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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

ENTRE SELOS, DUBS E VERSÕES

O vinil como produto, não é muito diferente de qualquer outro tipo de produto; tem valor agregado, preço e pode valorizar ou desvalorizar absurdamente com o tempo. E existe uma extensa gama de variáveis que podem deixar ele com um valor agregado mais alto, ou desvalorizar um item de colecionador a partir de um repress ou reissue.


Um dos principais fatores para um título ou edição de vinil se valorizar - além da morte de alguém, é o formato da edição do vinil, e existem alguns que para nós aqui nas terras tupiniquins não são usuais. Nos habituamos com; Álbuns em formato de LP's e o Remix que na maioria das vezes está no mesmo álbum. Singles foram praticamente extintos a partir da década de 70, e deram vazão aos LP's promovidos pelas gravadoras majors (Warner Music, Sony Music, Universal Music, etc). A partir da década de 80, gradativamente as gravadoras de médio porte nacionais foram: sendo extintas, faliram ou foram absorvidas pelas grandes multinacionais. Das poucas que restaram, tentaram copiar a forma de gestão e o mesmo modelo de lançamento de produtos das grandes, que ainda conseguiam vender alguns milhões de cópias de discos naquela época com celebridades.

Nesse caso, vender muito nunca foi sinônimo de qualidade, criatividade ou inovação. Artistas do mainstream americano sempre venderam muito, assim como duplas nacionais de suposta música sertaneja também, mas é fácil achar discos em sempre por alguns poucos reais. E nesse aspecto de desvalorização que um disco por ser 'comum' pode deixar de valer muito no decorrer do tempo Mas isso não quer dizer que ele tenha sido mal produzido ou de má qualidade, simplesmente ele pode ter ficado esquecido como obra, ou ter sido irrelevante para sua época.

Em outro aspecto, edições limitadas e o acesso a produções autorais de maior investimento criativo e de marketing, podem ter um valor agregado alto. E adquirindo a cópia no lançamento, é possível prever hoje em dia que uma edição vai se tornar rara ou ter seu valor agregado maior no decorrer dos anos.

Um dos grandes portais de busca de catálogos de discos é o discogs - e é o portal que usamos para vender os títulos em estoque. E no decorrer do tempo um dos grandes fatores que ajudaram no catálogo foi a padronização dos formatos lançados pelos selos e gravadoras.


No texto "Desmistificando o Vinil Original Press", que serve como matriz para esse artigo, já da para ter uma noção sobre a forma de prensagem, e abaixo tem uma especificação do que um possamos dizer produtor, resolveu fazer com a música dele ou com qualquer outra música. Para os termos abaixo, se pesquisar vai encontrar diversas formas de explicar 'o que é o que', a indicação é de que se busque alguns denominação, além do óbvio Wikipedia. A indicação sempre é buscar alguns livros a respeito, e visitar sites com descrições autorais, de produtores, dj's e colecionadores.

Na imagem ao lado, é exatamente a tabela de quais informações do vinil, devem constar para um título ser cadastrado no discogs;

  • Qty (Quantidade): É a quantidade de mídias contidas em determinado título; LP Duplo é igual a 2 x LP, LP Triplo é igual a 3 x LP, LP Quadruplo é igual a 4 x LP, e assim por diante.
  • Size (Tamanho): É o formato da mídia, habitualmente utilizamos 7", 10" e 12", mas existem variáveis. As aspas após o número representam polegadas (inch's).
  • Speed (Velocidade/RPM): É o numero de rotações por minuto do vinil, sendo habitualmente 33 1/3 RPM, 45 RPM e 78 RPM.
  • Shape: Formato da mídia, mas raramente eu utilizei essa informação em qualquer descrição.
  • Sides (Lados): Duas opções apenas, ou o vinil é 'Single Sided' (único lado) ou ambos. Somente utilize se for Single Sided se houver registro em apenas um dos lados.
  • Description (Descrição): Aqui é um dos campos mais importantes, é relacionado ao formato divulgado do título; LP, EP, Single Compilation, Limited Edition, Mixtape, etc. Nesse campo é bom ter o título em mãos e verificar todas as infos.
  • Channels (Canais): Se trata da masterização do título que pode ser Stereo, Mono, Quadrifônico ou Ambisônico, e o número de canais onde a trilha foi dividida. Habitualmente a masterização é Stereo (dois canais) ou Mono (um canal).
Agora existem outros formatos de lançamento, tanto do formato do Selo (ou etiqueta), que é o principal fator que define a edição daquele título; edição limitada, deluxe, promo, test press, etc... E a famigerada tal da versão produzida; remix, refix, mash up, bootleg, dubplate, e etc...

Mas você pode perguntar; mas não é tudo a mesma coisa?... A resposta é não, não é. Cada seguimento ou denominação no decorrer do tempo tem o propósito de diferenciar o trabalho do produtor, e o formato na finalização do produto.

Abaixo tem uma descrição breve do que cada denominação significa:

Test Press, Blanks e White Labels
São os discos com o selos brancos, lisos em sem nenhum escrito ou denominação; nome da música, artista, banda, selo, produtor, etc. As 'Test Press' normalmente vem com o nome do artista e o número de catálogo - em alguns casos existe um selo do fabricante indicando que é aquele vinil é um 'Test Press'. A quantidade de discos 'Test Press' prensados variam de 5 a 20 unidades, podendo ser aprovados ou descartados (nesse caso é feita uma nova tiragem).

Blanks e White Labels, são parecidos mas não são iguais. Blanks são os títulos lançados por um selo, mas sem a impressão da marca ou título. Um disco Blank pode ser Blank por vários motivos; o selo não quis pagar a impressão, o fabricante errou a prensagem da tiragem, o responsável pela prensa errou ao não colocar o selo correto, enfim. Um Blank não é um disco pirateado ou algo do gênero, é um produto no qual simplesmente a etiqueta não foi impressa, mas o número do catálogo do selo é visualizado na borda no final da trilha (run out).



Agora os White Labels (selos brancos) são uma categoria a parte. Diferente dos Blanks, os discos de selo branco hoje em dia em sua maioria categoriados como 'Unofficial' - lançamentos não autorizados pelo detentor dos direitos autorias da obra e do registro fonográfico.

Diversos DJ's acabam lançando suas músicas nesse formato. Os 'copyrights' não são pagos, e ele acaba ganhando apenas na venda do vinil. Nos anos 90, DJ's de gêneros como Hip Hop, Drum N' Bass, Jungle, House, Techno, Garage e diversos produtores lançaram versões não oficiais de reggae, se aproveitaram do formato dos White Labels. A partir dos anos 2000, DJ's de música eletrônica continuaram se aproveitando dos 'white labels' para colocar o seu trabalho a venda, e com o surgimento do dubstep, os 'white labels' foram talvez os mais utilizados para a comercialização dos 'refixes' produzidos pelos principais produtores do gênero.


Dubplate
Muitos mais novos amantes aficionados do mundo do reggae e das sound systems, tem na sua mente a ideia de quem dubplate é uma 'arma' a ser utilizada para soundmans aniquilarem soundboys, em faixas exclusivas produzidas anteriormente com o advento do cantor, mc, deejay, ou qualquer nome que queira dar, dizer o nome de quem está tocando (seletor, dj, sound system, etc.), dizendo que ele é o melhor do mundo. Mas sinto lhe dizer, dubplates existem antes do reggae e sua aplicação no universo musical é maior que muita a ideia de ser utilizado apenas no reggae.

Um dubplate é um disco de acetato - geralmente no formato de 10 polegadas de diâmetro - usado em estúdios para gravações com a finalidade de realizar um controle de qualidade, e testar antes de prosseguir com o produto final, e depois é realizado a tiragem do vinil com produto para venda. A palavra "dub"  é uma abreviação da palavra "dubbing", que em português tem uma alusão que pode ser dita como "duplicação" ou "duplicar" a versão original de uma faixa. O nome dubplate também se refere a uma música exclusiva, que ficaram famosas por serem utilizadas em sistemas de som de reggae, mas também foram muito utilizadas por produtores e dj's de drum and bass, garage e outros produtores de música eletrônica, dj's de hip hop e donos de sistemas de som.


Estes dubplates, muitas vezes, são gravações inéditas (que podem ou não acabar sendo colocados à disposição do público em geral) ou versões exclusivas ou remixes de gravações existentes. Eles eram frequentemente usados ​​como uma ferramenta de pesquisa de mercado para avaliar as vendas prováveis ​​de uma música, já que (relativamente) eles são muito mais baratos do que produzir uma tiragem de um música em vinil
. No entanto, não muito pouco tempo atrás o material usado (acetato) para 'cortar' o dubplate era mais macio, a ranhura ficava desgastada, pouco a pouco com cada reprodução. Depois de cerca de cinquenta usos a perda na qualidade do som se tornava perceptível. Atualmente já são produzidos em novos materiais, e mais duráveis.


Agora existe uma gama de termos que surgiram no decorrer dos anos, para definir a ideia de quem produziu algo que considera ser novo. O difícil é categorizar e principalmente definir 'o que é o que' num universo tão abrangente quanto é a música. Abaixo estão alguns termos que surgem na compra de um título em vinil, cd ou qualquer mídia, mas não fica muito claro muitas vezes do que se trata:

Repress e Reissue
Eu já escrevi de forma bem detalhada sobre Repress e Reissue no texto já citado "Desmistificando o Vinil Original Press". No link ao lado, você consegue ter as informações sobre o que é (resumidamente a seguir) um Repress: que é um título reprensado de uma mesma matriz. E o que é um Reissue: que é um título relançado a partir de uma nova matriz. Resumidamente e muito resumidamente mesmo é isso. Maiores detalhes  clique no link.


Bootleg, Mashup, Refix, Remix, e Etc.
No texto sobre"A História do Dancehall", eu começo dizendo nas primeiras linhas: "A cada 5 anos alguém, algum produtor ou músico inventa um nome novo (...) e confunde outras com esse novo nome dado a determinado estilo ou música." Essa frase vale também para as denominações a seguir, e reforçando, de tempos em tempos alguém inventa um nome novo para definir algo que já existe. A intenção é de apropriação, mas existe um abismo de diferença entre inventar e inovar, enfim... vou tentar dar alguns exemplos com músicas sobre cada termo. Mas já aviso, algumas coisas por mais que se tente ver diferenças, são extremamente semelhantes. 


Bootleg
O Bootleg existe há décadas e pode ser considerado o "pai que não reconheceu a pirataria como filha". Obviamente Bootlegs são mais legais que cd's piratas - que são feitos a partir do original. Bootlegs - em sua essência, são gravações realizadas com ou sem o conhecimento do artista. E essas gravações eram lançadas sem o devido pagamento do copyright e royalties (que são direitos autorais), e como dito sem o conhecimento do artista muitas vezes. Esses Bootlegs poderiam ser shows ao vivo ou gravações realizadas em um estúdio, e alguém resolveu lançar como um título não autorizado, isso alguma décadas atrás. Hoje pode se dizer que o Bootleg está mais próximo do que pode ser definido como remix. Em muitos casos o termo Bootleg foi substituído por 'Unofficial', já que muitas gravadoras e selos 'legalizaram' o negócio de bootlegs... mas eles continuam existindo.


MashUp
Tem um pouco de Bootleg, mas nem todo MashUp é Bootleg. O intuito de um MashUp é juntar duas músicas diferentes juntas... simples assim. Mas ainda é diferente de um remix. MashUps habitualmente buscam juntar (ou se preferir mixar) gêneros diferentes. Isso já é feito há tempos e foi exaustivamente lançado por dj's e produtores de hip hop. E acabou por ser usado em outros gêneros também. Um MashUp somente pode ter a descrição de Bootleg se for lançado sem aquela licença básica e pagamento de direitos autorais. Abaixo dois exemplos de MashUps que são Bootlegs:

 Abaixo a música 'Travellin' Man' de Mos Def, que foi mixada junto de 'Underground' de Lee Perry. Isso é um MashUp porque oficialmente nenhum dos dois gravaram juntos em nenhum momento na história. 'Underground' foi gravada no Black Ark por Lee Perry em 1976 e lançada no LP clássico 'Super Ape'. Já 'Travellin' Man' foi gravada por DJ Honda e Mos Def em 1998. A música 'Travellin Underground' está no álbum Mos Dub foi produzido por Max Tanone em 2010.
 
E agora está uma fase oposta, onde o vocal é mais antigo que o instrumental. O DJ Sheepdog é conhecido pela festa Nice Up! que acabou por se tornar um selo, e lançou pelos meados dos anos 2000 diversos MashUp's, em sua maioria variando entre o hip hop e o dancehall juntos. A música 'Jah Wish', é um MashUp entre um clássico de 1996, com a música 'I Wish' do rapper Skee-Lo, que fez muito sucesso em coletâneas por aqui, e pela banda obscura por assim dizer 'Black Grass' com a música 'Oh Jah' com voz do Jah Marnya lançada em 2006. Abaixo as originais, e por último como ficou o MashUp lançado pelo selo Nice Up!



Refix
Dizem que um Refix é a junção de duas músicas de estilos diferentes, mas ai você pode me perguntar; Mas Ras isso não seria um MashUp?... A resposta é não, um Refix quer dizer que a música utiliza um elemento pré gravado e o outro é produzido a partir do zero, um exemplo de 'Refixes' são as produções de dubstep, que em diversos momentos utilizam essa fórmula. A principal diferença entre um remix e um refix, é a que a música é a mesma, mas o gênero é diferente, existem as similaridades, mas a construção da música e os padrões são diferentes.

Abaixo o exemplo da música 'Wickedness' de Brother Culture e Mungos Hi Fi, e a versão original e a Refix. 


Remix
Em sua maioria um versão diferente de uma música, no mesmo gênero original, ou num gênero diferente. O termo 'Remix' vem de fazer uma nova mixagem na música. Eu penso ser controverso quando alguém insere algo do tipo 'trip hop remix', 'hip hop remix', ou qualquer coisa do tipo, em casos assim eu penso ser uma nova canção, ou pode estar mais próximo do que é considerado um 'Refix'. Um dos casos mais fáceis de saber - e visualizar, o que é um Remix, talvez seja, o álbum 'Catch a Fire' do Wailers, que depois de remixado o grupo se tornou Bob Marley & The Wailers.  Pois bem, hoje é possível ouvir a versão do álbum remasterizado gravado na Jamaica, e o álbum póstumo lançado pela Island de Chris Blackwell ou 'Whitewell' carinhosamente chamado por Peter Tosh.

A grande diferença entre os dois álbuns é o minimalismo das gravações realizadas na Jamaica. A quantidade de arranjos e instrumentos é muito menor, a vocalização é mais clara e o álbum fica mais óbvio. A versão da Island é recheada de overdubs, com mais solos de guitarras e órgãos. Ambas as versões são extremamente interessantes, mas eu sempre acabo preferindo a versão jamaicana.    
Por último, mas não menos importante, as versões e os dubs no Lado B dos discos, ou na sequência da faixa título. Nem toda versão de um reggae é um dub, e nem todo dub provém de uma faixa principal com vocal. Alguns músicas já são produzidas com o intuito de ser um dub, o conceito do gênero desde o inicio já estava na concepção da ideia do produtor. E por outro lado, nem toda versão é um dub, em muitos casos são extensões instrumentais.


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domingo, 14 de agosto de 2016

A ASCENSÃO DA TECNOLOGIA NA MÚSICA JAMAICANA

O estudante da música jamaicana Frederick R Dannaway fala sobre a ascensão da tecnologia e máquinas - e a mudança do papel do produtor - a partir das raízes do reggae e através do dub até o dancehall digital.


“Computer world, we in a computer world” – Lee Van Cliff (“Computer World”) 
[Mundo do computador, estamos em um mundo de computador]

Ritmos Rizomáticos


As raízes do reggae para são profundas nos solos africanos, ressurgindo como filamentos digitais e radículas na criação de dub, dancehall e reggae digital. A complexidade rotativa de instrumentos filtrados através de vários tipos de mixers e efeitos especiais mudou a própria concepção de música. A partir dos quartos de dormir para estúdios profissionais de ponta, o hardware digital está sempre nascendo com novas combinações. O Dub como a sombra mística de versões vocais sempre teve um toque de magia em suas traduções, ecoando com ritmos de one drop. Os produtores são os 'cientistas' e 'professores', 'organizadores', 'doutores' ou 'químicos' em suas receitas de poções de áudio que vibram de seus laboratórios de estúdio.


Toda música que não é apreciada ao vivo e em pessoa é submetida a introdução em dispositivos de gravação, equipamentos de estúdio, microfones e amplificadores. No entanto, alguns dos equipamentos do estúdio vintage pareciam transmutar as gravações exclusivamente - os produtores modernos tentam voltar a invocar essa assinatura e como a música soava. Portanto nesses períodos musicais, antes das saídas de estúdio, eram definidos pelo ambiente tonal único do equipamento de gravação. Certos equipamentos são lendários, como a Ampex 351, o Santo Graal das artes de gravação. No exterior, a Ampex estava gravando Elvis e The Beatles, marcando a era pelo seu som característico. Na Jamaica foi imortalizado por gravação de grupos como The Wailing Wailers com Bob Marley no Studio One.


Estúdios constantemente atualizam seus equipamentos, seduzido por diferentes sons de instrumentos e cantores, permitindo um canal separado para cada componente e efeito. mesas de mixagem personalizadas e de linha profissional produzidas em linha de produção,  combinados com reggae e dub, dando a mixagem uma rugosidade e reforço no processo, em vez de diminuir a precisão geral. O Channel One Studios se graduou  com uma Ampex MM1200 assassina de 16 pistas nos anos 80, e a partir  de USD 38.000, o console API que Hoo Kim comprou, foi o custo para iniciar o estúdio em 1972. O primeiro lançamento do estúdio, "Can I Change My Mind" por Delroy Wilson era um marco nas paradas e sucesso, e uma mudança marcante na som de ilha, estendendo o domínio do Channel One para a próxima época.
 
Mesa de Mixagem de King Tubby - Anotações por Chris Lane

A extensão lógica disso é que a própria mesa de mixagem torna-se um instrumento, transmutando certos tons de ecos fantasmagóricos, reverb e delays, que envolvem a música em um quente brilho aural, quase sobrenatural. A magia da mesa de mixagem é permissiva para o overdubbing de instrumentos, como é exemplificado por Freddie McGregor em muitos clássicos Studio One - incluindo a maior parte das produções de Sugar Minott para Coxsone - que revigorou riddims antigos. A mesa de mixagem clássica usada pelo Channel One, a API 1604, é uma obra-prima tecnológica e trabalho de arte que rivaliza com os instrumentos de madeira mais finos em estética e charme - mesmo, ou especialmente, se ele evocar o mesmo design dos controles baseados em filmes de ficção científica dos foguetes.


É possível visualizar a magia desencadeada sobre as massas na Jamaica em 1968, quando King Tubby e o Hometown Hi-Fi estrategicamente colocaram caixas de som com base em suas frequências, para revelar sua manipulação acidental de versões que deu origem ao gênero Dub. Este foi um momento marcante na música, que elevou o produtor a artista, e o equipamento de estúdio - como a  linda MCI modificada, mesa de mistura de King Tubby - para os instrumentos que iriam remixar e reinterpretar a música de uma forma profunda. Os 12 canais, e depois de 16 canais e mais além, mesas de mixagem - como Tubby e Jammy usaram - permitiu que as camadas distintas da música fossem dissecadas (e às vezes mixadas em até quatro faixas), permitindo que o baixo e percussão pudessem relaxar e arder em um minimalismo intenso, paternalizando o reggae digital reducionista do final dos anos 80 através dos anos 90. Deejays que conversam sobre as versões dub minimalistas, era a música rap antes de existir hip hop. As ramificações da música de raiz para as instrumentais versionadas criadas através do dub como seu próprio gênero. A estética do dub na Jamaica na década de 1970, expandiu-se para o electro, house e dubstep. Esta música avant-garde tocada com som, textura, tom e escala como um pintor tentando capturar a luz com sombras e contrastes cromáticos, alterando para sempre a evolução da música.

Deejays que conversam sobre as versões dub minimalistas, era a música rap antes de existir hip hop. A estética do dub na Jamaica na década de 1970, expandiu-se para o electro, house e dubstep.

Dubwise e Otherwise


Um sinal analógico é variável, em comparação com um sinal digital - nascido da tecnologia do circuito de um 'computador' datado no início do século 20 - que é constante e geralmente toma dois níveis. A instrumentação eletro-acústica é datada de meados do século 18, e futurista, a vanguarda oferecia a partir da arte de Russolo - The Art Of Noises até Zinovieff, considerando já o computador em composições já na década de 1960, e em alguns aspectos eles são precursores de muitas das explorações de dub e na música digital. Contemporâneos da mesma tecnologia são os sintetizadores de tubo a vácuo analógicos da década de 1920, como o Trautonium, que utilizou a mesma tecnologia que viria a ser tão cobiçada em amplificadores e teclados, como o órgão Hammond B3.

Lloyd 'Matador' Daley não foi apenas o proprietário de uma das primeiras sound systems, ele também criou e modificou alguns dos mais poderosos Amplificadores KT88  para sound systems no final de 1970, como Jack Ruby Hi-Fi e Joe Chin. Seu equipamento definiu e dirigiu a cultura do soundclash e extinguiu-se a sede de graves claros, profundos e nítidos, mantendo a integridade dos sinais médios e altos. A proeminência da bateria e baixo foi uma forma nascente na produção incial da música digital. Atados com ruídos exóticos e raios lasers encharcados de eco e reverb, iniciado por produtores como King Tubby, Lee 'Scratch' Perry, Joe Gibbs e Michael Campbell.


A psicodelia de certas influências como rock e soul do exterior são encontrados muito cedo na música jamaicana, como no pioneiro Derrick Harriot e "Psychedelic Train" com o The Chosen Few em 1970. Derrick Harriot & The Crystalites, com o produtor Errol Thompson, gravaram músicas vanguardistas como "Bombshell", incorporando vários samplers na composição, embora no álbum Harriot ser creditado com os efeitos sonoros. Microfones de válvula - como o AKG C-12 fotografado em algumas fotos do Channel One - absorver e transmitir sons com uma espessura e pureza perdida, mesmo nos microfones de ponta de hoje, onde o foco em clareza limita o som a certos campos, sacrificando a o sinal substancialmente.

Blackboard Jungle Dub, lançado Lee 'Scratch' Perry em 1973, com a percussão acústica obeah-voodoo, combinada com a tecnologia moderna da época para capturar e criar sons, que usavam jarros de barro com água, que passariam através de phasers e flangers. Ele estava criando paisagens sonoras inter-cósmicas gotejando com modulação, e oscilação de ressonância filtrada, que revolucionou a música em todo o mundo. Falsos começos, fitas rebobinadas, tons nunca usados e comandos vocais para a banda estavam todos perfeitamente integrados na gravação final, tornando a produção quase holográfica, como as introdução com o som de rebobinar as mixagens com o segundo take de gravação. Sirenes, lasers,  tiros de lasers sintetizados, efeitos analógicos, e depois o Atari 8-bit digital - tais como aqueles que ficaram famosos por Jack Ruby - foram usados para transitar uma melodia enquanto o registro estava sendo trocado em certas festas, e acabou encontrando seu caminho para a música.


Um pioneiro no Reino Unido foi Jah Shaka, cujo uso do Syndrum Synare 3 e da sirene NJD SE-1, tocavam através de máquinas de eco confortavelmente invadidas pelos riddims de steppers acústicos, bem como Shaka e outras músicas steppers digitais - que ainda permanecem enraizadas na terra e no orgânico. Sirenes e efeitos se tornaram instrumentos importantes em muitos dos álbuns de Shaka e certamente em suas sessões ao vivo.


Os anos 80 e 90 viram as  mesas de mixagem com os efeitos incorporados ao lado dos (botões) de frequência mencionados e osciladores de onda senoidal, e os sound systems aproveitaram-se para separar as unidades que abrigavam esses efeitos, conhecidos como máquinas lickshot. Estas máquinas permitiam explorar um sinal escolhido através de diferentes efeitos, velocidades e tons.

Os enfeites do dub com efeitos de feixes de laser e com som de sintetizadores, eventualmente se tornaram o ponto tonal focal das raízes evolutivas do som rub-a-dub do início dos anos 80, que foi incorporando syndrums, overdubs e sintetizadores. O clássico do Studio One "Rub A Dub Style", de Michigan & Smiley acentua o riddim "Vanity" com a acústica do vintage mixado com o sintetizador digital, com sons de pop's e da bolhas enquanto os deejays rimam. Os efeitos sonoros foto-digitais, montados em cima do riddim e, em seguida se tornando o foco central sobre a versão dub instrumental, foi um marco em 1979. Outro marco nesse som foi Jimmy Riley de "Love And Devotion" de 1981 com elementos do pop digital embrionário, caracterizado igualmente no dub por Massive Dread. Produtores como Tubby, Errol Thompson e a manipulação de Lee Perry no dub, é como um negativo de fotografia da trilha acabada, e foi alimentado através de várias máquinas, como o Echoplex, o auto-personalizado reverb Fisher de Tubby, bem como o Bi-Phase da MuTron e o Space Echo da Roland.



O Computador Diz Isso


Muitas vezes eu ouvi jamaicanos mais antigos, como Audley Coxsone na loja do Studio One na Philadelphia, lamentar o desaparecimento da música de raiz quando a música digital "mudou tudo." Em certo sentido, o acústico vs analógico vs debates digitais pode ser comparado a ervas vs sintético drogas ou luz natural vs lâmpadas de halogéneo: seus processos são um pouco artificial ou virtual em essência, ainda orgânica (para citar Jah Shaka, ou seja, "direto da terra"), mas em um domínio que transcende ou transforma a natureza. O uso de drum-machines atrai críticas de alguns puristas, assim como a invenção do metrônomo no século 19. Augustus Pablo o usava para mapear suas batidas em uma máquina de batidas, para ter os padrões combinados pelo baterista Noel Alphonso na bateria eletronica Simmons. E assim, com os primeiros riddims digitais, em que o crepúsculo (ou amanhecer como é o caso), entre o produtor e programador, os padrões digitais foram tocados, não 'loopados' (repetição de um mesmo número de compassos), mantendo um componente distintamente humano para a música. Mas quando o programador é um músico mestre, tais como Sly Dunbar ou Clevie, suas habilidades na bateria e máquinas de ritmos traduzem em software, ao produzir a música quente, complexa e orgânica, enquanto que outros programadores, menos competentes podem criar mais padrões polidos, sons anêmicos e sem qualquer textura. Cortes digitais, como remakes de Dawn Penn na música "No No No", assustadoramente atualizado (e aos meus gostos, é uma versão superior) de Carlton & The Shoes ' "Forever And Always" (ambos produzidos e tocados por Cartlon Manning, e ele remixou sua própria canção) fornecem exemplos de clássicos re-imaginado através do filtro da tecnologia.


Quase todo livro ou artigo sobre reggae digital irá citar o riddim "Sleng Teng" como o primeiro riddim digital. Mas músicas como "Sensi Addict"  de Horace Ferguson de (1984), e "Get Flat" de Paul Blake & The Blood Fire Posse, eram essencialmente músicas digitais, embora não tenham sido  quebrado o paradigma como o riddim da Casio com a voz de Wayne Smith. As tecnologias em evolução dos osciladores, combinados com frequências filtradas controladas por tensão, que deram origem as lentas flutuações sintéticas de "Sleng Teng", e remontam as primeiras canções de reggae com o Moog infundido. O poeta Mel Cooke, residente erudito do reggae no The Jamaica Gleaner, tem um artigo que tem Redrose alegando que ele e Tubbys, com o riddim "Tempo" antecederam o riddim de King Jammy - quando havia lançado "Sleng Teng". E dizendo; "Nós fomos os primeiros homens a cantar em um (riddim) computadorizado." Redrose continua "foi como ele ter uma das frutas da caixa de loops..."


    "A capacidade de montar precisamente um riddim totalmente programado, um riddim automatizado definiu o futuro..."

Não importa quem foi o primeiro, a evolução (ou morte) estava ligada, e a música jamaicana nunca mais seria a mesma. Quase todas as noites, canções 'computadorizadas' no título eram lançadas, com os cantores ostentando que poderiam montar um (riddim) computadorizado e que não poderia - as implicações, senriam que aqueles que se sincronizavam com a nova tecnologia, iriam passar para uma nova era de dancehall, enquanto vocalistas ludicos, iriam se reconciliar e teriam o seu regresso, se "recordando" das antigas festas. A capacidade de montar precisamente um riddim totalmente programado, um riddim automatizado definiu o futuro, e produtores como Jammy, Gussie Clark, Dixon Robert 'Bobby Digital" e Fattis Burrel, marcaram o início de uma nova era. Músicas Nicodemos, Early B, Yellowman e Uglyman inauguraram o tema e as implicações de um mundo que iria se tornar "informatizado". Tão cedo B pondera, "mais computador, menos mão de obra, estas são as palavras de todos os líderes." Ele continua a perguntar: "O que vão fazer com os dez dedos do Sly?" É claro que, fora do dancehall - onde o canto e improvisos feitos em relação às versões no vinil - as riddims digitais iriam receber tratamento orquestral com uma banda ao vivo, e é a mágica para vigiar uma melodia como o riddim "Punani", que foi tocado com uma só mão por um mestre tecladista pioneiro mestre em um show.



Digital Somos Digital


As tecnologias mutantes chegaram à ilha, de  ataques reversos afiados e decaimentos naturais de notas, renderam a mesma precisão programada de um hardware militar. O caminho para o som computadorizado tinha sido um disco rígido, de músicos planejando e tocando as batidas em máquinas, e músicas inteiras programadas por software. Insira o domínio de ondas senoidais, ondas quadradas inventadas a partir de tom puro, e serras dentadas de formas completamente desconhecidas na música 'natural'. O salto da fita para o computador e memória MIDI, e a dublagem de gravados (diga-se dubbing), faixas com camadas permitindo combinações quase infinitas e remixes. O sampler e o looping permitiu ao hip hop, técnicas inovadoras de reciclar e reinventar a alma do R&B de seus pais, cortes, scratchs e mixagens junto com uma drum-machine TR 808. Uma inovação, tão evolutiva na história da música como a notação foi para a música clássica, onde as improvisações poderiam ser gravadas, priorizadas e preservadas - e agora tudo na ponta do dedo com programas de computador que realizam instantaneamente tarefas, que levariam horas antes. As grandes bandas e estúdios que foram necessárias para produzir o reggae raiz tornaram-se redundantes. A nova tecnologia democratizou a produção da música, através de pequenos estúdios em pequenos quartos, com um equipamento mínimo que mudaria o som, como o minimalismo de Mad House de Dave Kelly. O solista pode se tornar orquestral com a tecnologia, e qualquer um pode produzir, mixar, comercializar, promover e vender uma canção, e tudo do mesmo laptop.


O laptop de 8 bits lo-fi, capturou o reggae em muitos aspectos, e continuou a evolução musical que se apropria de tecnologias em busca de frequências únicas e sonoridades. Estes podem ser de jogos de Atari, ou do Commodore 64 MOS Technology SID que produziu as trilhas sonoras de jogos de videogame, a partir do qual os efeitos são usados para pontuar uma melodia em uma sessão ao vivo. Os softwares Vocoder e Auto-Tune podem ter atingido o pico como uma moda no hip hop, embora perduram de uma forma mais sutil no dancehall; música híbrida africana ragga está saturada com este efeito de produção. Enquanto no seu pior, ele cria e inflige alguns crimes contra a música, nas mãos de alguns artistas - como Gappy Ranks, Busy Signal ou o Fokn Bois e Popcaan - pode embelezar seus talentos existentes, em vez de confiar nele inteiramente para ficar afinado.

É um refrão comum em fóruns na internet e em revistas de reggae que o melhor reggae digital está saindo da Europa - o que é verdade, como os produtores de lá imergem no equipamento da idade de ouro do reggae digital, para suas próprias produções. O reggae digital mais atual de grupos como Mungos Hi-Fi e do Bush Chemists (que inclui a música "Digital Rock" de Brother Culture), induz o mesmo êxtase cerebral que as primeiras canções computadorizadas devem ter sido invocadas em meados dos anos 80 no dancehall maciço na Jamaica. Festas virtuais são profetizadas por Mr. Williamz e Mungos Hi-Fi em "Computer Age", prevendo uma nova era onde o maciço pode conectar-se a simular sessões da Escócia para o Tibete completas com firewalls antivirais.


As raízes digitais e fios da nova geração de produtores têm continuamente atualizado dancehall. Se algumas das letras alienam o público fora da Jamaica, os riddims de produtores como o filho de Freddie McGregor; Stephen 'di Genius' abraçam uma universalidade que cria hits do Brooklyn até Berlim. Com outros produtores como Seanizzle, Notnice e Don Corleon nos controles, o som do dancehall digital irá continuar expandindo sua influência futurista "outernationally' (internacionalmente). Produtores estrangeiros, como russo e Dre Skull trazem seus riddims únicos. para a ilha hibrida de gêneros e mantém as vibrações atualizada e sempre atual. A cena reggae digital explodiu na Europa, provando que todo o mundo vai ser "computadorizado'. E como Brother Culture diz com Riddim Tuffa na atualizada "Digital Rock 2012"; "Riddim computadorizado faz o público arrebentar..."



Links do artigo:
http://www.historyofrecording.com/ampex351.html
http://www.historyofrecording.com/ampexmm1200.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Trautonium
http://www.coutant.org/akgc12/
http://en.wikipedia.org/wiki/Obeah
http://www.redbullmusicacademy.com/people/sly--robbie
http://www.redbullmusicacademy.com/people/steely--clevie
http://music-selections.com/2010/11/1985-the-sleng-teng-history/
http://jamaica-gleaner.com/gleaner/20090614/ent/ent7.html


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quarta-feira, 18 de maio de 2016

JACKPOT RECORDS @ FYASHOP



Alguns até podem dizer que não, mas Bunny Lee é uma das figuras chaves na evolução do gênero musical que conhecemos como Reggae. Dentro do seu extenso currículo, Bunny Lee exerceu o papel do produtor musical nos principais estúdios da Jamaica, e teve ao seu lado os principais músicos e engenheiros de som ao seu lado, principalmente no decorrer dos anos 60 e 70.



Talvez o maior mérito de Bunny Lee, seja ser o responsável por dar abertura e liberdade criativa, o permeou toda a obra do produtor, e principalmente por aquilo que ele lançava. Diferente de muitos outros produtores, que traziam para si todo o processo criativo, Bunny Lee tirava proveito da capacidade criativa e de inovação de todos que trabalhavam para ele. Talvez, a descoberta mais notória e o investimento que mais lhe deu retorno tenha sido com Osbourne Ruddock, que ficou mais conhecido como King Tubby, e Lee visionário investiu nas técnicas desenvolvidas por quem viria a se tornar o pai da produção não-linear moderna... o Dub.


Durante os anos 70 de Bunny 'Striker' Lee se proliferaram pela ilha e pela Europa, e ele criou um número razoável de diferentes selos para colocar a venda tudo aquilo que ele produzia. Dos selos mais importantes de Bunny Lee na época, foram Attack, Justice e Jackpot.


"Eu tenho diversos selos. "Lee's" foi meu primeiro selo... eu tinha alguns "white labels" (títulos sem selo), e então eu lancei o "Lee's", com apóstrofe. Nos anos 70 muitas das musicas foram lançadas pelo Jackpot... você sabe que ele foi desenhado na Jamaica.

Eu tinha selos que algumas vezes não me lembrava até vê-los! Algumas vezes vezes você criava um selo no calor do momento. Você me entende? Naquela época tínhamos muitos selos "blanks" também... Os discos "blanks" eram legais, mas as pessoas queriam saber o nome do artista, então tínhamos os "backgrounds" onde podíamos imprimir o nome. Era mais fácil. Você podia colocar o nome no Jackpot ou no Aggrovators porque naquela época você precisa fazer tudo rápido! A gráfica começava a fazer eles e todo mundo do selos olhava da mesma forma mas com nomes diferentes. Isso significava que que qualquer um poderia fazer seu próprio selo mas tinha que lançar o vinil rápido.

Yeah Man... Eu tinha Jackpot, Justice, Agro, Gas... Unity foi um selo que iniciei com a Pama... com a Pama Supreme... Eu tinha vários. Attack e Jackpot ao lado da Trojan... O selo Jackpot começou comigo e com Lee Gopthal, junto com o selo Big Shot para lançar as produções em UK." - Bunny 'Striker' Lee


Bunny Lee sempre trabalhou e foi muito próximo de King Tubby, que construiu seu primeiro sound system em 1957, mas Tubby sentiu que as coisas mudariam de rumo quando Ewart 'U Roy' Beckford foi seu deejay em 1968. Tubby poucos depois comprou uma mesa de dois canais junto de equipamentos de gravação, que ele instalou junto com sua prensa de acetatos, e tornou o que viria a ser um home studio, no quarto de sua casa onde guardava seus discos de jazz em Dromilly Avenue. Quando Byron Lee deu um upgrade no Studio B no notório Dynamic Sounds, adquirindo uma mesa de dezesseis canais em 1972, Bunny Lee fez um acordo junto com Tubby para adquirir a antiga mesa de quatro canais do estúdio. Junto do pacote, veio o console MCI que Tubby usaria para criar grande parte do que viria a ser o catálogo de Bunny Lee, e de diversos outros músicos, o restante é história. 




Twinkle Brothers - Too Late (7")
Label:Jackpot (2)
Cat#: none
Media Condition: Very Good Plus (VG+)

R$75.00
+ shipping


Dr. Alimantado - I Kill The Barber / Natty Dread Conquer The Barber (7")
Label:Jackpot (2)
Cat#: none
Media Condition: Very Good (VG)

R$115.00
+ shipping


Cornell Campbell - Jah Jah A Go Beat Them (7")
Label:Jackpot (2)
Cat#: none
Media Condition: Good (G)
Cracked. Side A have a skip. Side B plays EX.

R$55.00
+ shipping


Dillenger* / Agrovators* - The Best Time (7", Single)
Label:Jackpot (2)
Cat#: none
Media Condition: Very Good Plus (VG+)

R$75.00
+ shipping


Dennis Brown - Stick By Me (7")
Label:Jackpot (2)
Cat#: CS 023
Media Condition: Near Mint (NM or M-)
Have a sticker on label.

R$30.00
+ shipping


Derrick Morgan - Still Around (7")
Label:Jackpot (2)
Cat#: none
Media Condition: Good Plus (G+)
Original Press, with some marks on label and some noise.

R$55.00
+ shipping



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segunda-feira, 2 de maio de 2016

REMIXOLOGY: TRACING THE DUB DIASPORA (REVERB) - PAUL SULLIVAN



Em "Remixology: Tracing the Dub Diaspora (Reverb)", o autor Paul Sullivan explora a evolução do Dub; a linha de frente das versões reggae. O Dub é colocado como um conjunto de estratégias e técnicas do de estúdio, junto os primórdios dos formatos da música popular que transformou a ideia do lado de dentro de uma música ser externado, e (o dub) continua longe de ser completamente explorado. Com uma pegada única no (gênero) dance, eletrônica e música popular, o dub fez nascer as noções do remix e das reinterpretações. Preprando o palco para a música do século vinte e um. 


O livro explora as origens do dub nos anos 70 em Kingston, na Jamaica. E traça a evolução do gênero, junto com a atitude presente nos dias de hoje na música. Fazendo paradas em cidades onde (o dub) teve mais impacto; Londres, Berlim, Toronto, Kingston, Briston, Nova Iorque. Sullivan faz um estudo de diversos gêneros, do pos-punk ao dub-techno, do jungle ao onipresente dubstep. No decorrer do livro ele fala com diversos músicos internacionais convidados, como DJs e iluminados do mundo do dub incluindo Scientist, Adrian Sherwood, Channel One, U Roy, Clive Chin, Dennis Bovell, Shut Up And Dance, DJ Spooky, Francois Kevorkian, Mala e Roots Manuva.


O livro amplia e elúcida a respeito de diversos seguimentos paralelos, incluindo a evolução do MC, o nascimento da cultura dos sistemas  de som e a história recente da diáspora jamaicana pós-guerra (II Guerra Mundial). Um dos poucos livros a serem escritos especificamente sobre dub e sua influência global, Remixology é também um dos primeiros a olhar para a relação específica entre dub e o conceito que atravessa todas as disciplinas criativas pós-modernas de hoje: o Remix.


Sobre o Autor:

Paul Sullivan reside em Berlim, é escritor e fotógrafo. Tem trabalhos publicados no "The Guardian", no "The Telegraph", e no "National Geographic." Ele é autor de diversos livros incluindo "Waking Up in Iceland" e "Sullivan's Music Trivia."


REVIEW DO FYADUB:

Se pensa em adquirir o livro pelo título acreditando que vai ler a história do Dub na Jamaica e como ele migrou para a Europa, passou um pouco longe. O livro é ótimo, sem nenhuma dúvida, muito bem escrito e organizado. Ele não sofre com idas e vindas para explicar algo, a continuidade das informações, dos relatos com o número de participantes no livro são verdadeiras pérolas da cultura e da música.

Ele não se concentra em King Tubby, Jammy e Scientist, ele abre espaço para produtores renomados, e outros menos conhecidos mas com trabalhos de grande criatividade e devem ser respeitados. O Dub, como gênero musical é quase que uma pincelada no livro todo, aqui o Dub é considerado técnica de estúdio e ferramenta de criação. São transcritos diversos diálogos de diversos produtores, engenheiros de som de reggae, techno, dubstep, jungle, hip hop (de UK), e todos são apresentados de forma com o objetivo de dizer quais os elementos do Dub aparecem em suas produções, e o ponto de vista de cada sobre a evolução do Dub desde os anos 70 até agora. 

A linguagem é retilínea, mas não é um livro didático que vai dizer como você vai fazer Dub. Agora posso dizer que se seu inglês não estiver afiado, um bom dicionário ao lado faz diferença, mas se já tem um inglês mediano ou avançado, vai ter uma leitura muito tranquila. O livro é muito bem escrito, e a revisão de texto dele é ótima, e não vai precisar se preocupar com o patois. Livro extremamente valioso para quem gosta de música e não se reprimiu somente a um ou dois gêneros musicais.



Remixology: Tracing the Dub Diaspora (Reverb)
Formato: eBook Kindle
Tamanho do arquivo: 1478 KB
Número de páginas: 224 páginas
Editora: Reaktion Books (14 de maio de 2014)
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
Idioma: Inglês
ASIN: B00KD8YZX2
Leitura de texto: Habilitado
X-Ray: Não habilitado
Dicas de vocabulário: Não habilitado
Configuração de fonte: Não habilitado

Remixology: Tracing the Dub Diaspora (Reverb)
Capa comum: 263 páginas
Editora: Reaktion Books (15 de abril de 2014)
Idioma: Inglês
ISBN-10: 1780231997
ISBN-13: 978-1780231990
Dimensões do produto: 15,2 x 2,3 x 21 cm
Peso do produto: 381 g
Avaliação:




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