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sexta-feira, 8 de julho de 2016

QUANTO CUSTA (PRETENDER) SER DJ?





KL JAY - RACIONAIS MC'S
Quem nunca pensou em ser DJ?... antigamente, lá pelo final dos anos 80, bem no início dos anos 90 (período que eu comecei a sonhar em ser algo), ser DJ era simplesmente tocar discos na festa de aniversario de algum conhecido, fazer bailinhos na escola, sonhar em fazer um evento fechado. Sair de casa para ir até a 24 de Maio no Centro para comprar discos nas lojas clássicas com o Trucks Discos e Florida.

Além disso, era se inspirar pelo trabalho de outros DJ's, como os das fotos ao lado. Esses ao lado, ainda considero terem a essência original do oficio de ser DJ - e ainda me inspiro neles. Verdade que faltaram alguns (independente de gênero musical) como DJ Roger (Potencial 3), DJ Slick (DMN), DJ Patife, DJ Marco, DJ Ajamu, DJ King, DJ B8 (Projeto Nave), Grandmaster Duda, DJ Luciano, DJ Easy Nylon, Iraí Campos, DJ Cuca, DJ Marlboro, e tantos outros que ficaria difícil dizer tantos nomes. Deixo um BIG UP! imenso a todos esses que ainda inspiram tantos a estudarem e trabalharem como DJ. 


DISCOTECAR É TRABALHO SIM!!!

Esse artigo é de uma série de muitos outros, que estão guardados e esperando uma grande revisão. Desde que o rascunho foi escrito, o custo dos equipamentos e alguns serviços encareceram, então a mudança em uma parte do texto é de deixar ele mais genérico, e um tanto atemporal. Atemporal também é o trabalho do DJ no decorrer de tantos anos, que continua sendo demasiadamente desvalorizado, e de qualidade inferior.


DJ HUM
Outra intenção, é que você consiga identificar que o trabalho de DJ não é diferente de outras profissões, nele se aplica custo e valor. E o mais importante de tudo, é saber a grande diferença entre 'quanto custa' e 'quanto vale' um trabalho, seja ele qual for. Você pode substituir o profissional DJ por Técnico de Som, Técnico de Iluminação, Roadie, Produtor de Eventos, Garçon, Barman. E sem contar o número de músicos e mc's que a cada dia estão mais escassos, e essas profissões aos poucos estão desaparecendo do mundo dos eventos.

A grande sacada, é fazer com que essa profissão - sim, ser DJ é profissão, volte a ser respeitada e valorizada como qualquer outra, e seja profissionalizada de fato. Nossa contribuição é falar, escrever e discutir sobre o tema, e dar acesso aos mais novos que tem o intuito de tocar. O problema mais grave (talvez), seja a relatividade entre trabalho e lazer quando se trata de ser DJ. E o esquecimento dessa geração quanto a futura, que infelizmente vai ganhar menos do que os de hoje, ou absolutamente nada do jeito que estamos caminhando.


COMO DJ É UM ÓTIMO ATOR!

Reflita na seguinte frase; 'Fulano não fortalece a cena, porque não toca de graça!'... Avise ao fulano que e o beltrano que quem faz cena é ator por favor!

DJ TANO - Z'AFRICA BRASIL
Pense num exemplo; um dentista não faz um canal dentário gratuitamente, mas se dispõe a tocar (como suposto DJ) por um valor ínfimo ou por valor nenhum. Nada contra os dentistas, só foi uma forma de desenhar um quadro comum em toda a gratuidade - e pode ser que o dentista seja um DJ melhor do que muitos que acham DJ's. A grande maioria dos supostos DJ's não vivem do trabalho dos toca discos e dos discos. E o dinheiro do sustento que paga os discos, o boné e o tênis vem da formação da profissão de fato dessa pessoa, ou do pai, ou da mãe ou da madrinha. Comum ouvir que fulano está queimando o filme trabalhando por menos no setor onde o profissional trabalha, mas o mesmo acaba sendo o maior agente gratuito em eventos quando vai tocar. 

Eu que lhes escrevo, cozinho muito bem - sem modéstia alguma. Mas não me disponho ou proponho ser chef de restaurante, sem competência ou antes de adquirir tal competência. E se a pergunta é se quem toca de graça é incompetente, a resposta é sim e não. Alguns (muitos) são sim incompetentes, displicentes e desrespeitosos com o trabalho de outras pessoas.  

O trabalho como DJ é tão banalizado, que hoje muitos lugares acabaram por deixar um player randômico qualquer ligado a um som ambiente, ou uma rádio on line. Fator preponderante para isso, os supostos DJ's não estudam, não tem técnica e falta dedicação para fazer um trabalho bem feito. Absolutamente ninguém no mundo, vai pagar para ver um verme tocando discos fora do tempo, um set mal feito ou que nem mesmo foi feito, ou que nem mesmo saiba ou consiga manusear o equipamento. O tal público não é bobo, e não paga para ver algo que consiga fazer igual. Devido a isso, nem todo mundo que toca discos é DJ. Se o 'Zé da Coxinha' vê um cara tocando mal, ele vai achar que pode ao invés de fazer coxinha, tocar discos. E nesse caso, trocamos as vezes uma pessoa que faz boa coxinha por um péssimo DJ, ou pode ser também que a coxinha também seja mal feita, e o mesmo serviço mal feito vai ser espalhado no trabalho como DJ, e vai ser mal feito da mesma forma.

DJ PRIMO (RIP)
A falta de estrutura, equipamentos inadequados ou a falta de equipamento, faz com que uma grande parte do público acabe não indo a festas menores de ocupação entre 200 e 400 pessoas. Acabam buscando os clubes maiores e de valor agregado maior ou festivais, as vezes com uma entrada que varia de R$ 70,00 a R$ 250,00 reais - as vezes mais. Onde vai ter um DJ razoavelmente preparado ou uma celebridade instantânea do momento tocando (bem ou mal), com um suporte técnico de alto padrão, e vai sentir que valeu a pena ter pago pelo evento. Isso se relaciona a experiência que a pessoa tem, ao pagar por algumas horas de lazer. O investimento que ela esta fazendo é para fazer aquele momento valer a pena. Agora independente do gênero musical, existem pessoas de todos os tipos que acabam por prejudicar mais que ajudar, qualquer tipo de profissional.

Outro fator é o que culturalmente, o Brasil nivela por baixo qualquer coisa. Independe hoje de você ser um ótimo DJ, é bem provável que a proposta para você seja a mesma que feita um DJ pífio. Os R$ 50,00, R$ 100,00 e o teto de R$ 200,00 percorrem os quatro cantos do maior país da América do Sul. Ou um pedido de brodagem básica, onde é descrito que o investimento de quem quer o serviço já é alto, é não há verba para pagar o convidado. Agora me responda, alguém paga a entrada de clube para ver barman ou segurança?... Absurdo ou não, são comuns as propostas para 'tirar uma onda', e cabe a cada um saber 'quanto custa' e 'quanto vale' o seu trabalho. Fato é que até para os aventureiros, existe custo.


DJ RM
QUANTO CUSTA SER DJ?... OU FINGIR SER!

Agora os números, que se comparados ao valor oferecido por evento chegam a dar vergonha ou ânsia;

R$ 3.500,00 - 50 Títulos/Discos de vinil
R$ 7.000,00 - Par de MK2 Technics (Semi-novo)
R$ 2.700,00 - Pioneer DJM 350/400
R$ 2.800,00 - Cases: toca discos, mixer, vinil.
R$ 1.800,00 - Par de Monitores
R$ 250,00 - Fone de ouvido
R$ 1.100,00 - Agulhas (Shure M44-7H ou Ortofon Pro/Slipmats Glowtronics)

* Valores médios de equipamentos e produtos semi-novos cotados no MercadoLivre. Somente agulhas, cases, fone de ouvido e discos são valores médios de produtos novos.

Para montar um set básico que vai ser a sua ferramenta de trabalho por alguns anos, sem absolutamente nada de efeitos ou algo semelhante, já foram (supostamente) investidos R$ 19.150,00 reais - pagos a vista, sem contar anuidades de cartão de crédito ou financiamento, impostos, e sem inserir o custo/valor do seu trabalho. Deixando claro que você obrigatoriamente vai ter de investir em músicas novas, e o valor acima são em média de discos novos, sem raridades ou coisas do tipo, e eu entendo que para você decidir ser DJ, você já deve ter um acervo razoavelmente de extremo bom gosto, antes de decidir apresentar suas músicas para alguém.

CARLOS 'SOUL' SLINGER - LIQUID SKY
Contando que esse é um setup básico de equipamentos que qualquer casa (supostamente é claro) deveria ter. Hoje a história é inversa, muitas casas noturnas médias e pequenas, já não tem mais equipamentos - as vezes nem mesmo caixas de som razoáveis. Então você precisa realmente levar todo o seu equipamento para poder realizar um evento. E nesse caso, você não é um DJ, você é um locatário de sistema de som, que vai tocar discos num evento.

Outro aspecto dos equipamentos é a depreciação/desvalorização natural de todo e qualquer equipamento. Verifique qual a periodicidade e o cálculo de depreciação dos seus equipamentos - Essa busca é por sua conta. Pode ocorrer uma variação de: 3 anos, 5 anos, 10 anos, etc... para que um equipamento atinja o final de sua vida útil ou perca o total valor.

Toca discos, mixer e fone é um setup básico de um DJ, mas independente se agregar o valor de um Serato ou uma controladora, evitando o trabalho com vinil, ainda assim vai ter gastos e vai ter de dedicar tempo para aprender a trabalhar com esse equipamento. Em todas as experiências que tive ao lado de DJ's novatos que trabalham com Serato, absolutamente nenhum conseguiu montar o equipamento sem tomar uma surra antes de fazer ele funcionar. Portanto, ao invés de somente ficar fazendo download de música, leia o manual do equipamento. Saber manusear o equipamento é tão importante quanto ter música para tocar.

DJ MARKY
Outro aspecto é, quanto custa o seu dia? Isso quer dizer que dentro de seus custos, você vai incluir suas roupas, tênis, bonés, jaquetas, bling blings, seus cursos, seu transporte, água, luz, telefone, gás, alimentação, etc. Já que você usa isso todos os dias, você vai inserir o valor desses gastos dentro do seu custo de trabalho. Alguns gastam mais com esses artigos, as vezes mais do que com musica, do que outros. Mas os custos existem, e o indicado é saber na ponta do lápis quais são seus gastos mensais. Só não inclua bebida e drogas, é um uso diário de alguns... mas não vem ao caso incluir isso na planilha, mas há exceções.

Se você quiser cobrar míseros 3% desses R$ 19.150,00 que investiu em seu equipamento básico e em grande parte semi-novo, você precisaria cobrar R$ 574,50 por evento. E para pagar o seu equipamento você teria de tocar ao menos em trinta e cinco eventos, cobrando os R$ 574,50 mais as despesas de transporte, alimentação e hospedagem se necessário, sem gastar nenhum centavo.



DJ CIA - RZO
VARIÁVEIS DA RELAÇÃO 80/20 :: ENTRE A TÉCNICA E O TALENTO

Em qualquer profissão ou ação, é possível fazer essa continha básica. No caso do DJ, 80% pode ser técnica e 20% pode ser talento, ou 50% técnica e 50% talento, entendeu? Você pode se tornar um DJ, mesmo sem talento para ser, basta adquirir alguma técnica. E isso só é possível, assim como tudo no mundo; estudando e praticando. 

Você pode não saber absolutamente nada, nem de como se manuseia um mixer, porque uma agulha X é diferente da Y, ou porque usar determinado fone de ouvido e não outro. Mas de nada vai valer se você não praticar. O primeiro e último crítico do trabalho, é quem realiza. E é difícil ficar satisfeito, jamais conheci alguém que realize um trabalho que não pratique, seja em casa, no estúdio, no palco ou qualquer lugar. 


DE GRAÇA É MUITO CARO

Nos últimos anos, a gratuidade tomou conta de inúmeros gêneros, do Rap ao Rock, do Reggae a MPB, do Techno ao Drum N Bass... tem para todos os gostos. Mas no final das contas, o profissional dos toca discos, perdeu lugar para dois tipos; os atores que cobram seus cachês de personalidade, ou aqueles que fingem ser algo que não são. A saída para esses que fingem ser algo que não são foi a gratuidade. Como disse acima, a ausência da competência, da técnica e de escola - já que aprenderam em sua grande maioria pelo youtube, a solução para se destacar foi tocar de graça. 

DJ ERICK JAY
Existe um terceiro personagem que é o que chamo de 'Agente Cultural do Estado', o profissional do Edital ou Lei Rouanet, que se especializou em passar editais oferecidos pelas Prefeituras ou no MinC. E acabou por realizar o seu hobby, as custas do dinheiro público. 

Agora a saída para evitar trabalhar de graça em qualquer situação, é não aceitar propostas para trabalhar de graça. Não confunda 'gratuito' com 'gratuidade' - absolutamente nada é de graça. E a primeira parte é que sem trabalho remunerado você vai pagar para trabalhar e não vai conseguir sustentar o que você gosta de fazer. E nesse caso, existe um telemarketing a espera logo ali no centro. A segunda parte é que não vai ter trabalho para quem vier depois.

  
PORQUE UM VALE MAIS QUE O OUTRO

Você já sabe quanto custa o trabalho, agora e quanto vale? Vou tentar explicar da seguinte forma; visualize um pintor, ele compra tela, tintas, e todo seu material por 1X. Ao finalizar o trabalho de pintura daquele quadro, ele vende por 20X. A relação é de que o produto dele custa 1X, mas o trabalho final desse artista vale 20X. 

TIO FRESH
Assim como qualquer trabalho, não é necessário cobrar o que o DJ XPTO cobra, mas é preciso estabelecer um valor mínimo para não pagar para trabalhar. Com o decorrer do tempo, se aperfeiçoando, estudando, gradativamente você vai aumentar o valor do seu trabalho. 


DJ NÃO É PROMOTOR DE EVENTOS

Se você é daqueles que fecham eventos, faz o flyer, a divulgação, a promoção, fecha o caixa, recebe e paga, e etc. A tendência é que o DJ seja tão ruim quanto ele é promotor de eventos e todas as outras funções juntas. Promotores de eventos são responsáveis por colocar público num evento, e promover eventos é um trabalho tão sério quanto o do DJ. 

Se você se meter a fazer absolutamente tudo, algum dos trabalhos vão cair na gratuidade. E é essa gratuidade que enfraquece a cultura, o movimento, a cena, ou qualquer nome que se queira dar a aquilo que se quer fazer parte. 

Se cercar de bons produtores, bons profissionais, pessoas sérias, e etc é uma boa ideia. E é óbvio que você vai se enganar e tomar uns balões, e não importa quanto tempo tenha de trabalho. Aproveite as oportunidades, e aprenda a dar oportunidades sempre.

Último detalhe, não vá pensando que todo bom DJ é o mestre dos scratchs, dos malabarismos ou algo do tipo. Ou que esse texto é para depreciar você em se tornar algo diferente do que quer ser, pelo contrário. Eu considero um bom DJ aquele que sabe trabalhar uma música, sabe não atrapalhar a música, e apresenta um boa sequencia, sejam de músicas populares ou undergrounds.

No mais, estude, treine em casa e assim siga a vida. Mesmo que seu intuito não seja ganhar dinheiro com o trabalho de DJ, por ter outro ofício, por ter outro trabalho, pense um dia em quem tem o ofício de DJ como sustento. Como muitos não gostariam que tirassem algo que lhe da sustento, não é legal fazer isso com outras pessoas. O texto serve apenas para dar um contrapeso, e talvez elucidar pessoas que poderiam ser mais do que são, mas ainda preferem a gratuidade e mediocridade, ao invés de se dedicar a algo - mas é real que alguns jamais serão de fato o que pretendem ser, ou o que vendem. Na fotografia todo mundo foda.

Sucesso para aqueles que querem ser DJ um dia... seja um desejo sério ou de puro fogo de palha. O futuro e a verdade a Allah pertence.

E como digo sempre, você pode concordar ou discordar, e de verdade, está tudo certo. É preciso discordar para algo mudar. E caso queira, deixe seu comentário sobre o texto logo abaixo. Criticas, elogios e sugestões são sempre bem vindas.


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domingo, 23 de agosto de 2015

FREE DOWNLOAD - DJ STEPWISE - MI SWING ES DIGITAL

"Eu estava bem atrasado em lançar uma mixtape nova, eu eu sei, então pensei em fazer algo um pouco diferente. Todos as minhas mixtapes oficiais sempre foram voltadas ao mundo do reggae e dancehall, então eu decidi apresentar algo diferente alguns dos outros estilos que eu toco regularmente. "Mi Swing Es Digital", e uma viagem ao mundo da cumbia, salsa, dembow, dancehall, house, hip hop, reggae, remixes e muitas outras coisas envolvidas. Sons diferentes, todas com meu estilo e assinatura. Disponivel em streaming e free download."

DESCARGAR / DOWNLOAD: Mp3 continuo ou  Faixas separadas.
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I was well overdue in mixtape-land, I know, so I thought i'd do something a little different. Up til now most of my official mixtapes have been in the reggae/dancehall world, so I decided to showcase some of the other styles that I play on the regular. Enter Mi Swing Es Digital, an excursion into the world of cumbia, salsa, dembow, dancehall, house, hip hop, reggae, remixes and many things in between. Different sounds, all in my same signature style. Available to stream or as a free download.

If you like what you hear, feel free to let me know = #miswingesdigital

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Ya estaba en deuda y se hacia falta un mixtape nuevo, entonces decidí complacer con algo un poco diferente. Hasta ahora casi todos mix mixtapes han sido de reggae/dancehall, pero esta vez decidí demostrar otra cara de mis toques en vivo. Les presento Mi Swing Es Digital, una mezcla de cumbia, salsa, dembow, dancehall, house, hip hop, reggae, remixes y mucho mas. Disponible como stream o descarga gratuita.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MIXTAPES – A ARTE DO DJ ETERNIZADA EM FITAS CASSETE


As mixtapes de pelo menos uns 5 anos para cá se tornaram meio que um cartão de visita para dj’s, produtores, selos, mc’s, e de tudo que é relacionado principalmente a música alternativa (underground) e também pelos artistas que abrem mão de seus direitos autorais (copyleft/creative commons) cedendo suas musicas cada vez mais para dj’s que cada vez mais vem se especializando nesse tipo de seguimento e produção. 

A contra-proposta dos dj’s as compilações e coletaneas genéricas produzidas anteriormente por gravadoras e selos, como famigerados “grandes sucessos” ou “o melhor de”, se tornaram obsoletos após as mixtapes obterem formato, produção, e desenvolverem uma estética própria na forma de apresentação do trabalho, tanto do dj como de cada música escolhida que vai fazer parte dessa mixtape. 

Uma mixtape sempre é o reflexo da idealização de quem a produz, ou de quem encomendou a mixtape. Sim, hoje muitos trabalhos realizados em formato de mixtape são feitos a partir da idéia de uma empresa, centro cultural, evento, e o maior interesse na divulgação desse trabalho é estabelecer o vinculo da musica e da marca relativa ao projeto. Determinantemente, algumas mixtapes, acabam estabelecendo um vinculo muito maior do público com a musica, com o dj, ou com quem participou da mixtape, do que com uma musica lançada como single somente em si. 

O termo em si, voltou a ser popular há pouco e hoje mixtapes estão em todos os tipos de mídia, cd’s mp3, os extintos MiniDiscs. Mas duas ficaram como precursoras desse formato de produção a partir dos anos 70; foram a fita de 8-Tracks (8-Pistas) a mãe da fita Dat. – também existiam as de 4-Tracks mas não eram muito populares pela qualidade. Depois veio a sua irmã, a fita cassete. Ambas muito semelhantes no formato, mas absurdamente diferentes no preço e qualidade final. No início dos anos 70, a fita 8-Tracks ficou famosa, e ganho um apelido que hoje em dia também está em voga, o chamado Bootleg. 

Bootleg é o pai da pirataria da forma que implantaram hoje, a copia, da copia, da copia, e assim por diante (logo escrevo um texto especifico mais profundo sobre Bootleg). Na seqüência da 8-Track, veio a fita cassete. O filme realmente já estava queimado devido as 8-Tracks já ter sua má fama por ser possível gravar e regravar o que se quisesse, sendo assim um risco as gravadoras, já que o recolhimento de direitos autorais e as vendas de discos não eram possíveis com diversas copias sendo feitas nessas fitinhas. 

A fita cassete foi lançada pela Philips em 1963, mas o som não era exatamente o que se esperava de um disco. A baixa qualidade e a simplicidade da fita cassete, junto a deterioração da qualidade deram a ela status de subproduto. Na fita cassete era utilizado cromo e metal na fita magnética, o que a deixava fadada a não ter uma alta durabilidade. Mas, antes dela fazer parte do mercado, a possibilidade de criação e gravação caseira era extremamente cara, tanto do produto final (as fitas) quando do equipamento necessário para gravação das mesmas, era necessário um gravador de rolo ou um gravador 8-Track, que tinha um preço razoavelmente absurdo para o consumidor final e do apreciador “normal” de musica. 

Já as fitas cassete por ter um custo menor, e ter uma das coisas mais raras na época, a portabilidade. Cresciam em popularidade por serem extremamente simples de manusear, sem a necessidade de muitos recursos e equipamentos técnicos. Para utilizar as fitinhas, bastava ter o gravador, um punhado de fitas e discos, conectar a uma fonte de musica pré gravada, como um rádio ou utilizar os Lp’s, absolutamente fácil e indolor. 

No principio, as fitas 4-Tracks e as 8-Tracks eram voltadas a musica e as fitas cassetes, originalmente tocadas em mono, por serem quase que exclusivamente usadas em gravações de voz (lembra das entrevistas que somente se via as mãos dos repórteres com seus gravadores?). A partir dos 70, com alguns recursos a mais, deixando de lado os pequenos gravadores mono, as fitas cassetes se tornaram um dos itens mais preciosos para qualquer apreciador de musica. Portátil, em torno de 60 minutos para serem gravadas e reutilizadas inúmeras vezes, e o preço cada vez mais atrativo. 

Com todos os novos recursos, preço, facilidade de manuseio, o formato da fita cassete se tornava um dos predominantes a ponto da 8-Track sumir do mercado a partir dos anos 80 – muitos produtores e seletores principalmente de reggae utilizavam e alguns ainda utilizam a 8-Track para tocar seus sets. Mas as duas peças chave para o crescimento das mixtapes e sua propagação foram os toca-fitas automotivos e o lançamento da Sony em 1979, o Sony Walkman. Sem esses dois equipamentos, a fitinha teria seus dias contados, já que os equipamentos que tocavam as 8-Tracks já eram grandes por natureza e ninguém iria carregar um gravador de fita de rolo na cintura. 

As mixtapes propriamente ditas, eram muito distintas das compilações de musicas gravadas em um fita, é possível gravar uma musica de um disco e somar a outras de outros discos, mas até ai isso não consiste em uma mixtape. A mixtape de fato é o registro/gravação de uma idéia, conceito, performance feita (no principio) pelo dj ou de múltiplos artistas envolvidos no mesmo momento da gravação, posteriormente os mc’s e atualmente produtores e selos também se utilizam desse formato como já havia dito antes. Nos anos 70, os melhores dj’s da época como Grandmaster Flash, Afrika Bambaata, Kool Herc (a fundação da Zulu Nation), Breakout, DJ Hollywood, ofereciam por um preço módico gravações feitas em fitas cassete nas festas que faziam. Todas customizadas, com capas individuais (as vezes para o mesmo set) para que os interessados as comprassem. As gravações tinham sempre uma técnica apurada com personalidade do dj que as produzia, e sempre (sempre) eram apuradamente feitas com as passagens no tempo e tinham scratchs, e algumas eram feitas por mais de um dj numa espécie de seletor e turntablista juntos. Muitos dj’s como Spooky, QBert, Shadow, ganharam notoriedade pela suas primeiras mixtapes. Alias, um dos primórdios do remix não foi o dub - sim, também, inegável que a técnica aplicada do dub nas produções contribuiu e muito no batismo do remix, mas a partir do momento que um dj usou o vocal de um disco e mixou com o instrumental de outro disco (o que veio a ser chamado de mash-up atualmente), alterando o tempo e o ritmo, a criação do remix é crucialmente dedicada ao dj, muito mais do que aos produtores. 

Nos anos 80, as mixtapes já eram um elemento da cultura Hip Hop. A partir daí, vieram outras formas de mídia, com o advento dos gravadores de cd e a qualidade digital, as fitas cassete foram gradativamente desaparecendo, e sua popularidade foi sendo trocada pelo disquinho metálico. As vantagens não eram muitos no princípio, mas só de estender o tempo de 25 a 30 minutos de cada lado da fita para 80 minutos contínuos se tornou um advento muito importante na escolha da mídia. 

Muitos dj’s acabaram sustentando seus trabalhos a partir das mixtapes produzidas e outros somente vieram a ter notoriedade apos a produção das mixtapes servindo como cartão de visita. Hoje nem mesmo fita cassete nem cd’s predominam, a facilidade dos arquivos mp3 e sites que hospedam as mixtapes, fazem com que quem vai produzir e quem vai ouvir escolher qual o melhor formato e a melhor forma de divulgação dos seus trabalhos. Já existe uma enormidade de sites que hospedam mixtapes e o numero de dj’s (novos e antigos) só cresce na produção dos sets e na criatividade. Alguns (como eu ultimamente) ando valorizando mais as mixtapes pelo conceito, a personalidade e a técnica que o dj coloca na mixtape e da criatividade colocada na capa também. 

Em meados dos 70, com o advento da disco, alguns lp’s já eram lançados com as musicas mixadas. Inspirados pelas própria mixtapes produzidas pelos dj’s, esses lp’s eram denominados como “non-stop” (não para). E diversos outros artistas se utilizaram desse mesmo formato de produção, desde James Brown a Johnny Cash. Outras denominações como já dito surgiram como compilação e coletânea, eu particularmente ainda não consegui diferenciar uma da outra, mas ambas eram direcionadas a obra de fato do artistas e genericamente uma junção de suas próprias produções. Mesmo com as inspirações as mixtapes acabam por serem unicamente a expressão exata da identidade daquele que a produziu, naquele momento. 

A partir das mixtapes, originando as compilações, coletâneas, os lp’s non-stop, a partir da abertura e inclusão digital, surgiu um novo formato que foi o do podcast, similarmente produzido ou voltado a um grupo especifico, podendo ser apenas musical ou ideológico também, mesclando playlists escolhidas a dedo por um programa qualquer, desenvolvido por alguém que sabe mais sobre programação do que sobre musica de fato. 

Uma das partes negativas das mixtapes, com o advento de todos os programas e equipamentos de sincronização, descaradamente baseados no trabalho do dj, surgiram os set’s pré gravados. Uma das formas talvez mais falsas e degradantes da profissão (se é que dj é uma profissão hoje em dia). Diversas pessoas hoje, utilizam esse tipo de ferramenta, não levam sequer um disco para um evento, e simplesmente apertam o play para disparar um set pré gravado, agitando os braços e fingindo que tem algo acontecendo de diferente no fone de ouvido. 

Enfim, a mixtape é sim um dos formatos mais interessantes de promoção e desenvolvimento, seja de uma assinatura musical, seja de um trabalho, projeto, de uma marca especificamente, ou seja, trate com carinho esse formato que precisa de extrema dedicação e diferentes detalhes para que seja exposta a todos.






       

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

FREE DOWNLOAD - DJ STRYDA MEETS THE DJ DUB BOY

Como metade do Dubkasm, Stryda é um embaixador das raízes do reggae, os ensinamentos do bossman do Dub, tem sido edificantes para as massas há mais de 10 anos na rádio FM em seu programa semanal Passion FM Sufferah’s Choice. Nesse mix, Dj Boy Dub (Ruffnek Diskotek / Steakhouse / Idle Hands) tem sido uma ponte através da escolha dos discos por Stryda, e selecionou as belezas para todos dançarem em aquecimento para o Subloaded em 01 de maio. Esta é uma set 100% vinil com steppas, dancehall e rockers, direto do célebre Bristol rootsman Dj Stryda e mixado pelo renomado Bristol Selector, Dub Boy.

Subloaded, Teachings in Dub e Ruffnek Diskotek apresenta …. 























Dj Stryda meets the Dj Dub Boy



TRACKLIST
1. Dubkasm ft Levi Roots - Sensimilia Addict (Sufferah’s Choice Recordings 12”)
2. Dixie Peach - Jah Road (Jah Tubbys 7”) 

3. Errol Bellot – Glory Hallelujah (Jah Tubbys 7”) 

4. JTS – Version (Jah Tubby 7”) 

5. Jah Shaka – Don’t Give Up (Jah Shaka Music 7”) 

6. Errol Dunkley – A Little Way Different (Arawak 12”) 

7. Black Roots – Bristol Rock (Nubian Records 12”)
8. Dubkasm ft Tena Stelin – More Jah Songs (Sufferah’s Choice Recordings 12”)
9. Dubkasm ft Solo Banton – Tell the World (Sufferah’s Choice Recordings 12”)
10. Dubkasm’s Digistep – More Jah Melodies (Sufferah’s Choice Recordings 12”)
11. Dubkasm ft Ras Addis - Strictly Ital (Sufferah’s Choice Recordings 12”) 

12. Henry & Louis ft Prince Green – Too Late (2 Kings 12”) 

13. Gov Lewis & Jimmy Ranks - School Dub (Camara 12”) 

14. Manasseh ft Admiral Tibet – Permission (Riz Records12”)
15. Michael Palmer – Juggling (Jhuggernaut 12”) 

16. Yami Bolo – The Glock War, Gun War (Yam Euphony Music 7”) 

17. Garnett Silk – The Rod (New Sound 12”) 

18. Computer Paul & Noel Alphonzo – (Ghetto Youth) Version (Justice 12”)
19. Cornell Campbell – Nothing Don’t Come Easy (Live and Love 12”)
20. Leroy Gibbons – Hold it Down (Two Friends Records 12”) 

21. The Key Massive - Sweet Sensi (H.A.T. Music Co 12”)
22. Little Devon – Trash & Bruck (Cannon Music 7”)
23. Home T4 – Rockers Don’t Move You (Live and Love 12″)

24. I am Vex – Garnett Silk – New Sound 12” 

25. Play me na Play – Sugar Minott – white label 12” 

26. Prophecy – Fabian – Tribes Man Record 12”


sábado, 11 de fevereiro de 2012

DVD - RETURN OF THE RUB A DUB @ FYASHOP




Return Of The Rub-A-Dub é um documentário dirigido por Steve Hanft e produzido por Tom Chasteen do Dub Club em Los Angeles, destacando a evolução do Reggae em seu formato Soundsystem. Rub-A-Dub apresenta entrevistas e imagens ao vivo de lendas e pioneiro vivas; Trinity, Ranking Joe, Scientist, Sister Nancy, U-Roy, Brigadier Jerry, Ranking Trevor, Welton Irie, Sugar Minott, Philip Fraser e Triston Palma, entre outros. 

A cada semana o Dub Club é realizado no Echoplex na área do Parque Eco de Los Angeles, o DJ residente é o "Echodelic " host que se tornou a meca do reggae, apresentando artistas do vintage na música reggae e talentos locais, que são apresentadas "inna dancehall estyle" com efeitos visuais para acompanhá-los e um sistema de som de arte desenhado pelo lendário Scientist, um pioneiro no estilo dub da música reggae. 

O filme pretende retratar o espírito da dança, a essência da evolução de ambos, do reggae ao hip-hop e a energia de uma nova geração que está agora exposto a canções da história do reggae de quarenta anos, seus ritmos atemporais que apresentam uma plataforma para servir e unificar os fãs e a criar novos a cada semana. 

Pergunte a maioria das pessoas a imagem de um artista do reggae e eles vão pensar no Bob Marley cantando com sua banda e todos tocando atrás dele. As verdadeiras raízes do reggae cresceram de uma parede gigante de alto-falantes, uma voz carregada com delay e eco cantando ao longo de um microfone, um seletor com pilhas de 45s para encontrar o próximo riddim, eles cresceram no reggae e no soundsystem. O conceito de artistas do rap, a idéia do remix, a elevação do baixo para o instrumento principal, todas essas tendências saíram dos soundsystems. 

Começando na década de 1950, os operadores de soundsystem na Jamaica iriam criar e colocar suas caixas ao ar livre e tocar música americana desde o R&B, Jazz e Bee Bop no seu set. Algum tempo depois os DJs dos anos 60 começaram a conversar entre as seleções, para animar a multidão ou introduzir a próxima música. Na terminologia da Jamaica, o DJ é aquele que fala no microfone, e o seletor é aquele que toca os discos. Como General Smiley e Michigan, apontam em Rub a Dub "um jockey monta um cavalo e um disc jockey monta o riddim". 

Em algum ponto no final dos anos 60, em vez de colocar uma música diferente no lado b de um 45, os produtores jamaicanos começaram a usar um corte instrumental no lado b, conhecido como a "versão". Esta idéia tornou possível uma forma de arte totalmente nova. Depois de uma música popular foi tocado pelo seletor o que iria virar o disco e o DJ improvisava novas letras, conduzindo o público ao delírio. Eventualmente, os DJs começaram a gravar suas novas criações e essas faixas provaram ser extremamente popular. As versões mais populares dos instrumentais foram gravados mais e mais vezes e passaram a ser conhecidos como "riddims", linhas de baixo clássicos que qualquer DJ decente teria uma letra para cantar sobre esses riddims. 

Esta invenção levou diretamente à criação de hip hop, através de Kool Herc, um jamaicano amplamente reconhecido como um dos pais do hip hop, que emigrou para o sul do Bronx, no início dos anos 70 tendo o conceito de soundsystem junto com ele. Ao invés de jogar discos jamaicananos tocou funk e soul, mas ele manteve o estilo do soundsystem em sua essência com toca-discos e falando no microfone. 

A versão mais tarde evoluiu para dub, onde o instrumental é produzido em camadas, com reverb e efeitos de eco, essencialmente criando uma nova peça de música em conjunto, com o engenheiro de estúdio como o artista. Claramente este conceito era o original "remix." Este é explorado em Rub A Dub em uma entrevista com engenheiro Scientist, o lendário aluno do falecido King Tubby, que é reconhecido como o inventor do dub. 

O termo "Rub A Dub" não se refere necessariamente ao dub em si, mas sim a um determinado estilo de musical popular no final dos anos 70 e início dos anos 80, que em determinado instante não muito rápido, mas não é lento como o estilo downbeat, cortando skanks com guitarra, riffs de baixo e bateria, seria a música perfeita para todos os soundsystems da noite. Várias das mais difíceis trilhas instrumentais deste período foram licenciados pelos produtores jamaicanos originais para uso no filme. 

Em 2000, alguns amigos em Los Angeles, Jason Mason, Eddie Ruscha e Tom Chasteen, decidiram começar uma festa de reggae semanal onde eles pudessem jogar os disocs de reggae clássicos que amavam e colecionavam fanaticamente (o quarto seletor David Orlando juntou-se mais tarde.) Não tem cd’s, ipod’s, trackstors, seratos, ou qualquer coisa do tipo aqui – o conceito é estritamente toca-discos e vinil. Para o primeiro ano ou dois o público era pequeno, mas aos poucos ele pegou e cresceu mais e mais ficando popular com um público jovem e diversificado. Eventualmente, eles tomaram o próximo passo de trazer os artistas originais que idolatravam para vir e tocar ao vivo. Não como uma lição de história, mas como uma festa. 

Rub-A-Dub apresenta imagens ao vivo de Trinity, Ranking Joe, Sister Nancy, U-Roy, Brigadier Jerry e a maioria dos maiores nomes da era dos Dj’s clássicos de Dancehall dos anos 70, bem como influentes artistas, mas raramente vistos como Ranking Trevor, Welton Irie que nunca havia realizado uma apresentação na Califórnia antes. Junto com o DJ, há os singjays: Sugar Minott, Philip Fraser e Triston Palma, que iria se apresentar lado a lado com os DJs do dancehall e criar as melodias que improvisava DJs afora. 

A linhagem desta forma musical é mostrado claramente, de King Stitt (R.I.P.), o mais antigo DJ, U-Roy, o primeiro a popularizar o estilo nos disco, Trevor Ranking e Ranking Joe, discípulos de U-Roy, para Welton Irie, que o alega como sua inspiração. A cultura reggae sempre tem o respeito as raízes, tanto no sentido literal e místico, e este filme tenta honrar dando os autores que lhes é devido. 

O estilo de edição do filme reflete o estilo musical, como vários artistas são mostradas conversando sobre o mesmo riddim e são mixados juntos como numa mixtape. Cada artista tem sua próprias letras para os riddims clássicos, como a Sleng Teng, o primeiro digikiller a fazer grande impacto no reggae. Oito artistas diferentes são mostradas em rápida sucessão sobre o riddim Sleng Teng sem perder uma batida, cada um trazendo seu próprio estilo, terminando com Brigadier Jerry - melhor parte do documentário dizendo que o seletor reproduzir o 45 em 33rpm, levando o clímax para o "Slow Motion". 

A letras são constantemente alteradas e atualizadas, mantendo as músicas frescas e tópicas, e as performances têm uma espontaneidade devido à interação entre o selector, o DJ, e a multidão. Não há ensaio geral, e o DJ não sabe o que o que o seletor está para tocar em seguida. A performance com um artista como Ranking Joe é três ou mais horas de improvisação sobre temas familiares, com base na tradição e no entanto cada vez mais diferentes, como um grande desempenho jazz. Tópicos sobre CNN no quarto do hotel na noite anterior, ou argumentar sobre bastidores, pode ser tema em algumas letras novas do DJ. 

As performances e entrevistas são todas legendadas e você não passe aquele aperto por causa do patois jamaican. Nessa versão, inclui um DVD como documentário e um CD que caracteriza muitos dos artistas do filme, bem como outros veteranos do reggae junto com alguns artistas locais de LA que realizam apresentações no Dub Club em um formato open-mic com os seletores residentes. A música do cd foram gravadas em Los Angeles e os vocais foram gravados tanto em LA como em Kingston, Jamaica, todo produzido por Tom Chasteen Campbell e Anthony, que encabeçaram a idéia de todo o documentário.



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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

INSTALANDO UMA CÁPSULA FONOGRÁFICA

Uma cápsula fonográfica está desenhada para seguir os sulcos do LP e converter suas irregularidades em impulsos elétricos que irão ser amplificados para serem ouvidos. Para isso está projetada para trabalhar em determinadas configurações mecânicas e geométricas que permitirão detectar oscilações da superfície dos sulcos de milionésimas de milímetro. Estas condições de trabalho poderão ser otimizadas até limites determinados somente pela sua necessidade de ouvir cada detalhe que possa ser tirado do LP ou pela sua obsessão pessoal. Em geral, é como o preço dos componentes de High-End: os maiores benefícios são obtidos nos níveis básicos. Cada passo adicional melhora ainda mais, porém a um preço (ou tempo necessário) cada vez mais desproporcionalmente alto. Estão aqui descritos os procedimentos básicos - porém suficientes – para obter grande parte da beleza estética musical que pode ser obtida de um cápsula fonográfica curioseando os enigmáticos segredos da superfície de um LP.

Veremos agora como montar uma cápsula no braço do toca-discos. Usaremos como exemplo a Shure V15, mas a explicação serve para qualquer outra. As explicações que seguem são de nível intermediário e destinadas a quem está se iniciando na audição de LPs ou para quem quer melhorar a sua instalação, e são aplicáveis a toca-discos com braços pivotados. Os audiófilos experimentados não devem se sentir feridos por estas simples explicações e peço a eles desculpas. Alguns seguramente fariam isto com muita mais arte e refinamento.

Lembraremos sempre que o objetivo de um toca-discos (e, portanto, de uma cápsula) é extrair dos sulcos a informação neles contida, sem nenhuma mudança. Para isso, devemos zelar por instalar a cápsula de acordo às especificações do fabricante e evitar - no caminho - fontes de ressonâncias ou realimentação acústica. Porque, dito em outros termos, o que os sulcos querem que a agulha faça é diferente do que a agulha (e o resto do toca-discos) está inclinada a fazer (Holt). Fundamentalmente, devemos entender a importância de cada ajuste, e para isso damos algumas informações sobre o funcionamento que fundamentam cada passo. Para realizar alguns dos testes auditivos mencionados mais adiante não se esqueça de verificar se a agulha está perfeitamente limpa.

Se preferir, poderá seguir o procedimento curto e grosso descrito separadamente, para depois fazer os ajustes descritos aqui. Qualquer que seja sua opção, não trabalhe cansado ou em situação psicofísica inadequada. As agulhas (que costumam ser as primeiras e únicas vítimas) são delicadas e caras. Cuide muito bem delas.

Evite, em quaisquer circunstâncias, exercer forca rotacional ou de outro tipo sobre qualquer parte do braço. Os seus rolamentos são sensíveis e não previstos para tolerar grandes esforços. A mesma precaução deve ser tomada com a cápsula e com os cabinhos de ligação.


Alguns termos e abreviaturas usados neste artigo:

Prato: parte giratória do toca-discos onde se apóia o disco.
Braço: braço do toca-discos.
Cabeça: Cabeça do braço, onde é afixada a cápsula.
Eixo do braço: centro da articulação do braço.
Eixo do disco: centro do pino no centro do prato onde encaixa o LP.
Cantilever: suporte que fixa a agulha na cápsula.
VTA: ângulo, no plano vertical, do cantilever com a superfície do disco).
SRA: ângulo, no plano vertical, da agulha (medido com a perpendicular ao plano do disco no ponto de apoio)
Azimuth: ângulo da agulha com a superfície do disco, no plano vertical frontal (perpendicular ao braço).
Zenith: Ângulo do traçado da agulha no seu percurso com a tangente aos sulcos do disco, no plano horizontal.
PAA: peso de apoio da agulha sobre o disco.
Anti-skating: mecanismo de compensação da tendência do braço a deslizar internamente.


As ferramentas

Iniciaremos pelas ferramentas.

Em primeiro lugar, os manuais da cápsula, do braço e do toca-discos. Durante o tempo em que os lê, você relaxa e fica em ritmo alfa. Muito apropriado para o que vem depois. Acredite.

Se você é dos que não gostam de ler manuais, deverá saber, pelo menos, o peso corretode apoio da agulha–PAA especificado pelo fabricante para a sua cápsula. Deixaremos à mão uma lupa (ou óculos de ler de perto, de 3 dioptrias, mesmo que não precise deles na vida diária), uma pequena chave de fenda (preferentemente do tipo de joalheiro, que impedem ajustes demasiados firmes), uma pinça ou alicate muito (MUITO!...) delicado, uma balança para peso de apoio (PAA), um dispositivo para alinhar tangencialidade (zenit) da cápsula (protractor ou similar), uma cunha adequada para travar o movimento do prato do toca-discos e um pequeno espelho. Também precisaremos um disco LP velho – ou que não seja mais tocado -, plano e de espessura normal (digamos, a mais comum na sua discoteca), e parafusos e porcas específicos, não magnéticos. Ter alguns clips de conexão ou conjuntos de clips e cabinhos para conexão da cápsula pode se útil, dada a importância das conexões elétricas nesta etapa de tão vulnerável pelo baixo nível de sinal. Também nível delicado e preciso. Todo isso pressupõe, fundamentalmente, um par de mãos firmes e óculos para ver de perto atualizados (se precisar deles, é claro).

No caso da V15, temos alguns problemas resolvidos. O estojo vem com o gabarito, achave de fenda e as cunhas de fixação do prato, além dos parafusos. Os modelos à venda até início dos anos 90 vinham com um ferramental mais completo, que ainda possuo, sendo o que usei também neste caso para verificações adicionais. Serão úteis um disco de teste (por exemplo, o Shure "ERA IV" ou o da Hi-Fi News ou da ORTOFON) e umarégua paralela similar às usadas em navegação (se encontrar uma suficientemente estreita).

Organizando o local: Procure ter uma área limpa e livre para colocar ferramentas e acessórios, sem se sentir tentado a colocá-los sobre a bandeja do toca-discos: isto é o começo para evitar a perda de pecinhas e, o pior, quebrar a agulha numa rotação inadvertida da bandeja. Estenda um lenço limpo em algum lugar plano para esse uso. Tenha à mão uma boa luz geral e uma lanterna ou luz menor para iluminar adequadamente as distintas etapas do trabalho de instalação e ajuste. Tenha suficiente espaço ao lado do toca-discos para poder observar a partir de distintos ângulos (especialmente a partir de cima, da frente do braço e do seu lado externo). Mantenha papel e lápis em local ao alcance das mãos para suas anotações (código de cores dos conectores, por exemplo). Desligue o sistema de som!! Mantenha cápsula com o protetor de agulha colocado!!


Nivelando:

Começaremos por nivelar o toca-discos, usando o nível apoiado no prato ou acima de um disco LP velho se a bandeja for irregular. Se o toca-discos tiver suspensão interna, o prato deverá ser ajustado para estar paralelo à base. Se o braço tiver controles de peso da agulha e/ou anti-skating, os deixaremos na posição neutra (zero grama). Se a agulha for removível extraímo-la com todo cuidado e procuramos um lugar absolutamente protegido para guardá-la. O ideal é um suporte específico, quando houver, ou uma caixa pequena com tampa transparente. Se isso puder ser feito com o protetor colocado, melhor.


Conectando e fixando:

Identificaremos na parede posterior da cápsula as cores dos pinos de conexão. No caso da V15 (e de quase todas as outras cápsulas), as cores serão: branco para canal esquerdo vivo, azul para canal esquerdo terra, vermelho para canal direito vivo, verde para canal direito terra. Verificamos a existência no extremo do braço dos quatro cabinhos(geralmente também coloridos, ver Figura 1) com os devidos terminais para conexão com os pinos da cápsula (Figura 2). Se os fios estiverem danificados, ou forem muito velhos, é prudente substituí-los. Existem cabinhos prontos de excelentes marcas. Pode ser útil, neste ponto, fazer um desenho da localização de cada pino para facilitar a conexão quando a visibilização de essa parte da cápsula for difícil (Figura 2)

Figura 1: cabos de conexão da cápsula ao braço. Às vezes são fixos por um extremo ao braço.

Figura 2: Cabeça do braço com os cabinhos de conexão e face posterior da cápsula com as cores de identificação. As cores standard são: vermelho para o canal direito, verde, canal direito (terra), branco canal esquerdo, azul, canal esquerdo (terra). Neste caso, os cabinhos são continuação dos fios internos do braço e permanecem fixos a ele.

Existem agora dois caminhos a escolher: 1) fixar a cápsula e depois fazer as conexões ou 2)fazer as conexões e fixar a cápsula depois (Ver figuras 3 e 4).

Ambos possuem os seus riscos. Se não quiser assumir responsabilidades, jogue uma moeda no ar e pronto.

Suponhamos que fixaremos as conexões primeiro (esta seqüência talvez seja melhor no caso de agulhas destacáveis).

Segurando a cápsula sem agulha numa mão, e com a ajuda do alicate MUITO delicado, fixamos um a um os clips de conexão, começando pelos mais afastados de você para manter melhor visibilidade (isto é mandatório quando se opta por fixar a cápsula primeiro, onde é também muito útil ter o desenho das conexões mencionado acima). O encaixe dos conectores não deve ser muito justo nem muito frouxo. Se observarmos que os conectores ficam muito soltos, deveremos fechá-los com cuidado. Inserimos a ponta de um palito de dentes dentro do conector e suavemente!! (este é o momento mais fácil desprender acidentalmente os terminais dos cabinhos, o que significa um problema adicional se você não tiver bons e delicados elementos de solda ou cabinhos de reserva), apertamos com o alicate perto da ponta do clip, até sentirmos que ele está se fechando. O palito evitará colapsar desastrosamente o terminal. Retiramos o palito e verificamos o ajuste no pino da cápsula até que seja o correto. Então, com cuidado, apertamos o resto do clip.Não aperte demais!! Você deveria verificar o ajuste de todos os clips antes antes antes antes de começar a conectá-los, já que depois estará mantendo a cápsula na outra mão e seria muito fácil deixa-lo cair ou arrancar um clip.

Depois de colocados os quatro clips, e tendo muito cuidado para não causar tração sobre os cabinhos, está na hora de fixar a cápsula na cabeça do braço, o que faremos colocando os parafusos de comprimento adequado de cima para baixo (o inverso é mais fácil e alguns assim o preferem, mas pode haver outros problemas e não é a melhor solução estética). Costuma ser, com algumas cápsulas, um momento chato. O espaço para acertar as porcas nos parafusos é exíguo demais, salvo para dedos de criança. Ajuda, às vezes, apoiar primeiro a porca mantida com um dedo por baixo, depois alinhar os orifícios da cápsula, da cabeça e da porca com um palito para, por último, introduzir o parafuso e girá-lo com a chave de fenda apropriada (melhor o tipo de "joalheiro"), até sentir que encaixa na rosca da porca. Tudo isto sem soltar o dedo que pressiona a porca desde baixo.O fato de termos retirado a agulha facilita enormemente e diminui o risco - que neste momento é maior - de quebrar o suporte da agulha com a extremidade do dedo. Ajuste os parafusos apenas o suficiente para deixar a cápsula fixa no meio dos trilhos (figuras 3 e 4). Precisaremos ainda movê-la!!

Figura 3: Colocando os parafusos, variante de baixo para acima. As conexões estão já feitas.



Figura 4: Colocando os parafusos, variante de cima para baixo. As conexões estão já feitas. Observe as fendas – ou trilhos – destinados a movimentar a cápsula quando ajustando o zanith.

O ponto certo de overhang:

Se girarmos o braço do toca-discos até estar mais ou menos acima do eixo do disco, de maneira que a agulha, o eixo e o eixo do braço estejam alinhados, observaremos que a agulha irá apoiar no disco, num ponto que está além do eixo central do mesmo (não tente fazer isso de modo desatento, pois muitos braços não irão girar tanto e poderá forçá-los indevidamente). Denomina-se overhang a distância entre o ponto de apoio da agulha e o eixo do disco, quando eles dois e o eixo do braço estão sobre a mesma linha. Esta medida é diferente para cada braço, pois depende da sua geometria e comprimento. Normalmente, é acertado na hora de fazer o buraco para a instalação do braço. Mas, se este for trocado, poderá ficar na posição errada. Como o comprimento do braço não é infinito, a agulha irá, quando apoiada no disco em movimento, descrever um arco sobre o disco (em vez de uma linha reta), formando diferentes ângulos com os sulcos. Se o overhang estiver errado, esses ângulos tomarão valores muito errados, causando distorção. Quando a cabeça do braço tem ranhuras longitudinais para os parafusos de fixação que permitem deslizar a cápsula ao longo da cabeça durante o ajuste, poderemos corrigir diferenças não muito grandes de overhang, pois o efeito é o mesmo que variar o comprimento do braço (geometricamente não é exatamente assim, porém serve para pequenas variações). Para fazê-lo, siga as instruções referentes ao zenith, pois ambos os ajustes estão relacionados. Ooverhang está relacionado com o offset, que é o ângulo que a cabeça faz com o corpo do braço ou, mais exatamente, com a linha que se estende a partir da agulha até o eixo do braço. Quanto mais curto o braço, maiores o overhang e o offset, e também oskating (ver adiante). Um braço de comprimento infinito não precisaria deles, e um braço de deslocamento linear (tangencial, não articulado em eixo esterno ao prato) tampouco. O tema é extenso, e, para os que querem o máximo de perfeição geométrica, a Wallys fabrica um conjunto de ferramentas para alinhar cápsulas, algumas das quais devem ser solicitadas para cada marca e modelo de braço específico. São muito caras.


O ângulo de tangência, ou zenit (traking angle):

Devido ao braço ter comprimento finito, a cápsula terá dificuldades em seguir os sulcos com perfeita tangência. Você terá que encontrar o ajuste que ocasiona o menor erro ao longo do disco. Este erro faz com que um sulco seja lido antes que o outro, ocasionando, desta maneira, erro de fase entre ambos os canais estéreo, com os correspondentes erros de imagem e soundstage. Existem acessórios (como o "Geo-Disc", por exemplo, ver figura 5) que poderão ajudá-lo.

Existem outros sistemas, entre os quais o DB Protractor ou o sofisticado (e caro) Wally Tractor, que são gabaritos, normalmente com dois pontos sobre os quais verificar alinhamentos. Estes últimos baseiam-se no fato de que, se o overhang for correto, sempre haverá dois pontos nos quais o ângulo entre o movimento da agulha e as paredes do sulco seja perpendicular, isto é, que o curso da agulha seja tangencial aos sulcos. Com isso, o erro de tangência será o mínimo possível no resto dos sulcos do disco. Quem descreveu esse processo foi Baerwald, nos anos 40. Depois, aceitou-se como norma usar pontos situados a 66 mm e a 120,9 mm do eixo do disco.

A Shure inclui no kit da V15 um gabarito de papelão, com marcações e instruções sobre como regular esse ângulo. Você também pode usar o gabarito gratuito oferecido no site "Enjoy the Music", cujo link encontrará no site da Revista, ou acessar diretamentehttp://www.enjoythemusic.com/freestuff.htm. Todos esses dispositivos vêm com instruções detalhadas de uso.

Mostrarei, então, como usar um gabarito de dois pontos.

Coloque a agulha na cápsula se já não estiver lá.

Partiremos do princípio de que a cápsula tem paredes paralelas e de que o cantilever é também paralelo a elas. Os gabaritos indicarão linhas sobre as quais alinhar as bordas da cápsula. Se estas não forem paralelas, deverá buscar algum elemento (a frente, por exemplo) adequado da cápsula para essa alinhamento. Você deverá começar por ajustar provisoriamente o peso de apoio da cápsula (para isso, consultar o item seguinte e lembrar que aqui você estará trabalhando com a agulha sem proteção). Depois, deverá colocar em posição o LP em desuso e o gabarito sobre ele com seu orifício inserido noeixo do disco. Todo gabarito de dois pontos possui duas áreas com linhas paralelas tangenciais aos sulcos e, nelas, dois pontos onde deverá ser apoiada a agulha. Veja figura 6(DB Protractor) e figura 7 (gabarito oferecido por Steve Rochlin, do EnjoytheMusic, em uso). Observe as ranhuras de fixação da cápsula.

Figura 5: Gabarito de um ponto (Geo-Disc). Alinhe a marca "A-A" com o centro do eixo do braço. Após travar o disco para evitar que gire, coloque a agulha exatamente sobre o ponto"B". Finalmente, alinhe a cápsula de modo a ficar paralela com as linhas "C".





Figura 6: DB Protractor


Figura 7: Gabarito de Steven Rochlin

Figura 8: Gabarito da LINN. Observe os pontos externo e interno de apoio da agulha e o reticulado para verificar e ajustar o paralelismo da cápsula.


Se seu gabarito indicar outro método de ajuste, poderá optar por segui-lo. Ou, então...

Inicie levando a agulha até apoiar no ponto mais distante do centro do disco everificando e ajustando os lados da cápsula paralelos às linhas marcadas no gabarito. Verifique agora o paralelismo no ponto mais interno.

Figura 9: Ajustando a cápsula paralela com o reticulado.
Se a cápsula estiver paralela às linhas do gabarito, estamos conversados.

Se o ponto interno não mostrar a cápsula paralela às linhas, veja em que sentido você deveria girar a cápsula para obter o paralelismo buscado.

Há agora duas possibilidades: 1) o sentido em que seria necessário girar a cápsula para fazê-la paralela é anti-horário (para esquerda, olhando de cima) ou 2) esse sentido éhorário (para direita, olhando de cima).

No primeiro caso, o braço é curto. Você deverá correr a cápsula no sentido do extremo do braço pelos trilhos (para isso você deixou os parafusos não muito apertados, lembra-se?), tentando sempre não mudar o ângulo da cápsula na cabeça. Faça esse movimento até que ela esteja alinhada (paralela) às linhas do gabarito e continue até duplicar a distância (ou seja, faça o dobro da correção).

Se o sentido for anti-horário, deverá fazer o oposto, retroceder a cápsula.

Agora verifique a situação no ponto mais externo, para o qual deverá mover a posiçãodo gabarito no prato do toca-discos. Se houver falta de paralelismo, girará a cabeçaaté alinhá-la com al linhas do gabarito, sem corrê-la nem para frente nem para trás.

Voltará ao ponto interno e repetirá o procedimento explicado antes, sem mudar o ângulo da cabeça..

No ponto interno, você deverá mudar a posição longitudinal da cápsula no braço sem mudar o ângulo, corrigindo o dobro do necessário.

No externo, girará a cápsula sem avançá-la nem retrocedê-la.

Este vai e vem será repetido algumas vezes, até conseguir que em ambos os pontos acápsula fique paralela às linhas do gabarito. Com braços corretamente instalados, ou com ranhuras de montagem da cápsula suficientemente longos, não deverá haver problemas. Se ambas as condições estiverem ausentes, a única solução é reinstalar corretamente o braço ou, se o erro for pequeno, tentar a seguinte opção: leve a cápsula ao máximo de ajuste nos trilhos no ponto interno e gire a cápsula até obter o paralelismo possívelcom o gabarito. Não será o ideal, porém terá o ponto de menor distorção no interior do disco, onde a distorção própria do disco é maior. Outra forma é tratar de alinhar a cápsula em ambos os pontos mantendo um erro inverso em cada um deles.

Após terminar os dois passos anteriores, ajuste os parafusos da cápsula sem exageros.Apertá-los muito poderá causar deformações no corpo da cápsula ou no braço e favorecer ressonâncias ou criar problemas mais graves. Segure firmemente a cápsula (cuidado com a agulha!!) durante o ajuste final dos parafusos. É comum que ela se mova. Depois de ajustados, verifique novamente o zenit. Há outras formas de se chegar a resultados similares, pois o principio é o mesmo.

Parece muito complicado?

Nem tanto, desde que você leia e releia as explicações até entender os detalhes.

Pôr mãos à obra facilita muito.

Atenção: eu disse: "mãos à obra", e não "na agulha" ! ...

Na figura 10 você pode ver o procedimento sendo realizado no DBP-10 Protractor, neste caso com a agulha no ponto externo. Outros gabaritos são mostrados nas figuras 6, 7 e 8, e os procedimentos nas figuras 5, 9, 10 e 11.

Figura 10: uso do gabarito

Figura 11: Um dos gabaritos Wally em uso. Este gabarito é feito específico para cada marca e modelo de braço. Observe a base espelhada.

O azimuth, ou ângulo vertical da cápsula:

Para evitar que a agulha apóie mais num lado do que no outro do sulco (ver figura 13), ela deve manter um perfeito ângulo vertical quando vista de frente (Figuras 12 e 14).

Para verificar isso, coloque o braço apoiado no disco. Olhando de frente em relação ao braço, poderá ver o alinhamento vertical da cápsula (veja figura 14 e também, 10 e 11). Se ainda não for fácil ver o ângulo, coloque um espelho na frente da cápsula, como nafigura 15.

Alguns braços permitem um ajuste fino deste ângulo. Outros não. Neste caso, se o ângulo for acentuado, pode tentar colocar arruelinhas de distinta grossura no parafuso adequado entre a cápsula e a cabeça, de maneira a girar a cápsula até ficar perpendicular ao disco.

Se o ângulo não for muito marcado, talvez seja melhor deixar como está. De todas as formas, é útil saber que um erro de azimuth prejudicará a separação de canais, fazendo com que a imagem não seja bem centrada ou que o foco seja impreciso. Também é bom saber que, com um multímetro e um pouco de tempo você poderá medir a correção do azimuth (consulte alguns dos sites mencionados no final).


Figura 12: Azimuth

Figura 13: erro de azimuth.
Figura 14: Visualizando rapidamente o azimuth.

Figura 15: Verificando o azimuth com um espelho.

O peso e o anti-skating:

Hora de ajustar o PAA (peso da agulha), agora de verdade.

Você deverá colocar a agulha na cápsula (se for o caso). Se o seu braço tiver controles dePAA e anti-skating , regule-os agora para zero. O skating é a tendência que um braço de toca-discos tem de deslizar no sentido do centro do disco, quando montado numbraço com offset. Esta tendência – de origem friccional - será dependente de:

  • o comprimento do braço (um braço de comprimento infinito teria uma tendência nula a deslizar no disco, pois seus ângulos com os sulcos seriam de 90 graus ao longo do mesmo),
  • o offset da cabeça,
  • o PAA. Quanto maior, maior o skating,
  • a velocidade (portanto, é diferente ao longo do disco),
  • o atrito do contato agulha-sulco (é maior com discos de vinil virgem, como alguns dos melhores LPs modernos),
  • o tipo de agulha (é menor com agulhas cônicas),
  • o tipo de modulação impressa nos sulcos
O resultado é que a pressão sobre a parede interior do sulco será maior que aquela sobre a parede externa. Isso causa erros de traçado da agulha no sulco (diferencia entre canais) e também desalinha o magneto do ponto neutro de repouso entre as peças polares em forma similar a como o faz o PAA, só que no plano horizontal.

Há também alguns outros fatores que influem, e os dispositivos de anti-skating resolvem o problema com valores médios especificados no manual de instalação de cada braço. Normalmente, é ajustado para o mesmo número ajustado do PAA (lido no compensador de skating do braço Em valores absolutos considera-se que deve ser igual a 10% do peso doPAA na maior parte do disco, e de 13% na última faixa interna).

Consultaremos o manual para determinar o valor certo de peso da agulha e usaremos abalança – se tivermos uma – ou então usaremos o procedimento mais usual: a regulagem própria do braço que existe em muitos deles (Figura 18).

Deixando o controle de peso da agulha do braço e o anti-skating zerado, começamos por regular o contrapeso do braço até que este fique totalmente horizontal, "flutuando" quando deixado livre.

Recomendo fazer as manobras iniciais de regulagem do contrapeso com o protetor deagulha colocado. Depois de chegado a um ponto aproximado, descobrimos a agulha eacertamos definitivamente o ponto do contrapeso que mantenha o braço o maishorizontal possível. Colocamos um disco velho na bandeja e o braço suspenso sobre ele.Giramos o controle de PAA (normalmente um botão giratório perto do eixo do braço,figura 18) até a marca do peso indicado para a cápsula em uso. Regulamos o controle de anti-skating de acordo ao peso da agulha ( ( ( (figura 18). Os braços que não possuem controle de regulagem do PAA deverão ser ajustados com pequenos movimentos do contrapeso, até se obter o valor desejado.

Uma observação: não se deixe levar pelo impulso de deixar o peso da agulha menor que o mínimo indicado pelo fabricante, pensando desgastar menos o disco. Isto poderá acarretar danos irreparáveis aos sulcos do disco em muito maior medida do que deixar a agulha mais pesada.

Vemos, na figura 16, o procedimento sendo realizado com a balança Shure, mostrada também na figura 17. Esta balança é altamente recomendável por sua alta precisão, simplicidade e durabilidade (tenho uma há mais de 20 anos) e baixo custo. Você precisará freqüentemente de uma balança, de modo que é um bom investimento. Existem também balanças muito sofisticadas para medir o PAA de diversas marcas, bastante mais caras.

Figura 16: Verificando o peso da agulha com balança (Shure).

Figura 17: Outra vista da balança Shure.
Figura 18: Braço Ittok LV II

Observe os elementos de regulagem do PAA, do anti-skating e o contrapeso do braço.

Se você tiver dúvidas sobre o anti-skating e se seu toca-discos estiver numa posição que lhe permita observar a cápsula de frente, verifique se o eixo da agulha mostra tendência a ficar lateralizado, como se quisesse avançar de lado. Em agulhas de alta compliância isto é evidente quando o anti-skating está errado. Ou, então, use meios eletrônicos ou auditivos para verificá-lo.. Os discos de teste costumam ter faixas de tons constantes gravados em níveis altos e progressivos. Num desses níveis, toda cápsula irá falhar, permitindo-nos ouvir distorção e até simplesmente pulando do sulco. Se você verificar que a distorção se inicia sempre em um dos canais, poderá ajustar o anti-skating até eliminar essa situação de assimetria.

Devemos destacar que, no caso da V15, existem duas maneiras de usá-la (com oestabilizador abaixado ou não) e, portanto, dois ajustes diferentes do peso da agulha: com o estabilizador em uso, deve ser 1.5 g. Sem ele, 1g (0,75 a 1,25 g).


O importante e famoso VTA, ou ângulo vertical do cantilever:

O cantilever tem um ponto de apoio na cápsula (que está acima do nível do disco) e um comprimento definido. Isto faz com que, quando a agulha se movimenta, o ângulo que forma com a superfície do disco mude (ver Fig 20), tanto no sentido horizontal, quanto no vertical. Esta mudança de ângulo (e, portanto, o comprimento do cantilever) deveria, teoricamente, ser igual àquela da cápsula gravadora, a fim de que a forma de apoiar no sulco e extrair as informações nele contidas seja maximizada e a distorção mantida no mínimo. Ademais, e tão importante quanto, o ângulo com que a agulha apóia no disco está previsto pelo fabricante de tal forma que, quando aplicado o PAA correto, o magneto (ou bobina) que está na outra ponta fica exatamente no centro das peças polares das bobinas (ou do magneto). Um peso errado fará com que o magneto saia do ponto correto de trabalho.

A este ângulo formado entre o cantilever e a superfície do disco denomina-se ângulo de traçado vertical ("vertical tracking angle", ou VTA). O ângulo – VTA – usado por quase todas as cabeças gravadoras varia entre 18 e 25 graus, sendo o mais comum de 22 graus.

Se você observar a agulha lateralmente com uma lupa, verá que, no extremo, o cantileverestá curvado de maneira a fazer que – com o devido VTA – a agulha se apóie verticalmente no sulco. A este ângulo (que, às vezes, é confundido com o VTA) entre o eixolongitudinal da agulha e a superfície do disco, denominamos ângulo de apoio da agulha(stylus rake angle, ou SRA) e está mostrado na figura 23 e 24. Ele é medido tendo como referência a vertical (ângulo reto com a superfície do disco). Como podemos ver, em cada modelo de cápsula o VTA e o SRA estão inseparavelmente ligados.

O fabricante da cápsula normalmente facilita as coisas, fazendo com que, quando o VTA (e, conseqüentemente, o SRA) determinado pelo peso da agulha é o correto, a parte superior da cápsula estará paralela à superfície do disco. Se o braço (e, logicamente, a cápsula a ele fixada) não estiver paralelo à superfície do disco, o VTA não seria o previsto. Por isso, regular o VTA é sinônimo de regular o ângulo do braço com a superfície do disco (ver Figuras 19 a 24).



Figura 19A: Braço SME. Observe o paralelismo entre a face superior da cabeça e do braço com respeito à superfície do disco.

Figura 19 B: Instruções de instalação de um braço (SME V). Observe o paralelismo entre o topo da cabeça e a superfície do disco e o ângulo de offset (entre a linha de montagem da cápsula e a linha do braço)
Veremos depois que o ajuste das cápsulas, como tudo na vida, é relativo. Vários outros fatores também influenciam o VTA e, o que mais importa, a sonoridade final. Por exemplo, nem todos os discos têm a mesma espessura. Mas, em principio, façamos com que a cápsula fique paralela ao disco.

Resumindo, o VTA é o ângulo do suporte da agulha com o disco e deveria ser o maisparecido possível com o da cápsula gravadora (ver figuras 23 e 24).

O SRA é o ângulo entre a agulha e o disco e deveria ser zero (ver Figuras 20 e 21).

O VTA pode ser mudado por erro no peso de agulha. Mas, fundamentalmente, o é peloângulo que o braço forma com o disco, que devemos regular. Duas dimensões influem nesse paralelismo: 1) a altura da cápsula e 2) a altura do eixo de rotação do braço (figura 20).

Você não pode mudar a altura da cápsula (salvo se instalar outra de altura diferente, o que termina sendo a causa mais comum de necessidade de regular o VTA). Mas, se for ao outro extremo do braço, o eixo, verá que, mudando a sua altura, poderá mudar a atitude do braço, até que ele fique paralelo à superfície do disco (figura 21). Alguns toca-discos não possuem meios de mudar essa altura - REGA, por exemplo – mas, muitas vezes, é possível colocar arruelas de metal na base do eixo para elevá-lo.

Seja deste modo ou por meio de um controle específico, regulará a altura do eixo do braço para deixá-lo paralelo à superfície do disco quando a agulha estiver nela apoiada com o peso nominal. Apoiará a agulha no disco parado, e o observará lateralmente. Mudará aaltura do braço no seu eixo até que possa considerar o braço paralelo ao disco.Naturalmente, deverá levantar e travar o braço a cada vez para evitar riscos para a agulha. Vemos , na figura 20, um esquema geral.

Figura 20: Ângulos do braço (e, por conseguinte, da cápsula e do VTA/SRA). Vemos três situações distintas: VTA positivo (A), VTA negativo (B) e VTA adequado (C).
Isto é basicamente suficiente para uma regulagem razoavelmente eficaz. Uma régua paralela poderia servir para obter um paralelismo melhor. Também serve traçar linhas paralelas num com cartão ou papelão que será depois apoiado sobre um LP planopara facilitar a visualização do paralelismo da parte superior da cabeça ou da mesma cápsula. Ou, então, gabaritos para esse fim, como o Wally, por exemplo.

Até aqui estamos realizados.

Posteriormente, você poderá experimentar com diferentes ajustes do VTA. Seguramente encontrará diferença na sonoridade. Tenha em conta que, ao mudar o VTA, você estará mudando SRA, que é, de longe, o fator individual mais importante na qualidade de reprodução de um toca-discos. Não insistimos nas infinitas considerações e técnicas que o tema envolve por ele ser, em si mesmo, um tema de artigo.

Para começo, entretanto, estará muito bem assim. Diria inclusive que, uma vez colocada a cápsula e ajustado o peso da agulha, se observar que o braço está quase paralelo ao disco, talvez seja melhor deixar por aí mesmo, até adquirir mais confiança com o sistema.

Figura 21: Ajuste do VTA-SRA. O braço deve ficar inicialmente paralelo à superfície do disco.
Entrando um pouco mais no tema do VTA, observamos que cada cabeça gravadora usa um VTA diferente (ver figura 23). Por outra parte, a espessura de cada disco é também diferente e influi no VTA da sua cápsula. Menciono isto para você saber, de antemão, que não existe um VTA único para cada sistema de braço-cápsula. Se quiser ir aos extremos, deveria mudar o VTA (mediante a altura do pivô) cada vez que troca de marca de disco ou usa discos de espessura diferentes.

Para não entrar em complicações para as quais você terá tempo de sobra no resto de sua vida, o mais recomendável seria deixar o VTA regulado com um disco de espessura média, e, em caso de dúvida, deixar o eixo do braço algo mais baixo (um milímetro, por exemplo) e não ao contrário. A isto se chama VTA negativo, e costuma ser menos prejudicial para o som que o contrário (Ver figura 20).

Você poderá suspeitar que VTA precisa ser diminuído (abaixando o eixo do braço) se observar médios duros, agudos brilhantes demais, transientes ásperos e baixos "finos" de pouca extensão, sem corpo, e poucos detalhes de baixo nível e pouca micro-dinâmica. OVTA estará negativo e precisará ser aumentado (elevando o eixo do braço) quando verificar o oposto: som apagado e amortecido, extensão de agudos prejudicada, baixos congestos e sem definição, transientes opacos e lentos e, em geral, uniformização da sonoridade. Não esqueça que todos os ajustes influem mutuamente, e, às vezes, mudar um deles torna aconselhável revisar os outros. Por exemplo, o PAA insuficiente pode simular VTA positivo e vice-versa.

Figura 22: Ângulo de oscilação do cantilever. Quando aplicado um peso à agulha, o cantilever irá se posicionar num ponto do arco descrito, determinando o VTA. Como pode ver, o peso influirá no VTA em forma direta.

Figura 23: Geometria da agulha e o cantilever. Como pode ser visto, o eixo da agulha e ocantilever estão unidos solidamente, de modo que, quando muda o VTA, muda também o SRA. Na prática, este último é medido com referência à vertical (perpendicular à superfície do disco).
Na realidade, quando você ajusta o VTA, o principal efeito é o de ajustar o SRA, cujo efeito sobre a sonoridade é muito maior que o do VTA. Esta geometria deveria ser idêntica à da cabeça gravadora.

Figura 24: SRA: ângulo vertical entre o eixo da agulha e a perpendicular à superfície do disco.

O final: revisando tudo.

Depois de terminar toda esta cerimônia – que, você verá, é muito agradável e criativa – é muito útil revisar todos os parâmetros novamente. É possível que algo tenha se desajustado no caminho.

Não seja obsessivo demais.

O ajuste básico relatado dará a você 90% do que é possível obter de uma cápsula.

Agora, pare com tudo, guarde as ferramentas num lugar adequado e junte o último que precisa: uma escova anti-estática e, eventualmente, uma máquina para lavar discosou, pelo menos, uma escova e líquido limpa-discos .


O início:

Ahhh! Os LPs !!...Já estava me esquecendo...

Links interessantes:

Da Linn, montagem de cápsula:
Áudio: diversos:

Ajuste de cápsulas:


Accesórios para ajuste:
HiFi News Test-Record:

Steve "Dude" Rochlins free Cartridge Alignment Protractor:


Origem das figuras:

Se você quiser montar rapidamente sua cápsula, deixando para depois qualquer ajuste mais apurado, faça o seguinte (por sua conta e risco): (supõe-se que o seu braço possui regulador de peso e de anti-skating)

Verifique que o toca-discos esteja horizontal.

Mantenha a agulha coberta com seu protetor (se a cápsula incluir um) ou fora da cápsula e protegida (se for cambiável). Tenha presente em todo momento a necessidade de proteger a agulha contra qualquer traumatismo.

Aparafuse a cápsula na cabeça.

Conectar os cabinhos mantendo a coerência de cores.

Coloque a agulha ou retire o protetor e coloque um LP "sacrificável" no prato.

Ajuste o regulador de peso da agulha do braço para zero. Ajuste o anti-skating para nulo. Ajuste a posição do contrapeso do braço para que este fique horizontal quando liberado. Ajuste o regulador de peso para o valor determinado no manual da cápsula. Ajuste o regulador de anti-skating para o mesmo valor do peso.

Verifique se o braço fica paralelo à superfície do disco. (Se estiver muito fora de paralelismo, sugiro parar por aí e dedicar um tempo a ajustar o VTA Siga as instruções do manual do braço ou as contidas neste artigo).

Toque um LP. Se houver muita distorção ou se a agulha pular de sulco, pare imediatamente e siga as instruções do artigo, ou consulte um expert em instalações de sua confiança.


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