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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

DOCUMENTÁRIO :: COMO J DILLA USOU O MPC PARA REVOLUCIONAR O HIP HOP


“Como Jimi Hendrix tocava guitarra ou John Coltrane tocava saxofone”


A série de documentários musicais da Earworm lançou seu último episódio, com foco no trabalho pioneiro de James Yancey, também conhecido como J Dilla.

O documentário é todo sobre como o lendário produtor de hip-hop humanizou o uso da MPC 3000, sendo inovador e revolucionário no manuseio e criação com uma máquina. O documentário mostra também sobre como Dilla usou o sampler MPC (Midi Production Center) da AKAI em diversas de suas produções e composições.

Ao contrário da tecnologia anterior da Akai, que veio pré-carregada com um número limitado de sons que você pode usar, o MPC permite gravar, salvar e alterar seus próprios sons.


Dilla notoriamente evitou o uso dos aclamados recursos de quanitização da MPC- a capacidade das máquinas de bateria eletrônica e de sample de formatar sons em loops e padrões de batida perfeitamente uniformes.

Eu acho que Dilla era simplesmente super aberto. Muito disso tinha a ver com ele estar disposto a não se importar se o disco acelera ou desacelera, desde que seja bom. Esqueça o quantize cara, ela (MPC) faz o que eu digo que ela faz”, compartilha o músico e palestrante Brian“ Radar” Ellis.

O MPC era uma fera diferente porque realmente colocava você no assento do motorista em termos de textura sônica que você queria.

Ele usou a MPC como Jimi Hendrix tocava guitarra ou John Coltrane tocava saxofone. Era uma extensão de si mesmo. É provavelmente por isso que, de todos os MPCs usados ​​por incontáveis ​​produtores de hip hop e fabricantes de beat ao longo dos anos, o de J Dilla está em um museu.

Veja o filme abaixo: 


sábado, 7 de julho de 2012

ERICK B. & RAKIM - PAID IN FULL 25 ANOS


Eric B. & Rakim - Paid In Full
Paid in Full é o álbum de estréia da dupla Eric B. & Rakim lançado em 7 de julho de 1987 pelo selo 4th & B'way. A dupla gravou o álbum junto com produtor Marley Marl em seu home studio e e tam'bem no Power Play Studios em Nova Iorque. Na época Eric B estava na busca de um rapper para complementar o seu trabalho como dj nos idos de 1985. O álbum alcançou a posição número 58 na Billboard 200 e lançou cinco singles, "Eric B. Is President", "I Ain't No Joke", "I Know You Got Soul", "Move the Crowd", e "Paid in Full".

Paid in Full é creditado como um álbum de referência da era de ouro (ou golden era) do hip hop. Rakim que foi pioneiro no uso de rimas pessoais falando da sua vivência, definindo um padrão mais elevado de lirismo do gênero e serviu como modelo para futuros rappers. A amostragem do álbum por Eric B. tornou-se influente na produção de hip-hop. O disco vendeu mais de um milhão de cópias e a Recording Industry Association of America (RIAA) concedeu o disco de Platina em 1995. Em 2003, o álbum foi classificado como o número 227 na revista Rolling Stone na lista dos 500 maiores álbuns de todos os tempos .

A primeira faixa gravada foi "Eric B. Is President", foi lançada como single nos independente do selo Zakia em 1986. Após a Def Jam Recordings fundada por Russell Simmons ouvir o single, a dupla assinou contrato com a Island Records e começou a gravar o álbum em Manhattan Power's Play Studios no início de 1987. Rakim escreveu suas músicas em aproximadamente uma hora enquanto ouvia a batida. Ele, então, gravou os vocais lendo suas letras a partir de um papel. Em 2006, Rakim revelou: "Quando eu ouvi meu primeiro álbum hoje e me ouvir lendo minhas rimas, eu sou o meu pior crítico". A dupla completou o álbum em uma semana. Eles disseram que trabalhavam em turnos de 48 horas e gravavam em um único take para completar o álbum dentro do orçamento. Em uma entrevista de 2008 Eric B. declarou: "sentar aqui e dizer que planejamos juntos este álbum para ser um grande álbum seria uma mentira. Estávamos apenas gravando coisas nos fazia sentir bem".

O sucesso do álbum levou a um contrato com a Uni Records e MCA Records em 1988, que lançou seu segundo álbum, Follow the Leader. Eric B. & Rakim são creditados como produtores de Paid in Full. Apesar de Marley Marl alegar ter produzido duas faixas ("My Melody" e "Eric B. Is President"), Eric B. argumentou que Marley Marl era apenas o engenheiro de som. Em 2003, Eric B. alegando que a dupla não tinha sido totalmente paga pelo seu trabalho entrou com uma ação contra o grupo Island Def Jam, Lyor Cohen e Russell Simmons.

Rakim estava rimando diferente dos padrões simples do hip hop no início de 1980. Seu estilo de ritmo livre ignorando flows repetitivos ganhou comparações com Thelonious Monk. Enquanto muitos rappers desenvolveram sua técnica através da improvisação, Rakim foi um dos primeiros a demonstrar as vantagens de um estilo escritor, como por exemplo do uso pioneiro de uma rima internas sobre si e suas experiências de vida. Ao contrário de antecessores como LL Cool J e Run DMC que entregou seus vocais com alta energia, Rakim empregou uma fluência um pouco mais sutil. De acordo com a MTV, "Nós tínhamos visto MCs como Run DMC, Chuck D e KRS-One gritando no microfone com energia e irreverência, mas Rakim tomou uma aproximação metódica ao seu microfone. Ele tinha um fluxo lento, e cada linha foi contundente, hipnótico".. a forma de rimar de Rakim resultou do jazz e suas influências, ele havia tocado o saxofone como um John Coltrane. Seu assunto muitas vezes cobria as suas habilidades próprias do rap e uma superioridade lírica sobre outros rappers. 

Steve Huey do AllMusic caracteriza Rakim por suas "complexas rimas internas, imagens de alfabetizados, fluência e rimas fora do ritmo, suave e imprevisível". Jess Harvell descreveu seu rap como "autoritário, polido, [e] que possui um sentido inabalável de ritmo". Paid in Full, que contém batidas pesadas e escuras, marcou o início do boom bap nos registros do hip hop. Do álbum de dez faixas, três são instrumentais. Como dj Eric B. tinha restabelecido a arte do toca-discos na mixagem ao vivo. Sua alma cheia de samplers tornou-se influente na produção futura do hip hop. O crítico musical Robert Christgau notou que Eric B. tinha incorporado "toques de buzina ou apito no fundo do mix" na percussão, samplers e scratchs. 

"Eric B. Is President" foi lançado como o primeiro single e "My Melody" no Lado B. A música provocou certo debate sobre a legalidade dos samplers  não autorizados quando James Brown foi a justiça impedir a utilização dos samplers pela dupla usados nas produções. PopMatters 'Mark Anthony Neal chamou de "a mais dançante do hip-hop gravação "de 1986. O segundo single, "I Ain't No Joke", foi descrito como um dos singles monumentais do álbum, Michael Di Bella escreveu no guia da música All to Rock que "Rakim pega o ouvinte pelo pescoço e ilustra sua maestria do ofício da rima ". 

O terceiro single, "I Know You Got Soul", a produção da faixa contém pratos e chimbal digitais, sons de respiração, e uma linha de baixo pulsante. A canção popularizou os samplers de de James Brown nas canções de hip hop. A banda britânica M|A|R|R|S que sampleou o verso "Pump up the volume" no seu single que chegou a número um do Reino Unido, "Pump Up the Volume". O quarto single, "Move the Crowd", e no Lado B "Paid in Full", foi lançado como single em 1987 e mais tarde remixada pela dupla Coldcut . O remix usou vários samplers vocais, o mais proeminente "Im Nin'Alu" pelo cantora israelense Ofra Haza. Em 2008, a canção foi classificada no número 24 na VH1 's no "100 Maiores Músicas de Hip Hop". 



terça-feira, 12 de maio de 2009

PENTÁGONO - É O MOIO [DRUM SONG RIDDIM]


O Pentágono, grupo paulista de Hip Hop lançou nesse mês de abril o video clipe da música "É O MOIO", do álbum "NATURAL" de 2008. O grupo proveniente do Jd. Iporanga da Zona Sul de SP tem influências de sobra de reggae e dancehall, motivo desse post comentando esse vídeo.

A música tem como base o sampler do riddim "Drum Song", de autoria de Jackie Mittoo, lançado por Coxsone Dodd em 1968 (?!). A banda responsável pelo riddim foi a Soul Vendors, umas da bandas de apoio do Studio One, formada por integrantes que se misturavam tanto do Skatalites e Sound Dimension.

Drum Song, esta dentro dos 5 riddims que não podem faltar em nenhuma seleta, desde o roots até as versões dancehall e steppers lançados nos últimos anos por selos como Fatman, Digital-B de Bobby Digital e Backayard Movements de Russ Disciple, antigo protegido de JAH Shaka. 

Desde as primeiras canções sobre o riddim, sempre houve uma vibração consciente liracamente falando, letras afrocêntricas e de repatriação a África dando ao riddim uma camada Garveyista com a visão de cada artista. 

Drum Song é um Nyabingui e poderia até mesmo, se não fosse de autoria de Jackie Mittoo, poderia ter sido composto por RAS Michael & Sons Of Negus, devido a métrica e o tempo muito parecido com a música "None JAH JAH Children No Cry", com uma levada percussiva de Kettes e um baixo compassado dão o ar africano na música, complementado primordialmente pelo órgão de Mittoo.

Bom, a dica está dada, assista ao clipe e busque pelo restante do trabalho do grupo Pentágono, mais que indicado, e abaixo está uma seleta finíssima de big chunes do drum song riddim. Enjoy!!!

Badoo - Rocking Of 5000// Toyan - Come Along// JAH Stitch - Make A Joyful Noise// Ronnie Davis - JAH JAH Jahovia// Dennis Alcapone - Cassius Clay// Prince Far I - Everytime Hear The Word


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