos supostos rastas que vemos no caminho - como essa postura e atitude. Rastafari é a coisa mais menosprezada que existe no Reggae no Brasil. É menosprezado, porque a safadeza é o que é demonstrada, é o que é visto, é uma féladaputagem que nem os dreads e o turbante escondem. 

Vendo muito de longe, eu não vejo necessidade desses três se apropriarem de algo. Já gravaram seus discos, já cantaram com varias pessoas, produziram com diversos produtores. Não parecem ser imbecis ou sofrerem demência. 

Eu sempre acredito, que o Reggae é uma bosta hoje, por causa dessas pessoas, é uma cena lamentável, e são os exemplos que os mais novos seguem. O reggae paulista de tão podre, precisou institucionalizar a coisa, com dinheiro do governo. Porque a criação e a propriedade, a geração de riqueza - diga-se pagar e receber, é nula. Existe um hábito, o costume como já disse, das pessoas se apropriarem do que não pertencem a elas, isso com total conhecimento da coisa. 

Existem outras coisas; o fya sounds que é o fyadub sounds sem o dub - não posso marcar a pessoa porque sou bloqueado há anos, assim como o uso da frase 'Música, Cultura e Informação' que é o que chamam de slogan do site; o 'Salve Jah' que sempre iniciava os podcasts quando eram feitos e outras pessoas usam da mesma forma. Isso tudo, é apropriado/roubado/usado por pessoas que fingem e mentem. E isso sempre é uma escolha - ser féladaputa é uma escolha. Criar algo é difícil, vivemos num país culturalmente rico, mas extremamente pobre intelectualmente. Mas isso não minimiza ou isenta responsabilidade e culpabilidade de ninguém. 

Eu penso que meu trabalho deve ser foda pákarai. É uma necessidade o uso do nome, a cópia, o plágio ou a apropriação, a tentativa de parecer ser o que o fyadub foi e é. Um conselho, cobre no dinheiro, cobre na ideia e não faça discussões infinitas em redes sociais, procure um advogado especialista em direito autoral, propriedade intelectual, marcas, e abram processos. 

Leiam sempre sobre direitos autorais; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm

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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

CULTURA VENCE A GUERRA! EQUIPE SALVA FILMES DE DESTRUIÇÃO NO AFEGANISTÃO





O regime brutal do Talibã no Afeganistão destruiu muitas coisas, principalmente materiais referentes anteriores à entrada deles no poder em 1996. Durante o período, que durou até 2001, o entretenimento popular foi banido para que o Estado fosse o único responsável pela produção cultural. O governo eliminava todo filme encontrado, além de tentar acabar com as produtoras independentes.

Felizmente, graças a Habibullah Ali e seus amigos, parte dessa história não se perdeu. O risco que eles correram foi altíssimo, visto que as punições do governo eram severas. Penas de morte eram comuns durante o regime. Porém, para preservar esses filmes, que documentavam momentos de paz e prosperidade vividos no Afeganistão antes do golpe, os funcionários esconderam as películas em torno da sede da empresa.


Os carreteis foram escondidos em latas marcadas como ‘filmes indianos ou ocidentais’ e em barris enterrados no chão’, afirma Mohammad Ibraham Arify, diretor-geral da Afghan Film.

O objetivo da equipe agora é digitalizar todas as películas salvas. A estimativa é de mais de dois anos de trabalho, uma vez que os materiais arquivados estão em carreteis de 16 mm e 35 mm, sem catalogação. Segundo o time, existem quase 7 mil filmes, totalizando mais de 100 mil horas. Além disso, será necessário verificar arranhões e danos de cada obra. Em alguns casos, o processo de restauração pode durar até quatro dias.



Todo esse trabalho servirá para dar esperança às gerações futuras dos afegãos, que possuem memórias recentes de guerra e tristeza. Os filmes e documentários salvos datam da década de 1920, antecedendo, até mesmo, a invasão soviética no país. Arif Ahmadi, funcionário da AFP, disse que se emocionou assistindo as imagens porque só tinhas más lembranças da sua nação. 

Além de digitalizar todos os filmes, a equipe pretende organizar exibições em aldeias remotas no Afeganistão, onde não existe televisão ou internet. Para os mais antigos, serão momentos de nostalgia; para os jovens, a esperança e um futuro próspero. “Vamos correr o risco de ir a todos os cantos do país. Queremos que nossos filhos aprendam como os afegãos costumavam viver”, completa Arif.


Por Andrey Aguiar - Artigo original publicado @ https://www.tecmundo.com.br/produto/122053-cultura-vence-guerra-equipe-salva-filmes-destruicao-afeganistao.htm


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terça-feira, 18 de julho de 2017

JAH OBSERVER - BASTIDORES DO CARNAVAL DE NOTTHING HILL


Seb Carayol segue o lendário sistema de som no carnaval de 2009

Por mais de 30 anos, o sistema de som familiar Jah Observer permaneceu um bastião das raízes e da cultura no carnaval de Notting Hill, mesmo quando o evento mudou com a gentrificação da cidade de Londres. Em 2010, o proprietário, Spiderman, decidiu voltar para a Jamaica. No ano anterior, tive a chance de segui-lo junto de sua família ao longo de toda a maratona do carnaval de Notting Hill.


É noite e as ruas de Ladbroke Grove estão vazias. A calma antes da tempestade na noite de sexta-feira, já que mais de 800 mil pessoas são atingidas nas ruas durante dois dias, do mesmo jeito que acontece durante décadas no feriado de agosto, no último domingo e segunda-feira do mês. Está chuviscando. Este é o lugar onde o negócio está indo para baixo. "Ele deve estar estacionado não muito longe", diz Austin "Spider" Palmer, o proprietário e seletor do Jah Observer, um sistema histórico na raiz e cultura do som no Carnaval de Notting Hill. Um BMW preto pisca duas vezes as luzes. Um homem com uma jaqueta de couro sai do carro enquanto uma mulher permanece no banco do passageiro. O homem atravessa uma pilha de cartazes plásticos e as mãos para Austin. É o passe que concede um acesso de caminhão à área como um dos quarenta, nem mais um, dos sistemas de som oficiais do carnaval.

O homem com o passe é Ricky Belgrave, DJ do Rapattack e presidente da BASS, a British Association of Sound Systems (Associação Britânica dos Sistemas de Som), que representa uma cultura móvel que se encontra cada vez mais constrangida. A cidade de Londres tem tentado acalmar os sistemas de som na última década, principalmente através da regulação da poluição sonora. O carnaval não foi poupado, embora seu sucesso nos últimos 30 anos tenha sido em grande parte devido à presença de sistemas de som em vários cantos das ruas. O carnaval foi lançado em 1959 pela comunidade caribenha como uma resposta pacífica às tensões raciais, notadamente o assassinato de um jovem carpinteiro antigos, Keslo Cochrane. Hoje, o carnaval é mais conhecido por sua cacofonia de estilos musicais, de soca a techno. Entre estes, alguns sistemas que ainda carregam a tocha das raízes jamaicanas dos sistemas de som (Aba Shanti, Channel One, GladdyWax) aparecem como dinossauros musicais.

Sobre este assunto, Spider lembra momentos melhores quando a alma de Notting Hill ainda não havia sido diluída pelos preços dos imóveis. Aterrizando em Croydon, este jamaicano encontrou sua vocação como seletor aos 12 anos e conseguiu um emprego em uma loja de discos chamada Rough Trade. Ele testemunhou o carnaval se tornando uma celebração de música, imigrando pelas janelas de sua loja, e um dia ele se ofereceu para mover os falantes para fora, "como todos fizeram neste momento, quando não havia permissão para tudo", ele lamenta. "Foi espontâneo. Você tinha som e eletricidade, você poderia tocar dia e noite, e o carnaval era vasto. Hoje, você deve ser parte da BASS e participar de uma lista com a esperança de ser um dos 40 selecionados. E, nos últimos anos, você só pode tocar entre as 12h e as 19h".


Para piorar as coisas, depois de alguns problemas, a maioria das lojas agora fecham durante o carnaval, aumentando o custo servindo como um som. Nas lojas antigas, muitas vezes, se colocava dinheiro em direção ao sistema de som, pois o sistema poderia trazer negócios, mas hoje, para tocar de graça, você deve alugar caminhões e um gerador do tamanho de um carro. Austin deixa o seu no jardim de um amigo, na esquina do seu lugar habitual na Ledbury Road. No total, o custo é de umas mil libras, e que deve ser feito de volta. Alguns vendem discos, ou encontram patrocinadores para seus caminhões. Jah Observer respeita a tradição: do outro lado da estrada, a esposa de Austin, Tracey, prepara um carrinho de comida cheio de frango feito como em casa. É uma sobra dos redemoinhos de sua juventude, quando seus pais e seus amigos alugavam salões e sons para festas e vendiam bebidas e comida para cobrir seus custos. É simples em bases, mas a logística se torna complicada quando, como o Palmers, você mora em Luton, uma hora ao norte de Londres.

Para eles, o carnaval começa alguns dias mais cedo, até algumas semanas antes para Spider, que começa a examinar seus discos em julho, uma coleção que começou há 40 anos e que ocupa um quarto inteiro em sua casa. Jah Observer é, antes de tudo, a vida dessa família e seus amigos. Começando na sexta-feira, a mãe de Tracey, que tem 74 anos, começa a fazer os bolos de peixe em casa. Depois, há GP, Ganja Pilot, um jovem debonair de 40 anos com um passado esfumaçado que cozinha enquanto mantém um olho em seu bebê recém nascido. Dawn, que frita mais rápido do que você pode acompanhar, um spliff na mão às vezes, ao lado de seu filho. Há também o irmão de Spider, Steve "Flydown", e sua namorada, bem como o filho de Spider, 19 anos, dreads compridos, mochila rosa e um iPhone constantemente na mão. Também está presente o time italiano Soul Roots, convidados que irão aquecer a multidão. Dez pessoas, espalhadas por três quartos a noite toda antes de aproveitar o sábado fazendo viagens de ida e volta a Londres para comprar frango, bebida ou pão de "mãe", e transferir alto-falantes e geladeiras de caminhão para caminhão, enquanto o jardim de Palmer se torna uma montagem improvisada em uma linha de produção na Cozinha. O sol se põe, as abelhas estão afastadas e, por agora, as apresentações no carnaval deste ano são cinco caixas de frangos, 14 sacos de pão e duas bandejas de salada de repolho.

Após um longo dia cozinhando e toda a logística, é uma noite curta. Spider se levanta às 2h30 da manhã para estar lá por volta  das 5h. São dois caminhões, um para o som e outro para a comida. Este ano, os policiais que bloqueiam Notting Hill são fáceis de seguir. A 7h da manhã, o excelente descarregar dos caminhões pode começar. O churrasco é despedido e o domingo começa com o cheiro de frango grelhado e um café da manhã com bolos de peixe frio. Spider e a gangue estão usando camuflagem. "Quando você faz carnaval, você deve ser um guerreiro", ele diz rindo. Ele não está errado. Ele e Tracey passarão a noite de domingo no caminhão com o som, enquanto o resto da equipe prepara tendas no pavimento em frente a um agente de viagens. Emocionante para o primeiro tempo, um pouco cansativo quando você está fazendo isso trinta anos e você está batendo 53 como Austin. "Se fosse por mim, eu teria parado há muito tempo", ele diz com zombaria. "Mas eu não posso deixar cair aqueles que vêm nos ver, porque eu sou o único som para tocar com amplificadores de tubo (valvulados). Os jovens perguntam o que são e os velhos param e compartilham histórias. Observer é histórico e amigável."

Austin não mente sobre a autenticidade de seu som, o trabalho de um homem chamado Lincoln que o construiu em 1979. Ele também não está mentindo sobre a devoção de alguns de seus apoiantes. Todos os anos no meio-dia de domingo, dois amigos vêm e sentam-se na parede atrás de "Big Mama", uma pilha de graves de 300kg com quatro scoops, enquanto outros não saem do "Observer corner" durante os dois dias. O cabeamento e a instalação das sete paredes dos alto-falantes terminaram no tempo, graças ao resto da equipe e Spider começa a sorrir. "Sim, o carnaval perdeu algo da alma um tempo atrás, mas, assim que eu começar a tocar, eu esqueço tudo". Um slogan está escrito em uma lona esticada do caminhão onde ele seleciona as paredes dos falantes: "Quando nossa música Atinge você, você não sente nenhuma dor." É verdade. O calor dos amplificadores de tubo do Observer faz você esquecer a corrida armamentista que a cena inglesa se tornou. Quando a música que Spider e seus amigos selecionam e tocam, não há realmente dor. Aqui, o objetivo não é força, mas melodia, Jah Observer seleciona raízes clássicas dos Wailing Souls e Johnny Clarke, mas também assassinos digitais de Hopeton Lindo, tratando o raro e o conhecido com a mesma deferência: seu 12 "de Seventh Seal by Sound Iration , Ridiculamente caro no eBay, é encontrado sem capa em meio a uma pilha de outros discos. É como Spider vive a vida em geral, sem qualquer vaidade ou agressão. Conflitos? Sim, ele fez alguns. Mas uma noite em 1981, quando um som que ele convidou se recusou a esperar a sua vez e provocou uma briga, foi suficiente para convencê-lo, o único rasta em sua equipe, em caminhar sozinho. "Nós não somos o mais pesado ou o melhor", ele sorri. Observer toca boa música e está feliz com isso. Como é a multidão, que fica mais apertada quando o fim-de-semana se prolonga até que você consegue apenas respirar entre as 4h e as 7h da madrugada, "o momento em que você toca todas as melhores músicas", ele acrescenta com uma piscadela.

De 45's a dubplates, o fim de semana do feriado voou e o carnaval de Notting Hill de 2009 terminou. Semanas de estresse por 14 horas de música que teve um sabor especial este ano. Não por causa do carnaval, que a cidade está tentando mudar para Hyde Park com a esperança de matá-lo, e está virando cinquentenário, mas porque 2009 foi talvez o último para Jah Observer, a última instituição ainda presente a cada ano. Spider e Tracey estão apenas esperando que os preços das casas se elevem um pouco para que eles possam vender sua casa em Luton, e voltar para casa, para a Jamaica, onde já compraram um terreno. "Eu estarei lá antes dos meus 55", promete. É também por isso que ele quer criar links com sons mais jovens interessados ​​em seu trabalho, como os italianos de Soul Roots ou Chalice, da França. É uma maneira de transmitir um estilo de tocar que está se perdendo. Spider está se perguntando. Ele deveria levar todo o som com ele? Deixar em algumas em mãos confiáveis? É um problema sem resposta. Seu irmão Steve está motivado, mas não tem a ajuda necessária para essas maratonas. Seu filho, sob sua tutela, está mais confortável com seu iPhone e não gosta de carregar nada demais. De tempos em tempos, ele parece distraído com o sistema, que a família passou anos construindo, ajustando-o e transportando-o. No final, ele faz uma pergunta. Para o ponto, e revelando: "Não é chato fazer o mesmo por 36 anos?"

Fotos e Texto por Seb Carayol - Artigo originalmente publicado @ http://www.dub-stuy.com/jah-observer-backstage/



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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

"EXPLODIU COMPLETAMENTE" :: A CULTURA DO SISTEMA DE SOM EM 2016





Norman Jay MBE, The Heatwave, Mungo’s Hi-Fi, dBridge e Riz La Teef nos dão uma visão sobre o que a Cultura do Sistema de Som significa hoje.

Mais de sessenta anos se passaram desde que surgiram os primeiros DJs, dirigindo um caminhão até uma esquina no centro de Kingston com uma toca discos, uma pilha de caixas de som com um gerador. A cultura sistema de som ainda carrega um grave mais pesado do que qualquer outra coisa.
 
Se nas ruas de Notting Hill em Londres, ou nas praias da Croácia no Outlook Festival , a diáspora do sistema de som se estendeu muito além de suas raízes na capital jamaicana, adaptando e influenciando novas formas de música; do hip hop ao jungle, e dubstep que agora reclama um pouco dessa cultura para a sua própria.
 
Agora muito ampliado, o termo "sound system culture" também não está mais casado com o vinil. O vinil e dubplates eram gravados a fim de ganhar confrontos de som, e foram em parte substituídos por formatos digitais mais baratos e mais versáteis. E à luz da recente onda de clubes sendo fechados em Londres, ficou mais difícil de ver bem o que essa cultura irá parecer daqui dez anos.
 
Para descobrir o que está acontecendo, e a partir daqueles que controlam a si mesmos, nos ligamos com cinco cabeças de diferentes origens, todos indo para a Croácia na próxima semana, para questionar as mesmas quatro perguntas sobre o que a cultura dos sistemas de som realmente significa no Reino Unido e além de hoje.



Vinil e Dubplates têm tradicionalmente desempenhado um grande papel na cultura do sistema de som. É algo que ainda ressoa com vocês e o que é importante para manter essa conexão?
 
The Heatwave (Benjamin and Gabriel): Ambos definitivamente ainda ressoam para nós - nós realmente acabamos de mudar todos os nossos velhos discos de vinil para trabalhar no estúdio. Quando começamos o The Heatwave, nós estávamos trabalhando um som estritamente no vinil, e a coleção que construimos durante os primeiros anos é enorme. Sendo cercado por estes discos de plástico preto de sete polegadas e seus selos coloridos distintos, é como ser cercado pela história do dancehall jamaicano. Cada registro conta uma pequena história, e capta um momento no tempo no desenvolvimento da música, e também a arte e design que tem sido uma parte tão grande do dancehall.
 
Nós temos tocado músicas digitais/mp3 desde 2008, mas ainda usamos controladores de vinil e toca discos Technics, que é a primeira coisa em nosso set de equipamentos. Muitos daquelas músicas convertidas em mp3 ou acabamos comprando de novo, mas a grande quantidade de músicas que temos seria impossível de encontrar digitalmente, desse modo sendo capaz de trazer esse material que está fora dos arquivos e dos recursos das rádios, e trazer essa música para as pessoas que de outra forma não ouviriam elas.
Nós gravamos e prensamos muitos dubplates tempos atrás - Henry, um dos membros fundadores do The Heatwave, trabalha num estúdio de masterização gravando e 'cortando' dub(plate)s em Bristol, por isso sempre estivemos bem preparados para isso. Hoje em dia nós não cortamos dubs, mas o processo de tocar dubs - como em; novas músicas, músicas inéditas, ou especiais para o nosso som expressados por grandes artistas - é exatamente o mesmo. Essa é uma das coisas que sempre nos atraíram quanto a mudança para o Serato, sendo capaz de terminar uma música no estúdio e, em seguida, tocar em um clube no mesmo dia. Nós fizemos coisas em trens e aviões, e viagens de carro, e apenas algumas horas antes de tocar em um clube. Então, sim nós ainda tocamos dubs assim, apenas não temos que levá-los fisicamente gravados/cortados.

dBridge: Eu acho que é uma parte importante da história. É um componente na arquitetura e história de muitas cenas. Eu não gosto de ficar muito preso nas guerras de formato, porém, eu não quero que o conteúdo seja perdido à custa de um formato. Não tenho certeza de quem disse mas; "eu toco a música não um meio". Acontece que a música vai soar melhor em vinil...
 
Mungos Hi-Fi: Nós amamos o nosso vinil e todos que colecionam. É o formato final, na medida em que estamos preocupados, é o trabalho de amor que entra em cada peça, e é um testamento para a música. Nós realmente vendemos um monte deles também através da nossa loja on-line scotchbonnet.net, onde nós construímos uma grande seleção ao longo dos anos, bem como a venda de um lote de nossa própria música, incluindo séries limitadas de exclusivas na loja.
 
Norman Jay: Não, isso não acontece. Como a tecnologia eu segui em frente e me mantive atualizado com o tempo. Embora dizendo que, eu ainda tenho um carinho enorme com o vinil e ainda possuo a minha maciça coleção de vinil.
 
Riz La Teef: Ele definitivamente ainda ressoa comigo, e eu ainda 'corto' dubs e só toco vinil. E nada bate tocar acetatos/discos em um sistema de som bem configurado. Eu cresci vendo todas as velhas cabeças do dubstep tocando acetatos do Transition em grandes sistemas, e penso que essa é a maneira de fazer as coisas, então eu só continuo os seus passos essencialmente.




Como você sente a cultura sistema de som ter mudado nos últimos tempos?
 
The Heatwave: A coisa mais óbvia é que você o vê em todos os lugares agora. Que não era o caso há dez anos. Os componentes centrais associados com sistema de som - o arranjo DJ e MC, apresentação e estilos lírico, ênfase no baixo, rebobinar (rewind), dubplates - que ainda era relativamente o nicho. O que agora explodiu completamente - de várias maneiras.
 
Drum 'N Bass, Garage e Grime é a fábrica dessa geração musical e uma parte sólida da cultura popular mainstream. EDM é enorme em todo o mundo, e vem diretamente do dubstep e outras variações do sistema de som. Da mesma forma, em um sentido mais amplo, as explosões de festivais está realmente conectada a cultura dos sistemas de som também. Há milhões e milhões de crianças que são completamente confortáveis ​​e alfabetizadas na linguagem do sistema de som - eles vão para festivais, eles e vêem os seus DJs / MCs favoritos tocando e esperaram por rewinds e batidas pesadas ou remixes chapados. Essa é a cultura sistema de som.
Obviamente, a coisa é - ela veio de um lugar específico, é uma forma de arte que Caribenhos e na Caribenhos-Ingleses desenvolveram. E muitas, muitas pessoas que gostam da cultura sistema de som não sabem disso. Então, ele é cultivado em grande escala, como é frequentemente o caso com música originada por comunidades negras, que muitas vezes fica caiadas de branco e desconectadas de suas raízes e as pessoas que a inventaram.
 
Em um nível mais técnico as coisas realmente se abriram, porém é democratizada. O que é ótimo. O desaparecimento do vinil e o advento de pessoas que joga MP3s/Wavs usando Serato ou CDs queimados, ou agora USBs tem definitivamente mudado as coisas no sentido de que você agora, não tem que investir um monte de tempo e dinheiro, para se tornar um DJ ou um Sound.
 
Muitas das cabeças mais velhas usam isso para reclamar, dizendo que "todos podem ser um DJ agora", mas em muitos aspectos, isso é uma coisa boa. A posição de ninguém é mais protegida, apenas por ter estado no jogo, ou ter mais dinheiro para investir em discos. Se qualquer um pode baixar um arquivo zipado das "1000 Maiores Músicas Bashment" ou o que quer que seja, então ele força todos os outros DJs se elevarem no jogo.
 
Cada vez que tocar fora, temos de provar que o que faz o The Heatwave ser chapado, não é são as músicas que temos, mas como nós tocamos, como vamos construir um seleção, como nós apresentamos, a nossa forma de se conectar com o público no microfone, quando deixamos de lado certas músicas, a nossa forma de mixar, o que temos para fazer com o público. Estas coisas são apenas uma parte grande da cultura sistema de som, de escolher e procurar, ou a construir a sua coleção de discos, se não maior.



dBridge: Eu acho que precisa adaptar às mudanças na tecnologia, mais do que qualquer coisa, e as maneiras novas e interessantes que as pessoas estão mostrando seu som. Em alguns sentidos tornou-se mais fácil configurar e se chamar de sistema de som, e como resultado alguns sounds tornaram-se preguiçosos na sua abordagem. Tem havido uma falta de compreensão, especialmente quando se trata da montagem para o uso de vinil. Não é apenas um caso de colocar alguns toca discos sobre uma mesa e plugar os dois. Especialmente as Technics, que os braços (dos toca discos) acabam indo para trás facilmente.
 
Mungos Hi Fi: Parece que as raízes estão realmente crescendo. Podemos ver localmente na Escócia, com um monte de novos sounds chegando e acontecendo eventos regulares, mesmo em cidades menores. E vemos quando viajamos para longe,  como Peru e Índia, que mais e mais pessoas estão recuperando a vibração e criando a sua própria. Algumas pessoas enxergam isso como algum tipo de apropriação de uma cultura, mas vemos mais como uma continuação do mesmo.
 
Norman Jay: Mudou radicalmente, mas a partir de onde estou parece que ele está fazendo um retorno, com muito poucos sistemas de som jovens emergindo na cena.
 
Riz La Teef: Obviamente, os sistemas de som tornaram-se mais avançados com a tecnologia melhorando ao longo dos últimos 10 anos. Acho que agora há menos sistemas de som, do que havia há 10 anos, embora eu possa estar errado. Eu acho que a cultura do sistema de som tornou-se um nicho menor devido à internet, e etc... e gora mais e mais pessoas estão apreciando o benefício de um sistema de som chapado, o que é ótimo.



Ter regulamentos mais rigorosos em torno do volume e clubes fechando em grandes cidades teve algum efeito?
 
The Heatwave: Os únicos regulamentos de volume que já caimos em desgraça realmente, foi quando alguns bairros se queixaram sobre as sirenes e efeitos que tocamos. Os sistemas de som que tocamos nos parecem ser tão altos e com os graves pesados como sempre. O fechamento de clubes são definitivamente é muito sentida, porém especialmente em Londres pelo que parece. Há muitos lugares onde nós tivemos noites chapadas no passado, e você vê agora, e eles são apartamentos, ou lojas ou estacionamentos.
As coisas são muito mais rigorosas agora - e clubes estão fechando as portas da esquerda à direita, e pelo centro. As pessoas vão para cima de um clube e reclamam do barulho. Mesmo que a 'vibração' criada no clube seja a razão pela qual eles se mudaram para lá. Festivais são a principal na maneira das pessoas experimentarem a música - mas é mais difícil de cultivar jovens artistas em festivais, e também é mais difícil para os promotores mais pequenos, que são apaixonadas pelo sound ganhar dinheiro.
 
dBridge: Como DJ, sim. Eu tive muito poucos casos da fiscalização voltar com seus equipamentos de medição sangrentos e forçando eventos baixar o volume. A batida sendo feita, eu ficando tenso, a multidão fica irritada, e eles apenas arruinam a vibração.
 
Mungos Hi Fi: Sim. cultura Sound System ainda luta para ser aceita entre as populações de alvarás e licenças, o que significa que há poucos lugares para 'escapar' com a possibilidade de fazer as sessões livremente. Então novamente, por ter de ser inventivo e buscar novos lugares, e maneiras de fazer as coisas que mantém as coisas atuais, é uma prova do comprometimento de todos os envolvidos - particularmente os que apoiam fielmente.
 
Norman Jay: Não, não realmente, porque eu sempre tive que cumprir as normas de saúde e segurança em vigor, desde que me lembro. Mas, a fiscalização está impactando sobre os sistemas de som mais tradicionais.
 
Riz La Teef: Definitivamente, quero dizer que eu vivo em Londres, e perdemos alguns clubes muito decentes nos últimos anos, devido aos regulamentos da fiscalização, promotores imobiliários, etc. Mas ainda existem alguns bons espaços, com bons sistemas de som, por isso nem tudo são más notícias. Talvez seja a hora de desafiar a 'Justiça Criminal' e a 'Ordem Ato Público', a fim de tentar obter um movimento livre partidário, que vai novamente com regulamentos rigorosos nas grandes cidades, mas isso poderia ser um desejo ilusório.



Onde você enxerga a cultura do sistema de som daqui 10 anos? Que tipo de futuro ela tem?
 
O Heatwave: É tão difícil dizer como as coisas estão se movendo. Isto tem que evoluir para algo em torno de festas/raves, interação online e streaming/download de música. Mas não tenho certeza como vai parecer - talvez alguma versão musical estranha de Pokemon Go?
 
dBridge: Eu acho que sempre estará por perto, talvez mais agora do que nunca. Os clubes estão fechando, mas as pessoas precisam de um lugar para se divertir, e eles vão encontrar uma maneira. A natureza móvel dos sistemas de som significa wur isto pode ser feito facilmente. Ainda de acordo com um estudo dos United States Library of Congress, o vinil vai durar cerca de 100 anos. Assim como um formato que sucedeu até agora sobre todos que vieram. CDs, arquivos digitais e discos rígidos.
 
Mungos Hi Fi: a cultura sistema de som em 10 anos, sem dúvida, será maior e mais avançada do que é agora. Então, muitas pessoas falam conosco sobre como fazer suas próprias plataformas, enquanto outros entram para tocar em festas regulares e constroem uma cena - isso é uma coisa real, não é sobre o hype, e é uma base sólida e global.
 
Norman Jay: Eles vão todos eventualmente estar online e digital, toda uma invenção da nossa imaginação!
 
Riz La Teef: Eu acho que eles vão continuar a prosperar, como as pessoas sempre vão querer ouvir impulsionando graves na música underground, tocando através de sistemas de peso. Quero dizer sistemas de som foram acontecendo desde os anos 60 e eles ainda estão acontecendo hoje, então eu acho que o futuro é brilhante!

Artigo originalmente publicado @ http://www.thevinylfactory.com/vinyl-factory-releases/sound-system-culture-in-2016/


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quarta-feira, 4 de maio de 2016

RASCLAAT - ENTRE OS CEGOS, SURDOS E MUDOS DA IGNORÂNCIA



Eu nos últimos tempos tenho extremo receio em publicar certos textos, como os artigos do 'Rasclaat', que era periódico até meados de 2011, então já lhe aviso... Se só gosta de música ou textos relacionados a música, pule para outra matéria. Hoje, com tudo que anda acontecendo é difícil ficar inerte a tudo e a todos. O blog ou site (ou qualquer nome infeliz que dê a um canal como esse), deixou no decorrer do seu retorno um lado mais protestante, que devo dizer, infelizmente no Brasil ter postura é forma de desrespeito a ignorância alheia.

Acredito, piamente que o Brasileiro é condicionado a ser braçal. Ele é educado e condicionado culturalmente a ser braçal e laboral, de forma pragmática. Um dos maiores valores familiares é o acordar as 06h e chegar as 20h. Qualquer tipo de trabalho, que fuja a duas figuras preponderantes - autoridade e subordinado ou de forma simples; empregado e patrão, é ser dito ou achincalhado de vagabundo. Que na expressão popular, vagabundo deixou de ser alguém que não gosta de trabalhar, para ser alguém que não tem valor.


Falo isso de mente e coração muito abertos, e sem pudor algum de dizer que é uma forma genérica, e há exceções nesse pragmatismo cultural. E se você não se enquadra, nessa braçalidade e laboralidade... Parabéns, discuta, escreva, publique ou compartilhe algo relacionado que faça mais pessoas abrirem sua terceira visão, seus pensamentos e ideias, que façam entenderem o quão grave nossos problemas são, e o quão estão enraizados nos valores (ou falta deles) familiares e culturais do nosso país. 

A intelectualidade, por sua grande maioria, é menosprezada já por definição histórica na escola, principalmente por uma visão deturpada do que é boa ou má educação - bom aluno é o que decora, mal aluno é o que não se adapta ou não se condiciona a imposição. Essa condição é definida a pertencer aos mais abastados. Ou seja, patrão mandou, você age. O professor falou, você acata. A policia chegou, você obedece - até porque o único papel da polícia é resguardar os interesses do Estado (seja federal, estadual ou municipal). A graduação praticada aqui não é educação, jamais foi, e é o modelo de ensino mais falho que existe, porque se fosse bom, não precisava do FIES... Todos estudariam em faculdade pública ou teriam condições de pagar pelo ensino privado. E provavelmente não teriam eleito políticos através da democracia = voto, que desviassem dinheiro da educação para outras áreas de interesse próprio egocêntrico.

Mas, um dia em uma aula qualquer de história lhe disseram que vivemos em uma democracia, e isso basta. Mas nenhum professor (que eu conheça) jamais citou e ensinou o que o genocídio indígena e africano causou aqui, e não disse nada para ninguém na sala se sentir culpado ou em choque. E lhe disseram que você é livre para concordar com o que a cartilha do professor diz, e afirmar que o que está ali está certo, até ai você pode ter certeza que vive em uma democracia. Na discordância, sanções serão aplicadas a sua pessoa, ao passo de perder direitos, dinheiro, ou cargo.


Atualmente, a Presidente Dilma (ou presidenta como ela prefere), passa pelos crivos dos valores (ou a falta deles como disse) e cultura brasileira. Já na primeira candidatura dela, já dizia que ela mais me parecia uma criatura de laboratório com fins de substituição de seu mestre Lula. E me dê os parabéns, porque estou certo. Mas, no decorrer já de uma década e meia, o PMDB se tornou um algoz de Dilma, que aparentemente é uma obra inacabada do Dr. Frankestein, o duvidoso Lula. Uma observação, não usarei termos como PMDBostas, PSDBestas ou PTralhas nesse texto, e essa será a única vez.

"...e devemos sempre deixar bem claro que nenhum de nós, brasileiros, é contra o roubo. Somos apenas contra ser roubados." - Millor Fernandes (A Bíblia do Caos - Novo Evangelho)

Pois bem, chegamos ao fundo do tacho num governo - na crise existencial brasileira (dita econômica e política por alguns estudiosos) acho que ainda não é metade do abismo. E isso é mostra da face majoritária do povo brasileiro, já que os políticos eleitos são escolhidos pelo povo em sua maioria, e esse político o representa por no mínimo quatro anos, apesar de que alguns ali que estão há mais tempo na cadeira, do que muitos brasileiros tem de vida. E essa é a definição que eu aceito como democracia; um sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas. Poder concedido pelo povo por meio de representação pelo voto. E a partir desse ponto, o poder de certo e errado, bom e ruim, bonito e feio, é determinado por esses eleitos.

Um outro lado, é que existe um imenso resquício da ditadura no Brasil. Muitos vivem os preceitos básicos ditatoriais que eu vivi, e vejo muitos praticando essa ditadura do lar em coisas simples; por exemplo na educação dos filhos, onde responder, questionar, não concordar, expor, opinar, ou qualquer demonstração de insatisfação é visto como uma ofensa a quem quer que seja. Repito eu vivi isso, e boa parte dessa geração dos dias de hoje, aparentemente é tão ditadora quanto as que praticaram o golpe dos anos 60.


Dependendo do quão alto seja a obsessividade por uma ideia/conceito, independente de qualquer razão, fato ou qualquer coisa do tipo, alguém pode dizer que o céu e é azul, mas se a outra parte estiver com interesses em jogo, e para que não seja dado o tal 'golpe' a pessoa ter de afirmar que o céu é rosa, não adianta quão científico, quão forte seja a prova, essa pessoa por questões pragmáticas e culturais vai dizer que o céu é rosa e ponto, e você o enxerga azul é porque é oposição, e consequentemente vai dar o golpe.

Essa presidente, que considero ser medíocre e incompetente no cargo, foi traída pelos valores cancerígenos, onde na traição vale chute baixo, dedo no olho e puxar o cabelo. E como bons brasileiros, que mudam de ideia após os 14 meses do segundo tempo (quis dizer mandato), ela é vitima do descompromisso que não é ensinado na escola, mas é dispensado a reveria entre uma parcela de políticos e de cidadãos comuns, justamente pelos valores e cultura.
Minha única visão e concordância sobre essa mulher, é que ela não deveria ter sido eleita. Concordo quando ouço que um governo ruim, ou má gestão não é motivo para interromper um mandato eleito. Mas algo por trás, dessa democracia - que considero fajuta e nada me leva a crer que se relaciona com liberdade, e somente está atrelada ao voto, que somente é dado pelo mesmo motivo que conluio, ou base de governo, como políticos insistem em chamar.


A presidente, ameaçada de perder seu cargo, na singela opinião desse que escreve, acompanha e lê muito, sai pela falta dos mesmos (três) motivos que alguém é eleito, contratado ou promovido a um cargo; grau relativo de intimidade e amizade - ou a falta delas (pior câncer da gestão seja pública ou privada é o padrão fisiologico imposto - determinante do que é relativamente bonito ou feio) e pelo nepostismo; pelo interesse maligno - de tirar proveito de algo ou alguém por tempo indeterminado; e pelo dinheiro em espécie. Ou seja, continuamos na mesma, mesmo depois das "diretas já." É a maioria pagando pelo interesse da minoria. 

No quesito interesse, eu divido em dois; os interesses próprios egocêntricas e os interesses comuns. Um exemplo de interesse próprio egocêntrico é a máfia da cultura, com os editais, muitos querem, poucos tem acesso, e a massa com paga a fanfarra de pão e circo com qualidade duvidosa. Nenhum edital é aprovado por qualidade do trabalho proposto, mas pelo câncer já citado grau relativo de intimidade e amizade. O outro interesse é o comum, aquele que faz bem a todos as partes interessadas ganham; quem produz, o governo e quem consome.

Outro ponto é a competência duvidosa da presidente, que é de uma relatividade sem proporção (lembre do inicio do texto sobre intelectualidade desvalorizada), e essa competência é algo raso em muitos cargos de gestão. O fato do pedido de impeachment (palavra francesa para impedimento), são as tais pedaladas fiscais*. Se você sabe só um pouquinho sobre balanço de caixa, vai ser fácil entender que a maior lambança que pode ser feita em balanço fiscal, em qualquer caixa, é essa tal "pedalada."

* A "pedalada fiscal" foi o nome dado à prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias, como o INSS. O objetivo do Tesouro e do Ministério da Fazenda era melhorar artificialmente as contas federais.

Agora a causa. A causa é que acabou o dinheiro. Finito, findou-se, acabou-se, fodeu-se. Esse governo é um governo que confundiu a palavra "investir" com "gastar", e o PT gasta bem. E é impossível gastar com as ações sociais, as ações culturais - vide a deturpação da Lei Rouanete e todos os editais em governos e municípios, prejudiciais a diversos investimentos privados em cultura (seja ela qual for), além de torrar o dinheiro nas agências regulamentadoras para pagar todo o cabide de empregos que o conluio do PT e PMDB fizeram no governo - são muitas siglas para citar, e infelizmente não vai sobrar dinheiro para pagar as contas. Não existe matemático, nem mesmo do gabarito de Newton e Liebniz, que  poderiam explicar como se pagar as contas gastando mais do que se arrecada.

Ao que propor solução para essa lambança toda e ganhar meu voto, e mostre uma forma de realizar de fato, que penso ser um mínimo razoável para aquilo que um político que se propõe que e somente e simplesmente a representatividade pelo voto: Redução de impostos (em média 50% do preço de tudo são impostos), com essa redução aumentamos a produtividade e competitividade com o exterior; Redução dos juros (usura), que faz o governo se endividar e só quem lucra são os bancos; Controle do câmbio, que tudo que consumimos é cotado em dólar; farinha, combustível, eletrônicos, automóveis, etc.; Olhar para o norte do país, e ao menos minimizar o impacto da seca. Simples não é?... Utópico também.

Eu não voto há 20 anos, e somente vou votar em quem apresentar uma proposta que seja do meu interesse comum, não para privilegiar determinado grupo, ou etnia, ou religião, ou que faça conluio para vantagem própria, e por isso PSDB, PT e PMDB são frutos da mesma moeda, a diferença é que um está no poder há uma década e meia e o outro há 40 anos.  Veja as citações abaixo; ambos dizem a mesma coisa, e qual a diferença? Um é um intelectual o outro um boçal, mas ambos tiveram o mesmo interesse no poder. Álias, todos seguem a mesma cartilha de canalhice e mentira no poder.

"Se os amigos pode se tornar inimigos, os inimigos podem se tornar amigos." - Graduação Asiática - Ensinamentos dos 31 Mestres - Cap. 14

FHC, Dilma, Lula, Sarney, Collor e o Mosca
"Um pensamento ativo é aquele que, baseado em princípios fundamentais constantes, é capaz de reinterpretar a realidade face às mudanças cotidianas de um mundo em ação." - Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso

"Eu não mudei ideologicamente. A vida é que muda. A cabeça tem esse formato justamente para as ideias poderem circular." - Ex-Presidente Lula (2003)*


Bom, eu estou longe dos discursos dos  Lobões e do Ticos SantaCruzes, e da ideologia metamórfica de quem não pega trem nem ônibus, e aliás "nóis é pobre," - apelo para o discurso muito usado quando alguém me chama ainda hoje pra tocar e não quer pagar cachê ou ter desconto em discos. E nessa correlação, em determinado ponto, num almoço me perguntaram; "Mas você já saiu as ruas?"... Mas que c@#@&%, eu desafio você que foi a Paulista, contra ou a favor desse governo medíocre, utilizar o trem da CPTM que sai de Rio Grande da Serra, e pegar ele na estação Santo André (SP) até o Brás as 07h da manhã. São 40 minutos de espera para conseguir entrar em um vagão e ser espremido, ou seja, ainda quer falar de sair as ruas protesto. Trabalhar nessas condições é um protesto. Mulheres reclamarem do assédio é um protesto. E essas condições sub-humanas impostas, sejam pelo PMDB, PT ou PSDB, fazem o povo nas metrópoles e no norte do país sofrerem. Infelizmente não são todos que podem regar protestos entre uma Heiniken ou Stella Artrois na frente da FIESP. "Nóis é pobre" lembra?.. E trabalhamos amanhã (enquanto tivermos emprego).

E o engraçado, ou trágico, é que nós somos um dos países que mais consomem celular na face da terra, e não temos uma marca nacional de aparelho celular. Nós somos um dos países que mais abrigam fábricas automotivas no mundo, e não temos um carro nacional. O cúmulo da burocracia na abertura de uma empresa e tanto, que chega a ser uma missão impossível sustentar um negócio com tanta carga tributária, somada a tarefa inumana de se fechar um negócio nesse país, há não ser pela falência. Mas enquanto isso, somos o país onde todos os principais canais de comunicação pertencem (ainda hoje) a poucas famílias e subfiliadas, mesmo sendo contra a Constituição.


Antes, dizia que deveríamos nos livrar da mentalidade escrava, que deveríamos mudar as concepções de servidão alienada, e deixarmos de nos contentar com as migalhas que caem da mesa da babilônia. Hoje, mudei o raciocínio, e digo que precisamos mudar a mentalidade escravagista da grande massa; banir da nossa educação familiar a soberba imposta de quem come mal, vive mal, estuda mal e trata mal as pessoas - o típico Domingos Jorge Velho; abolir a mentalidade da superioridade europeia (nós não somos europeus), acabar com o melindre de quem se ofende ao se discordar ou ser apontado, das relações e conluio maléficos, e realmente aprimorar a relação de compromisso e responsabilidade - principalmente no "combinado não sai caro". Essas posturas impregnadas do subconsciente em nada melhoraram a nossa vida no decorrer dos últimos 50 anos.

Alguns ainda flutuam na espiritualidade nula, em fábulas com alusão a um céu e um inferno, outros estão tão desinteressados devido ao pingo de dinheiro que  a máquina do sistema faz na sua conta bancária, e ainda dizem #naovaitergolpe. Eu digo que não há golpe, o Supremo diz que é válida a posição, e você poderia ter pedido o impedimento da Presidente, assim como eu, é um direito garantido ao cidadão comum na Constituição de 1988 - Parte 1. Nesse descambo político e fiscal, só se deixa expoente crise de interessados em permanecer ou tomar de assalto o poder.


Nessa Constituição (que 99% das  pessoas que conheço nunca a leram) - até porque é de uma linguagem e complexidade sem precedentes. Além de considerar que essa Constituição dever ser a Parte 1 de uma trilogia; Parte 1 - Direito, Parte 2 - Deveres, e a Parte 3 - Capítulo Final. Não há como ter equilíbrio só com direitos, sem se ter noção de deveres. E o nosso nesse momento, é buscar alternativas a curto e médio prazo para limpar o lixo despejado no nosso futuro. Depende sempre mais de nós mesmos, porque não adianta um povo corruptível, ou suscetível a corrupção reclamar de um sistema corrupto. Porque acredito que todo mundo tem um preço, mas tem quem se vende por bem menos do que se imagina; um seguro desemprego, um bolsa família, um edital... quem sabe né!


Que Allah tenha misericórdia de todos nós. Paz a todos!


* “Nunca antes na história deste país”, de Marcelo Tas, Editora Panda Books.


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