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sábado, 25 de abril de 2009

FREE DOWNLOAD - DUB BOY - ROOTED & GROUNDED VOL. 1 E VOL. 2


Salute JAH,

Hoje, penso que vou postar 3 das mixes mais legais que ouvi nesse ano. O autor é um cara chamado Tim Rayner aka Dub Boy. Esse cara que ainda é meio obscuro por aqui, assim com o DJ Stepwise há algum tempo atrás. Esse seletor é de Bristol/Inglaterra e já trabalhou com gente grande para os lados de lá como Rodigan, Digital Mystiks e Congo Natty. 

Mas o que mais me atraiu na verdade foi a qualidade e a sonoridade atual das mixes, que estão mais que recomendadas, faça o download de todas as três.


Dub Boy - Outubro 2007 - Reggae/ Dancehall Mix
Download: clique aqui

Essa primeira mix foi produzida em 2007, e conta com artistas como Capleton, Sizzla, Collie Buddz, Chezidek, Junior Reid, Fanton Mojah. E selos como African Star, Irie Ites, Maximum Sound. K I L L E R   T U N E S. 

Rooted And Grounded Vol. 1 - Download: clique aqui

Essa segunda mix, chamada de Rooted & Grounded, também tem killers do dancehall jamaicano, mas já começa a mostrar algumas coisas ótimas que aconteceram em UK nos últimos anos, como Mungos Hi Fi, Disrupt, System Error, McPullish e roots killers também estão inclusos como Junior Delgado, Junior Byles, Michael Rose, Barrington Levy, Carlton Livingston, Sugar Minott, bom... ouça e comprove. 


Rooted And Grounded Vol. 2 - Download: clique aqui

Essa mix, já vem praticamente inteira em steppa e digital mixes. Incluso sons de selos novos como Furybass, Scotch Bonnet e já consgrados como Universal Egg, JAH Warrior, Ariwa, Scoops. Sobre os artistas, somente a nata do digital stepper como Zion Train, Omar Perry, o pioneiro do dancehall na Inglaterra; Macka B, Dan Man, Kenny Knots, Ranking Joe, Murrayman, Lyricson, Johnny Clark. Mais motivo para baixar?!...

Todas as mixes estão disponíveis direto no site spannered.org, site classudo de downloads, de diferentes ritmos, países, e da para você encontrar de tudo um pouco, reggae, dancehall, dubstep, mash ups, mixtapes e vários outros, da uma vasculhada que você vai achar muita coisa boa.

Big Up!!!!

domingo, 12 de julho de 2009

BIG TOE'S HI FI

Quem pensa que da Escócia só tem Mungos Hi Fi está enganado, existe mais. E o "rival" de Mungos Hi Fi é o Big Toe's Hi Fi, direto de Edimburgo/ Escócia. O Big Toe's Hi Fi ano passado lançou ótimos singles pelo seu selo, mas antes de comentar as músicas, bom falar um pouco do sound. Big Toe's é formado por John Farrugia aka Barba Poppa Choppa, e fundou o sound quando foi estudar na Escola de Arte de Edimburgo em 2005. Como escultor, um dos primeiro projetos de John foi construir um sound system nos moldes tradicionais, se juntou com o produtor Colvin Cruickshank aka C-Biscuit e formou uma crew com mentes ligadas no mesmo intuito musical, entraram para a crew Mc Splifka, Jockass e B-Dawg. Big Toe's se fez versátil, toca dub, dancehall, hip hop, jungle, grime e todos os generos do reggae que embalam as sessões a noite mixadas a pluridade cultural dos convidados e do público.

Com o passar do tempo, mais e mais músicos vieram participar da crew do Big Toe's; mc's como Ista, George Prophet, , Pappa Zebbi, Pappa Lucca, Daddy Scotty (voltamos a falar desse cara) e sua filha linda e gostosa Natalie regularmente comparecem nas festas para mandar um big up no microfone em cima das versões. Big Toe's tem uma particularidade, são obsessivos por diversão e são muito engraçados e originais, são desprovidos de um rótulo e uma vertente apenas.

No ano de 2008 Big Toe's lançou alguns singles compactos, e vou dizer, estão no "toppa a top" de tudo que recebi nesse último ano, e olha que foi muuiiita coisa. Dos singles que recebi, alguns eu já coloquei no meu case e não saio de casa pra tocar sem eles. O que eu mais gostei foi a música "Shoot The Dub Maffi" (coincidência pouco tempo depois o Mungos Hi Fi e o Disrupt lançarem um selo com o nome Maffi?), mas bem a música é um digital lembrando muito as produções de selos como Penthouse, Digital B, Black Scorpio e Jammy's. O riddim produzido é uma versão do Here I Come/Black Roses Riddim do Barrington Levy e Dennis Brown, o mais legal do riddim é a marcação do teclado, sequinho sem delay. Do lado b do compacto tem a música "Champion Sound", um dubplate por Daddy Scotty que da um apavoro no Mungos quando diz "Mungo's Hi Fi so weh a play, just keep quiet/ Alright, when Big Toe's play Mungo's just keep silent alright/ No dibby dibby sound can't test weh/ Mungo's sound can't come test weh/ We a di champion in town..." [Mungo's Hi Fi quando a gente tocar, apenas fiquem quietos/ Certo, quando Big Toe's tocar Mungos apenas fiquem em silencio certo/ Nenhum som velho pode com a gente/ Mungo's Sound não chega a testar a gente].

O segundo destaque é a música "Every Body Like A Robot" de Daddy Scotty, a música é um rub a dub digital, a base principal é do riddim Murderer/Hot Milk também do Barrington Levy com o sampler dos metais do riddim Stalag, bem a música é um killer tune e não da pra ficar parado, o mais legal das músicas do Big Toe's é que não são lá muito carregadas de efeitos, tudo é na medida, desde os riddims aos vocais que não gritam e não embolam o coreto. Outra ótima é o hip hop reggae "Where Im At", vocais de Daddy Scotty e Donald D lembrando muito os sons que mesclavam reggae e hip hop do início da década de 90. Esse segundo single comentado foi lançado em parceria com o projeto Capitol 1212 que faz produções de Hip Hop, Break e Fat Beats no estilo Zulu Nation.

Bom, como tinha dito tá na hora de falar um pouco do mc principal do Big Toe's, o Daddy Scotty. Olha, o cara é bom, rub a dub é a praia dele e tem flow e letra pra agitar por varias horas um sound system. Além do Big Toe's Hi Fi ele tem um outro trabalho com sua filha já citada Natalie e outro músico chamado Delroy "Delano" William, chamado Project Bonafide que mescla reggae, r&b e alguns beats de hip hop, bem interessante alias. Daddy Scotty ainda faz trabalhos também com outras sounds gravando dubplates e participando de sound systems. Abaixo alguns vídeos bem interessantes do Big Toe's!!!




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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

FREE DOWNLOAD - RESERVOIR DUB - LOST IN DUB #1 E #2





Reservoir Dub é uma crew de DJ's, Selectas, dubmakers, músicos e cantores (Jokah Jeff, Mighty Mat, Ichman, Jamma Dim, ...). Também é um programa de rádio desde 2008. Também organizam e promovem dubmakers com algumas versões digitais gratuitas. Duas vezes por mês na Rádio Panik de Bruxelas (Web & FM), fazem um programa de 2 horas com músicas novas e exclusivas, entrevistas, entradas gratuitas para festas em toda a Bélgica e, claro, tem rocksteady, roots reggae e uma seleta de stepper dub. 

O grupo é realmente maior contando todas as cabeças que estão nos ajudando a organizar eventos 'On The Dub Again'. Agradecemos a todos eles. Já promovemos eventos com artistas como Mad Professor, Disrupt & Soom-T, O.B.F.,  Digitron e muito mais! Trabalhamos principalmente junto com nossos breddas do Gamma Soundsystem: Hi-Fif & N-Tone.


Lost In Dub #1 - Free Download - Clique Aqui
Lost in Dub #1 - Reservoir Dub

Depois de passar os últimos 5 anos produzindo o programa de rádio, organizar festas (e participando de outras), realizando sessões aqui e ali, queríamos fazer este aniversário especial, liberando uma compilação digital gratuita.

O objetivo desta compilação foi reunir artistas que colaboraram com Reservoir Dub em muitos níveis dos últimos 5 anos. A partir de intervenções no programa de rádio e com performances em nossas festas. É claro, temos o objetivo de promover a música, mas também agradecendo ao público, com uma compilação de alta qualidade.

É óbvio para Reservoir Dub, que agora vamos continuar lançando álbuns, maxis, compilações, singles de artistas locais e muito mais. Portanto, fique atento para isso!

O álbum 'Lost In Dub #1' tem participação de Dubmatix, Webcam Hi-Fi, Unlisted Fanatic feat Saimn I, The Mighty Patch, Wicked Dub Division feat. Ichman, Jah Free, N-Tone feat. Tenna Star, The Dub Machinist, Barbes D feat. Imanouel, Weeding Dub feat. Echo Ranks, Panda Dub, Ichman, Crucial Alphonso feat. Rudy Roots & Missing Link Hi-Fi, Echo Vault, Digitron e Muzikal Ben!

Lost In Dub #1 - Free Download - Clique Aqui


Lost In Dub #2 - Free Download - Clique Aqui
Lost in Dub #2 - Reservoir Dub

Depois de 8 anos a transmitindo o programa de rádio, realizando sessões aqui e ali, lançamos a segunda compilação digital gratuita. O objetivo desta compilação foi reunir artistas que colaboraram com Reservoir Dub em muitos níveis nestes últimos anos. A partir de intervenções na rádio,  e em performances em nossas festas. Claro, temos o objetivo de promover a sua música, mas também agradecemos ao público, com uma compilação de alta qualidade. Nós esperamos que você goste!

O álbum 'Lost In Dub #2' tem participação de One Roots, Dub Creator feat. Irie Alien, Dawa Hi-Fi, Irie Ilodica, Michael Exodus feat. Jamma Dim, Shiloh Ites feat. Jah Melodie, The Mighty Patch feat. Mic Mo Lyon, Kingstep feat. Babbajah, K-Sänn, Ackboo, Forward Fever feat. Ion One, Chesse Patrol, Dubble, Sista Bethsabee Vs. Danman Vs. Ichman, La Face B, Buriman, N-Tone feat. Akira, Vibronics, Indica Dubs & Dougie Conscious, Haspar, Dubato feat. Isma Steppa e RDH!

Lost In Dub #2 - Free Download - Clique Aqui


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domingo, 14 de agosto de 2016

A ASCENSÃO DA TECNOLOGIA NA MÚSICA JAMAICANA

O estudante da música jamaicana Frederick R Dannaway fala sobre a ascensão da tecnologia e máquinas - e a mudança do papel do produtor - a partir das raízes do reggae e através do dub até o dancehall digital.


“Computer world, we in a computer world” – Lee Van Cliff (“Computer World”) 
[Mundo do computador, estamos em um mundo de computador]

Ritmos Rizomáticos


As raízes do reggae para são profundas nos solos africanos, ressurgindo como filamentos digitais e radículas na criação de dub, dancehall e reggae digital. A complexidade rotativa de instrumentos filtrados através de vários tipos de mixers e efeitos especiais mudou a própria concepção de música. A partir dos quartos de dormir para estúdios profissionais de ponta, o hardware digital está sempre nascendo com novas combinações. O Dub como a sombra mística de versões vocais sempre teve um toque de magia em suas traduções, ecoando com ritmos de one drop. Os produtores são os 'cientistas' e 'professores', 'organizadores', 'doutores' ou 'químicos' em suas receitas de poções de áudio que vibram de seus laboratórios de estúdio.


Toda música que não é apreciada ao vivo e em pessoa é submetida a introdução em dispositivos de gravação, equipamentos de estúdio, microfones e amplificadores. No entanto, alguns dos equipamentos do estúdio vintage pareciam transmutar as gravações exclusivamente - os produtores modernos tentam voltar a invocar essa assinatura e como a música soava. Portanto nesses períodos musicais, antes das saídas de estúdio, eram definidos pelo ambiente tonal único do equipamento de gravação. Certos equipamentos são lendários, como a Ampex 351, o Santo Graal das artes de gravação. No exterior, a Ampex estava gravando Elvis e The Beatles, marcando a era pelo seu som característico. Na Jamaica foi imortalizado por gravação de grupos como The Wailing Wailers com Bob Marley no Studio One.


Estúdios constantemente atualizam seus equipamentos, seduzido por diferentes sons de instrumentos e cantores, permitindo um canal separado para cada componente e efeito. mesas de mixagem personalizadas e de linha profissional produzidas em linha de produção,  combinados com reggae e dub, dando a mixagem uma rugosidade e reforço no processo, em vez de diminuir a precisão geral. O Channel One Studios se graduou  com uma Ampex MM1200 assassina de 16 pistas nos anos 80, e a partir  de USD 38.000, o console API que Hoo Kim comprou, foi o custo para iniciar o estúdio em 1972. O primeiro lançamento do estúdio, "Can I Change My Mind" por Delroy Wilson era um marco nas paradas e sucesso, e uma mudança marcante na som de ilha, estendendo o domínio do Channel One para a próxima época.
 
Mesa de Mixagem de King Tubby - Anotações por Chris Lane

A extensão lógica disso é que a própria mesa de mixagem torna-se um instrumento, transmutando certos tons de ecos fantasmagóricos, reverb e delays, que envolvem a música em um quente brilho aural, quase sobrenatural. A magia da mesa de mixagem é permissiva para o overdubbing de instrumentos, como é exemplificado por Freddie McGregor em muitos clássicos Studio One - incluindo a maior parte das produções de Sugar Minott para Coxsone - que revigorou riddims antigos. A mesa de mixagem clássica usada pelo Channel One, a API 1604, é uma obra-prima tecnológica e trabalho de arte que rivaliza com os instrumentos de madeira mais finos em estética e charme - mesmo, ou especialmente, se ele evocar o mesmo design dos controles baseados em filmes de ficção científica dos foguetes.


É possível visualizar a magia desencadeada sobre as massas na Jamaica em 1968, quando King Tubby e o Hometown Hi-Fi estrategicamente colocaram caixas de som com base em suas frequências, para revelar sua manipulação acidental de versões que deu origem ao gênero Dub. Este foi um momento marcante na música, que elevou o produtor a artista, e o equipamento de estúdio - como a  linda MCI modificada, mesa de mistura de King Tubby - para os instrumentos que iriam remixar e reinterpretar a música de uma forma profunda. Os 12 canais, e depois de 16 canais e mais além, mesas de mixagem - como Tubby e Jammy usaram - permitiu que as camadas distintas da música fossem dissecadas (e às vezes mixadas em até quatro faixas), permitindo que o baixo e percussão pudessem relaxar e arder em um minimalismo intenso, paternalizando o reggae digital reducionista do final dos anos 80 através dos anos 90. Deejays que conversam sobre as versões dub minimalistas, era a música rap antes de existir hip hop. As ramificações da música de raiz para as instrumentais versionadas criadas através do dub como seu próprio gênero. A estética do dub na Jamaica na década de 1970, expandiu-se para o electro, house e dubstep. Esta música avant-garde tocada com som, textura, tom e escala como um pintor tentando capturar a luz com sombras e contrastes cromáticos, alterando para sempre a evolução da música.

Deejays que conversam sobre as versões dub minimalistas, era a música rap antes de existir hip hop. A estética do dub na Jamaica na década de 1970, expandiu-se para o electro, house e dubstep.

Dubwise e Otherwise


Um sinal analógico é variável, em comparação com um sinal digital - nascido da tecnologia do circuito de um 'computador' datado no início do século 20 - que é constante e geralmente toma dois níveis. A instrumentação eletro-acústica é datada de meados do século 18, e futurista, a vanguarda oferecia a partir da arte de Russolo - The Art Of Noises até Zinovieff, considerando já o computador em composições já na década de 1960, e em alguns aspectos eles são precursores de muitas das explorações de dub e na música digital. Contemporâneos da mesma tecnologia são os sintetizadores de tubo a vácuo analógicos da década de 1920, como o Trautonium, que utilizou a mesma tecnologia que viria a ser tão cobiçada em amplificadores e teclados, como o órgão Hammond B3.

Lloyd 'Matador' Daley não foi apenas o proprietário de uma das primeiras sound systems, ele também criou e modificou alguns dos mais poderosos Amplificadores KT88  para sound systems no final de 1970, como Jack Ruby Hi-Fi e Joe Chin. Seu equipamento definiu e dirigiu a cultura do soundclash e extinguiu-se a sede de graves claros, profundos e nítidos, mantendo a integridade dos sinais médios e altos. A proeminência da bateria e baixo foi uma forma nascente na produção incial da música digital. Atados com ruídos exóticos e raios lasers encharcados de eco e reverb, iniciado por produtores como King Tubby, Lee 'Scratch' Perry, Joe Gibbs e Michael Campbell.


A psicodelia de certas influências como rock e soul do exterior são encontrados muito cedo na música jamaicana, como no pioneiro Derrick Harriot e "Psychedelic Train" com o The Chosen Few em 1970. Derrick Harriot & The Crystalites, com o produtor Errol Thompson, gravaram músicas vanguardistas como "Bombshell", incorporando vários samplers na composição, embora no álbum Harriot ser creditado com os efeitos sonoros. Microfones de válvula - como o AKG C-12 fotografado em algumas fotos do Channel One - absorver e transmitir sons com uma espessura e pureza perdida, mesmo nos microfones de ponta de hoje, onde o foco em clareza limita o som a certos campos, sacrificando a o sinal substancialmente.

Blackboard Jungle Dub, lançado Lee 'Scratch' Perry em 1973, com a percussão acústica obeah-voodoo, combinada com a tecnologia moderna da época para capturar e criar sons, que usavam jarros de barro com água, que passariam através de phasers e flangers. Ele estava criando paisagens sonoras inter-cósmicas gotejando com modulação, e oscilação de ressonância filtrada, que revolucionou a música em todo o mundo. Falsos começos, fitas rebobinadas, tons nunca usados e comandos vocais para a banda estavam todos perfeitamente integrados na gravação final, tornando a produção quase holográfica, como as introdução com o som de rebobinar as mixagens com o segundo take de gravação. Sirenes, lasers,  tiros de lasers sintetizados, efeitos analógicos, e depois o Atari 8-bit digital - tais como aqueles que ficaram famosos por Jack Ruby - foram usados para transitar uma melodia enquanto o registro estava sendo trocado em certas festas, e acabou encontrando seu caminho para a música.


Um pioneiro no Reino Unido foi Jah Shaka, cujo uso do Syndrum Synare 3 e da sirene NJD SE-1, tocavam através de máquinas de eco confortavelmente invadidas pelos riddims de steppers acústicos, bem como Shaka e outras músicas steppers digitais - que ainda permanecem enraizadas na terra e no orgânico. Sirenes e efeitos se tornaram instrumentos importantes em muitos dos álbuns de Shaka e certamente em suas sessões ao vivo.


Os anos 80 e 90 viram as  mesas de mixagem com os efeitos incorporados ao lado dos (botões) de frequência mencionados e osciladores de onda senoidal, e os sound systems aproveitaram-se para separar as unidades que abrigavam esses efeitos, conhecidos como máquinas lickshot. Estas máquinas permitiam explorar um sinal escolhido através de diferentes efeitos, velocidades e tons.

Os enfeites do dub com efeitos de feixes de laser e com som de sintetizadores, eventualmente se tornaram o ponto tonal focal das raízes evolutivas do som rub-a-dub do início dos anos 80, que foi incorporando syndrums, overdubs e sintetizadores. O clássico do Studio One "Rub A Dub Style", de Michigan & Smiley acentua o riddim "Vanity" com a acústica do vintage mixado com o sintetizador digital, com sons de pop's e da bolhas enquanto os deejays rimam. Os efeitos sonoros foto-digitais, montados em cima do riddim e, em seguida se tornando o foco central sobre a versão dub instrumental, foi um marco em 1979. Outro marco nesse som foi Jimmy Riley de "Love And Devotion" de 1981 com elementos do pop digital embrionário, caracterizado igualmente no dub por Massive Dread. Produtores como Tubby, Errol Thompson e a manipulação de Lee Perry no dub, é como um negativo de fotografia da trilha acabada, e foi alimentado através de várias máquinas, como o Echoplex, o auto-personalizado reverb Fisher de Tubby, bem como o Bi-Phase da MuTron e o Space Echo da Roland.



O Computador Diz Isso


Muitas vezes eu ouvi jamaicanos mais antigos, como Audley Coxsone na loja do Studio One na Philadelphia, lamentar o desaparecimento da música de raiz quando a música digital "mudou tudo." Em certo sentido, o acústico vs analógico vs debates digitais pode ser comparado a ervas vs sintético drogas ou luz natural vs lâmpadas de halogéneo: seus processos são um pouco artificial ou virtual em essência, ainda orgânica (para citar Jah Shaka, ou seja, "direto da terra"), mas em um domínio que transcende ou transforma a natureza. O uso de drum-machines atrai críticas de alguns puristas, assim como a invenção do metrônomo no século 19. Augustus Pablo o usava para mapear suas batidas em uma máquina de batidas, para ter os padrões combinados pelo baterista Noel Alphonso na bateria eletronica Simmons. E assim, com os primeiros riddims digitais, em que o crepúsculo (ou amanhecer como é o caso), entre o produtor e programador, os padrões digitais foram tocados, não 'loopados' (repetição de um mesmo número de compassos), mantendo um componente distintamente humano para a música. Mas quando o programador é um músico mestre, tais como Sly Dunbar ou Clevie, suas habilidades na bateria e máquinas de ritmos traduzem em software, ao produzir a música quente, complexa e orgânica, enquanto que outros programadores, menos competentes podem criar mais padrões polidos, sons anêmicos e sem qualquer textura. Cortes digitais, como remakes de Dawn Penn na música "No No No", assustadoramente atualizado (e aos meus gostos, é uma versão superior) de Carlton & The Shoes ' "Forever And Always" (ambos produzidos e tocados por Cartlon Manning, e ele remixou sua própria canção) fornecem exemplos de clássicos re-imaginado através do filtro da tecnologia.


Quase todo livro ou artigo sobre reggae digital irá citar o riddim "Sleng Teng" como o primeiro riddim digital. Mas músicas como "Sensi Addict"  de Horace Ferguson de (1984), e "Get Flat" de Paul Blake & The Blood Fire Posse, eram essencialmente músicas digitais, embora não tenham sido  quebrado o paradigma como o riddim da Casio com a voz de Wayne Smith. As tecnologias em evolução dos osciladores, combinados com frequências filtradas controladas por tensão, que deram origem as lentas flutuações sintéticas de "Sleng Teng", e remontam as primeiras canções de reggae com o Moog infundido. O poeta Mel Cooke, residente erudito do reggae no The Jamaica Gleaner, tem um artigo que tem Redrose alegando que ele e Tubbys, com o riddim "Tempo" antecederam o riddim de King Jammy - quando havia lançado "Sleng Teng". E dizendo; "Nós fomos os primeiros homens a cantar em um (riddim) computadorizado." Redrose continua "foi como ele ter uma das frutas da caixa de loops..."


    "A capacidade de montar precisamente um riddim totalmente programado, um riddim automatizado definiu o futuro..."

Não importa quem foi o primeiro, a evolução (ou morte) estava ligada, e a música jamaicana nunca mais seria a mesma. Quase todas as noites, canções 'computadorizadas' no título eram lançadas, com os cantores ostentando que poderiam montar um (riddim) computadorizado e que não poderia - as implicações, senriam que aqueles que se sincronizavam com a nova tecnologia, iriam passar para uma nova era de dancehall, enquanto vocalistas ludicos, iriam se reconciliar e teriam o seu regresso, se "recordando" das antigas festas. A capacidade de montar precisamente um riddim totalmente programado, um riddim automatizado definiu o futuro, e produtores como Jammy, Gussie Clark, Dixon Robert 'Bobby Digital" e Fattis Burrel, marcaram o início de uma nova era. Músicas Nicodemos, Early B, Yellowman e Uglyman inauguraram o tema e as implicações de um mundo que iria se tornar "informatizado". Tão cedo B pondera, "mais computador, menos mão de obra, estas são as palavras de todos os líderes." Ele continua a perguntar: "O que vão fazer com os dez dedos do Sly?" É claro que, fora do dancehall - onde o canto e improvisos feitos em relação às versões no vinil - as riddims digitais iriam receber tratamento orquestral com uma banda ao vivo, e é a mágica para vigiar uma melodia como o riddim "Punani", que foi tocado com uma só mão por um mestre tecladista pioneiro mestre em um show.



Digital Somos Digital


As tecnologias mutantes chegaram à ilha, de  ataques reversos afiados e decaimentos naturais de notas, renderam a mesma precisão programada de um hardware militar. O caminho para o som computadorizado tinha sido um disco rígido, de músicos planejando e tocando as batidas em máquinas, e músicas inteiras programadas por software. Insira o domínio de ondas senoidais, ondas quadradas inventadas a partir de tom puro, e serras dentadas de formas completamente desconhecidas na música 'natural'. O salto da fita para o computador e memória MIDI, e a dublagem de gravados (diga-se dubbing), faixas com camadas permitindo combinações quase infinitas e remixes. O sampler e o looping permitiu ao hip hop, técnicas inovadoras de reciclar e reinventar a alma do R&B de seus pais, cortes, scratchs e mixagens junto com uma drum-machine TR 808. Uma inovação, tão evolutiva na história da música como a notação foi para a música clássica, onde as improvisações poderiam ser gravadas, priorizadas e preservadas - e agora tudo na ponta do dedo com programas de computador que realizam instantaneamente tarefas, que levariam horas antes. As grandes bandas e estúdios que foram necessárias para produzir o reggae raiz tornaram-se redundantes. A nova tecnologia democratizou a produção da música, através de pequenos estúdios em pequenos quartos, com um equipamento mínimo que mudaria o som, como o minimalismo de Mad House de Dave Kelly. O solista pode se tornar orquestral com a tecnologia, e qualquer um pode produzir, mixar, comercializar, promover e vender uma canção, e tudo do mesmo laptop.


O laptop de 8 bits lo-fi, capturou o reggae em muitos aspectos, e continuou a evolução musical que se apropria de tecnologias em busca de frequências únicas e sonoridades. Estes podem ser de jogos de Atari, ou do Commodore 64 MOS Technology SID que produziu as trilhas sonoras de jogos de videogame, a partir do qual os efeitos são usados para pontuar uma melodia em uma sessão ao vivo. Os softwares Vocoder e Auto-Tune podem ter atingido o pico como uma moda no hip hop, embora perduram de uma forma mais sutil no dancehall; música híbrida africana ragga está saturada com este efeito de produção. Enquanto no seu pior, ele cria e inflige alguns crimes contra a música, nas mãos de alguns artistas - como Gappy Ranks, Busy Signal ou o Fokn Bois e Popcaan - pode embelezar seus talentos existentes, em vez de confiar nele inteiramente para ficar afinado.

É um refrão comum em fóruns na internet e em revistas de reggae que o melhor reggae digital está saindo da Europa - o que é verdade, como os produtores de lá imergem no equipamento da idade de ouro do reggae digital, para suas próprias produções. O reggae digital mais atual de grupos como Mungos Hi-Fi e do Bush Chemists (que inclui a música "Digital Rock" de Brother Culture), induz o mesmo êxtase cerebral que as primeiras canções computadorizadas devem ter sido invocadas em meados dos anos 80 no dancehall maciço na Jamaica. Festas virtuais são profetizadas por Mr. Williamz e Mungos Hi-Fi em "Computer Age", prevendo uma nova era onde o maciço pode conectar-se a simular sessões da Escócia para o Tibete completas com firewalls antivirais.


As raízes digitais e fios da nova geração de produtores têm continuamente atualizado dancehall. Se algumas das letras alienam o público fora da Jamaica, os riddims de produtores como o filho de Freddie McGregor; Stephen 'di Genius' abraçam uma universalidade que cria hits do Brooklyn até Berlim. Com outros produtores como Seanizzle, Notnice e Don Corleon nos controles, o som do dancehall digital irá continuar expandindo sua influência futurista "outernationally' (internacionalmente). Produtores estrangeiros, como russo e Dre Skull trazem seus riddims únicos. para a ilha hibrida de gêneros e mantém as vibrações atualizada e sempre atual. A cena reggae digital explodiu na Europa, provando que todo o mundo vai ser "computadorizado'. E como Brother Culture diz com Riddim Tuffa na atualizada "Digital Rock 2012"; "Riddim computadorizado faz o público arrebentar..."



Links do artigo:
http://www.historyofrecording.com/ampex351.html
http://www.historyofrecording.com/ampexmm1200.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Trautonium
http://www.coutant.org/akgc12/
http://en.wikipedia.org/wiki/Obeah
http://www.redbullmusicacademy.com/people/sly--robbie
http://www.redbullmusicacademy.com/people/steely--clevie
http://music-selections.com/2010/11/1985-the-sleng-teng-history/
http://jamaica-gleaner.com/gleaner/20090614/ent/ent7.html


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segunda-feira, 29 de março de 2010

FREE DOWNLOAD - MIXTAPE MATILHA VOL 1


No mês de fevereiro, mais propriamente na quarta feira de cinzas a tarde, começaram os preparativos da mixtape da Matilha Cultural. Zulu, meu irmão há 20 anos, convocou um time de mc's e dj's (que não vemos no mesmo disco em qualquer ocasião) e três produtores, Alexandre Basa, Gustah (Echo Sound System) e eu (RAS). A mixagem e scratchs ficaram por conta dos dj's Tano do Z'Africa Brasil, Dj Dan Dan e Wojtila.

Toda a gravação foi feita em um estúdio improvisado, ou nem tão improvisado assim, com um Macbook Pro, um mesa 16 canais analógica, um par de toca discos Mk2 e mixer, um microfone na mão literalmente, uma interface e gravado e editado em Pro Tools, seguindo ai o conceito de produtores atuais como o Disrupt, meio que produzindo em DLR - Digital Lap Top Reggae, de forma barata e rápida.

Foram 13 dias de gravação, com parte da nata do Hip Hop paulista. Criolo Doido, um dos mc's mais versáteis de hoje, gravou duas músicas, uma das minhas preferidas, com a preferencia deste que escreve com um dos refrões mais legais da mixtape "Eu sei o que você quer, de longe a gente ganha um vacilão, sempre só na di migué...", que ao invés de rimar e versar, fez melodia, e eu aposto (e ganho) que vai se tornar um das vozes mais requisitadas em sound systems em muito pouco tempo.

Funk Buia, que para uma grande maioria dispensa apresentações, integrante do Z'Africa Brasil, Instituto e tendo trabalhado com diversos músicos do Hip Hop e do Dancehall Brasileiro, participou e versou 3 músicos incluindo o ganjatune "Legalize Ganja", cantando junto com Zulu e Biano, uma das supresas na mixtape.

A mixtape é essencialmente com instrumentais de reggae, mas nada impediu que esses instrumentais não tivessem novas influencias como o dubstep, num total de 4 faixas com instrumentais com uma sonoridade bem peculiar, cantaram Mr. Bomba com duas faixas cruciais em qualquer seleção de dubstep, Sombra cantando "Enigma & Mistério" - eu considero a letra mais complexa da mixtape inteira, e Sandrão com participação de VA cantando numa versão totalmente transformada de Sleng Teng.

Dada Yute junto com o produtor Gustah (Echo Sound System) mandaram três músicas inna conscious reggae style... seen!!!! Hoje Dada Yute pode ser considerado no reggae um dos vocalistas mais harmônicos, cantando em português e english patois, um singjay que já faz voos mais que internacionais, participando de uma excursão na Europa e do Tony Rebel Festival na Jamaica já por duas vezes.

Bom, espero que apreciem e curtam a mixtape da Matilha Cultural "One Love" disponível para download, abaixo o track contínuo e o de faixas separadas.
E para ouvir é só dar o play.


Download Contínuo - clique aqui
Download Faixas Separadas - clique aqui

One Love ya!!!!

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