Larry Marshall (nascido Fitzroy Marshall, em 17 de dezembro de 1941, Lawrence Park, Saint Ann Parish, Jamaica) foi um dos primeiros cantores do reggae, que gravou tanto como artista solo e como parte dos duos Larry & Alvin e Larry & Enid.
Marshall nasceu em Lawrence Park, na paróquia de Saint Ann, em 1941. Ele deixou St. Ann em 1957 e viajou para Kingston. A carreira musical de Marshall remonta ao início da década de 1960, sua inspiração inicial veio com o cantor de jazz Ben E. King. Entre 1962 e 1967, ele teve hits menores para produtores como E. Henry ("Too Young To Love"), Philip Yap ("Promise Is a Comfort to a Fool" e "Snake In The Grass"), Coxsone Dodd ("Please Stay") e Prince Buster ("I've Got Another Girl" e "Suspicion"). Seus maiores sucessos vieram no final da década de 1960, quando ele se juntou com Alvin Leslie na dupla Larry & Alvin, gravando hits para o selo Studio One de Dodd (onde ele estava trabalhando como engenheiro assistente), como o enorme hit jamaicano "Nanny Goat" que é considerada a gravação que começou a mudança do rocksteady para reggae, seguido de "Hush Up", "Your Love" e "Mean Girl". "Throw Me Corn" também se tornou um grande sucesso na Jamaica quando lançado em 1971.
Marshall também gravou como uma dupla com Enid Cumberland, como Larry & Enid. No início da década de 1970, Marshall trabalhou para Studio One como assistente de engenheiro de estúdio para Sylvan Morris, escritor, arranjador e vendedor de dub-plates, e o selo lançou uma compilação de suas gravações, Presenting Larry Marshall, em 1973. Enquanto estava no Studio One, Marshall organizou várias gravações para Burning Spear, e também gravou backing vocals. Morris deixou o Studio One em 1974, o que fez Dodd oferecer o trabalho de engenheiro chefe a Marshall, mas ele recusou a oferta, não contente com os salários.
Depois de sair do Studio One em 1974, ele lançou o single 1975 "I Admire You", seguido de um álbum do mesmo nome. A versão dub do single foi uma das primeiras a ser creditada a King Tubby. Marshall lançou vários singles em meados da década de 1980 produzido por Gussie Clarke, incluindo remakes de "Throw Me Corn" e "I Admire You", e lançou mais álbuns no final da década de 1980 e início da década de 1990. Marshall também gravou backing vocals no álbum Rasta No Pickpocket de Junior Byles, em 1986.
Marshall mudou-se para Miami e, sem receber uma recompensa financeira significativa por sua carreira musical, se apoiou trabalhando na construção de sites. Ele continuou gravando ocasionalmente.
Marshall é um primo de Aston Barrett e Carlton Barrett, mais conhecidos como membros dos Wailers.
Existem diversos; desentendimentos, discussões, tretas, buxixos, fofocas,
ladainhas, diz que me disse, e tantos outros nomes para definir como uma frase
ou algo mal entendido pode se tornar. Pois bem, na música também existe isso,
alguns sabem ser moderados, outros nem tanto, tem quem vacila mesmo e não
entende do que se trata de fato o que está acontecendo, ou leva a sério demais
e acaba se tornando alvo.
Entre algumas das tretas mais interessantes no reggae, existe a clássica e
considero a mais importante, o beef (termo inglês para treta) entre I Roy e
Prince Jazzbo. Algumas dessas tretas acontecem em outros estilos, escrevi
tempos atrás sobre a Bridge Wars, a mais histórica do hip hop entre QueensBridge e South Bronx, basicamente entre a Juice Crew de MC Shan e KRS-One na
época com a crew Boogie Down Productions, protagonistas da encrenca toda. Ou
seja, se o reggae é o tio do hip hop, isso quer dizer que tudo que acontece
hoje no hip hop, já em algum momento aconteceu com seu predecessor originado na
pequena ilha do caribe.
De um lado, Roy Samuel Reid nascido em junho de 1944, mais conhecido como
I-Roy apadrinhado e influenciado por um dos grandes nomes do toast e mic chant,
Dennis Alcapone, mas a sombra sempre do originador, U Roy. As
primeiras gravações foram com grandes produtores da ilha como Gussie Clark,
Glen Brown, Lee Perry e Bunny Lee. I-Roy acabou se tornando um ícone pela qualidade lírica
e pelos produtores com quem trabalhou, um dos maiores DJ’s da ilha nos anos 70.
Lançou uma centena de singles e álbuns, incluindo uma citação como “o poderoso
poeta” (the mighty poet), na música “Street 66” de Linton Kwesi Johnson.
I Roy
No outro lado, seu maior oponente Linval Roy Carter, nascido em setembro
de 1951, conhecido como Prince Jazzbo. Remanescente das sound systems clássicas,
começou gravando para o Studio One no inicio dos anos 70, e acabou trabalhando
com Glen Brown, Lee Perry e Bunny Lee, gravando com diversos músicos e
artistas, e também lançando discos pelo seu selo Ujama. Jazzbo acabou por
participar de um dos álbuns mais importantes de toda a historia do reggae, o
Super Ape produzido por Lee Perry. Jazzbo colocou voz na música “Croaking Lizard”, além de gravar o essencial tune “Crabwalking”, a versão deejay de “Skylarking”
de Horace Andy.
Versões sobre o porquê da troca de ofensas em discos começaram entre I-Roy
e Jazzbo existem diversas, e todas sem uma fonte lá muito confiável ou de uma
fonte fidedigna, já que os dois já são falecidos e não há uma entrevista com os
dois juntos falando sobre a rixa. A máxima “a história é baseada em fatos, e
contra fatos não há argumentos”, não cabe aqui nessa história. O único fato é
que a treta entre dois dos mais importantes deejays dos anos 70 rendeu discos,
e até hoje é contada como um dos episódios mais
interessantes da musica jamaicana.
Uma das citações publicadas está no livro de David
Kratz, “Solid Foundation”, onde a encrenca toda foi gerada pela empresaria
Monica, dona de uma loja especializada em reggae em Toronto nos anos 70. Num dos
trechos do livro U-Roy fala um pouco sobre a rixa entre os dois;
“Sobre I Roy e Jazzbo, para mim, eu
sei que foi um fingimento, porque eu vou te dizer uma coisa; em uma das músicas
do Prince Jazzbo, fui eu quem fez a introdução dela. Sim, quando Jazzbo diz – e
quando eu digo para Jazzbo; “O que aconteceu Jazzbo?, E quando eu digo... eu
digo para ele: “Bwoy, eu ouvi o bwoy I Roy dizer o seu nome, sabe! E Jazzbo diz
na música: “E assim que ele faz, ele cita o meu nome para se promover”. Eu fui
o único que disse isso. Nesse tempo eu tinha entre 15 ou 18 anos de idade, sim,
no estúdio do King Tubby. Eu sei que de fato, foi mais fingimento, e aos dois
gravaram as músicas para Bunny lee naquele época, e Bunny Lee era uma forte
personalidade por trás daquilo, influenciando os dois para fingirem uma rixa de um com o
outro. Yeah, yeah, yeah man.” Disse U Roy.
Prince Jazzbo
Dentre muitos outros relatos, esse de U Roy, dizendo que tudo não passava
de um atrito fingido, é o que mais é publicado. Mas, entretanto como disse no
inicio, tem gente que leva o buxixo a sério, e às vezes certas ações que
deveriam ser para entreter e esquentar a coisa toda, se torna agressiva verbal
e fisicamente... e saiba que isso acontece até hoje.
No mesmo período, I Roy mencionou um incidente na música “Jazzbo Have Fe
Run”, onde Jazzbo respondeu na música “Gal Boy I Roy”. Na musica Jazzbo fala do
incidente, que começou com a música “Concubine Donkey”, respondida por Big
Youth na música “African Daughters”. Contam que Jazzbo estava saindo do centro,
e foi abordado por Trevor “Leggo” Douglas, amigo de Big Youth. Vendo essa pessoa,
Jazzbo vendo Leggo, correu para se esconder em uma loja de produtos químicos
(ou de limpeza) chamada Kincaid. I Roy frisou o episodio dizendo na música “Jazzbo
Have Fe Run” o seguinte;
This incident happen on North Parade
I´m run past Kincaid
I´m couln´t get no first aid.
Jazzbo, wha´mek you do dat?
Este incidente aconteceu em North Parade
Eu passei batido por Kincaid
Eu não consegui pegar os primeiros socorros
Jazzbo, porque você fez isso?
Nas palavras do radialista Mick Sleeper; “I Roy e Jazzbo eram amigos, a
encrenca toda foi por diversão e para vender alguns discos. A mesma coisa
aconteceu na era do ska entre Prince Buster e Derrick Morgan se não estou
enganado, as pessoas se apegam como se fosse real, e algumas brigas acontecem
entre os fans. Ambos Prince e Derrick tiveram que esfriar as coisas e mostrar
que são amigos, e as musicas eram só para diversão. Coxsone também gravou um
monte de músicas com Lee Perry nos vocais falando de Prince Buster (Mad Head,
Royalty, Prince In The Pack, Don’t Copy), e Perry e Buster eram amigos”.
Existe uma gravação de U Roy concedendo uma entrevista para David Rodigan
em 1981, onde a desavença foi abordada e I Roy deu a sua versão, dizendo que os
dois estavam em estúdio em 1974 e Jazzbo tentava colocar o vocal em uma faixa,
que já demorava em torno de 90 minutos, mas não conseguia fazer do jeito certo.
I Roy acabou gravando na faixa de Jazzbo, onde surgiu “Straight To Prince
Jazzbo Head” em um take apenas. E no meio da música ele fez alguns comentários sobre
Jazzbo em versos como; "if you were a jukebox I wouldn't put a dime in
you" (se você fosse uma jukebox, eu não colocaria um centavo em você).
Então Bunny Lee, o produtor da sessão de gravação, falou com Jazzbo e disse a
ele o que I Roy tinha versado na música, então Jazzbo gravou “Straight To I Roy
Head”, e depois foi uma sequencia de músicas atacando um ao outro. Derrick
Morgan também acabou se envolvendo na intriga toda e gravou “I Roy The Chiney
Commer Around”, respondida por I Roy no clássico “Hard Man Fe Dead”.
Nesse programa (o qual eu nunca escutei, apenas li a respeito), Rodigan
tocou todas as faixas em que I Roy e Jazzbo trocaram ofensas.
Nessas, I Roy disse que começou tudo como uma brincadeira, mas Jazzbo
levou tudo um pouco mais a sério. Não tenho duvida de que toda a história foi
criada, e se tratava de ganhar dinheiro e vender discos, talvez o episódio de
Kincaid seja o mais sério de tudo isso, e os dois continuaram amigos nos anos
que passaram. Tanto que I Roy gravou para Jazzbo em seu selo Ujama. E sobre a
tal Monica de Toronto, ela distribuiu disco do selo Striker do Bunny Lee, e já
que vender discos era o intuito, a rixa nada mais fazia que encher o caixa.
O fim da história dos dois foi que, a derrocada de I Roy foi não ter se
revitalizado nos anos 80 com a chegada das produções digitais e o dancehall. Com
diversos problemas financeiros, acabou vivendo como desabrigado nos anos que
precederão seu falecimento por ataque cardíaco em 1999, aos 55 anos de idade. Já
Prince Jazzbo faleceu em 2013, depois de lutar contra o câncer, mas produziu canções
e lançou singles pelo seu selo Ujama antes de falecer. A última musica lançada
por Jazzbo foi “All Haffi Bow”.
Delroy Wilson começou sua carreira na música aos treze anos, aquando ainda era um pupilo na Boys Town Primary School. Wilson lançou sua primeira música (Emy Lou) em 1962 para o Studio One, produzido por Clement "Coxsone" Dodd. No inicio de sua carreira, gravou inumeros sucessos de Ska para o Studio One e Dodd. Um dos maiores sucessos, foi a música "Joe Ligs" escrita e produzida por Lee Perry, quase um dubplate atacando o produtor e músico rival de Dodd na época, Prince Buster. Na sequencia lançou outra música, falando sobre Prince Buster, "Spit In The Sky". Outras música que foram sucesso na Jamaica na época foram "One Two Three", "I Shall Not Remove", "Look Who Is Back Again" (dueto com Slim Smith), e outra música anti Prince Buster, "Prince Pharaoh", o único disco com a voz de Dodd gravada. Ele e tido como a primeira estrela mirim na Jamaica.
Sua voz amadureceu, e e inicio uma nova fase, justamente na transição do ska para o rocksteady. Nesse periodo, no final dos anos 60, wilson produziu diversos sucessos, incluindo um dos primeiros rocksetadys gravados, "Dancing Mood", "Jerk In Time" com os Wailers, "Feel Good All Over", "I'm Not a King", "True Believer in Love", "Rain From the Skies", "Conquer Me" e "Riding for a Fall". "Won't You Come Home", um dueto com Ken Boothe, num riddim originalmente gravado por The Conquerors para Sonia Pottinger, se tornou um dos riddims com o maior número de versões já gravadas. Após deixar o Studio One, ele gravou para diversos outros selos, com uma variação de sucessos e outros nem tanto, também lançou um selo próprio, o W&C. E conseguiu sucesso com a parceria com Bunny Lee no final dos 60 e no início dos anos 70 com músicas como "This Old Heart of Mine", "Footsteps of Another Man", e "Better Must Come". Seu single "It Hurts"/"Put Yourself in My Place" foi um sucesso que os skinheads amavam na época, e muito tocada na Inglaterra. Ele gravou uma versão de "Run Run", uma canção originalmente gravada para Dodd, e depois para o produtor e músico Keith Hudson. Nos anos 70, Delroy Wilson viajou para a Inglaterra e gravou alguns discos para o selo Trojan Records.
Delroy Wilson
Em 1972, o politico Michael Manley do PNL (People's National Party), escolheu a música "Better Must Come", de Delroy Wilson para ser a música de campanha enquanto concorria nas eleições. No mesmo ano ele lançou uma de suas músicas mais populares, "Cool Operator", título da música que veio a se tornar seu apelido. Delroy Wilson trabalhou com uma gama de diversos produtores nos anos que se seguiram, a lista inclui Joe Gibbs, Gussie Clarke, Winston "Niney" Holness aka Observer, Harry J, e Joseph Hoo Kim.
Em 1976, ele regravou a música "I'm Still Waiting" dos Wailers para Lloyd Charmers, que teve muita popularidade, seguido do album Sarge, que é considerado até hoje uma de seus melhores trabalhos. Junto com o produtor e músico Bob Andy, a música "The Last Thing on My Mind" foi numero um nas listas da Jamaica. Wilson continou lançando sucessos até o fim dos anos 70, mas sua carreira apagou um pouco nos anos 80, com menos sucesso e produções. Wilson teve uma revitalizada com a popularização das produções digitais, ele lançou "Don't Put The Blame on Me" produzida por King Jammy e "Ease Up" para Bunny Lee. Ele até trabalhou com novas produções e albuns, mas deu derrapada no trabalhos e nas produções, e com uma saúde sensível, suas melhores lembranças foram seus primeiros trabalhos.
Delroy Wilson faleceu em 6 de março de 1995 com 46 anos em Kingston, no Hospital UWI por complicações devido a cirrose no fígado. Em 2013 recebeu uma homenagem póstuma do governo jamaicano, Order of Distinction.
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